sábado, 29 de dezembro de 2012

França e países africanos enviam tropas para República Centro-Africana


Após avanço da aliança rebelde, Paris envia grupo de paraquedistas à República Centro-Africana, como "medida de precaução". Nações vizinhas também concordaram em despachar soldados para o país.
Após os recentes protestos contra a embaixada francesa em Bangui, capital da República Centro-Africana, a França aumentou sua presença militar no país. Como informado pelo Ministério da Defesa em Paris na madrugada deste sábado, 150 soldados franceses se deslocaram nesta sexta-feira do Gabão para o Estado africano.
Segundo o ministério, trata-se de uma "medida de precaução" para a "proteção de cidadãos franceses e europeus". O grupo de paraquedistas reforça agora os 250 soldados franceses que já se encontram estacionados na base militar M'Poko, no aeroporto da capital, Bangui.
Há duas semanas, a aliança rebelde Séléka iniciou uma ofensiva armada contra o presidente centro-africano, François Bozizé. Os rebeldes querem derrubar seu governo porque Bozizé teria, supostamente, rompido um acordo de paz assinado em 2007. Várias cidades foram dominadas pelos rebeldes. Milhares de pessoas estão em fuga devido aos combates.
Posição francesa
Na quarta-feira, centenas de apoiadores do governo atacaram a embaixada francesa em Bangui, acusando a antiga metrópole colonial de não reagir frente ao conflito que assola o país.
Por volta de 1.200 franceses vivem na República Centro-Africana. O primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault, reiterou que Paris pretende, no entanto, ficar fora dos combates.
Países vizinhos enviam soldados
A Comunidade Econômica dos Estados da África Central (CEEAC) se esforça agora por um cessar-fogo. Numa reunião no Gabão, os Estados-membros concordaram com o envio de tropas de países vizinhos para evitar que o governo da República Centro-Africana seja derrubado pelos rebeldes.
No entanto, ainda não se sabe quantos soldados deverão ser enviados e quando eles irão chegar. "Elaboramos agora os preparativos necessários para que a missão possa começar o mais cedo possível", disse o ministro do Exterior do Gabão, Immanuel Issoze-Ngondet. Anteriormente, a CEEAC havia enviado delegações para as duas partes conflitantes.
O presidente François Bozizé apelou por ajuda internacional na última quinta-feira, diante de temores crescentes de que os rebeldes possam atacar a capital, Bangui.
Os Estados Unidos fecharam sua embaixada em Bangui na sexta-feira. Representantes diplomáticos e outros cidadãos norte-americanos e estrangeiros foram retirados do país. O presidente norte-americano, Barack Obama, se recusa a apoiar Bozizé com o envio de tropas.
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