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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Moscou organiza exercícios para combater terrorismo nuclear


Em Moscou começaram os exercícios internacionais de combate ao terrorismo nuclear Guardião-2012, para os quais foram convidados delegações de 58 países, observadores da AIEA, da Interpol e do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime Organizado (UNODC).

Os exercícios realizam-se no âmbito da iniciativa global de combate a atos de terrorismo nuclear, anunciada em julho de 2006 em São Petersburgo, pela Rússia e EUA e agora abrange 82 países. A coincidência de interesse por parte dos Estados por este problema não é surpreendente – diz o investigador-chefe do Instituto da Economia Mundial das Relações Internacionais, Vladimir Dvorkin:
"É necessária uma cooperação muito estreita para impedir ou anular possíveis fontes de terrorismo nuclear. É um fenômeno excepcionalmente variado. Ele pode ser pulverização de materiais radioativos. Pode ser explosão de algum engenho que é produzido com substâncias comuns, mas naquilo que explode tem elementos radioativos. É a chamada bomba “suja”. Finalmente existe a ameaça – esta é a mais terrível - de explosão de engenho explosivo nuclear de fabricação caseira, que pode ter o mesmo efeito que as explosões em Hiroshima e Nagazaki, que causaram a morte de centenas de milhares de pessoas".
No mundo existem mais de 500 grupos terroristas. Muitos deles têm ligações ramificadas por todo o mundo. Seus equipamentos técnicos aperfeiçoam-se constantemente – assinala o especialista da Associação de politólogos militares, Alexander Perendjiev:
"Cresce o sistema de tecnologias da informação, de possibilidades de penetrar diretamente na base de informação de objetivos nucleares. Hoje, e isto é admitido por muitos especialistas, o perigo tem efeito sempre crescente".
Nos exercícios Guardião-2012 serão aplicadas novas soluções tecnológicas de deteção de materiais nucleares e substâncias radioativas. Destacamentos especiais do SFS e de formações técnicas para acidentes da empresa estatal Rosatom demonstrarão suas habilidades no combate às ameaças de terrorismo nuclear e liquidação de suas consequências.
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Pressão contra o Irã


O Estado de S.Paulo
O presidente americano, Barack Obama, usou a 67.ª Assembleia-Geral da ONU para advertir o governo iraniano de que os Estados Unidos "farão o que for necessário para impedir que o Irã obtenha uma arma nuclear". Foi um dos mais duros recados dados por Obama numa tribuna internacional sobre a disposição de abandonar a diplomacia caso o regime de Teerã resolva construir um arsenal atômico. A intenção de Obama era ser levado a sério não somente pelos aiatolás, mas principalmente pelos eleitores americanos, já que ele tem sido criticado pela oposição republicana em razão de sua aparente frouxidão na condução da questão iraniana.
Mesmo assim, a clareza do discurso, se não soou como um ultimato ao Irã, como queria Israel, serviu para relembrar que os Estados Unidos, ainda que cautelosos e cansados de guerra, não titubearão na defesa de seus interesses e valores no Oriente Médio - com o respaldo de uma "coalizão de países", segundo Obama, dispostos a fazer o Irã cumprir seus compromissos internacionais por meio de sanções.
O Brasil não está nessa "coalizão", por acreditar que as sanções ao Irã são "extremamente perigosas", nas palavras da presidente Dilma Rousseff durante recente encontro dos Brics. O governo brasileiro prefere ainda acreditar na possibilidade de costurar um acordo com os iranianos para evidenciar o "caráter pacífico" de seu programa nuclear. Agora mesmo, nos corredores da Assembleia-Geral, o chanceler Antonio Patriota retomou as conversas com os diplomatas turcos para reviver o constrangedor acordo de maio de 2010 com o Irã.
Naquele compromisso, festejado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva como "vitória da diplomacia", o Brasil foi usado pelos iranianos para sair de seu intenso isolamento internacional. O acordo, batizado de "Declaração de Teerã", previa que o Irã enviasse 1.200 quilos de urânio para serem enriquecidos no exterior, de modo a garantir que esse material não seria beneficiado a ponto de poder ser usado na fabricação de uma bomba atômica. Contudo, os 1.200 quilos representavam apenas a metade do estoque iraniano, e a comunidade internacional exigia o cumprimento de acordo anterior, devidamente rasgado por Teerã, no qual os iranianos haviam prometido enviar ao exterior 3/4 de seu estoque de urânio. Diante disso, pouco depois da animada missão de Lula em Teerã, o Conselho de Segurança da ONU, ciente de que o novo compromisso assinado pelo governo iraniano não valia o papel em que estava escrito, aprovou uma nova rodada de sanções contra o Irã, com apoio inclusive da recalcitrante China.
Pois é justamente a "Declaração de Teerã" que o Brasil quer retomar, acreditando que, agora, esse acordo teria mais aceitação. No entanto, o cenário que condenou aquele compromisso ao lixo permanece o mesmo. O último relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão ligado à ONU cuja missão inclui monitorar o cumprimento do Tratado de Não Proliferação Nuclear, afirma que o Irã, a despeito das resoluções do Conselho de Segurança, "não suspendeu suas atividades relacionadas ao enriquecimento" de urânio. Além disso, afirma o relatório, "apesar do intenso diálogo" da AIEA com o Irã, "todos os esforços para resolver as questões de fundo pendentes não tiveram resultados concretos". A agência diz que o Irã ignorou as questões levantadas pelos inspetores e impediu a entrada deles em determinadas instalações - ou seja, está longe de se mostrar cooperativo.
Na ONU, Obama acrescentou que "o tempo da diplomacia tem limite", deixando no ar a possibilidade de guerra contra o Irã, uma opção que é criticada pelos próprios americanos - pesquisas recentes indicam rejeição de 70% a uma ação militar mesmo respaldada pelas Nações Unidas.
Por outro lado, apostar numa diplomacia ingênua, que trata os dirigentes iranianos como parceiros confiáveis, como faz o governo brasileiro, atrapalha os esforços da comunidade internacional para forçá-los a cooperar e, no limite, ajuda o regime de Teerã a ganhar precioso tempo.
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Brasileiros são nomeados para maior órgão científico na área de computação


Agência Fapesp
A Sociedade Brasileira de Computação (SBC) nomeou Jaime Simão Sichman, diretor do Centro de Computação Eletrônica (CCE), e José Carlos Maldonado, diretor do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), ambos da Universidade de São Paulo (USP), para constarem no catálogo de Distinguished Speakers da Association for Computing Machinery (ACM).
Jaime Sichman (esquerda) é professor da Escola Politécnica e José Carlos Maldonado dá aulas no ICMC - Agência Fapesp
Agência Fapesp
Jaime Sichman (esquerda) é professor da Escola Politécnica e José Carlos Maldonado dá aulas no ICMC
Maior sociedade científica e educacional na área de computação no mundo, a ACM tem como objetivo promover o avanço da computação como ciência e como profissão.
De modo a atingir esse objetivo, a entidade tem uma biblioteca digital, publica periódicos, organiza conferências e disponibiliza a seus membros publicações e recursos para a pesquisa e o desenvolvimento de carreiras em computação.
Um dos programas da instituição, o "ACM’s Distinguished Speakers", mantém um catálogo internacional de palestrantes renomados que podem ser solicitados para proferir conferências em qualquer parte do mundo, com custos parcialmente cobertos pela ACM.
Sichman é professor associado do Departamento de Engenharia de Computação e Sistemas Digitais (PCS) da Escola Politécnica (Poli) da USP. Atua também como orientador no Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação do Instituto de Matemática e Estatística (IME) e já realizou diversos projetos com apoio da FAPESP.
Membro da Coordenação de Área - Ciência e Engenharia da Computação da FAPESP -, Maldonado é professor do ICMC da USP, onde desenvolve pesquisas nos grupos de Engenharia de Software e no Laboratório de Computação Aplicada à Educação e Tecnologia Social Avançada.
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Elbit Systems fornecerá centro de treinamento de missão para a Colômbia


A israelense Elbit Systems fornecerá para a Força Aérea da Colômbia (FAC) um novo Centro de Treinamento de Missão (MCT) ao longo de 2014, cujo valor anunciado do contrato é de US$ 18 milhões.
De acordo com informações da companhia israelense, as instalações serão planejadas para proporcionar elevação de capacidade operacional de pilotos de combate em vários tipos de cenários táticos de guerra, apresentando crescente grau de dificuldades durante as etapas de treinamento. Segundo a Elbit, a alta qualidade de instrução oferecida pelo MCT possibilitará aos usuários treinar missões utilizando simuladores de solo que geram um teatro de operações sintético ao invés de empregarem-se aeronaves reais, permitindo desta forma preparar tripulações dentro de um padrão de proficiência optimizada para uso dos recursos operacionais disponíveis.
O contrato com a Colômbia esta sendo beneficiado pela expertise adquirida pela Elbit a partir dos MCT fornecidos para a Força Aérea de Israel (IAF), os quais dão suporte aos programas de instrução de pilotos destacados para os aviões de combate Lockheed Martin F-16 e Boeing F-15. O futuro MCT da FAC terá capacidade de realizar seções de treinamentos conjuntos entre alunos graças ao elevado nível de interoperabilidade do sistema, incluindo a integração com outros sistemas de treinamento, mesmo que estes últimos estejam geograficamente distantes.
Para optimizar o emprego das plataformas de combate de sua frota, a Força Aérea da Colômbia contará a partir de 2014 com a ajuda do sistema MCT da Elbit Systems. A foto mostra um Kfir C-10 da FAC em atividade durante a Red Flag 2012. Imagem USAF
A atual frota de aviões de combate da FAC é integrada por supersônicos Kfir C-10/C-12 e TC-10/TC-12 adquiridos da IAF e modernizados pela Israel Aerospace Industries (IAI), bem como por jatos de ataque leve Cessna A/O-37B Dragonfly, turboélices EMB-314 Super Tucano e Rockwell OV-10A Bronco. 
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