O governo boliviano afirmou neste sábado que se tonou em uma "questão de Estado" conseguir a libertação dos três soldados detidos no Chile desde 25 de janeiro após ingressar no território do país levando um fuzil.
O ministro da Presidência, Juan Ramón Quintana, declarou neste sábado que o Executivo boliviano está fazendo gestões "em diferentes âmbitos institucionais para libertar os três soldados".
"Para nós é uma prioridade de Estado a libertação dos três soldados, se transformou em uma questão de Estado", disse Quintana aos meios de imprensa.
Os três membros do Exército da Bolívia foram detidos no final de janeiro no setor de Colchane, na região de Tarapacá, levando um fuzil, e posteriormente foram transferidos em um helicóptero à cidade nortista de Iquique.
Há dois dias um tribunal chileno rejeitou o recurso de amparo em favor dos três soldados, que se encontram reclusos no Complexo Penitenciário de Alto Hospicio.
O Governo da Bolívia dizem que os soldados realizavam um operacional de luta contra o contrabando de veículos imigrantes ilegais quando foram detidos pelos Carabineiros do Chile.
Quintana disse que se reuniu com os parentes dos militares, que expressaram preocupação pelo ocorrido.
"As famílias estão preocupadas, mas também estamos trabalhando para que os soldados retornem às suas casas", acrescentou.
O chanceler boliviano, David Choquehuanca, disse na sexta-feira que as autoridades do país não ficarão "com os braços cruzados".
Choquehuanca disse que apelará ao tribunal que negou o recurso de amparo e acrescentou que "se for necessário", empreenderão "uma ação internacional" contra o Chile por quebrar acordos de cooperação mútua e outras normas internacionais.
O incidente agravou a deterioração das relações destes países, que se distanciaram desde o anúncio do presidente boliviano, Evo Morales, em março de 2011, que processará o Chile perante uma corte internacional para tentar a restituição da saída soberana ao oceano Pacífico que perdeu em uma guerra de fins do século XIX.
Agencia EFE..SNB
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