O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), uma ONG sediada em Londres e que se apoia numa rede de militantes e pessoal médico no terreno, disse que os detidos têm nacionalidade filipina.
No entanto, as Nações Unidas não forneceram a nacionalidade dos soldados integrados na missão da Força das Nações Unidas de Observação da Separação (UNDOF) envolvidas neste último incidente na tensa região dos montes Golã.
O porta-voz adjunto da ONU, Eduardo del Buey, revelou aos jornalistas que a organização foi informada pela manhã da "interceção e detenção de cerca de 20 capacetes azuis na área de limitação por perto de 30 combatentes armados".
"Os observadores da ONU encontravam-se numa missão de abastecimento regular e foram intercetados junto do posto de observação 58, que está danificado na sequência de violentos combates na semana passado em Al Jamlah, nos arredores", acrescentou.
"A missão enviou uma equipa para analisar a situação e tentar obter uma solução", informou ainda.
As Nações Unidas têm registado um crescente número de incidentes na zona dos montes Golã, onde desde 1974 permanece uma força de capacetes azuis para monitorizar a trégua entre a Síria e Israel.
O OSDH difundiu dois vídeos amadores com declarações de membros da Brigada Mártires Yarmuk, que reivindicou o sequestro dos soldados.
Num deles, um homem identificado como Abu Kaid al-Faleh e porta-voz da Brigada, assegura que os capacetes azuis apenas serão libertados quando as forças do regime sírio retirarem da região.
"Pedimos que retirem todas as tropas para as suas bases. Caso não retirem, estes homens 1/8capacetes azuis 3/8 serão tratados como prisioneiros", afirmou.
Num segundo vídeo, o mesmo responsável rebelde acusa da UNDOF de colaborar com o exército de Damasco para terminar com a rebelião na região e ajudar as forças do regime a recuperarem a cidade de Al Jamlah.
"O regime sírio, as Nações Unidas e os países europeus colaboram em conjunto com Israel", acusou.
"Pretendem que o Exército Sírio Livre (rebeldes) se retire desta terra. Querem que deixemos a nossa terra e querem que o opressor Bachar al-Assad (Presidente da Síria) regresse, porque colaboram com os sionistas, Israel e a América", afirmou.
Lusa ..SNB
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