sábado, 11 de dezembro de 2010

A França oferecerá à Índia uma versão maior do submarino Scorpène convencional, movido a energia elétrica gerada a partir de óleo Diesel (SSK), por um contrato de 5 bilhões de dólares (300 bilhões de rúpias) por seis submarinos. Essa é a maior encomenda por submarinos convencionais do mundo.




Declarando isso, Patrick Boissier, Presidente e CEO da construtora naval francesa DCNS, confirmou que o design do submarino Scorpène atual pode ser alongado com a adição de mais seções, incluindo um sistema de Propulsão Independente de Ar (Air-Independent Porpulsion - AIP).



Boissier era parte da delegação comercial em visita a Nova Delhi com o Presidente francês Nicolas Sarkozy. A Índia já está construindo seis submarinos Scorpène na estatal Mazagon Dock ltd sobe um contrato de 180 bilhões de rúpias assinado com a França em 2005.



Ano passado, a Marinha Indiana expediu Pedidos de Informação (Requests for Information - RFIs) a distribuidores globais para seis submarinos da classe Project 75I, independentes do contrato de 2005.



A DCNS respondeu aos RFIs da Marinha em Setembro passado. No próximo ano, a Marinha deve emitir seus Pedidos por Proposta (Requests for Proposal - RFPs), que irão definir o tamanho dos submarinos e demais parâmetros críticos. Oficias da Marinha dizem que o contrato para o primeiro P75I deve ser assinado por volta de 2012-13.



Espera-se que os submarinos Project P75I sejam maiores que os da classe Scorpène, de 1800 toneladas, e permitam a montagem de sistemas AIP, propiciando maior tempo de permanência submersos e viabilizando a instalação de mísseis para ataque em terra.







Oficias da Marinha Indiana dizem que a comunalidade de componentes significará que a segunda linha de seis Scorpène será mais barata do que a de qualquer concorrente, embora não esteja clara a dimensão dessa economia. Os dois primeiros submarinos serão construídos no estaleiro estrangeiro que ganhar o contrato, os três seguintes, na MDL, e o último na Hindustan Shipyard Limited, recentemente adquirida pelo Ministério da Defesa.



Os submarinos serão construídos simultaneamente na Índia e fora dela para assegurar sua rápida adição à Frota. Isso ocorre porque a Marinha encara o rápido encolhimento de seu ramo de submarinos. Nenhum submarino foi adicionado na última década. Dos 18 em 2000, a Marinha vê-los reduzidos a 14 e começará a aposentar as 10 embarcações russas da classe Kilo a partir de 2015. O programa de submarinos Scorpène está atrasado em quatro anos. Espera-se que o primeiro deles junte-se à Marinha apenas em 2015.



O programa indiano de longo prazo de construção de submarinos, concebido em meados dos anos 1990, prevê a construção de 24 submarinos nas próximas duas décadas.



Tradução: Felipe Medeiros

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