
Inicialmente, a FAB pensava em adquirir uma aeronave do porte do Hermes 450. Entretanto, foi concluído que havia necessidade de, antes desse estágio, aprofundar o aprendizado e estudo sobre a operação de ART (Aeronaves Remotamente Tripuladas, termo que agora substitui o usando anteriormente — VANT, Veículo Aéreo Não Tripulado), o que permitirá uma decisão mais abalizada.
Em diferentes configurações de aviônicos/sensores, a plataforma Hermes 450 é atualmente empregada por diversos usuários — entre eles Israel, Grã-Bretanha e França —, tendo acumulado mais de 170.000 horas de vôo. Atualmente, a operação de ART ainda tem ares de novidade no Brasil, havendo necessidade de definir melhor as missões e posteriormente as especificações dos veículos que seriam os mais adequados às nossas necessidades. A idéia é estudar o equipamento e definir a melhor configuração para uma futura ART de projeto nacional. A regulamentação de ART pelo DECEA não está completa, e portanto ainda não contempla o emprego em missões não militares.
Todo o sistema Hermes 450, incluindo o “shelter” de controle (foto do meio) é transportado por um único C-130, e em pouco mais de um dia pode ser iniciada a operação. Uma única estação pode controlar duas aeronaves, que podem pousar ou decolar de forma autônoma ou manual. Durante a apresentação para as autoridades, entre elas o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro-do-Ar Juniti Saito (foto inferior), foi divulgada a informação de que a hora de voo do Hermes 450 custa aproximadamente 1/10 da hora de voo de uma aeronave convencional.
O Hermes 450 pode cobrir uma raio de 250km, e sua autonomia é superior a dez horas de voo. O programa de ensaios será executado por uma equipe denominada Grupo de Trabalho Victor, chefiada pelo Tenente-Coronel Aviador Ricardo Laux. e que conta com 11 técnicos da Aeroeletrônica. (Vinicius D. Cavalcante – fotos do autor)
Nenhum comentário:
Postar um comentário