Uma "intervenção militar" de países do Oeste da África na Costa do Marfim para fazer partir Laurent Gbagbo, que se recusa a deixar o poder, "parece, felizmente, descartada por enquanto", declarou nesta quarta-feira o secretário de Estado das Relações Exteriores de Cabo Verde, Jorge Borges.
Uma delegação formada por três presidentes africanos voltará à Costa do Marfim no dia 3 de janeiro para prosseguir com as negociações com o líder Laurent Gbagbo, disse o presidente do bloco regional Ecowas, Goodluck Jonathan, na quarta-feira.
"Eles voltarão no dia 3 de janeiro e, quando retornarem desta segunda visita, o resultado determinará a próxima ação", disse Jonathan, que também é presidente da Nigéria, após uma reunião com os enviados.
Os presidentes de Benin, Serra Leoa e Cabo Verde foram enviados pelo Ecowas à Costa do Marfim na terça-feira para dizer a Gbagbo que ele deve ceder o poder ao candidato presidencial rival Alassane Ouattara - o vitorioso da eleição de 28 de novembro, na opinião das potências mundiais e dos países africanos vizinhos - ou enfrentar uma possível força militar.
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