quinta-feira, 15 de agosto de 2013

1.400 asteroides potencialmente perigosos

ASTEROIDES ESTÃO sob os holofotes agora. Seja por causa das empresas que planejam extrair minérios desses bólidos, seja por eles oferecerem interessantes lugares para a visita de espaçonaves e astronautas, seja por representarem fonte de água e recursos para viagens espaciais, esses corpos celestiais estão virando notícia o tempo todo nos últimos anos. Mas aquilo que mais tem despertado o interesse de cientistas sempre foi o risco de colisão de uma dessas pedronas colidir com a Terra.
A imagem acima, divulgada pelo JPL (o Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa) dá uma ideia daquilo que os asteroides têm a oferecer de ruim. O emaranhado de linhas riscadas em torno do Sol representa as órbitas dos mais de 1.400 corpos celestes já conhecidos que foram classificados como PHA (Asteroides Potencialmente Perigosos, sigla em inglês).
Além de cruzarem a órbita da Terra (o que significa que podem colidir como nosso planeta) todos são bem grandes, com mais de 140 metros de diâmetro, e alguns poucos tem mais de 1 km. A maioria deles não deve passar perto da Terra nos próximos cem anos, mas isso não significa que não possam fazê-lo no futuro.
De um jeito ou de outro, não são só os habitantes do século 22 que precisam se preocupar com uma repetição do evento que provavelmente extinguiu os dinossauros 60 milhões de anos atrás. O catálogo de corpos identificados com a sigla NEO (Objeto Próximo à Terra, em inglês) atingiu no mês passado a marca de 10.000 asteroides e cometas registrados. É dessa lista que a Nasa extrai os PHA, e estima-se que 90% deles ainda sejam desconhecidos.
Dos asteroides próximos conhecidos até agora, 68% são dos tipos Apolo ou Atena, que cruzam a órbita da Terra (a diferença é que os Atenas tem órbita mais ovalada). Do restante, menos de 32% são do tipo Amor, cuja órbita é totalmente externa à da Terra, mas interna à de Marte. Um tipo menos representativo de asteroide próximo é o dos Atiras, com órbitas internas à da Terra, do qual apenas 6 exemplares são conhecidos (veja diagrama abaixo).
O fato de um asteroide ser classificado como potencialmente perigoso pela Nasa, porém, não significa que ele vá colidir com a Terra alguma hora. Mas o refinamento das órbitas desses objetos é hoje uma prioridade de pesquisa na Nasa. É esse trabalho que eventualmente vai dizer se algum deles de fato nos ameaça. As probabilidades são pequenas, mas a ausência de dinossauros vivos na Terra é suficiente para nos lembrarmos de que não é impossível.
POR RAFAEL GARCIA
SNB

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