A imprensa israelense dedicou suas capas nesta sexta-feira a um possível ataque militar de Israel contra instalações nucleares iranianas, considerando que os principais defensores deste controverso plano são o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa, Ehud Barak. Para o jornal de grande circulação Yediot Aharonot, Netanyahu e Barak estão "decididos a atacar o Irã no outono", inclusive antes das eleições americanas."É muito relevante que estas duas figuras de alto escalão, o primeiro-ministro e o ministro da Defesa, estejam decididos a isso", consideraram dois editorialistas do Yediot Aharonot, Nahum Barnea e Shimon Shiffer. "Mas também é muito relevante que nenhuma personalidade da classe dirigente - nem no exército, nem nos círculos da Defesa, nem sequer o presidente - apoie atualmente um ataque israelense", acrescentaram.
O jornal Haaretz abre sua edição do fim de semana com declarações de um funcionário de alto escalão que pediu o anonimato. "Israel tem que se perguntar de maneira responsável qual seria o sentido de não agir neste momento", considerou o dirigente.
Por sua vez, o Maariv se refere em sua primeira página a uma pesquisa que indica que 37% dos israelenses entrevistados pensam que se o Irã tivesse uma arma nuclear poderia provocar um "segundo Holocausto".
Teerã nega as acusações das potências ocidentais e de Israel e assegura que seu programa nuclear só tem fins civis. Israel, a única potência nuclear - embora não reconheça - da região, considera que sua existência estaria ameaçada se o Irã possuísse uma bomba atômica.
Na quinta-feira, Barak havia afirmado que "as estimativas dos americanos sobre a possibilidade de que o Irã possa dispor de uma bomba atômica (...) se aproximam das nossas". Isso "faz com que a questão iraniana seja um pouco mais urgente", acrescentou.
segurança nacional blog..AFP
Nenhum comentário:
Postar um comentário