sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

SATÉLITE SINO-BRASILEIRO CBERS-4 SERÁ LANÇADO NO DOMINGO (7)

 O lançamento do satélite Cbers-4, quinto exemplar do programa de satélites de sensoriamento remoto desenvolvido em parceria entre Brasil e China, está programado para 1h26 (no horário de Brasília, 11h26 em Pequim) deste domingo (7) a partir do Taiyuan Satellite Launch Center, na China.
O evento será acompanhado pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clélio Campolina, pelo presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Braga Coelho, pelo diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Leonel Perondi, e outras autoridades brasileiras.
Iniciado nos anos 1980, o programa Cbers (sigla em inglês para China-Brazil Earth Resources Satellite) é coordenado pela AEB e desenvolvido pelo Inpe. O Cbers-4 é o quinto satélite do Programa, exemplo bem-sucedido de cooperação em alta tecnologia e um dos pilares da parceria estratégica entre o Brasil e a China.
Seu lançamento, inicialmente programado para dezembro de 2015, foi antecipado em um ano devido à falha ocorrida com o foguete chinês Longa Marcha-4, que causou a perda do Cbers-3, em dezembro de 2013. Antes, foram lançados com sucesso o Cbers-1 (1999), Cbers-2 (2003) e Cbers-2B (2007).
A antecipação significou um desafio a mais para as equipes de especialistas dos dois países, que demonstraram ampla competência na preparação do Cbers-4 em conformidade com as rígidas especificações técnicas de um projeto espacial desse porte.
As atividades iniciaram em janeiro com o envio para a China da estrutura de carga útil do satélite, que antes estava no Laboratório de Integração e Testes (LIT) do Inpe, em São José dos Campos (SP).
Além dos processos de montagem e integração, a impossibilidade de conserto em órbita tornam imprescindíveis os rigorosos testes para simular em Terra todas as condições que o satélite enfrentará desde o seu lançamento até o fim de sua vida útil no espaço.
Tecnologia - Satélites de sensoriamento remoto são uma poderosa ferramenta para monitorar o território de países de extensão continental, como o Brasil e a China. As imagens obtidas a partir dos satélites da série Cbers permitem uma vasta gama de aplicações – desde mapas de queimadas e monitoramento do desflorestamento da Amazônia, da expansão agrícola, até estudos na área de desenvolvimento urbano.
O Cbers também é importante indutor da inovação no parque industrial brasileiro, que se qualifica e moderniza para atender aos desafios do programa espacial. A política industrial adotada para o programa permite a qualificação de fornecedores e contratação de serviços, partes, equipamentos e subsistemas junto a empresas nacionais. Assim, além de exemplo de cooperação binacional em alta tecnologia, o Cbers se traduz na criação de empregos especializados e crescimento econômico.
Graças à política de acesso livre às imagens, uma iniciativa pioneira do Inpe, as imagens do Cbers são distribuídas gratuitamente a qualquer usuário pela internet, o que contribuiu para a popularização do sensoriamento remoto e para o crescimento do mercado de geoinformação nacional.
O Inpe distribui cerca de 700 imagens por dia para centenas de instituições (mais de 70 mil usuários) ligadas a meio ambiente, uma contribuição efetiva ao desejado cenário de responsabilidade ambiental – um dos grandes desafios deste século.
O satélite está equipado com sofisticado conjunto de câmeras, com desempenhos geométricos e radiométricos melhorados em relação aos Cbers-1, 2 e 2B. São quatro câmeras: Imageador de Amplo Campo de Visada (WFI), Imageador de Média Resolução (MUX), Imageador Infravermelho (IRS) e Imageador de Alta Resolução (PAN).
Uma importante inovação consiste na MUX, a primeira câmera para satélite inteiramente desenvolvida e produzida no Brasil. Com 20 metros de resolução e multiespectral, a MUX câmera registra imagens no azul, verde, vermelho e infravermelho, em faixas distintas. Essas bandas espectrais têm funções bem calibradas visando seu uso em diferentes aplicações, principalmente no controle de recursos hídricos e florestais.
Projeto espacial dos mais sofisticados realizados no país, a MUX exigiu análises minuciosas e rigorosas, pois a câmera precisa suportar o tempo de vida necessário no ambiente hostil do espaço.
O histórico da cooperação espacial com a China, detalhes sobre o satélite e suas câmeras, exemplos de imagens e outras informações estão disponíveis nas páginas:
SEGURANÇA NACIONAL BLOG.SNB

Conheça o SABER M200

A empresa BRADAR, componente da Embraer Defesa & Segurança, anunciou durante a 3ª Mostra BID Brasil, realizada nas datas de 2 a 6 de setembro corrente, o seu radar de Abertura Sintética de arquitetura modular SABER M-200, como um produto disponível no próximo ano, 2015.
O radar SABER M200 é fruto do esforço da empresa BRADAR, antiga Orbisat, com intuito de oferecer as armas nacionais um instrumento superlativo em termos de detecção de ameaças aéreas, realizado com tecnologia e mão de obra nacional, impondo uma independência de fato a uma área sensível no ambiente militar. Para tanto, observou-se em sua concepção a modularidade e a compatibilidade de transporte com os meios aéreos já existentes na Força Aérea Brasileira, em dimensões e peso, ou seja, com a cabine de carga da aeronave Lockheed C-130H, o que vale dizer que o radar SABER M200 também o será com o seu substituto, Embraer KC-390, bem como com os meios de transporte terrestre, sendo facilmente portável em uma carreta porta – contêiner, visto que o sistema se encerra, totalmente, em um container padrão de 20 pés.
Com essa característica, o SABER M200 pode ser transportado por qualquer veículo que leve containers, e até mesmo ser camuflado como um container comum.A modularidade não se reflete como vantajosa apenas no que concerne ao transporte, mas também na manutenção e manejo do radar, ou seja, em sua operação, proporcionando ganhos de economia dos recursos empregados em logística, já que módulos defeituosos podem ser trocados em poucos minutos, facilitando as equipes operativas no que tange ao emprego do radar em situações de emergência, em locais distantes da cadeia logística.
Desenvolvido de maneira integral com tecnologia de estado sólido, o SABER M200 foi concebido com o objetivo de vigilância, varredura e orientação para sistemas antiaéreos, e possui a interessante característica de ser facilmente reconfigurado, isto a partir de uma rápida alteração dos parâmetros existentes em seu arquivo de configuração pelo simples fato de ser um radar definido por software. Além disso, o radar se comporta como uma unidade de processamento de considerável desempenho, por deter a capacidade de processamento de mais de 30T flops.
Possui em uma só estrutura as funções de radar primário e radar secundário SAR que gera imagens 3D com até 1 metro de resolução.O chamado Radar Primário possui como antenas painéis com faces retangulares dispostos em 360ª, e operam na Banda – S, ou seja, na Frequência de 2 a 4 GHz, com Comprimento de Onda de 7.5 a 1.5 cm.  já o Radar Secundário situa-se no topo do conjunto e funciona da maneira clássica, sendo recolhido quando em transporte, e extendido quando em operação.

Especificações Técnicas

Radar Primário

Característica física:
4 painéis fixos com feixe eletrônico.
Frequência:
Banda - S. (2 ~ 4 GHz).
Altura:
0 ~ 15 km.
Alcance (seção reta - radar de 2m)

Modo Vigilância:
170 km.
Modo Busca:
130 km.
Resolução em alcance:
75 m.
Precisão angular em azimute e elevação:
0,08°.
Ângulo de iluminação em elevação:
60°.
Potência máxima de pico:
83 kW por painel.
Contramedidas eletrônicas:
agilidade em frequência e escuta.
Polarização:
Circular.
Tempo de varredura:

Modo de Vigilância:
9 s.
Modo Busca:
1 s.


Radar Secundário

Modos:
1, 2, 3A e 4.
Alcance:
200 km.
Tecnologia InSAR:

Imagem:
3D.
Resulução
1 m.
FONTE  BRADAR..SEGURANÇA NACIONAL BLOG.SNB

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

SATÉLITE CBERS-4 FOI INTEGRADO AO VEICULO LANÇADOR

A coifa que abriga o satélite sino-brasileiro Cbers-4 foi acoplada ao veículo lançador Longa Marcha-4B na sexta-feira (28/11) na base de Taiyuan, na China. O lançamento está marcado para domingo (7).
As equipes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (Cast, na sigla em inglês) realizam os últimos preparativos para o lançamento do quinto satélite do Programa Cbers (sigla para Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres).
De acordo com o Inpe, o novo satélite terá exatamente as mesmas especificações técnicas que o Cbers-3. Serão quatro câmeras de videomonitoramento em resolução melhor do que as instaladas em modelos anteriores. Ao todo, o equipamento pesa mais de duas toneladas e tem vida útil programada para quatro anos.
Em órbita, o Cbers-4 margear o Brasil, China e países da América do Sul, mas também poderá fazer registros de outras regiões do planeta. Entre suas principais atribuições está o monitoramento do desmatamento na Amazônia.
O investimento neste quinto exemplar do programa Cbers deve permanecer o mesmo aplicado no Cbers-3, cerca de R$ 160 milhões. A participação na construção permanece dividida em 50% para a China e 50% para o Brasil.
Imagens e informações sobre o satélite, suas câmeras e aplicações, bem como os antecedentes da cooperação com a China, estão disponíveis nas páginas:

Fonte: CCS com informações do Inpe
SEGURANÇA NACIONAL BLOG.SNB