
Mas aí fica a pergunta: quem na América Latina ou na África, nossos potenciais mercados, detém esta tecnologia de guerra centrada em redes? Não adianta colocar uma capacidade no míssil que ninguém vai usar. Isso só encarece a arma e diminui suas chances de exportação” – diz um dos engenheiros da Mectron. Perguntada se a arma possui sistema GPS para garantir precisão final no ataque, ou se possui sistema de pára-quedas para ser utilizada no modo de ataque contra alvos de oportunidade, como o ALARM britânico, a empresa disse que estes dados são ainda sigilosos. “O que podemos dizer é que o MAR-1 é uma arma de 350 kg, cheia de capacidades e que não fica nada a dever a nenhum similar estrangeiro, superando, inclusive, alguns deles. Quando o míssil entrar em operação na FAB e suas capacidades forem sendo reveladas, tenho certeza que todos ficarão muitíssimo orgulhosos da excepcional arma que construímos” – diz um funcionário da empresa. Quanto ao alcance que havia sido divulgado na imprensa especializada, que dava números de 25 km para um lançamento a 30 mil pés, a Mectron informa: “Isto está totalmente fora da realidade, são dados de um estudo aerodinâmico que não foram atualizados. O alcance atual, demonstrado em testes, é muito, mas muito maior que isso, e vamos melhorá-lo ainda mais. Para que se possa ter uma idéia, há pouco tempo efetuamos um teste com um novo motor que era tão potente que derreteu o bocal de exaustão e a porção traseira do míssil, fazendo com que tivéssemos que reprojetar tudo. Agora, um número real e definido eu não posso fornecer. É sigiloso”.
O desenvolvimento sofreu diversas dificuldades como a da falta de plataforma girométrica nacional (sistema de navegação de direção da arma) enquanto os sistemas procuram o alvo, esse sistema sofreu embargos durante a tentativa de compra externa obrigando os técnicos a desenvolver o produto no país, partindo do zero, desenvolveram um bloco girométrico miniaturizado a fibra óptica com 3 eixos ortogonais fornecendo a central de processamento da arma as informações necessárias que junto com os acelerômetros garantem a precisão do equipamento. O mesmo ocorreu com a cabeça de busca do míssil que quando o governo brasileiro tentou comprar de um fornecedor americano, compra essa que foi evidentemente bloqueada pelo governo americano, pois “não é interessante para a defesa americana o Brasil introduzir armamentos anti-radiação nessa região” obrigando o CTA a desenvolver localmente a cabeça de busca. O resultando alcançado nos testes e simulações foi que a cabeça de busca tem condições de detectar um radar de baixa potência (um diretor de tiro Skyguard) em distancias superiores a 500 km. O CTA utilizou aeronaves HS 123 da divisão de ensaios de vôo e simuladores de emissões TS 100 plus da Excalibur systems (05 a 18 GHZ).
Características
Alcance Mais de 35km a 30 000 pés de altitude.
Velocidade de lançamento Mach 0,5 a Mach 1,2
Ângulo de apresentação Lóbulos laterais da antena do radar detectado
Ângulo de visada 60°
Comprimento total 4.030 mm
Diâmetro 230 mm
Massa total 274 Kg
Cabeça de Guerra 90 Kg
Guiagem Passiva
Espoleta Ativa a laser
Fabricante Mectron Indústria e Comércio
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