O Marco Civil da Internet, iniciativa legislativa datada de 2009 que visa regulamentar o uso da web no Brasil, tem sido bem visto por Fábio Coelho, presidente da sede brasileira da Google. Mas em conversa nessa terça-feira (23) com Paulo Bernardo, nosso ministro das Comunicações, um ponto de tensão acabou sendo levantado. Em referência à instalação de datacenters pelas terras tupiniquins, Bernardo disse que “essa parte da conversa foi um pouco mais seca”.
O que deixou nosso político encucado foi o fato de que a Google é a segunda empresa em receita publicitária no Brasil – o que, a princípio, mostra o quão receptivo o país é às tais instalações. O ministro, que acha “difícil acreditar” na negação destes possíveis gastos, comentou que Fábio está preocupado não necessariamente com o mercado em si. “Não é só questão financeira, mas de arquitetura da rede”, observou o executivo da Google.
Contudo, e ainda sobre o projeto Marco Civil da Internet, o ministro disse que uma votação deve ser, em breve, feita. “A situação mudou, e há melhores condições para a votação. Por isso, sugerimos à Casa Civil e à Secretaria de Relações Institucionais que o governo peça urgência constitucional ao projeto”, afirmou Bernardo.
Por que ela não usa seus balões?
Lembra-se do projeto “Loon”, uma iniciativa da Google que pretende distribuir internet por todo o globo por meio de balões (clique aqui)? Pois esse foi, também, um dos assuntos tratados por Paulo Bernardo. “Eles [a Google] têm balões que podem prover internet na Amazônia.Tanto com balões fixos como com os que voam a mais de 30 km de altitude”.
Fábio Coelho replicou, dizendo que Bernardo deveria visitar a empresa nos Estados Unidos para dizer isso pessoalmente a seus chefes. Ao final da reunião, o presidente da Google não respondeu às perguntas feitas por jornalistas. Ele apenas manifestou apoio ao Marco Civil da Internet e reiterou o convite feito ao nosso ministro.
SNB
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