terça-feira, 22 de outubro de 2013

Cooperação da Rússia com Brasil e Peru: material bélico e intercâmbio de tecnologias

Foi concluída a visita do ministro da defesa da Federação Russa Serguei Shoigu ao Peru e ao Brasil. Ao fazer o seu balanço, o ministro ressaltou que as propostas russas, formuladas no Peru e no Brasil, na pior das hipóteses nada devem a propostas dos outros países.
Então: "Por que a Rússia deve ficar à margem? O ritmo de desenvolvimento da nossa indústria é bastante enérgico e se anteriormente dizíamos que utilizávamos a tal de "margem de antecipação" do passado, hoje podemos constatar que utilizamos não somente isso". Serguei Shoigu completou esta declaração dizendo: "Prosseguimos com os colegas brasileiros naquilo que tinha sido iniciado pelo chefe do Estado russo e pelo presidente do nosso governo, ou seja, a ampliação da cooperação técnico-militar. E aí existe um espectro muito amplo: desde os sistemas de defesa antiaérea até aviões da quinta geração, com a utilização das realizações que os dois países já possuem". Como se sabe, o ministro Shoigu propôs aos colegas brasileiros também a cooperação nas questões de criação conjunta de satélites e no desenvolvimento de um programa cósmico especial de comunicação e de sondagem da superfície terrestre.
As propostas russas aos parceiros peruanos a respeito do fornecimento de blindados também podem ser considerados no plano de aperfeiçoamento da capacidade de defesa dos Estados latino-americanos. Atualmente o exército peruano possui cerca de trezentos tanques T-55 de fabricação russa. Mas ainda na primavera, depois da realização da exposição de armas na Rússia, foi apresentado para testes no Peru um exemplar do tanque T-90S, que despertou um grande interesse dos nossos parceiros de Lima. Falando a propósito, em breve os peruanos irão visitar a Rússia a convite do ministro da defesa Serguei Shoigu a fim de tomar conhecimento dos parâmetros deste novo tanque num dos polígonos russos. Eis a opinião do nosso perito Viktor Litovkin, redator-chefe do jornal Boletim Militar Independente.
"Além dos tanques, a Rússia pode fornecer também os mais modernos veículos blindados de transporte do pessoal BTR-80 A, que o Exército Russo já começou a receber. Além disso, já fornecemos ao Peru quase duas dezenas de helicópteros. Além do fornecimento de alguns tipos de armamento, podemos criar no território do Peru complexos da sua manutenção técnica."
É muito importante que a Rússia propõe passar do fornecimento de alguns modelos concretos para a criação de sistemas inteiros de perfil tecnológico e de empresas conjuntas de modernização do material de guerra, o que permitirá ampliar a cooperação mutuamente vantajosa na região. Por exemplo, em setembro os militares brasileiros concluíram o processo de concatenação por diversas entidades da questão de aquisição à Rússia de complexos Pantsir-S1 – uma combinação de míssil e de canhão automotriz de defesa antiaérea. Este será um importante passo rumo à assinatura do contrato, que de acordo com os dados da mídia brasileira é avaliado em cerca de um bilhão de dólares americanos.
O sistema Pantsir-S1 é destinado a proteger tanto objetos militares, como civis. Pode atingir alvos aéreos, com dimensões de até 2-3 centímetros e velocidades de até mil metros por segundo, que se encontram à distância de até 20 quilômetros e estão à altura de até 15 mil metros. Este sistema pode atingir com o máximo de precisão os mais diversos objetos, como, por exemplo, helicópteros, aviões, drones, mísseis alados e, inclusive, bombas aéreas. Os militares brasileiros revelam um interesse especial em relação a Pantsir pois a seu cargo estará a defesa antiaérea do Campeonato Mundial de Futebol, a realizar-se no próximo ano, e das Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro.
O chefe do Ministério da Defesa da Federação Russa apontou: "Estamos chegando ao acordo com o Brasil a respeito dos Pantsir. Mas a preparação do documento final requer certo tempo". Na opinião do perito russo em sistemas de defesa antiaérea Said Aminov, "os países da América Latina estão prontos a cooperar estreitamente com a Rússia". Ele disse a seguir:
"Estes contratos planejados com o Brasil e com o Peru são excepcionalmente importantes no plano de consolidação das posições da Rússia no mercado mundial de armamentos. Eles são também importantes e interessantes para todas as partes no plano de realização do material técnico de guerra russo e das tecnologias russas. Especialmente quando se trata dos sistemas modernos como Pantsir-S1, complexos portáteis Igla-S e tanques T-90S. Precisamente estes blindados serão apresentados aos peruanos nos testes. Este é um importante momento na consolidação da interação técnico-militar com os países da América Latina."
Depois das visitas ao Peru e ao Brasil, o chefe do Ministério da defesa da Federação Russa Serguei Shoigu ressaltou que esta cooperação adquire um sentido especial não somente para o aperfeiçoamento dos sistemas de segurança de cada país, mas também para o desenvolvimento das suas economias.
VOZ DA RUSSIA SEGURANÇA NACIONAL BLOG

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

pacote de negócio de US $ 1 bilhão, Russia com Angola

RIA Novosti) - estatal monopólio de exportação de armas da Rússia assinou um pacote de negócio de US $ 1 bilhão, com Angola para fornecer equipamento militar, construir uma fábrica de munições e prestar serviços de manutenção, Vedomosti Business Daily quarta-feira.
Rosoboronexport irá fornecer 18 caças Su-30K para a nação sul Africano, disse o jornal, citando fontes na companhia de exportações de armas eo exército russo.
Os caças Su-30K em questão são de um lote de aeronaves que foram inicialmente fornecidas para a Índia na década de 1990, antes da Delhi receber o mais avançado multirole variante Su-30MKI.Eles foram devolvidos para a Rússia em 2007, Vedomosti disse, e, desde então, ficado ocioso em uma fábrica de reparação da Bielorrússia.
Eles tinham sido oferecido anteriormente à Bielorrússia, Sudão e Vietnã.
Também na lista estão Mi-17 helicópteros de transporte, tanques, artilharia, armas de fogo e munições, segundo o jornal.
Rosoboronexport irá realizar manutenção de equipamentos militares de fabricação russa, usado pelas forças armadas de Angola, disse o relatório.
Rosoboronexport eo Ministério da Defesa russo não fez nenhum comentário oficial sobre as supostas ofertas, que Vedomosti disse que foram assinados na semana passada, durante viagem vice-premiê russo de Dmitry Rogozin para Angola, aliado geopolítico da Rússia desde a era soviética.
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Cade aprova acordo entre Embraer,e Avibras AEL Sistemas

 O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) informou nesta segunda-feira que aprovou o acordo entre a Embraer, a AEL Sistemas e a  Avibras. Anunciado em fevereiro deste ano, o acordo consiste na aquisição, pela Avibras, empresa de equipamentos e sistemas de alta tecnologia, de 9% do capital Harpia, joint venture formada entre a Embraer Defesa e Segurança e a AEL Sistemas, subsidiária do grupo israelense Elbit Systems.
O negócio foi aprovado sem qualquer restrição pela superintendência-geral do órgão brasileiro de defesa da concorrência, que informou sua decisão por intermédio do Diário Oficial da União.
O objetivo é explorar de forma conjunta o mercado de veículos aéreos não tripulados (vants). Pelo acordo, a Harpia passará a contar com o projeto do veículo Falcão, desenvolvido pela Avibras para uso das Forças Armadas brasil eiras. O veículo será capaz fazer “missões de  reconhecimento, aquisição de alvos, apoio à direção de tiro, avaliação de danos, vigilância terrestre e marítima”, informam as empresas envolvidas na documentação disponibilizada pelo Cade.
A Embraer continuará tendo 51% da Harpia. Os 9% que passam para a Avibras eram da AEL Sistemas, que ficará com 40% do capital da joint venture.
(Valor)  SEGURANÇA NACIONAL BLOG,, SNB

terça-feira, 15 de outubro de 2013

França flutua primeiro navio de guerra Mistral russo

(RIA Novosti) - O estaleiro francês flutuava na terça-feira o primeiro de dois navios de assalto anfíbio da classe Mistral a ser construído para a Marinha russa.
O navio, chamado Vladivostok, que está sendo construído no estaleiro DCNS, em Saint-Nazaire, está prevista para começar os testes de mar em março do próximo ano.
"O navio será entregue desarmado, mas equipado com equipamento de pouso de fabricação francesa," DCNS gerente do programa Yves Destefanis disse na cerimônia de lançamento. Ele será equipado com sistemas de armas de fabricação russa, mais tarde, acrescentou.
O navio receberá seus sistemas russos adicionais no Severnaya Verf estaleiro em São Petersburgo, e, em seguida, ser entregue a Frota do Pacífico da Rússia, em novembro de 2014.
Rússia e França assinaram o contrato 1200000000 € (1,6 bilhões) por dois porta-helicópteros da classe Mistral francesa construídas em junho de 2011.
Um segundo navio da classe Mistral, a Sevastopol, é devido a ser lançada em outubro de 2014.
De acordo com o Ministério da Defesa russo, os dois navios de guerra será baseada nos portos do Extremo Oriente de Vladivostok e Petropavlovsk-Kamchatsky quando entrar em serviço.
A decisão de adquirir a construir uma terceira e quarta Mistral para a Marinha russa serão tomadas com base na experiência de testar o primeiro, um oficial aquisições de defesa russo disse terça-feira.
"A decisão final sobre a construção do terceiro e quarto [Mistrals] não foi tomada", disse Andrei Vernigora, diretor do departamento de compras do Ministério da Defesa. "Temos de ver como todos os sistemas têm se adaptado. É possível que o projeto pode exigir uma nova revisão ".
A decisão de comprar um grande navio de guerra de fabricação estrangeira - um movimento sem precedentes na Rússia desde a Segunda Guerra Mundial - foi um controverso. No início deste ano, o vice-premiê Dmitry Rogozin, que supervisiona as aquisições de defesa, criticou a compra Mistral, feito sob os auspícios de seu antecessor, Anatoly Serdyukov, para exigir lubrificantes especiais e outros líquidos não produzidos na Rússia, a fim de funcionar corretamente em tempo frio.
A Frota do Pacífico está formando equipes para os dois porta-helicópteros, um porta-voz da Frota do Pacífico disse à RIA Novosti nesta terça-feira.
Navios de classe Mistral é capaz de transportar 16 helicópteros, quatro lanchas de desembarque, 70 veículos blindados, e 450 soldados.
As asas de ar Mistral russos são esperados para compor oito Kamov Ka-52K helicóptero de ataque s e oito Ka-29/31 Helix helicópteros de transporte de assalto.
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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Rússia para oferecer ao Brasil Participação no Projeto de Combate Avançado Futuro

RIA Novosti) - Uma delegação militar russa prestes a visitar o Brasil vai oferecer o desenvolvimento conjunto de uma aeronave de combate de quinta geração "do tipo" de seu próprio mais novo lutador mais aos funcionários da defesa brasileira, membro da delegação disse RIA Novosti segunda-feira.
A proposta parece ser em apoio de uma oferta não solicitada pela da Rússia combate a fabricante de aviões Sukhoi de seu caça Su-35, que foi atingido off shortlist do Brasil para o concurso F-X2 da sua força aérea para a compra de 36 caças de US $ 4 bilhões. A Rússia ainda está esperando para vender a aeronave Su-35s ou similar para o Brasil fora do âmbito desse concurso, adoçante a lidar com a nova proposta.
Durante as negociações no Brasil, estamos prontos para oferecer aos nossos parceiros de entregas prontas para venda de aeronaves mais avançadas, como o Su-35, mas também o desenvolvimento conjunto de uma nova geração [de combate] aviões do tipo T-50", a fonte de delegação disse.
O T-50 PAK-FA, que compõem o núcleo da frota de caças futuro da Rússia, é um avião de guerra multirole com tecnologia "stealth", "super-manobrabilidade, capacidade de super-cruzeiro, e aviônicos avançados, incluindo uma matriz de varredura eletrônica ativa radar, de acordo com seu criador Sukhoi.
No final de abril, o presidente Vladimir Putin disse que a primeira T-50 entraria em serviço com as forças armadas da Rússia em 2016.
Rússia e Índia já estão desenvolvendo um derivado do T-50 para a Força Aérea da Índia. De acordo com executivos da indiana Hindustan Aeronautics Limited (HAL), que vai construir o avião, os dois lados concluído o projeto preliminar do avião, apelidado provisoriamente FGFA, no início deste ano e agora estão negociando um contrato detalhado.
O concurso F-X2 é a segunda tentativa do Brasil para encontrar um substituto para o seu envelhecimento Northrop F-5 e Dassault Mirage lutadores. Um concurso anterior, FX, foi cancelada em 2005 devido à falta de financiamento.
Três candidatos permanecem oficialmente na corrida - a sueca SAAB Gripen NG, o francês Dassault Rafale e EUA Boeing FA-18E / F Super Hornet. De acordo com a Defesa Industry Daily, o FA-18E / F estava perto de ganhar o negócio no mês passado, mas a revelação de que a Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos havia espionado o gabinete presidencial brasileiro colocar o negócio em espera. Poder revista Aero Brasil, citando as autoridades locais, diz o presidente do Brasil, Dilma Rousseff decidiu no final do mês passado, para adiar a sua proposta até 2015, após as eleições do próximo ano.


A delegação russa liderada pelo ministro da Defesa, Sergei Shoigu, vai visitar o Brasil e Peru em outubro 14-17 para promover as vendas de armamento russo para esses países.Ele inclui Alexander Fomin, chefe do Serviço Federal para a Cooperação Técnico-Militar (FSMTC) e Anatoly Isaikin, chefe das exportações de armas Rosobornexport monopólio.
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PROGRESSO’ EM VENDA DE CAÇAS FOI ‘ADIADO’ SEM IDA DE DILMA AOS EUA, DIZ BOEING

Pablo Uchoa
A presidente da Boeing no Brasil, a ex-embaixadora dos EUA em Brasília Donna Hrinak, disse nesta sexta-feira que o “progresso” nas negociações entre a empresa e o governo brasileiro para a compra de caças para a FAB (Força Aérea Brasileira) foi “adiado” na mesma medida em que também foi adiada a vista de Estado da presidente Dilma Rousseff a Washington, marcada inicialmente para este mês.
Falando durante uma conferência sobre o Brasil na capital americana, Donna Hrinak disse porém que a companhia ainda acredita que está oferecendo “o melhor pacote em termos de inovação” e defendeu a escolha de sua companhia para fornecer as aeronaves, independentemente das tensões entre os dois países por conta do escândalo de espionagem.

“Lamentei muito, porque acho que era a coisa certa a se fazer (o governo brasileiro aceitar a oferta americana) na hora certa”, disse Hrinak, durante o evento promovido pelo centro de estudos Wilson Center. “Isto dito, acho que as razões do adiamento foram certamente compreensíveis.”
“Esperávamos que a visita de Estado sinalizasse que o Brasil e os EUA quisessem o tipo de parceira estratégica que tornasse possível para o Brasil decidir a nosso favor. O adiamento da visita significa que qualquer progresso a esse respeito também foi adiado”, continuou Hrinak.
“Espero que, indepentemente de quão justificado seja o ultraje do Brasil com a NSA (agência do governo dos Estados Unidos responsável por fazer espionagem eletrônica), isso não leve as pessoas a ignorar os benefícios que podem advir dessa parceria.”
A Boeing (com seu caça FA-18 Super Hornet) está disputando com a francesa Dassault (caça Rafale) e a sueca Saab (caça Gripen NG) a preferência do governo brasileiro, que pretende comprar 36 aeronaves para a FAB em um contrato estimado em US$ 4 bilhões. Entre as cláusulas estarão requerimentos de transferência de tecnologia para o Brasil.
O processo começou em 2001 e ficou paralisado entre 2005 e 2008 por causa da conjuntura internacional. Em agosto, o comandante da FAB, Juniti Saito, disse que o governo Dilma pretende encerrá-lo “em curto prazo”.

Lamentações

A conferência está sendo realizada a apenas 12 dias da data em que a presidente Dilma Rousseff planejava visitar os EUA em caráter de Estado, em 23 de outubro. A visita foi oficialmente “adiada” – sem nova data para acontecer – após os escândalos envolvendo as denúncias de espionagem da NSA sobre a própria presidente Dilma Rousseff, seus ministros e a Petrobras.
Na abertura do seminário, o ex-embaixador americano no Brasil Anthony Harrington, presidente da Câmara de Comércio Brasil-EUA, disse que as razões para a visita continuam “profundas e válidas”.
Ele defendeu que o setor empresarial dos dois países continue trabalhando para reforçar as parcerias – principalmente no campo da inovação, área de interesse para o Brasil – e deixe as questões envolvendo a NSA “para os diplomatas”.
Mas o ex-diplomata brincou que o adiamento da visita foi provavelmente um “presente” de Dilma para presidente Barack Obama, pois poderia se dar em um momento em que, ironicamente, o governo federal continua fechado para os negócios.
O setor aéreo é uma das áreas em que Brasil e EUA têm um diálogo estratégico desde 2012, e no qual poderiam buscar resultados a partir de uma visita de Dilma a Washington.
O presidente da Embraer, Gary Spulak, ressaltou que 13 projetos destinados ao primeiro ano do diálogo aeroespacial – 90% do total – foram completados dentro do tempo, e que outras iniciativas, com horizonte de dois anos, devem ser estabelecidas em novos encontros do setor previstos para este mês.
Os projetos envolvem áreas como infraestrutura aérea, desenvolvimento de negócios, tráfego aéreo e certificação de aeronaves. O presidente da Embraer avaliou que este modelo de cooperação poderia se estender para outras áreas, como petróleo e gás e têxtil.
“Há tanto progresso em tantas frentes entre os nossos países”, afirmou o executivo. “Esse ímpeto existe e criou vida própria porque é bom para ambos os países e as companhias do setor privado que operam (nos dois países).”
BBC BRASIL SNB

ESPIONAGEM ABRE DISCUSSÃO SOBRE PREPARO DO BRASIL PARA UMA GUERRA CIBERNÉTICA

Maurício Moraes
Alvo de espionagem estrangeira, a presidente Dilma Rousseff disse em um discurso na ONU que "o Brasil sabe proteger-se" de ameaças vindas pela rede. O sistema de defesa cibernética do país, no entanto, ainda dá os primeiros passos e está longe de garantir segurança contra ataques, apesar de o tema já figurar como prioridade na Estratégia Nacional de Defesa.
Entre as medidas discutidas pelo governo, estão a criação de uma agência nacional de segurança cibernética, a instalação de uma escola nacional para o setor e a implementação de ações integradas entre os muitos órgãos envolvidos na proteção da rede de computadores brasileira.

De acordo com o general José Carlos dos Santos, chefe do Centro de Defesa Cibernética do Exército brasileiro (CDCiber), um dos dois principais órgãos responsáveis por garantir a segurança das redes no país, o país precisa se preparar para a possibilidade de uma "guerra em rede".
Na tarde de domingo, a presidente Dilma Rousseff, anunciou ter determinando ao Serviço Federal de Processamento de Dados a implantação de "um sistema seguro de e-mail em todo o governo federal", nas palavras dela, publicadas no Twitter. "É preciso + segurança nas mensagens p/ prevenir possível espionagem", acrescentou.

Fragilidade

A fragilidade do sistema de segurança cibernético brasileiro foi escancarada em meio ao escândalo envolvendo o vazamento promovido por Edward Snowden, ex-colaborador da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês). Documentos mostraram que a presidente foi alvo de espionagem, assim como o Ministério das Minas e Energia a a gigante Petrobras, com suspeitas de espionagem comercial nesse último caso.
Especialistas ouvidos pela BBC Brasil reforçam que "nenhum país está 100% protegido" da ação de hackers, sejam eles ativistas, integrantes de grupos criminosos ou funcionários de agências de inteligência de outros países.
Todos também destacaram que o Brasil está dando passos importantes na construção de um sistema de defesa e segurança cibernética, embora esteja em um estado ainda inicial. Nenhum deles se disse surpreso pelos casos de espionagem revelados por Snowden.
 
A espionagem em si é sobretudo resultado de uma vulnerabilidade do sistema de segurança cibernética (que inclui a proteção de dados de instituições governamentais, privadas e de cidadãos em geral).
Há também o conceito de defesa cibernética, nos moldes militares. Redes de órgãos públicos e de empresas estratégicas podem ser vítimas - agora e, principalmente, no futuro - de ataques que se assemelham aos de uma campanha de guerra.
A fronteira entre segurança e defesa pode ser tênue. E as batalhas não são convencionais - travada na rede mundial de computadores, essa guerra silenciosa pode ter caráter destrutivo, mas os que estão no front geralmente não vestem o uniforme de um país, embora estejam a serviço de interesses de Estados nacionais.

Estratégia de guerra

Em 2008, a Estratégia Nacional de Defesa recomendou o "fortalecimento de três setores de importância estratégica: o espacial, o cibernético e o nuclear".
Boa parte desta responsabilidade recai sobre o general José Carlos dos Santos, chefe do CDCiber, um dos dois principais órgãos responsáveis por garantir a segurança das redes no país.
"Baseados nas lições recentes, estamos plenamente conscientes de que isso é possível, uma guerra em rede", disse o general, em entrevista à BBC Brasil.
 
Entre as "lições" mencionadas pelo general estão os ataques virtuais a sites do governo, de bancos e jornais da Ucrânia, em 2007. Outro caso similar ocorreu durante a invasão russa à Geórgia, quando a ex-república soviética sofreu um "apagão" virtual. Nos dois episódios, pesaram suspeitas sobre Moscou.
Outro caso emblemático foi o ataque às instalações nucleares de Natanz, no Irã. O vírus autorreplicante Stuxnet destruiu várias centrífugas, retardando o programa nuclear do país, segundo a narrativa de especialistas da área. Israel foi apontado como provável responsável pelo ataque.
 
"Temos quee estar preparados para essas eventualidades", diz o general. Ele conta que as academias militares já incluíram programas de tecnologia e segurança da informação em seus currículos.Em 2009, segundo o general, o ministério da Defesa teve aprovado um orçamento de R$ 400 milhões a ser executado em quatro anos, apenas com a segurança e defesa cibernética. Já as verbas destinadas a operações especiais durante a Copa do Mundo são de R$ 40 milhões.

Vulnerabilidades

Para o professor Adriano Cansian, da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de São José do Rio Preto, o principal desafio do Brasil é se proteger contra os chamados "ataques de negativa de serviço".
Tais ataques ocorrem quando sistemas são bombardeados com falsos acessos, que acabam congestionando e derrubando sites.
Foi o que ocorreu em 2011, quando o site da Presidência e de vários ministérios e órgãos da administração federal foram alvo de ataques ao longo de vários dias. O braço brasileiro do movimento de hackers LulzSec assumiu a ofensiva que, segundo o grupo, tinha a intenção de mostrar a vulnerabilidade do sistema.

Cansiam diz que as redes de determinados órgãos podem requerer atenção especial por serem estratégias em caso de guerra virtual.
"Considero a infraestrutura física mesmo. Em caso de conflito, emissoras de TV, rádio, centrais elétricas, ramificações de fibra ótica e data center de grandes empresas precisam ser protegidas", argumenta, apontando para alvos que também ficariam na linha de ataque em caso de guerras convencionais.
O pesquisador, que é consultor de segurança cibernética de órgãos governamentais, diz no entanto que "o maior problema é perder a conectividade da rede, por negativa de serviço".
"Como criamos dependência muito grande da rede, seja no comércio, no setor de serviços e entretenimento, se um ataque se prolongar, as consequências podem ser danosas. Imagina se por causa de um ataque a China ficar impossibilitada de fazer comércio com o mundo durante 20 dias… Isso vai ser sentido em todo lado", diz.
BBC BRASIL ,,SNB

sábado, 12 de outubro de 2013

Obrum - PL-01 Furtivo batalha principal tanque Concept Prototype

 Projeto de apoio polonês tanque direto criado por OBRUM em parceria com a britânica BAE . Sys ... Um modelo do veículo foi apresentado no International Defence Industry Exhibition 02 de setembro de 2013 years [3].acordo com os pressupostos de projetistas completo protótipo para ser concluída em 2016, e massa  ...  

SEGURANÇA NACIONAL BLOG SNB 
 

Brasileira do Greenpeace passa meses em navios durante as missões

MORRIS KACHANI
DE SÃO PAULO
Ela é avessa ao consumismo, cuida de animais de rua desde quando era criança e foge dos salões de beleza. Diz que uma roupa foi feita para durar dez, quinze anos.
Assim amigos, parentes e parceiros de trabalho descrevem a gaúcha Ana Paula Alminhana Maciel, 31, presa na Rússia desde 19 de setembro por um protesto contra exploração de petróleo no Ártico.
A bióloga é ativista do Greenpeace desde 2006. Começou como voluntária, distribuindo panfletos e participando de mobilizações em terra. Sempre sonhou em embarcar em um dos três navios da entidade, em expedições.
É uma disputa acirrada: no Brasil, a maioria dos cerca de 200 voluntários alimentam esse desejo.
Ela chegou a trancar faculdade para embarcar pela primeira vez, como assistente de cozinha. Ganhou espaço mostrando boa vontade e disposição. "Até as funções mais masculinas, como carregar carga pesada, ela faz. Você nunca vai vê-la de mau humor", conta Paola Bleicker, amiga desde os tempos da Ulbra (Universidade Luterana do Brasil), em Canoas (RS).
Ana Paula é marinheira, encarregada de fazer a faxina e manutenção dos barcos.
Viaja a cada três meses, recebendo ao menos € 2.500 mensais (R$ 7.350) quando está em alguma missão no mar. Nos intervalos das viagens, faz bico como auxiliar em uma clínica veterinária.
Pelo Greenpeace já esteve no Ártico, Caribe e Amazônia. Foi detida em pelo menos duas outras ocasiões. Em Santarém (PA), ficou um dia e meio presa na delegacia, por participar do bloqueio do porto da multinacional Cargill, contra o avanço da soja.
Em São Cristóvão, no Caribe, em ação contra a caça às baleias, a situação se repetiu.Ana Paula sabe escalar e pilotar botes de assalto em mar aberto. O treinamento é necessário: são 15 kg de roupa nestas ocasiões, entre galochas, roupas emborrachadas à prova d'água, capacete e máscara contra o vento.
Nunca se queixou das condições, só do frio -no verão, a temperatura oscila de 10º C negativos aos 10º C positivos no Ártico- e dos dias longos. Em junho e julho, não escurece totalmente.
romances
Ela iniciou os dois últimos relacionamentos amorosos em expedições. Não são viagens fáceis: muito serviço, um beliche por cabine, banheiro coletivo.
Além do refeitório, o único ponto de encontro é o lounge do navio, equipado com TV, DVD e alguns violões. Cada um pode beber no máximo duas latas de cerveja.
Com o italiano Rossano Filippinni se casou. Chegaram a morar na Itália e em Portugal. Há um ano, já com o casamento desfeito, engatou com Miguel Angel Arguelles, mexicano, que hoje vive em Cozumel, trabalhando como mergulhador especializado em profundidades.
Ontem, pela primeira vez, Ana Paula conseguiu contato por telefone com a mãe, Rosângela.
"A conversa foi curta, mas boa. Ela disse que está bem na medida do possível. Que não estão lhe faltando as coisas, tudo que ela precisa o Greenpeace providencia. Reclamou um pouco do frio mas disse que está sendo bem tratada pelos carcereiros", disse sua mãe, motorista de perua escolar que vive em um bairro de classe média de Porto Alegre.
Houve pouco choro: "A gente se controlou para poder falar. Eram só cinco minutos".
Ana Paula conversou também com a sobrinha, Alessandra. "Você não sabe como ficou famosa", disse-lhe Alessandra. "Na TV, nos jornais, em todo lugar". Ana Paula reagiu com um sonoro e gaúcho "mas bah, capaz!".
Ela no momento está lendo um livro sobre pirataria. Em uma carta à família, relatou as dificuldades do dia a dia: vivendo em uma cela individual, só tem uma hora por dia para esticar as pernas e caminhar.
"Ela gosta de liberdade. Nunca me deixou colocar grades nas janelas do apartamento. É como você capturar um pássaro na floresta e colocá-lo em uma gaiola. Ele fica doente, deprimido, este é meu receio", diz a mãe.
Em uma das cartas, conta a mãe, Ana Paula afirmou que depois do episódio estava "revendo os conceitos de sua vida". "Não sei o que isso pode significar. De repente, talvez não queira mais participar das embarcações..."
FONTE FOLHA SEGURANÇA NACIONAL BLOG SNB

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Dirigível Experimental telhado Damages o colapso da União Soviética Entrepreneur-nascido

RIA Novosti) - A União Soviética-nascido $ 35000000 zeppelin protótipo do empresário foi perfurado por destroços de um colapso parcial do telhado em um hangar na Califórnia, provocando um vazamento de hélio, de acordo com relatos da mídia dos EUA.
Não houve feridos quando um pedaço de telhado desembarcaram na 266 pés (81,07 metros) de comprimento Aeroscraft dirigível início da manhã segunda-feira. Os funcionários foram evacuados e uma equipe de materiais perigosos foi convocado para o site em Tustin, Califórnia, para lidar com o vazamento de hélio, o Los Angeles Times relatou .
Representantes de zeppelin construtor Worldwide Aeros, que foi fundada por soviético-nascido empresário Igor Pasternak, já havia contactado o governo federal sobre rangidos no hangar, que está localizado em uma base do Corpo II Guerra Mundial era marinho, mas não tinha recebido nenhuma resposta, televisão KCBS em Los Angeles, informousegunda-feira.
Pasternak imigrou para os Estados Unidos em 1993, onde fundou uma empresa semelhante à que ele tinha na Rússia dirigíveis de fabricação a ser utilizado para publicidade.
Pasternak disse que as versões finais de suas aeronaves Aeroscraft, muito maiores do que o protótipo que foi danificado, irá revolucionar o transporte de carga, porque os dirigíveis podem transportar cargas mais pesadas para locais mais distantes do que pode aviões tradicionais e veículos terrestres.
O desenho final zeppelin deverá ser mais do que 400 pés (122 metros) de comprimento e capaz de transportar uma carga de 66 toneladas (59.874 kg).
O protótipo danificado foi financiado pelo Pentágono e da NASA, que esperam usar aeronaves para missões militares e humanitárias.
Cancelado para certificação de aeronavegabilidade experimental pela Administração de Aviação Federal dos EUA no mês passado, o acidente é um revés considerável para Pasternak e Worldwide Aeros.
Um representante da empresa disse em setembro que a empresa espera realizar um vôo de teste untethered "dentro de algumas semanas."
SNB

FAB TV - FAB em Ação mostra os bastidores de uma operação aeroespacial

O FAB em Ação acompanhou uma operação aeoespacial para mostrar a rotina do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). Vamos conhecer o trabalho de preparação até o momento da contagem regressiva e o foguete ser lançado ao espaço. Veja o programa:
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Fonte: Agência Força Aérea SNB

terça-feira, 8 de outubro de 2013

20 years later, never-before-seen video of Black Hawk Down emerges

SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Brasil-EUA, hora da verdade

Rubens Barbosa* - O Estado de S.Paulo
Aconteceu de eu estar em Washington, liderando uma delegação empresarial da seção brasileira do Conselho Empresarial Brasil-EUA, no dia em que os presidentes dos dois países decidiram anunciar o adiamento da visita de Estado de Dilma Rousseff, prevista para este mês. Apesar da surpresa e do desapontamento manifestados por todos os funcionários norte-americanos dos diversos ministérios e da Casa Branca com quem conversamos, parece não haver dúvida de que o adiamento foi a melhor solução para evitar maiores constrangimentos aos dois presidentes. Não se podia ignorar o risco de que, enquanto a presidente brasileira estivesse na Casa Branca, fossem divulgadas novas informações sigilosas do governo do Brasil.
A decisão final do governo brasileiro evitou o radicalismo proposto pelo PT, que, além do cancelamento da visita, queria a retirada do embaixador em Washington e a expulsão de elementos da NSA e da CIA lotados na Embaixada dos EUA em Brasília. Certamente as autoridades norte-americanas sabem que a campanha presidencial de 2014 já começou e que no Brasil, como em muitos outros países, uma atitude antiamericana sempre rende votos.
A decisão de adiamento foi menos uma bravata confrontacionista e mais uma reação natural a práticas ilegais de interceptação de comunicações e dados de cidadãos, empresas e membros do governo, temperada por considerações de ordem política doméstica. Ninguém é ingênuo para pensar que os EUA estejam sozinhos na prática de espionagem, ao contrário, mas não se podia minimizar o ocorrido. Como escreveu conhecido escritor e político britânico, há um 12.º mandamento a ser respeitado: não deverás ser descoberto...
Sem dúvida, dados a importância e o simbolismo das visitas de Estado na liturgia do poder nos EUA, deverá haver repercussões de curto prazo no relacionamento bilateral. O pronunciamento da presidente Dilma nas Nações Unidas não terá ajudado a diminuir o impacto negativo. Pode-se esperar um retrocesso temporário nos acordos e entendimentos em andamento. E não me surpreenderia se uma orientação de nível mais alto tiver determinado a desaceleração e a revisão do relacionamento com o Brasil. O que fará o governo brasileiro caso o pedido público de desculpas dos EUA e as explicações satisfatórias não venham? Como ficarão as relações entre os dois países?
O adiamento da visita reflete também a baixa prioridade política e diplomática que os dois países atribuem hoje à sua relação bilateral. Do lado do Brasil, nos últimos 12 anos, por considerações ideológicas e partidárias, as prioridades são as relações Sul-Sul, com destaque para a América do Sul, a África e o Brics. Da parte dos EUA, em razão da ausência de ameaças à segurança nacional e de seu foco estar voltado para a China e para o Oriente Médio, a América do Sul e o Brasil estão fora dos radares dos formuladores de política de Washington.
Talvez o episódio gerado pela revelação da espionagem possa transformar-se num elemento positivo para uma eventual mudança nesse quadro.
A dar crédito ao que ambos os governos registraram nas respectivas notas em que anunciaram o adiamento da visita, a relevância e a diversidade das relações bilaterais são de interesse recíproco. Assim, a retomada dos entendimentos oficiais poderia ser uma oportunidade para se encontrar um novo enfoque para a relação bilateral, deixando de lado os radicais de ambos os lados.
Numa perspectiva de médio e de longo prazos, parece ser de nosso interesse a ampliação da relação, num ambiente de respeito mútuo e de confiança restaurada. O problema é saber como conectar interesses concretos do governo e do setor privado de forma a criar uma base e um ambiente que não permitam situações como a que foi agora criada. Brasil e EUA devem superar os estereótipos e preconceitos recíprocos e têm de definir o que desejam da relação com o outro.
De forma pragmática, Washington e Brasília deveriam dar um tratamento de choque na relação entre os dois países. Novas ideias - e não apenas os assuntos rotineiros que há anos frequentam a agenda dos dois governos - deveriam ser trabalhadas. E o setor privado deveria ter papel relevante nesse sentido. Gostem ou não os que aqui se opõem a um relacionamento mais estreito entre os dois países, o reconhecimento para o Brasil se sentar à mesa principal dos fóruns mundiais de decisão passa não só pela crescente projeção externa do País, mas, sobretudo, pela boa relação com e pela percepção positiva de alguns dos países, que estão no centro de poder global, liderados pelos EUA.
No início de seu governo o presidente Barack Obama declarou que o México e o Brasil deveriam ser tratados de forma diferenciada. Não sei se agora o governo americano ainda está interessado nisso. Em caso positivo, poderia estender ao Brasil o mesmo tratamento dispensado à Índia, à Coreia do Sul e à Turquia. Nestes casos prevaleceram evidentes considerações de natureza estratégica e militar. A motivação no caso do Brasil seria o interesse dos EUA em incrementar uma efetiva parceria com o nosso país nas áreas de comércio e investimento, sobretudo em setores sensíveis, como inovação, defesa, espaço e nuclear. Nessas áreas o Brasil, para não continuar fora desse mercado por restrições e controles à exportação de produtos, serviços e tecnologia de uso dual, poderia ser incluído na lista de países que se beneficiam de isenções de licenças de exportação (Strategic Trade Authorization) ou que negociaram acordos de cooperação.
Como ocorreu com países europeus e com a Índia e o México, também afetados pela espionagem dos EUA, espera-se que o Brasil dê prioridade, na relação com Washington, aos interesses nacionais permanentes sobre os objetivos ideológicos e partidários de curto prazo.
*Rubens Barbosa é presidente do Conselho de Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP).
SNB

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

DECISÃO BRASILEIRA DE DESCENTRALIZAR A INTERNET É POTENCIALMENTE PERIGOSA”

Conforme noticiado recentemente, os países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) planejam lançar uma internet alternativa a partir de 2015.
Trata-se de um cabo submarino de fibra ótica com 34 mil quilômetros e capacidade de 12,8 bit/s, que se estenderá de Vladivostok, na Rússia, até Fortaleza, no Brasil, passando por Shantou (China), Chennai (Índia) e Cidade do Cabo (África do Sul). Mas o que pensam os observadores internacionais sobre o assunto?
Kirill Miámlin, jornalista e autor do livro “Comunitarismo como ideal russo”
“Dilma Rousseff deu um passo histórico na esteira das revelações de Snowden sobre a espionagem da Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês). Os especialistas americanos afirmam que a decisão brasileira de se afastar da internet baseada nos EUA é ‘potencialmente perigosa’, já que poderia ser o primeiro passo rumo à fragmentação da rede mundial. Assim, surgiria um novo ambiente sem a intervenção de qualquer governo; em particular, sem a intervenção do governo dos EUA.”
Michael Dorfman, escritor israelense-americano e ativista político
“Nos EUA não se prestou muita atenção a essas notícias. Foi diferente com relação ao Sputnik soviético, que até hoje assusta os americanos.

A existência de alternativas é sempre algo positivo. Quanto mais possibilidades de escolha houver, melhor. Contudo, ninguém pode garantir que essa internet será mais segura que a dos EUA, e esses países se serão capazes de proteger de maneira mais eficiente os direitos dos usuários, incluindo a privacidade dos dados pessoais ou o livre acesso aos conteúdos.
Cedo ou tarde, teremos um mundo multipolar, e os EUA perderão seus monopólios – não apenas o da internet, mas também o financeiro e o militar. Isso não acontecerá subitamente, levará uns 25 ou 30 anos.”
Iúri Iúriev, observador político e blogueiro ucraniano
“Apesar da livre concorrência, a internet com base nos EUA se tornou um verdadeiro monopólio que permite às autoridades ‘controlar’ os direitos dos usuários. Atualmente, todo o planeta depende da base tecnológica americana e, para criar outra alternativa, são necessários novos canais como esse.” 
Aleksandr Khurchudov, jornalista e economista
“Isso significa que a informação divulgada por Snowden não pegou nenhum país desprevenido. Porém, mais cedo ou tarde, toda ação gera uma reação, especialmente ações tão impertinentes como as dos EUA.”
 
Mais desconfiada do que nunca
A presidente Dilma Rousseff ficou indignada com os documentos divulgados pelo ex-agente de inteligência norte-americano Edward Snowden, segundo os quais a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA) teria espionada a Petrobras, cidadãos brasileiros e até mesmo as trocas de mensagens pessoais da presidente. Durante o discurso de abertura da 68ª Assembleia-Geral da ONU, Dilma fez questão de condenar severamente as ações de espionagem dos Estados Unidos.
SNB