terça-feira, 6 de agosto de 2013

Missão brasileira chega a Washington para ouvir explicações sobre espionagem

Paula Pacheco - iG São Paulo
A missão interministerial com cinco representantes do governo brasileiro embarcou nesta segunda-feira (5) para os Estados Unidos com o objetivo de ouvir do governo americano esclarecimentos sobre os casos de monitoramento de e-mails e de telefonemas feitos pelos EUA. A viagem ocorre um mês depois da denúncia de que telefonemas e e-mails de brasileiros são espionados pelo serviço secreto americano.Fazem parte do grupo representantes dos ministérios de Ciência e Tecnologia (MCT), Justiça, Comunicações, da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e da Presidência da República. O ministro Paulo Bernardo, das Comunicações, disse ao iG que o grupo foi com "o espírito de esclarecimento".
Guilherme Patriota, assessor especial da Presidência da República (e irmão do ministro Antonio Patriota, das Relações Exteriores), lidera o grupo, formado por Virgílio de Almeida, secretário de Política de Informática do MCT, Clarice Calixto, assessora especial do ministro José Eduardo Cardozo (Justiça), Maximiliano Martinhão, secretário de Telecomunicações (Comunicações) e Marcus Vinicius Paolucci, superintendente de Fiscalização da Anatel.A espionagem de e-mails e telefonemas foi revelada por Edward Snowden , técnico de redes que prestava serviços para a agência de segurança nacional do governo dos EUA, a National Security Agency (NSA), em reportagem do jornal britânico "The Guardian". Em entrevista ao jornal "O Globo, publicada em 6 de julho, Glenn Greenwald, jornalista que revelou o caso, disse que as provas mostradas por Snowden incluíam o Brasil no radar de espionagem do governo americano.
Em telefone à presidente Dilma, o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, procurou dar mais explicações sobre o monitoramento e a espionagem de cidadãos e instituições brasileiras pela NSA. Segundo o governo brasileiro, Biden lamentou a repercussão negativa e reforçou o convite para que uma comissão de brasileiros fosse até Washington para ter mais detalhes – tanto técnicos quanto políticos – sobre o caso.
Na ocasião, o governo brasileiro apontou o caso como uma ameaça à soberania do País. Naquela época, o ministro Paulo Bernardo informou que a presidente Dilma Rousseff pediu a elaboração de um cronograma de ações da missão interministerial.
SNB

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