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domingo, 7 de abril de 2013

China promove 'patriotismo' com videogame militar


O governo da China tornou público um game com exercícios militares originalmente voltado para soldados do país.
Gu Kai, o vice-presidente da empresa Giant Technologies, fabricante do jogo, afirma que ele tem forte apelo sobre o público masculino, ''já que muitos meninos sonham em ser soldados''.
No game, os vilões falam inglês com sotaque americano e conversam entre si sobre uma invasão ao território chinês.
A ideia de lançar o jogo para o grande público seria estimular o patriotismo chinês e, possivelmente, servir até como instrumento para recrutar soldados para o Exército do país.
Nos Estados Unidos, são muitos os jogos produzidos originalmente para as Forças Armadas que acabaram chegando ao mercado do país.
E o game chinês tem muitas semelhanças com um jogo originalmente desenvolvido para o Exército dos Estados Unidos há dez anos.
Até agora, o jogo chinês já teve mais de 1 milhão de downloads na China.
BBCBRASIL...SNB



EUA adiam teste de míssil para reduzir tensão com a Coreia do Norte

SEUL, 07 avr 2013 (AFP) - O governo dos Estados Unidos adiou um teste de míssil balístico intercontinental, em uma tentativa de reduzir a tensão com a Coreia do Norte, que instalou dois mísseis na península coreana capazes de atingir o Japão e um território americano no Pacífico, mas que, segundo Londres, não mobilizou tropas.

Washington anunciou o adiamento de um teste do Minuteman 3, míssil balístico intercontinental de ogivas nucleares, que seria disparado na próxima semana da base aérea de Vandenberg, na Califórnia.

Segundo uma fonte do governo americano, o secretário da Defesa Chuck Hagel decidiu remarcar o teste até o mês que vem, devido a preocupações de que o lançamento "pudesse ser mal interpretado por alguns como uma intenção de exacerbar a crise atual com a Coreia do Norte".

"Queremos evitar uma má interpretação ou manipulação", disse a fonte, antes de completar, no entanto, que Washington está decidido a testar seus mísseis balísticos intercontinentais "para garantir um arsenal nuclear seguro e eficaz".

Além disso, Seul e Washington anularam uma importante reunião prevista para 16 de abril entre o general Martin Dempsey, comandante do Estado-Maior Conjunto americano, e seu colega sul-coreano, o general Jung Seung-Jo.

A agência Yonhap destacou que o Sul temia uma possível provocação norte-coreana na ausência do comandante das Forças Armadas.

A Coreia do Norte, alegando as sanções da ONU e os exercícios militares americanos e sul-coreanos, fez uma série de ameaças de uma guerra nuclear nas últimas semanas.

O anúncio do Pentágono ocorre depois da informação de que Pyongyang tinha carregado dois mísseis de médio alcance em lançadores móveis e os escondeu em instalações subterrâneas da costa leste.

Os mísseis, tipo Musudan, teriam um alcance de 3.000 km, com o que poderiam atingir qualquer alvo na Coreia do Sul e no Japão, e possivelmente as bases militares americanas situadas no Pacífico norte.

Apesar das ameaças, o ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, afirmou neste domingo que a Coreia do Norte não deu sinais de deslocamento de tropas.

"Não vimos um reposicionamento de tropas nem um deslocamento de forças terrestres", declarou Hague à BBC.

"Por este motivo é importante permanecer tranquilos, mas também firmes e unidos", completou.
AFP....SNB

Ataque suicida mata diplomata e soldados americanos no Afeganistão


Um ataque suicida com carro-bomba matou três soldados norte-americanos e dois civis, incluindo uma diplomata, em Qalat, na província de Zabul, ao sul do Afeganistão, neste domingo (7). Este é considerado o pior ataque contra as Forças dos Estados Unidos neste ano, segundo autoridades norte-americanas.
A diplomata Anne Smedinghoff, 25, de Illinois, trabalhava em Kabul, mas já havido atuado na Venezuela. Os nomes dos soldados ainda não foram informados.
O secretário de Estado  dos Estados Unidos, John Kerry, lamentou as mortes e falou da "dura contradição" da morte de Anne, que ocorreu enquanto a comitiva levava livros para uma escola.
"As pessoas que querem matar as pessoas, e isso é tudo que elas querem fazer, estão com medo do conhecimento", disse Kerry. "Eles querem fechar as portas, e não querem que as pessoas façam suas escolhas sobre o seu futuro."
Os pais da diplomata, Tom e Mary Beth  Smedinghoff disseram em nota que "o mundo perdeu uma alma realmente bela hoje" e que a filha "morreu a serviço do país".
O ataque aconteceu logo depois que o general Martin E. Dempsey, presidente do Joint Chiefs of Staff, disse que visitaria o país.

O ataque

Um homem-bomba detonou seu veículo em uma estrada na província de Zabul, por volta das 11h, quando o comboio americano passou, de acordo com autoridades americanas e afegãs. Os oficiais e soldados do comboio estavam acompanhando o governador Mohammad Ashraf Nasery, da província de Zabul, em uma viagem para inaugurar uma nova escola em Qalat, a capital da província, onde estavam para entregar livros doados.
Quatro funcionários do Departamento de Estado dos Estados Unidos foram feridos na explosão e três afegãos também foram mortos - um médico que acompanhava o governador e dois guarda-costas, disse Muhammad Jan Rasoolyar, o vice-governador, ao The New York Times.
O Taleban assumiu a responsabilidade pelo ataque, mas não ficou claro se o ataque visava as forças da coalizão ou do governador, que sobreviveram. O atentado foi o mais mortífero para os americanos desde julho, quando uma bomba na província de Wardak matou seis membros do serviço dos Estados Unidos, segundo o governo americano.
Um civil americano também foi morto no sábado (6) em um ataque insurgente no leste do país, embora as autoridades não tenham especificado a natureza do ataque. Neste ano, 30 soldados da coalizão morreram no Afeganistão, 24 deles americanos, segundo Icasualties, um site que rastreia mortes militares.
Ataque da Otan teria matado crianças
Um bombardeio da Otan neste sábado (6), na instável província de Kunar, no leste do Afeganistão, teria matado dez crianças, informaram neste domingo (7) as autoridades afegãs.

Procurado pela agência de notícias France Presse, um porta-voz da Otan apresentou uma versão diferente e disse que "até 10 mulheres e crianças ficaram feridas, mas não morreram" na operação.
UOL....SNB

PESQUISADORES DISCUTEM PROJETOS ESPACIAIS PARA 2013


O Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) reuniu na última semana de março pesquisadores de unidades subordinadas para a maratona de reuniões do Grupo Interfaces de Lançamento (GIL), em Alcântara (MA). Mais de 50 engenheiros e estudiosos da área espacial, incluindo membros do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), do Instituto de Fomento à Indústria (IFI), do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) e do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), discutiram o andamento de projetos, suas questões técnicas e financeiras e propuseram a agenda de lançamentos para os próximos anos.
No primeiro dia de reunião, foram discutidas as oito operações previstas para 2013, duas no CLBI e seis no CLA. A primeira deve ser a Águia, em junho, em que será lançado um Foguete de Treinamento Intermediário (FTI). No último ano, segundo o Comandante do CLA, Coronel Demétrio, foram lançados seis Foguetes de Treinamento Básico (FTB), um FTI, um VS30 Orion, além da Operação Salina – que foi uma simulação de lançamento do VLS-I. Já no CLBI, foram seis operações entre lançamentos e testes, além de cinco rastreamentos do foguete francês Ariane.
Segundo o engenheiro Mauro Dolinsky, Coordenador de Espaço do DCTA, o destaque das atividades deste ano é a grande quantidade de foguetes brasileiros lançados no exterior: a previsão é que sejam lançados nove foguetes, a partir de centros na Noruega e na Suécia. “A importância destes lançamentos é construirmos credibilidade junto à comunidade científica internacional, pois se nós conseguimos fazer bem algo extremamente complexo, como é um foguete, é sinal de que estamos em um nível de excelência nas tecnologias mais simples”, afirma o engenheiro.
Outra importante pauta tratada na reunião do GIL foi o andamento do projeto VLS-1, apresentado pelo seu gerente, Tenente-Coronel Engenheiro Alberto Mello. Segundo ele, o próximo passo no caminho para o lançamento do veículo lançador de satélite é o voo do VSISNAV, previsto para o início de 2014.
O VSISNAV será um veículo espacial lançado para qualificar o sistema de navegação e o sistema de separação do primeiro e segundo estágios do VLS – já que o terceiro e quarto serão inertes. Após o VSISNAV, será lançado outro foguete de testes, o chamado XVT-02, que será um veículo completo com carga tecnológica, ou seja, neste lançamento algum objeto será colocado em órbita – algo que emita sinal, permitindo que os pesquisadores consigam identificar sua localização. Outro objetivo é verificar a funcionalidade de uma nova rede elétrica, mais complexa que a do VSISNAV: este sistema será capaz de calcular sua localização e, a partir destes dados, corrigir sua trajetória de voo, o que se chama de malha fechada.
Após o XVT-02, o projeto VLS-1 chega ao seu ápice, com o lançamento do V-04, que colocará em órbita um satélite real, demonstrando a eficácia do sistema e a capacidade tecnológica brasileira em lançar, com conhecimentos próprios, satélites de pequeno porte – o V04 será capaz de colocar em órbita um satélite de aproximadamente 200 kg em uma altitude de 700 km.
Para o Tenente-Coronel Alberto, mais importante é destacar que, independentemente da escolha que for feita, a estrutura que vem sendo criada poderá ser utilizada para os projetos posteriores: “cada passo na construção do VLS é aprendizado adquirido, pois a ciência se desenvolve assim, da base para o teto. O programa espacial norte-americano, por exemplo, começou pelos projetos Mercury, Gemini, que previam operações menos ousadas, mas essenciais para desenvolver conhecimentos para se chegar à lua com a missão Apollo”, analisa.
Para o atual presidente do GIL, Tenente-Coronel Aviador Paulo Junzo Hirasawa, as reuniões do grupo são umas das poucas oportunidades em que é possível congregar os envolvidos no Programa Espacial Brasileiro – são convidados, inclusive, representantes da Agência Espacial Brasileira (AEB) e Alcântara Cyclone Space (ACS) – para discutir atualizações, apontar problemas, destacar avanços e sugerir soluções para os projetos desenvolvidos.
GIL – O grupo surgiu com o intuito de reunir os diversos atores envolvidos nos lançamentos para troca de experiências técnicas e discutir a logística das operações, já que as atividades desenvolvidas nos centros de lançamento e nos institutos de pesquisa são interdependentes. Inicialmente, o objetivo do GIL era conseguir atender às exigências do relatório referente ao acidente com o VLS, em 2003, que requeria ações conjuntas de melhoramento e segurança.
Fonte: ACS/DCTA
SNB

Hackers tentam invadir sites do governo de Israel

Jerusalém - Hackers tentaram neste fim de semana invadir sites do governo de Israel, incluindo as páginas do primeiro-ministro, do Ministério da Defesa, do Ministério da Educação e do Escritório Nacional de Estatísticas. Os ataques foram associados ao grupo ativista Anonymous. Segundo um especialista da área de tecnologia de Israel, o dano foi mínimo, já que o país está preparado para se defender desses ataques.O ministro das Finanças do país disse que os sites do governo estão funcionando normalmente. Em comunicado ele afirmou que o site Ministério da Educação havia ficado temporariamente fora doar "por causa de uma falha técnica, que já foi corrigida", e não entrou em detalhes.
Em entrevista à Rádio do Exército, o chefe do Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento, Yitzhak Ben Israel, considerou que o danos aos sites israelenses foi "mais ou menos inexistente". "O grupo Anonymous não tem essa capacidade, e nem é seu objetivo, destruir partes da infraestrutura que são essenciais ao país", disse, sinalizando que o objetivo da ação seria, provavelmente, o de chamar a atenção para o debate sobre o conflito israelense-palestino.
O cofundador da consultoria israelense de proteção de dados Cyberia, Guy Mizrahi, confirmou que os sites israelenses foram atacados nos últimos dias. Segundo ele, ontem, várias páginas governamentais foram invadidas e algumas mensagens foram deixadas. Além disso, ele disse que dados foram roubados. "Isso não significa que Israel está sendo jogada para fora da Internet ou que os semáforos vão parar de funcionar amanhã, mas é certamente um ataque significativo."
Em novembro do ano passado, durante combates entre palestinos e israelenses na Faixa de Gaza, houve diversos registros de ocorrências mal sucedidas para tirar sites israelenses do ar. Segundo Israel, foram mais de 60 milhões de tentativas de invasão.
Um militante do movimento Hamas elogiou a última tentativa de ataque. "Deus abençoe as mentes e os esforços dos soldados da batalha eletrônica", escreveu Ihab Al Ghussian, porta-voz do governo de Gaza, em sua página oficial no Facebook. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.
SNB

Coreia do Norte sofre 'bullying internacional', avalia leitor

O que os EUA e a Coreia do Sul fazem com a Coreia do Norte é uma espécie de "bullying internacional", com suas constantes manobras na fronteira norte-coreana. É aquela mesma situação escolar em que alunos mais avantajados, tanto física quanto financeiramente, provocam os mais pobres, de portes físicos tíbios e tímidos.Muitas vezes, porém, esses tímidos se transformam em assassinos cruéis, como os que vimos recentemente. O mesmo pode se estender à situação internacional. Portanto, as potências ocidentais têm de tomar cuidado.Repelimos as críticas de europeus e norte-americanos ao Brasil por dificultar sanções contra o Irã e a Coreia do Norte, países com quem mantemos relações diplomáticas, até porque já passou a época em que nossa política externa era ditada por Washington.
O Irã e a Coreia do Norte têm todo o direito, como os EUA ou o Brasil, de realizar pesquisas nucleares, valendo lembrar que não foram os iranianos ou os norte-coreanos que lançaram bombas atômicas sobre o Japão.
FOLHA...SNB

Após 30 anos de desenvolvimento, Brasil quer lançar satélite em 2015

Construir um veículo lançador de satélites (VLS) nacional não é uma ideia nova. Desde 1985, o Brasil busca sua independência espacial. O desenvolvimento de um foguete de longo alcance permitiria ao País colocar satélites em órbita com seus próprios meios, o que significa não apenas economia, mas também o ingresso em um mercado restrito que movimenta cerca de US$ 170 bilhões por ano. Por isso, embora o histórico não recomende otimismo, o plano do governo é promissor: lançar o VLS-1 (V04) em 2015.Caso a data proposta pelo Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE) seja confirmada, terão se passado 30 anos desde os primeiros passos em direção à independência espacial. Nessa longa jornada, houve três fracassos até o momento. Nas duas primeiras tentativas, em 1997 e 1999, falhas nos componentes levaram à destruição dos foguetes. O terceiro lançamento, em 2003, nem ocorreu. Três dias antes da data programada, o VLS-1 V03 teve uma ignição prematura. A trágica explosão não apenas adiou o sonho da autonomia espacial, como também matou 21 técnicos que trabalhavam na base de Alcântara, no Maranhão.
Autonomia
Em Alcântara, o Brasil já possui um Centro de Lançamento funcional, com posição privilegiada, devido a sua proximidade com a Linha do Equador. O País também domina a construção e montagem de satélites, alguns em parceria com outros países. Mas, a fim de obter avanços e resultados como os dos outros países do Bric (grupo de emergentes que inclui também Rússia, Índia e China), ainda falta desenvolver seus próprios lançadores.O objetivo não é apenas econômico ou científico. O acesso independente ao espaço facilitaria a obtenção de imagens de grandes territórios do País, auxiliando em proteção ambiental, agronegócios, comércio exterior e defesa. “Países do porte do Brasil não podem prescindir de uma capacidade própria de geração de imagens do seu território, ocupado por cidades que crescem continuamente, florestas a serem protegidas e preservadas ou plantações para o agronegócio”, afirma José Raimundo Coelho, presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB).
Economia
Além disso, com o VLS concluído, o Brasil poderá economizar. Hoje, para lançar um satélite em órbita, é necessária a contratação do serviço de outros países. “A dependência externa representa uma vulnerabilidade indesejável, pois sempre dependeremos da vontade ou decisão de uma nação estrangeira para atingir este objetivo. A capacidade autônoma de lançamento é, portanto, fator de soberania para o Brasil”, argumenta Coelho.
Conforme Alberto Walter da Silva Mello Junior, gerente do projeto VLS-1 e chefe da Coordenadoria de Projetos Espaciais do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), o País encontra-se, por enquanto, sujeito à disponibilidade, à conveniência e aos custos de fornecedores. O preço de um lançamento depende de vários fatores, incluindo a massa e a órbita que se pretende alcançar. Satélites geoestacionários, que prestam serviços de comunicação no Brasil e podem pesar até sete toneladas, custam entre US$ 15 mil a US$ 30 mil por quilograma. Assim, os valores do lançamento vão de US$ 100 milhões a US$ 220 milhões.Coelho destaca, no entanto, que alguns serviços são compartilhados com países parceiros na área espacial. Portanto os satélites desenvolvidos em parceria com a China, da série CBERS, têm o custo igualmente dividido entre as duas nações (entre US$ 15 milhões e US$ 20 milhões por lançamento, para cada parte).
O professor da Universidade Federal de Santa Catarina e doutor em astrofísica pela Universidade do Texas, Antonio Kanaan, também defende o acesso independente ao espaço. “Acho que foguetes são como carros. Devemos, sim, ter nossa própria indústria. É a velha questão da dependência tecnológica: a gente vende matéria-prima e depois pega o dinheiro dessa venda para pagar por serviços complexos e caros”, ressalta.
Mercado
Só que esse desenvolvimento custa caro. De 1985 até 2010, estima-se que o Brasil tenha gasto cerca de R$ 2 bilhões com a missão de obter sua independência espacial, somando todos os custos. Mas a recompensa pode ser bem maior. De acordo com relatórios da Associação da Indústria de Satélites, de 2011, o mercado do lançamento de satélites movimenta cerca de US$ 170 bilhões por ano.
Segundo estimativas, quase 1,2 mil satélites devem ser construídos e lançados ao espaço até 2018. Por enquanto, os lançamentos são dominados por EUA, Rússia e França. Bem atrás, estão três países emergentes: China, Japão e Índia, entre os quais o Brasil procura se imiscuir. “De compradores do serviço de lançamento, nos tornaremos fornecedores”, reforça Kanaan.
Falhas
A importância de um foguete lançador para o futuro do Brasil, no cenário espacial, é inquestionável. Tanto que o País já está há 23 anos desenvolvendo um. Até agora, contudo, diversas falhas impediram o sucesso da empreitada. “Em desenvolvimento tecnológico, quando se faz algo pela primeira vez, erro é uma das fontes de aprendizado”, afirma o gerente do VLS-1. “Buscamos sempre atingir nossos objetivos da forma mais cautelosa possível. No entanto, não podemos deixar que os percalços nos impeçam de avançar.”Para que o acidente de 2003 não se repita, diversas medidas foram tomadas. Segundo Coelho, o projeto do VLS e da Torre Móvel de Integração (TMI) foram revistos, com base em uma nova filosofia de testes e certificação e revisão de todos os procedimentos. O centro de controle de lançamentos está sendo modernizado, os produtos estão sendo checados e testados com mais rigor, a torre destruída no acidente foi reconstruída e a nova plataforma, além das inovações, conta com itens de segurança e sistemas elétricos.
Planejamento
Com o objetivo de obter autonomia em lançadores de satélites, a Agência Espacial Brasileira (AEB) e o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) estão trabalhando em conjunto para lançar o VLS-1 já com uma carga útil real, a ser colocada em órbita ainda em 2015. Embora nenhuma outra tentativa de lançamento com o VLS-1 tenha sido festa desde 2003, os dois centro de lançamento nacionais (de Alcântara/MA, e da Barreira do Inferno, em Natal/RN) foram constantemente exercitados com o lançamento de missões suborbitais e foguetes de treinamento.
Em 2012, a Operação Salina marcou o reinício das atividades relacionadas ao VLS-1. “O objetivo da operação foi realizar o transporte, a preparação e integração mecânica de um 'mock-up' estrutural inerte do VLS-1 – estrutura real do veículo sem combustível a bordo – e ensaios e simulações para verificação da integração física, elétrica e lógica da Torre e dos meios de solo do CLA, servindo para validar uma série de aspectos técnicos e de segurança da nova TMI”, explica Coelho.Missões semelhantes estão programadas antes do lançamento do veículo completo. Conforme o presidente da AEB, a próxima missão será denominada MIR, e fará a verificação elétrica completa do veículo. De acordo o PNAE, está programado para o final de 2013 e o início de 2014 o voo tecnológico do VSISNAV, que está em fase de montagem e vai ser constituído por parte do VLS-1, o primeiro e o segundo estágios ativos. “Servirá para validar o sistema de navegação desenvolvido no Brasil”, explica Coelho.
Orçamento
Se tudo der certo, o lançamento subsequente deve ser um voo de teste com o veículo completo, denominado XVT-02, em 2015, e por fim, a satelitização em 2016, com o protótipo V04. “A partir daí, o VLS-1 estará qualificado como lançador de satélites de pequeno porte. No entanto, os voos do XVT-02 e V04 dependem de complementação de recursos. O orçamento atualmente previsto no Plano Plurianual do governo federal é suficiente apenas para se cumprir os ensaios do MIR e o voo do VSISNAV”, reforça Junior.
Mesmo assim, a AEB e o IAE parecem confiantes nos resultados. “Os sonhos desses homens (que morreram no acidente de 2003) que dedicaram suas vidas ao projeto era o de cumprir a missão de lançar o terceiro protótipo e colocar um satélite em órbita terrestre. Se mantivermos vivos esses sonhos, com certeza daremos ao Brasil a tão almejada autonomia em lançadores de satélites”, garante Junior.
TERRA ...SNB