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quarta-feira, 27 de junho de 2012

Encontrado OVNI no fundo do Mar Báltico


A baía estava um espelho, na manhã de 19 de junho. Seis dos nove membros da tripulação a bordo do navio de pesca do lago ainda estavam dormindo em suas camas, quando três membros da tripulação ficaram paralisados olhando para o que aparecia na tela do sonar e que estava escondido no fundo do mar.
O grupo chamado Exploradores de Oceano tem como missão vasculhar os destroços do Mar Báltico, a procura de garrafas de bebida contendo álcool, que pode ser vendido em leilão. Em 1997, constatou o líder do grupo, Peter Lindberg, ocorreu um naufrágio no arquipélago Åland. A bordo foram encontradas garrafas de champanhe que foram posteriormente vendidas por milhões de dólares ... mas esta manhã, eles encontraram algo bem diferente. "Há alguma coisa sólida lá em baixo".
A 87 metros de profundidade, entre a Suécia e a Finlândia, a equipe achou um grande círculo, com cerca de 60 metros de diâmetro.

Você vê um monte de coisas estranhas nesta profissão, mas durante a meus 17-18 anos como profissional, eu nunca vi nada assim. Uma forma completamente redonda, torna-se única”, disse Peter Lindberg.

Ao lado do círculo tem uma pista de 300 metros de longo declínio - como se o círculo tivesse se arrastado pelo leito do oceano antes de ali parar.

Segundo Dennis Asberg, um dos envolvidos na expedição, os alemães e os russos já foram lá - a palavra final foi: “É inconcebível” 
“Eu não tenho idéia. Tudo o que sei é que o que eu vi lá embaixo é sólido, pode ser concreto, pedra ou aço e que é completamente redondo”.

Eles descartaram as teorias de que há uma bomba de profundidade ou uma mina, restos da Primeira Guerra Mudial.2012, profecias do calendário Maia, sons estranhos e revoadas de discos voadores ao redor do mundo… essas histórias são uma delícia, como esta que retorna agora ao noticiário, do suposto UFO pousado no fundo do mar Báltico.
Lá pelo meio do ano passado, caçadores de objetos perdidos em naufrágios de navios no mar Báltico, entre a Suécia e a Finlândia, tocaram o maior rebú com a suposta presença alienígena na Terra, ao registrar uma imagem misteriosa a aproximadamente 80 metros abaixo da superfície do mar.
Os suecos responsáveis pela façanha desconfiam que podem ter feito mesmo a descoberta de suas vidas, embora ninguém ainda saiba exatamente do que se trata a imagem que foi registrada.
A descoberta foi realizada em uma região secreta no fundo do mar da região por uma equipe de exploração marítima, a Ocean Explorer, com Peter Lindberg como líder. Segundo o mergulhador sueco, que realiza ações como essa há 20 anos, ele nunca encontrou algo parecido.
Utilizando um equipamento com sonar preparado para capturar imagens no terreno abaixo da água, foi encontrado um objeto que lembra um UFO, com cerca de 60 metros de diâmetro e quase meio quilômetro de “cauda” ou rastro sulcado no leito submerso.Por causa do formato bastante regular e incomum do que poderia ser, na verdade, uma anomalia geológica, a imprensa internacional preferiu referir-se ao objeto como OVNI — Objeto Voador Não Identificado.
Só que posteriormente, numa segunda expedição para observar melhor o tal objeto, acabou sendo achado outro parecido a cerca de 200 metros de distância do primeiro. A equipe sueca concluiu que os objetos são muito grandes para terem caído de um navio ou fazer parte de um naufrágio.
Andreas Olsson, chefe de arqueologia do Museu Marítimo Sueco, assume que a imagem é intrigante, mas que ainda “não permite definir se o objeto não passa de uma formação geológica natural”.
Os suecos pretendem voltar ao local para examinar e registrar novas imagens do objeto, mas o processo é caro.

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IFI ANALISA RESULTADOS DE ENSAIOS DO PROJETO A-DARTER

O  Instituo de Fomento e Coordenação Industrial (IFI) participou da 9ª reunião do Joint Technical Qualification Workgroup (JTQW) e da 5ª reunião do Joint Certification Board (JCB) do Projeto A-Darter, ambas  foram realizadas nas instalações da Denel-Dynamics em Centurion na África do Sul, estavam presentes o Coronel Engenheiro Augusto Luiz de Castro Otero e o Tenente Coronel Engenhiro André Luiz Chiossi Forni, respectivamente Diretor do IFI e Chefe da Divisão de Certificação de Produto Aeroespacial (CPA).
Nesta oportunidade foram analisados os resultados dos ensaios de qualificação de alguns sistemas e o futuro do JCB, assim como do JTQW, considerando todo o ciclo de vida do A-Darter.
Após as reuniões, a equipe do IFI visitou o Centro de Desenvolvimento e Ensaios em Voo da Forca Aérea Sulafricana (FTDC), na Base Aérea de Overborg (OAFB), e o Centro de Ensaios da Denel (Denel Overborg Test Range), ambos em Bredasdorp, onde são realizados os ensaios de qualificação e de certificação do A-Darter no Gripen, assim como a planta da Denel Munições, responsável pelo desenvolvimento e qualificação do sistema propulsivo, da cabeça de guerra e do dispositivo eletrônico de segurança e iniciação (ESAID), em Stellenbosch.
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Alcântara Cyclone Space


Brasil e Ucrânia deram mais um importante passo no seu intento de explorar comercialmente missões de lançamento de satélites, por meio da empresa binacional Alcântara Cyclone Space (ACS). No último mês de maio, foi inaugurada na cidade de Dnepropetrovsk, a planta de testes e integração de sistemas do foguete Cyclone 4 e sua plataforma de lançamento. Em uma área situada próximo às instalações das companhias estatais Yuzhnoye, responsável pelo projeto e desenvolvimento, e Yuzhmash, especializada na fabricação e industrialização, serão feitos todos os testes de equipamentos necessários à operação do Cyclone 4, a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, antes do envio para montagem e integração final no sítio brasileiro.Como parte de seus esforços para se posicionar no mercado de lançamentos espaciais, a ACS realizou, em meados de maio, uma apresentação técnica do projeto para um grupo de empresas seguradoras. O objetivo foi mostrar o status do programa e o nível de confiabilidade dos sistemas envolvidos, uma vez que os seguros podem representar até 25% do valor total do lançamento. Assim, quanto mais confiável um lançador é, menores são os prêmios exigidos, daí a importância de se manter um estreito relacionamento com esses stakeholders.A cooperação espacial entre o Brasil e a Ucrânia em serviços de lançamento tem origens no final da década de 1990. Mas, foi em 2003, com a assinatura do Tratado sobre Cooperação de Longo Prazo na Utilização do Veículo de Lançamento Cyclone 4 no Centro de Lançamento de Alcântara, que começaram as definições. Três anos depois, foi criada a Alcântara Cyclone Space com a finalidade de viabilizar o projeto, administrar o complexo de lançamento e explorá-lo comercialmente. A expectativa é que em 15 de novembro de 2013, levando ao espaço um pequeno satélite japonês e marcando o dia da Proclamação da República, seja registrada como a data do primeiro lançamento comercial de um satélite a partir do território nacional.Porém, o cronograma de trabalho e aquela data podem estar ameaçados. E, diferentemente do ocorrido no primeiro ano de gestão da presidente Dilma Rousseff, em que dirigentes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação colocaram o programa binacional em xeque em razão de alegados atrasos no aporte de recursos pela parte ucraniana, o problema agora parece estar do lado brasileiro.
 A ACS não tem recebido do governo brasileiro a mesma atenção dada a outras parcerias estratégicas internacionais recentemente celebradas. “Se o Brasil não repassar sua parte já aprovada em orçamento, a binacional terá que paralisar as obras das instalações em Alcântara, o que vai atrasar o programa e tornará sua retomada ainda mais custosa”, disse uma  a ACS tem uma dívida com empresas brasileiras no valor R$ 60 milhões.

Em 2012, o Governo Federal não repassou nada dos quase R$ 49 milhões que deveria, enquanto que os sócios ucranianos integralizaram a totalidade do capital planejado para o ano, ainda no mês de abril. No início de maio, os diretores gerais da binacional, Reginaldo dos Santos e seu contraparte ucraniano, Oleksandr Serdyuk, enviaram ao ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antônio Raupp, carta expondo os problemas enfrentados pela empresa.
Outra dificuldade vivida pela ACS é a ausência de um acordo de salvaguardas tecnológicas entre o Brasil e os Estados Unidos, tema polêmico e que teve grande destaque na mídia no inicio da década de 2000. Estima-se que a maioria dos satélites comerciais potencialmente acessíveis à ACS, algo em torno de 70% a 80%, contenham pelo menos um componente norte-americano protegido pelo regime ITAR (International Traffic in Arms Regulation). Assim, a exportação de tais componentes e/ou satélites para lançamento a partir do território brasileiro somente pode ser autorizada pelo Departamento do Estado, e desde que haja um acordo de salvaguardas tecnológicas (conhecido tecnicamente como TSA) em vigor entre os dois países, o que, atualmente, não é o caso. A ausência do TSA pode tornar inviável a operação da ACS e prejudicar o retorno dos investimentos feitos pelos sócios.
Resultado da visita de Barack Obama ao Brasil em 2011, foram iniciadas negociações entre os dois países visando à assinatura de um TSA. Fontes da ACS dizem que a proposta brasileira já foi submetida às autoridades de Washington, mas a empresa, embora sendo a parte mais interessada no acordo, não foi consultada durante a preparação do documento.

“É imprescindível que seja dada pelas autoridades brasileiras a prioridade quanto às negociações com as autoridades estadunidenses sobre o TSA, bem como que a ACS seja envolvida nas negociações ou consultada sobre o texto do Acordo antes de a proposta ser enviada para os Estados Unidos”, afirmou à pessoa bastante familiarizada com o assunto.
A concorrência ao Cyclone-4: uma breve análise
O Cyclone-4 é um veículo lançador de classe média, capaz de colocar em órbita cargas de até 5.300 kg em órbita baixa (500 km), ou de 1.600 kg em órbita de transferência geoestacionário. Os principais lançadores de sua categoria incluem os norte-americanos Falcon-9 e Antares, o chinês Longa Marcha 2, os indianos PSLV e GSLV, e o russo Soyuz-2, sendo que os lançadores Soyuz e Antares são bem mais caros que o Cyclone-4 e, em princípio, não seriam muito interessantes comercialmente.

O Falcon-9 oferece um preço de tabela competitivo e é capaz de transportar mais carga útil que o Cyclone-4. Mas, nos próximos anos, o veículo terá um extenso manifesto de lançamentos a cumprir, o que gera dúvidas quanto à capacidade de fabricação acompanhar a demanda. Além disso, embora sua operadora divulgue admin/publicamente o preço de US$ 54 milhões como frete, um relatório interno da NASA, a agência espacial norte-americana, projeta um custo, em 2012, de US$ 111 milhões (trata-se de lançamento de um satélite e não da cápsula orbital).

Do lado chinês, a família Longa Marcha é confiável e de preço atraente. Contudo, somente há tentativas de comercializar os foguetes mais recentes da série 3 (3B), que são de maior capacidade (superior a 5 toneladas em órbita GTO), e, portanto, não competem com o Cyclone-4. Os lançadores da classe média (série 2), por enquanto, estão reservados para satisfazer a demanda doméstica. Outro ponto que desfavorece os foguetes chineses é que estão sujeitos às restrições impostas pelo regime ITAR.
Já os lançadores indianos (PSLV e GSLV) oferecem um preço baixo, mas enfrentam o mesmo problema do ITAR. Também, o PSLV não oferece disponibilidade imediata, uma vez que cada unidade de lançador é construída para uma missão específica, e leva muito menos carga útil que o Cyclone-4. O GSLV sofreu muitas falhas (em três dos últimos quatro lançamentos), o que, pelos critérios existentes, coloca-o fora do mercado.
Brasil e Ucrânia participam com o que tem de melhor

No sistema Cyclone-4/ACS, o Brasil entra com a infraestrutura do CLA, sítio espacial situado numa área com excelente localização geográfica, a apenas dois graus da linha do Equador, o que permite realizar o lançamento de satélites para órbitas equatoriais e geoestacionárias com custos menores e altamente competitivos. Esta localização é estratégica e coloca Alcântara como um dos melhores pontos para a atividade no mundo. Já os ucranianos trazem o know how de quem desenvolve, fabrica e lança foguetes com sucesso há décadas, com tecnologias maduras e testadas.

O Cyclone-4 é um lançador de porte médio e representa a mais recente e avançada versão da família Cyclone. Para se ter uma ideia, seu antecessor, o Cyclone-3, que esteve em operação de 1977 a 2009, realizou 115 lançamentos com sucesso. A área reservada para a carga útil do Cyclone-4 é capaz de acomodar qualquer tipo de satélite de porte médio, e ainda tem a possibilidade de lançar múltiplas cargas úteis em diferentes órbitas.
Com um potencial considerável de mercado e a proposta de lançar quatro a seis foguetes ao ano por um custo aproximado de R$ 120 milhões cada, a ACS pode colocar Brasil e Ucrânia na vanguarda das nações que exploram comercialmente a atividade espacial, levando desenvolvimento e investimentos à região de Alcântara e alavancando o desenvolvimento de uma indústria espacial no País.
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ITA apresenta novo VANT


Uma equipe do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), instituição de ensino superior subordinada ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) de São José dos Campos, SP, apresentou durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio + 20) o seu projeto “Aeronave Não Tripulada Autônoma para Inspeção de Linhas de Transmissão”. Exposto durante o evento no stand da companhia Centrais Elétricas Brasileiras S.A.(Eletrobrás), o sistema aéreo não tripulado é produto de um acordo firmado em 2009 entre ITA e Fundação Casimiro Montenegro Filho (FCMF) com suas parceiras no projeto, a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (CHESF) e o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (CESAR).
Criado para ser utilizado nas tarefas de inspeção de linhas de transmissão de energia, a plataforma aérea do sistema é capaz de voar através de ambientes sujeitos a fortes rajadas de vento e obedecendo a uma rota pré-programada ao longo das linhas de transmissão objeto de inspeção. Durante o voo, o qual pode ser realizado autonomamente, a aeronave desloca-se paralelamente a essas linhas guardando um distanciamento médio de 50 metros da cablagem captando imagens que permitem a visualização de seus elementos, como por exemplo, cabos, emendas, espaçadores e isoladores. Quando necessário, suas manobras podem ser comandadas por uma estação remota através de um piloto humano que terá a sua disposição monitores que reproduzem em tempo real as imagens captadas pelas câmeras da aeronave não tripulada.
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AEL desenvolve armas do Guarani


Virgínia Silveira

A AEL Sistemas, de Porto Alegre, está em fase final de desenvolvimento de um sistema de armas nacional para o veículo blindado Guarani. A produção do veículo, que terá 60% de conteúdo nacional, será iniciada no próximo ano, em uma fábrica que a Iveco está construindo no município de Sete Lagoas (MG).
O sistema de armas ou torreta do Guarani, também conhecido pela sigla UT30BR, é composto por um canhão de 30 milímetros e uma metralhadora de 7.62 mm, controlada remotamente pelo atirador e pelo comandante da torre, montada em cima do veículo. Possui ainda um computador central de tiro, que permite à tripulação a execução de tiros de precisão mesmo com o veículo em movimento.
Segundo o vice-presidente de Operações da AEL, Vitor Neves, a venda do primeiro lote de produção do sistema está sendo negociada com o Exército Brasileiro para equipar os 16 carros que vão anteceder a produção seriada do modelo, um programa que prevê 2044 unidades em 20 anos.
O primeiro carro do lote piloto foi entregue pela Iveco, ao Exército, na semana passada, durante a Eurosatory, maior feira de equipamentos de defesa da Europa.
De acordo com o executivo da AEL, um protocolo de intenções firmado com o Estado Maior do Exército contempla o fornecimento de 216 unidades nacionalizadas. "Par cumprir este contrato, a AEL fará um investimento adicional de US$ 8 milhões, além dos US$ 10 milhões já investidos na construção de um centro tecnológico de defesa dedicado ao desenvolvimento de tecnologias na área de defesa", afirmou.
O Exército conta com três torretas fabricadas pela Elbit Systems, empresa de Israel controladora da AEL. A companhia pretende contratar 70 funcionários para atender a demanda de sistemas de armas do Exército. "O desenvolvimento dos sistemas UT30BR também irá mobilizar o envolvimento de 150 funcionários de outras empresas brasileiras nas áreas de estrutura mecânica especializada e blindagem", destacou o executivo.
O sistema UT30 é utilizado em outros programas militares na Bélgica, Portugal e Eslovênia. Neves comenta que o engajamento dos engenheiros brasileiros no desenvolvimento dos sistemas vai permitir o domínio de tecnologias nas áreas de optrônicos, sensores óticos, blindagem, estabilização de plataformas terrestres e computadores de controle de tiro.
O executivo estima que, a partir de 30% do programa desenvolvido, o índice de transferência de tecnologia dos sistemas de armas do Guarani será de 50%. No fim do programa está previsto quase 100% de nacionalização do sistema. No contrato com o Exército ficou definido que os sistemas de três protótipos serão montados no Brasil por equipes do próprio Exército e com o suporte da AEL.
"A AEL está há dois anos trabalhando neste projeto, que pode ser considerado tão ou mais complexo que os sistemas aviônicos das aeronaves de caça de última geração", ressaltou. A construção do prédio onde serão fabricados os sistemas, de acordo com Neves, já está 60% concluída e ficará pronto para uso em dezembro deste ano.
É neste prédio também que a AEL pretende concentrar o desenvolvimento de tecnologias para atender aos projetos que atualmente trabalha na área de defesa. A empresa foi selecionada para fornecer os sistemas aviônicos (eletrônica embarcada) dos helicópteros Esquilo do Exército, que estão sendo modernizados, assim como para os 50 helicópteros EC725, que vão equipar as Forças Armadas do Brasil e que serão produzidos em parte no Brasil.
A Embraer também selecionou a AEL para fornecer quatro sistemas do cargueiro KC-390, que está desenvolvendo para a Força Aérea Brasileira (FAB). As duas empresas criaram este ano a Harpia, para explorar o mercado de veículos aéreos não tripulados (vants). A Embraer também é uma das acionistas da AEL, com participação de 25% no capital da empresa.
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Brasil - Itália - Reforçam Cooperação em Defesa


Os ministros da Defesa do Brasil, Celso Amorim, e da Itália, Giampaolo Di Paola, reiteraram o desejo de estreitar as relações de cooperação na área de defesa e promover o intercâmbio de experiências entre as Forças Armadas dos dois países.

O ministro italiano foi recebido com honras militares na entrada do Ministério da Defesa (MD). Logo após, em reunião, Celso Amorim disse que a parceria entre Brasil e Itália já é antiga e precisa continuar. Ele expôs aos italianos projetos realizados conjuntamente com o país europeu e setores que podem gerar potenciais parcerias.

Amorim ressaltou que dentro do Plano de Articulação e Equipamento de Defesa (Paed), um dos projetos prioritários para a Marinha é o Programa de Obtenção de Meios de Superfície (Prosuper). A iniciativa prevê a aquisição de novos navios de superfície e abrange 11 embarcações (cinco fragatas, cinco escoltas e um super navio de apoio).

A Itália é um dos países que tem interesse em desenvolver embarcações para o Brasil. Nesse sentido, o ministro da Defesa italiano manifestou que a intenção do seu país não é comprar ou vender navios, “mas trabalhar junto” no desenvolvimento deles. Sobre esse assunto, o ministro brasileiro destacou que é importante haver essa transferência de tecnologia para aumentar a capacitação nacional.

Um dos assuntos tratados na reunião foi a histórica parceria entre os dois países no desenvolvimento do projeto dos jatos AMX, iniciado em 1980. Iniciativa bem-sucedida, o AMX foi fundamental para que a Embraer adquirisse capacitação para produção de aviões civis e militares. Foi ressaltado que é preciso continuar a cooperação ítalo-brasileira em logística no programa.

Os AMX brasileiros estão passando por um processo de modernização. Nessa semana, na terça-feira (19), a Força Aérea Brasileira (FAB) realizou o primeiro voo de um AMX modernizado. O fato aconteceu na fábrica da Embraer em Gavião Peixoto, no interior de São Paulo.

No encontro, os ministros foram acompanhados por seus oficiais de Alto Comando. Pelo lado brasileiro estiveram presentes os comandantes da Marinha, almirante-de-esquadra Julio Soares de Moura Neto; do Exército, general-de-exército Enzo Martins Peri; e da Aeronáutica, tenente-brigadeiro-do-ar Aprígio Eduardo de Moura Azevedo (interino); além do chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), general-de-exército José Carlos De Nardi.
Troca de experiências

Celso Amorim mencionou a experiência do Brasil em operações de paz, como no Haiti, e disse que “é uma boa oportunidade de cooperação nessa área”. Sobre o país caribenho, o ministro brasileiro reforçou a ideia da retirada gradual das tropas. “Não é bom para nós nem para eles que façamos a segurança do Haiti para sempre.”

Também foi citado o trabalho realizado pelos militares brasileiros no Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB), no Rio de Janeiro – responsável pelo treinamento das tropas. O ministro da Defesa brasileiro disse que seria interessante que os italianos conhecessem o centro e abriu as portas para um futuro intercâmbio entre oficiais dos dois países nessa área.

Giampaolo Di Paola, por sua vez, convidou os militares brasileiros a conhecer o trabalho de combate aos grupos de piratas realizado por eles no Oceano Índico. Sobre esse aspecto, Amorim lembrou que é importante para o Brasil ver como se dá uma operação naval em outro teatro e que as ações de pirataria já chagaram no Atlântico Sul, principalmente no Golfo da Guiné.

No que diz respeito às missões internacionais, Giampaolo Di Paola explicou que “a Itália está agora engajada em operações de paz”. O ministro destacou a experiência do país no comando da Força Interina das Nações Unidas no Líbano, a Unifil – a qual o Brasil participa com o comando da Força-Tarefa Marítima. O ministro italiano citou, também, as ações realizadas no Afeganistão, onde o país europeu mantém mais de 4 mil militares.
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