Nesta segunda-feira, 21 de fevereiro, foi apresentado pela primeira vez à imprensa a nova plataforma para aeronave-radar da Índia que foi criada sob encomenda pela Embraer. Embora apresentando uma configuração muito semelhante ao chamado E-99 da FAB o modelo destinado à Índia apresenta muitas diferenças, entre elas um novo radar dorsal 100% desenvolvido pelo Centro de Sistemas Aerotransportados (CABS – Center for Airborne Sistems) do DRDO (Defense Research and Development Organization – Organização de Pesquisa e Desenvolvimento da Defesa) indiano no lugar do sistema Saab Erieye usado pela FAB. Os indianos escolheram assumir toda a parte eletrônica deste avião e para reduzir riscos optaram pela plataforma já provada do jato regional ERJ-145 que já gerou anteriormente uma família de aeronaves dedicada às atividades de obtenção de Inteligência, Patrulha e Reconhecimento (em inglês “ISR” - Intelligence, Surveillance and Reconnaissance) atualmente em uso operacional pelas forças aéreas do Brasil, Grécia e México.
A opção pela confiabilidade provada da plataforma do ERJ145 surgiu de uma profunda reavaliação do programa indiano após o acidente em janeiro de 1999 que destruiu o HS748 (avião mais conhecido como “Avro” na FAB) que era usado para transportar o primeiro modelo de radar indiano. Esta fatalidade custou a vida de quatro cientistas e técnicos-chave deste programa. Por isso é que o programa de radar aerotransportado indiano é um dos projetos que melhor mobiliza o sentimento de independência tecnológica nacional naquele país.
Mas a semelhança exterior inicial do avião indiano esconde um surpreendente numero de diferenças internas. Foram desenvolvidos na Índia além do radar primário “phased array” e do radar secundário (IFF), os consoles internos e seus displays, os rádios digitais, o sistema de comunicação de dados via satélite (SatCom), Contra-Medidas Eletrônicas, o Datalink, o software, os sistemas de autodefesa MAWS (Missile Approach Warning System - Sistema de Alerta de Aproximação de Míssil e RWR (Radar Warning Receive – Receptor de Alerta de Emissão de Radar) além de sistemas ejetores de chaff e flare para autodefesa. O modelo indiano apresenta cinco consoles em seu interior e conta com uma área de descanso para a tripulação capaz de acomodar sete militares. Segundo Fernando Ikedo, Diretor de Inteligência de Mercado da área de Defesa na Embraer, comentou que para os operadores a comunicação via satélite é uma “mão na roda”. O EMB-145MP mexicano, por exemplo, quase não usa mais os rádios UHF/HF, preferindo usar intensamente o seu sistema SatCom, inclusive para transmitir, em tempo real, para a base de operações em terra imagens geradas pela câmera FLIR de imagem infra-vermelha do avião. Ikedo confirmou que o formato inclinado da antena do E-99 e do AEW&C indiano deriva da necessidade dele voar na sua configuração mais econômica possível, ou seja com 6º de nariz para cima. Os aviões gregos são os únicos que têm as estações dos operadores-radar instaladas linearmente, apoiados na lateral da cabine. Para compensar o desconforto que seria causado nos operadores pelo vôo “cabrado” a Embraer colocou um sistema que nivela os teclados, painéis e as cadeiras durante o período em que o avião se encontrar “on station”. Diferentemente dos AEW&C anteriores os motores usados nesta nova versão são os Rolls Royce AE3007A-1E que também são usado na última variante do jato regional ERJ-145XR.
Os principais mudanças verificadas no AEW&C indiano em comparação com o modelo brasileiro, estão principalmente ligados à sua maior demanda por eletricidade e por refrigeração em função do novo sistema eletrônico de origem indiana. Para produzir mais energia, um segundo APU (Auxiliary Power Unit – Fonte Auxiliar de Força), semelhante ao modelo já existente foi instalado um pouco mais para baixo na cauda da aeronave. Na cauda, os dois strakes (estabilizadores que compensam o dano aerodinâmico causado pela grande antena do radar) tem espaço para receber novos sistemas defensivos, provavelmente os MAWS e o RWR. Por sua vez as duas imensas bolhas laterais escondem as antenas do Datalink Banda-C. Na aeronave apresentada pode-se ver em amarelo os componentes “padrão” da família 145, enquanto os novos anéis criados especificamente para este avião são, provavelmente aqueles na cor prata. O cilindro traseiro especial da fuselagem, aparentemente, deve ter uma estrutura mais reforçada, pois, além de sustentar o peso da antena dorsal deve ter que suportar também o peso dos tanques extras internos, semelhantes àqueles usados no E-99.
Este modelo do avião, apesar de ser construído em pequeno número, não se restringirá às unidades de testes, devendo ser colocados em operação regular num esquadrão da Indian Air Force. Segundo comentou no evento o Dr. Christopher do CABS, faz parte ainda deste programa que se encontra em permanente evolução, um futuro modelo de aeronave AEW&C para breve que usará um disco fixo na posição dorsal, semelhante ao “rotodome” do E-3 Sentry, no lugar da antena em formato de “trave” usado no avião atual. No interior do casulo aerodinâmico deste disco haverá três antenas em formato de trave, instaladas como num triangulo eqüilátero, garantindo cobertura permanente radar nos 360º. Fernando Ikedo Diretor de Inteligência de Mercado de Defesa da Embraer comentou ainda que a “os ciclos de venda deste produto é longo, o que explica a falta de vendas novas nos últimos dois anos, a empresa está continuamente preparando propostas para clientes do mundo todo, especialmente do Oriente Médio”. Ele acha ainda que “o mercado demonstra claro interesse pelas aeronaves ISR, especialmente para sistemas baseados na plataforma ERJ-145”.
Este avião apresentado deve realizar seu primeiro vôo nas próximas semanas para em seguida realizar uma série se ensaios em vôo que incluirá uma avaliação das modificações do sistema de combustível e do novo probe de reabastecimento. A previsão é que o avião siga para a Índia no final do ano de 2011. A cerimônia foi assistida por vários dignitários indianos contando inclusive com a presença do Embaixador desse país em Brasília.
A opção pela confiabilidade provada da plataforma do ERJ145 surgiu de uma profunda reavaliação do programa indiano após o acidente em janeiro de 1999 que destruiu o HS748 (avião mais conhecido como “Avro” na FAB) que era usado para transportar o primeiro modelo de radar indiano. Esta fatalidade custou a vida de quatro cientistas e técnicos-chave deste programa. Por isso é que o programa de radar aerotransportado indiano é um dos projetos que melhor mobiliza o sentimento de independência tecnológica nacional naquele país.
Mas a semelhança exterior inicial do avião indiano esconde um surpreendente numero de diferenças internas. Foram desenvolvidos na Índia além do radar primário “phased array” e do radar secundário (IFF), os consoles internos e seus displays, os rádios digitais, o sistema de comunicação de dados via satélite (SatCom), Contra-Medidas Eletrônicas, o Datalink, o software, os sistemas de autodefesa MAWS (Missile Approach Warning System - Sistema de Alerta de Aproximação de Míssil e RWR (Radar Warning Receive – Receptor de Alerta de Emissão de Radar) além de sistemas ejetores de chaff e flare para autodefesa. O modelo indiano apresenta cinco consoles em seu interior e conta com uma área de descanso para a tripulação capaz de acomodar sete militares. Segundo Fernando Ikedo, Diretor de Inteligência de Mercado da área de Defesa na Embraer, comentou que para os operadores a comunicação via satélite é uma “mão na roda”. O EMB-145MP mexicano, por exemplo, quase não usa mais os rádios UHF/HF, preferindo usar intensamente o seu sistema SatCom, inclusive para transmitir, em tempo real, para a base de operações em terra imagens geradas pela câmera FLIR de imagem infra-vermelha do avião. Ikedo confirmou que o formato inclinado da antena do E-99 e do AEW&C indiano deriva da necessidade dele voar na sua configuração mais econômica possível, ou seja com 6º de nariz para cima. Os aviões gregos são os únicos que têm as estações dos operadores-radar instaladas linearmente, apoiados na lateral da cabine. Para compensar o desconforto que seria causado nos operadores pelo vôo “cabrado” a Embraer colocou um sistema que nivela os teclados, painéis e as cadeiras durante o período em que o avião se encontrar “on station”. Diferentemente dos AEW&C anteriores os motores usados nesta nova versão são os Rolls Royce AE3007A-1E que também são usado na última variante do jato regional ERJ-145XR.
Os principais mudanças verificadas no AEW&C indiano em comparação com o modelo brasileiro, estão principalmente ligados à sua maior demanda por eletricidade e por refrigeração em função do novo sistema eletrônico de origem indiana. Para produzir mais energia, um segundo APU (Auxiliary Power Unit – Fonte Auxiliar de Força), semelhante ao modelo já existente foi instalado um pouco mais para baixo na cauda da aeronave. Na cauda, os dois strakes (estabilizadores que compensam o dano aerodinâmico causado pela grande antena do radar) tem espaço para receber novos sistemas defensivos, provavelmente os MAWS e o RWR. Por sua vez as duas imensas bolhas laterais escondem as antenas do Datalink Banda-C. Na aeronave apresentada pode-se ver em amarelo os componentes “padrão” da família 145, enquanto os novos anéis criados especificamente para este avião são, provavelmente aqueles na cor prata. O cilindro traseiro especial da fuselagem, aparentemente, deve ter uma estrutura mais reforçada, pois, além de sustentar o peso da antena dorsal deve ter que suportar também o peso dos tanques extras internos, semelhantes àqueles usados no E-99.
Este modelo do avião, apesar de ser construído em pequeno número, não se restringirá às unidades de testes, devendo ser colocados em operação regular num esquadrão da Indian Air Force. Segundo comentou no evento o Dr. Christopher do CABS, faz parte ainda deste programa que se encontra em permanente evolução, um futuro modelo de aeronave AEW&C para breve que usará um disco fixo na posição dorsal, semelhante ao “rotodome” do E-3 Sentry, no lugar da antena em formato de “trave” usado no avião atual. No interior do casulo aerodinâmico deste disco haverá três antenas em formato de trave, instaladas como num triangulo eqüilátero, garantindo cobertura permanente radar nos 360º. Fernando Ikedo Diretor de Inteligência de Mercado de Defesa da Embraer comentou ainda que a “os ciclos de venda deste produto é longo, o que explica a falta de vendas novas nos últimos dois anos, a empresa está continuamente preparando propostas para clientes do mundo todo, especialmente do Oriente Médio”. Ele acha ainda que “o mercado demonstra claro interesse pelas aeronaves ISR, especialmente para sistemas baseados na plataforma ERJ-145”.
Este avião apresentado deve realizar seu primeiro vôo nas próximas semanas para em seguida realizar uma série se ensaios em vôo que incluirá uma avaliação das modificações do sistema de combustível e do novo probe de reabastecimento. A previsão é que o avião siga para a Índia no final do ano de 2011. A cerimônia foi assistida por vários dignitários indianos contando inclusive com a presença do Embaixador desse país em Brasília.
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