quarta-feira, 22 de setembro de 2010

KRAKEN SUBMARINO NUCLEAR DE ATAQUE-PARTE 1

CONSIDERAÇÕES SOBRE O PROJETO




O ano de 2006 terminou com uma verdadeira batalha naval travada por Ex-Almirantes e seus colegas da Ativa. No epicentro da controvérsia estava a então recente e polêmica decisão da Marinha do Brasil em adquirir novos submarinos do tipo convencional, U-214 bem como a necessária modernização dos IKL-209, prorrogando, indefinidamente, a continuidade do projeto do Submarino Nuclear Brasileiro.



Naquela altura, era dada como certa a vitória do U-214 perante os prováveis concorrentes, era inquestionável que o futuro da força submarina da Marinha do Brasil perpetuasse o pedigree da famosa escola de Kiel, mundialmente conhecida pela inegável superioridade e tradição na construção de submarinos.



Entretanto, neste meio termo, uma tempestade assolou os mares, ventos da mudança sopraram e uma tormenta tropical mudou radicalmente a direção e o sentido da desgovernada Nau da Marinha do Brasil. Tudo mudou com troca do comandante da marinha, após a ascensão ao cargo do então Almirante Moura Neto. Não que este trouxesse consigo as mudanças, mas sim, que em seu comando foi possível adotar transformações radicais que se postas em prática colocarão a nossa Marinha na vanguarda das forças navais do século XXI, ascendendo-a a um patamar acima de muitas potências da atualidade.



A principal mudança de paradigma veio com a adoção de dois polêmicos tipos de submarinos, o nuclear e o convencional, além é claro da quebra da hegemonia da consagrada família de submarinos de origem germânica. Neste artigo vamos nos ater ao programa nuclear, pois o do submarino convencional será mais detalhado no projeto KRAKEN II.



Atendendo as espectativas do autor, a nova abordagem da força de submarinos, veio satisfazer as aspirações defendidas pelo Plano Brasil desde a sua concepção em meados de 2004, altura em que defendíamos a adoção de ambos os modelos de submarinos e ainda a busca pela independência tecnológica.



O Recente contrato assinado com a DCNs e Odebrecht tenciona dar ao Brasil a capacidade de se projetar no futuro como uma nação detentora da arma mais poderosa e temida dos mares azuis, o submarino nuclear de ataque, que tal como KRAKEN, a lendária criatura temida em seus contos mitológicos, surge furtivamente do fundo dos mares atacando e levando ao fundo, marinheiros e seus navios e de mesma descrição,some, desaparece silenciosamente retornando para as profundezas.



O Plano Brasil sempre defendeu o desenvolvimento nacional deste tipo de armas, ainda que para isso fosse necessário o sacrifício de uma geração pois esta arma é inegavelmente a funda de David contra Golias.



Se o submarino convencional é a arma capaz de intimidar uma força invasora que se aproxime dos seu litoral, o nuclear provoca pavor as tripulações pois dado a sua quase “ilimitada” autonomia, este navio pode atacar a força em questão onde ela estiver, principalmente no momento em que esta se se encontra mais vulnerável, no deslocamento em mar aberto, ambiente favorável ao Sub Nuclear.




Sem entrar no mérito das doutrinas, vantagens e desvantagens dos submarinos nucleares em relação aos convencionais, acreditamos que o nuclear é importante e necessário para Brasil pois pode dar ao país a capacidade de impedir a conflagração de conflitos, seja pelo efeito surpresa, velocidade, autonomia seja pela capacidade de se esconder incólume em águas mais profundas permitindo-o paralisar ou na pior das hipóteses, atrasar em muito o avanço de uma força invasora.



A necessidade de um navio com estas características pode ser melhor entendida e justificada no texto de autoria do próprio Alm. esq. Júlio Soares Moura Neto, atual comandante da Marinha do Brasil, o qual está disponível na seção Opinião.



SOBRE O PROJETO





Neste projeto, o qual denominamos projeto KRAKEN, apresentamos algumas considerações a cerca do que acreditamos serem itens tecnológicos necessários ao desenvolvimento nacional de um submarino de ataque capacitado à guerra futura, guerra esta, que lhe exigirá desempenhos muito superiores aos dos atuais submarinos em operação e que encontram-se em franco desenvolvimento nos novos programas em curso mundo a fora.



Acreditamos que a futura força de submarinos da Marinha do Brasil será moldada de forma a responder as necessidades e realidades das potenciais inimigas e prováveis forças submarinhas que estão em desenvolvimento.



Isto porque os parâmetros que determinam as doutrinas da nossa Marinha são galgados na atual conjuntura onde o provável inimigo são potencias hegemônicas e ou aglomerados de nações de baixo poder militar mas que conjuntamente poderiam por em questão a nossa capacidade de resposta.



Para o cenário futuro projetamos um incremento do poder ofensivo, especialmente por parte das nações em desenvolvimento que certamente aumentarão às hipóteses de conflitos, seja conosco, seja com nossos aliados, exigindo uma capacidade de dissuasão à medida das nossas forças de forma a impedir ou nem último caso, resolver os eventuais conflitos.



O Autor considera que há mundialmente uma tendencia generalizada para o desenvolvimento de novo tipo de submarinos, provido de excelentes capacidades de combate em guerra de litoral, bem como em combates em águas azuis.



Estes novos submarinos que estão e vão surgir, incorporam avanços no poder de fogo, furtividade, novos sistemas de armas, sistemas de escuta eletrônica e comunicações. Em outras palavras, os futuros submarinos serão transformados em plataformas multi-emprego, capazes de efetuar quaisquer tipos de missões.




O resultado?



Um Submarino Nuclear de Ataque – SNA, capaz de substituir, instalar e manter o poder de dissuasão da futuras Forças Navais, em um futuro próximo aos anos 2015 e que delimitará o futuro da guerra naval do período corrente da primeira metade do século XXI.



Em nossa análise propomos para o Brasil um submarino e seus subsistemas capaz de operar integrado ou isoladamente da Força de Submarinos de Ataque (FSA) composta por um número considerável destes meios navais, aptos a desempenhar suas missões em quaisquer condições e em qualquer parte do globo terrestre.



Na atual conjuntura, pode-se dizer que alguns importantes passos já foram dados e que podem concretizar este projeto.



Por se tratar de um projeto dos mais complexos e pelo fato do nosso país não possuir o know how, para projetar todos os sistemas e partes estruturais, o governo Brasileiro acertadamente lançou mão de um acordo de cooperação com uma nação estrangeira a qual dará suporte e desenvolvera as partes físicas do navio.



A França possui o know how e a capacidade técnica bem como a confiança necessárias para tornar realidade a concepção e construção dos SNAC. Diga-se de passagem, são os construtores dos menores submarinos nucleares de ataque em operação no mundo, a classe RUBIS, da qual muito se especulou, fosse a base para o casco do submarino verde amarelo.



Entretanto, outros boatos apostam na oferta da DCN de um desenvolvimento de um novo navio e ainda outro do qual o Plano Brasil é defensor e aposta que seria a melhor escolha, a adoção de um projeto novo baseado na nova e mais moderna classe de nucleares de ataque da classe SUFFREN ou simplesmente BARRACUDA, dos quais a marinha Francesa ainda não opera e que estarão entrando em operação apartir de 2012.



Chegou-se inclusive a especular que a França havia inclusive oferecido ao Brasil a possibilidade de aquisição direta de um destes navios, afirmação esta não confirmada.



Seja como for, o novo SNAC será um novo navio, diferente dos navios operados pela França e especialmente adaptado as necessidades da nossa Marinha.



O Plano Brasil considera que um projeto baseado no BARRACUDA seria melhor indicado pois estes navios são o estado de arte alcançado pelos estaleiros Franceses após quase meio século de desenvolvimento de submarinos especialmente os nucleares, tendo ainda como lastro a capacidade de operar sistemas comuns aos navios franceses o que permitiriam acordos de treinamento e aquisições mútuas o que barateariam os custos operacionais e viabilizariam intercâmbios e desenvolvimentos progressivos de ambas as classes, permitindo a incorporação de sistemas ao longo da vida útil das embarcações.



Pode-se dizer que os BARRACUDA são a fina flor da tecnologia Francesa e que se dispostas a Marinha do Brasil,a colocariam em pé de igualdade com potências como a Inglaterra e até mesmo a China.




Por apostar na classe BARRACUDA, desenvolveremos o hipotético projeto tendo em vista estes navios, entretanto, salientamos que todos os sistemas e considerações aqui feitas poderiam perfeitamente ser adotadas à qualquer eventual programa que a Marinha venha a desenvolver, isto porque como foi descrito anteriormente, os subsistemas e tecnologias aqui abordados são baseados nas tendências futuras, as quais acreditamos não podermos excluir sobre o ônus de ficarmos defasados.



ESTRUTURA



O hipotético navio seria projetado a partir do projeto BARRACUDA e seria construído cujo projeto incorpora seções modulares de modo a lhes possibilitarem incorporações de novos sistemas, facilitando as futuras manutenções e modernizações.



Os campos de atuação, os desenvolvimentos e pesquisas dos quais o país tem interesse são muitos, no entanto uma vez neste programa nossas indústrias se beneficiariam tornando o nosso parque industrial muito mais competitivo.



HIDRODINÂMICA




Um dos principais problemas do submarino nuclear é o ruído gerado em decorrência do efeito de cavitação provocado quando em velocidades próximas a 15 kn, além é claro do ruido provocado pelos hélices, portanto, é necessário o desenvolvimento de tecnologias capazes de suprimir ou minimizar o ruído gerado desenvolvendo soluções através da incorporação de revestimentos especiais e supressores acústico.



O advento de revestimentos feito a base de nano partículas hidrofóbicas pode trazer a solução para este problema, pois estes materiais minimizam o contato entre a superfície do navio e a água, minimizando o seu arraste e o efeito de cavitação.



Além disso, materiais paramagnéticos e supressores sonoros são necessários e devem ser aplicados nas interfaces das seções, bem como, nos compartimentos internos do navio, diminuindo a assinatura magnética e o ruido gerado pelas tripulações.



Além da melhoria na hidrodinâmica associada aos revestimentos externos concebidas de forma a minimizar o atrito, o desenvolvimento dos grupos propulsores silenciosos e fiáveis é um ponto preponderante para sigilosa operação do submarino e este complexo sistema precisa ser melhorado e adequado, até porque, visualizando um senário futuro, é de se esperar que os submarinos sejam capazes de se deslocar a velocidades maiores que as atuais, bem como serem capazes de operar à profundidades maiores, aumentando assim o seu grau de sobrevivência.




Inúmeros desenvolvimentos poderiam ser feitos por nossas indústrias entre eles o desenvolvimento de sistemas e dispositivos que permitissem aos tripulantes uma maior interface homem/máquina, abreviando procedimentos e maximizando o conforto e a operacionalidade das tripulações.



FURTIVIDADE



Quando submerso o submarino pode passar invulneravelmente pelos “olhos” atentos dos patrulheiros que estejam em sua procura, entretanto, para poder se dar conta do que se passa na superfície com mais exatidão, os submarinos acionam os seus periscópios e neste momento esta arma pode denunciar sua posição tornando-se vulnerável.



Os sistemas de radares e de detectores de Infra Vermelho podem localizar com relativa facilidade um pequeno periscópio dentro da imensidão do mar, sendo portanto necessário o desenvolvimento de materiais capazes de ludibriar os olhos do inimigo.



Materiais radar absorventes e mesmo fibra de carbono entre outros composites estão sendo empregados na tentativa de tornar os submarinos ainda mais furtivos e difíceis de detectar, estas tecnologias são o exemplo do que podem ser desenvolvido por nossas indústrias,desde que estas sejam amparadas por incentivo e investimentos governamentais uma vez que programas deste tipo são muito dispendiosos, mas que encontram nas indústrias de bens de consumo um mercado gigantesco os quais podem reverter o investimentos em poucos anos.



Segunda consta os submarinos BARRACUDA serão equipados com uma tecnologia aplicada às naves espaciais e que teria sido desenvolvida pela empresa europeia ASTRIUM.



Trata-se de um inovador processo de regeneração do dióxido de carbono (CO2) empregado na Estação Espacial Internacional.



O dióxido de carbono é naturalmente liberado pelos seres vivos durante a respiração no entanto em grandes concentrações, este gás torna-se um veneno para estes, por conseguinte, deve ser retirado do ar em qualquer ambiente fechado como a estação espacial ou no caso, no interior do submarino.



Cerca de 25 engenheiros que trabalham neste serviço, que são especialistas na concepção de sistemas de circuito fechado concebido para criar condições de vida confortável para as pessoas que vivem em áreas fechadas com recursos mínimos.



Tecnologias como esta estão em franco desenvolvimento e carecem de homens/hora para que sejam concluídas, esta é mais uma oportunidade para indústrias nacionais do setor que queiram desenvolver programas como este e que poderiam absorver parte do conhecimento tecnológico e experiência desenvolvidos pela ASTRIUM.



O NAVIO



Os Submarino da classe BARRACUDA serão navios de 99.4 m de comprimento, 8.8 m de diâmetro e capazes de deslocar até 5 300 toneladas submersos, transportando apenas 56 tripulantes dado o seu auto índice de automação e interfaceamento de sistemas.



É sabido que a Marinha do Brasil procura um navio com capacidades maiores, algo em torno de 6 000 toneladas, portanto consideraremos os KRAKEN como uma variante dos BARRACUDA, no entanto consideraremos que as dimensões do navio sejam mantidas bem como a tripulação necessária, podendo ainda transportar até 24 outros integrantes da GRUMEC e ou náufragos, sendo necessário somente a reconsideração dos grupos propulsores de forma que estes atendam as necessidades do referido navio.



Tal seção seria construída de forma a poder recolher, os mergulhadores que por característica da missão tivessem que executá-la sem o auxílio dos PIGMEUS em submersão.




Outra solução também apresentável é o uso de sistemas universais de carga útil flexível, estes novos sistemas permitem a inter-operacionalização de inúmeros subsistemas e equipamentos está sendo desenvolvido para habilitar os futuros submarinos a operar com os seguintes recursos:

Integração com veículo submarino não tripulado.

Lançamento de forças especiais e Grupos de abordagem, operações com mergulhadores.

Torpedos leves.

Novos sensores, módulos e antenas e Contra-medidas.

Sistemas de comunicação.

Mísseis.

Combustível e carga adicional.

Algumas proposta mais ortodoxas, consideram o desenvolvimento de sistemas de tubos verticais, tal como os silos lançadores de mísseis, os quais também estão em franco desenvolvido e que podem servir para uma gama de sistemas tal como o lançamento/armazenamento de mísseis de cruzeiro, minas, equipamento de mergulho, óleo extra ou Veículos submarinos não tripulados.




Todos estes sistemas são propostas modernas à estas necessidades no entanto, acreditamos ser possível o desenvolvimento nacional de um submarino denominado aqui PIGMEU o qual se basearia no programa Norte Americano ADVANCED SEAL DELIVERY SYSTEM (ASDS).



Os submarinos teriam por função primária a capacidade de transportar e desovar um grupamento de forças especiais por exemplo nas proximidades de uma plataforma capturada por terroristas, efetuando a inserção sigilosa das forças.




Outras funções se estenderiam a capacidade de efetuar o desembarque de grupos de reconhecimento em posições estratégicas e efetuar igualmente em sigilo a recuperação deste grupo transladando-o ao submarino mãe o Submarino nuclear de ataque, permitindo assim a fuga segura do valioso grupo e de suas informações capitadas.



Estes submarinos seriam desenvolvidos de forma a possuírem as seguintes especificações:



SUBMARINOS PIGMEUS



FIXA TÉCNICA



Tripulação: 2 integrantes



Passageiros: Até 18 GRUMEC e equipamentos necessários



Comprimento: 20 m.



Diâmetro: 1.8 m.



Altura: 2.2 m.



Peso: 40 toneladas



Autonomia: 450 km



velocidade:16 km/h



Propulsão: Motor elétrico alimentado por baterias elétricas .



Sistemas eletrônicos: periscópio , sistemas de comunicação por satélite, posicionamento por GPS, sonar passivo e ativo para detecção de minas e obstáculos, sistemas eletroópticos para visão noturna e navegação.



Seja como for, seria de vital importância o desenvolvimento de subsistemas que habilitassem os nossos submarinos a operação confortável de forças especiais de forma a prover as nossas forças a capacidade de infiltrar e exfiltrar GRUMECs em quaisquer condições e adversidades.



PROPULSÃO



A marinha tem em estudos o desenvolvimento do seu próprio reator para prover a propulsão dos futuros seus submarinos nucleares, esta tecnologia já é dominada pelos técnicos e engenheiros Brasileiros, entretanto, projetar e integrar um reator ao estreito casco de um submarino não é tarefa fácil e requer anos de pesquisa e desenvolvimento, basta dizer que no mundo inteiro somente 5 países detém esta tecnologia, EUA, França, Rússia, Inglaterra, China e mais recentemente a Índia que assim como o Brasil vem desenvolvendo à muitos anos um programa parecido porém sobre acessoria Russa.



A dificuldade está em conseguir embarcar um sistema complexo e garantir sua operação segura mediante condições extremas, tecnologias como esta não são dadas ou vendidas o conhecimento e detenção da capacidade de projetar construir e operar estes sistemas é considerado por exemplo como fator determinante para a consideração de um país no hall das nações consideradas Potências mundiais.



A Nossa Marinha está muito perto de conseguir tal feito, embora muitos passos ainda necessitem ser dados.



Nos centros de pesquisa da marinha é possível ver maquetes em escalas do que provavelmente será a planta geradora de energia nuclear dos futuros submarinos, porém a sua forma final e configuração são ainda objetos de muitos estudos.



Especula-se que esta será composta por uma planta propulsora constituída por reatores termo-nucleares do tipo PWR, resfriados por circuitos fechados (circuitos primários), constituídos de bomba, gerador de vapor e pressurizador.



Os geradores de vapor produzem vapor que trabalha em um circuito fechado (circuitos secundários), constituído de turbinas, condensadores e bombas.



As turbinas seriam projetadas e constituídas de tal forma a acionarem os geradores elétricos de bordo e ainda poderem acionar diretamente a linha de eixo de propulsão ou acionarem os geradores elétricos, cuja energia alimentaria um motor elétrico de propulsão.



Segundo algumas fontes o grupo propulsor proposto para o SNAC seria composto por dois reatores nucleares e duas turbinas capazes de produzirem 30 MW e 45.000 Hp.







Vale ressaltar que um dos grandes problemas enfrentados pelas embarcações movidas a energia nuclear é o fato da troca do combustível a ser efetuada num período definido.




Isto porque em média o ciclo de troca de combustível ocorre frequentemente de 8 em 8 anos, até onde pudemos apurar, somente os EUA e a Inglaterra detêm a tecnologia capaz de permitir que um submarino nuca precise de efetuar tal procedimento ao longo de sua vida útil, estimada entre 15 e 25 anos.



Este problema parece simples no entanto trazem consigo inúmeras conseqüências, seria de altíssima importância que o sistema de propulsão do nosso submarino pudesse ser concebido através de tecnologias as quais o permitissem operar por toda a sua vida útil estimada entre 15 e 20 anos, sem a necessidade de troca do combustível.



Isto daria maior índice de disponibilidades à frota e reduziria os altíssimos gastos decorrentes da necessidade das manutenções programadas.



Outro fator importante no desenvolvimento de um submarino é o do grupo propulsor (eixo e hélice) para se ter uma idéia o Hélice do navio é um dos segredos mais bem guardados dos projetos de submarinos, isto porque seu formato, número de pás, materiais e dimensão podem denunciar ao adversário informações valiosas a cerca da assinatura acústica característica de cada navio individualmente, não é incomum ver em fotos de lançamentos de novos submarinos os seus hélices recobertos por estruturas e ou tecidos de forma a impedir a sua observação.



É portanto imperativo também que a tecnologia e o know how necessário para o desenvolvimento de sistemas propulsores (Eixo e Hélices) seja absorvido por nossas indústrias de forma que a Marinha possa projetar e construir seus grupos propulsores independentemente de outras nações.




SISTEMAS DE ARMAS



ATAQUE NAVAL



Especula-se que a Marinha do Brasil esteja adquirindo os modernos torpedos Black Shark para equipar as suas futuras plataformas submarinas, é de se esperar portanto que este torpedo venha a ser a arma padrão da futura força de submarinos nucleares, dada a sua origem e adequação aos sistemas franceses que forçosamente farão parte do inventário desta futura força.



No entanto o Plano Brasil defende que é preciso buscar autonomia no desenvolvimento de armas e sistemas e neste sentido acreditamos que o desenvolvimento nacional de um torpedo seja ele baseado no Black shark ou em outro qualquer, seja objeto de pesquisa para a Nossa Marinha.



Sendo assim, os submarinos do Projeto KRAKEN seriam equipados com 4 tubos para o lançamento de 12 torpedos pesados TP-01 de 533 mm, 1.600 kg e 75 km de alcance (em breve no projeto CAVERNA DE VULCANO, Parte III, o TRIDENTE DE NETUNO).

Embraer acelera escolha de fornecedores para o KC-390

A Embraer e o Comando da Aeronáutica deram mais um passo, ontem, no programa de desenvolvimento da nova aeronave de transporte militar KC-390, com o início do processo de seleção dos fornecedores de três sistemas estratégicos: auto proteção, sistemas de missão e de reabastecimento em voo. Mais de 50 empresas estrangeiras interessadas em participar desse processo se reuniram, em São José dos Campos, no II Workshop de Offset (contrapartidas tecnológicas, industriais e comerciais) do Projeto da Aeronave KC-390.




No primeiro encontro, realizado em maio, foram iniciadas as negociações com os potenciais fornecedores de outros cinco sistemas considerados estratégicos: equipamentos aviônicos, motor, sistema de manuseio e lançamento de carga e trem de pouso. "A FAB participa junto com a Embraer da seleção dos fornecedores de oito sistemas principais do KC-390, que terão exigência de acordos de offset, pelo alto nível de tecnologia que agregam", explicou o diretor do KC-390 na Embraer, Paulo Gastão Silva.



O anúncio dos principais fornecedores do KC-390, segundo Gastão, deverá ser feito antes de maio de 2011, quando começa a fase de definições conjuntas do projeto, reunindo todos os parceiros e fornecedores. Algumas empresas brasileiras também já garantiram contratos importantes para o KC-390, mas tudo está sendo mantido em sigilo.



No caso dos motores da aeronave, a disputa envolve dois grandes consórcios: a CFM, uma joint venture entre a empresa americana General Electric (GE) e o grupo francês Safran e a IAE (International Aero Engine), joint venture entre a inglesa Rolls-Royce, a americana Pratt & Whitney, MTU da Alemanha e JAEC, do Japão. Para os sistemas de missão, reabastecimento em voo e de auto defesa do KC-390 , 14 empresas apresentaram ontem suas propostas no workshop, entre elas a BAE Systems, Indra, Sagem, Saab, Thales e Astronautics, entre outras.



Segundo informações divulgadas ontem pelo IFI (Instituto de Fomento e Coordenação Industrial), órgão vinculado ao DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), que auxilia a FAB nas negociações de acordos de offset, o projeto do KC-390 deverá gerar mais de 14 contratos de transferência de tecnologia com empresas estrangeiras selecionadas para participar do desenvolvimento.



Atualmente, de acordo com o IFI, os acordos de compensação em vigor no âmbito da Aeronáutica somam cerca de US$ 4,5 bilhões. Esse número não inclui os projetos futuros da Aeronáutica, como o desenvolvimento de veículos aéreos não tripulados (vants), radares, o substituto do Tucano e do Sucatão (Boeing 767), já em fase de estudos de viabilidade. O programa de aquisição de caças de combate F-X2, avaliado em R$ 10 bilhões, também prevê acordos de offset. O percentual exigido varia de 30% a 100% do valor do contrato, mas há casos em que os valores ficam acima disso.



No caso do F-X2, o governo brasileiro pretende divulgar antes do fim do ano o nome da empresa vencedora da licitação, que prevê a compra de 36 caças supersônicos. Segundo fonte ligada ao processo, o Ministério da Defesa trabalha agora com a possibilidade de anunciar o resultado em duas datas: ou no dia 23 de outubro (dia do aviador), caso não haja segundo turno das eleições presidenciais, ou durante a realização da quinta edição da Operação Cruzeiro do Sul (Cruzex), que acontecerá no período de 28 de outubro a 20 de novembro, na região Nordeste do país. A Cruzex é um exercício aéreo multinacional, que reúne as Forças Aéreas da Argentina, Brasil, Chile, Estados Unidos, França e meios simulados de força terrestre e força naval.

Discovery chega à plataforma de lançamento para última missão

O ônibus espacial Discovery chegou á plataforma de lançamento de onde partirá, em 1º de novembro, para sua última missão. A frota de ônibus espaciais dos EUA será aposentada em fevereiro do ano que vem.





Nave espacial da Boeing, estação espacial inflável





A viagem, de cerca de 6 km, entre o prédio de montagem, onde a nave foi ligada ao tanque externo de combustível e aos foguetes de combustível sólido, e a plataforma durou quase sete horas.



O Discovery fez sua primeira missão espacial em 1984, e é o mais velho dos três ônibus espaciais ainda ativos da Nasa. Sua última missão tem o nome oficial de STS-133.



A tripulação levará peças da a Estação Espacial Internacional (ISS), que precisará de uma ampla reserva de sobressalentes para se manter ativa até 2020, como prevê a nova política espacial dos EUA.

Ataque das forças internacionais mata pelo menos 20 talibãs no Afeganistão

Cabul, 22 set (EFE).- Pelo menos 20 supostos talibãs morreram em dois ataques da Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf) da Otan, no sul e no leste do Afeganistão, informou a organização nesta quarta-feira.




Seis supostos insurgentes faleceram nesta quarta em um bombardeio aéreo das forças afegãs e da Otan no vale de Arghandab, nas cercanias da cidade de Kandahar, capital do distrito homônimo, segundo comunicado da Isaf.



A organização disse que os talibãs atacaram as forças conjuntas com morteiros. Em resposta, houve um bombardeio de precisão, sem causar "vítimas civis" ou "qualquer outro dano", de acordo com a nota.



Em outro comunicado, a força da Aliança Atlântica informou sobre a morte de 14 insurgentes nesta terça-feira no distrito de Spira, situado na província oriental de Khost, fronteiriça com o Paquistão.



Segundo a Isaf, um grupo de talibãs atacou as forças afegãs e estrangeiras com armas curtas e granadas, e a resposta foi dada com fogo de morteiro após a determinação da posição dos insurgentes.



Os talibãs realizam frequentes ataques contra as tropas estrangeiras e afegãs em todo o território, especialmente no cinto sudeste do país, onde predomina a etnia pashtun.



A cada ano morrem milhares de pessoas no país, onde os insurgentes talibãs tentam derrubar o Governo afegão e expulsar as tropas estrangeiras desdobradas pelo território.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Ano de 2010 é o mais violento para os soldados no Afeganistão

Foto: AFP


Soldado americano em missão em Chahar Qolbah, no Afeganistão (10/09/2010)




Um total de 529 soldados estrangeiros morreram desde 1º de janeiro no Afeganistão, tornando 2010 o mais violento da guerra para as forças internacionais desde 2001, quando o regime da milícia islâmica do Taleban caiu após a invasão de uma coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos.



Com um total de 521 soldados mortos, o ano de 2009 havia sido o mais sangrento para as forças estrangeiras, que enfrentam há três anos uma considerável intensificação da insurgência taleban.



A grande maioria das vítimas entre os soldados internacionais é de americanos, com 2.097 mortos em nove anos. Os soldados dos Estados Unidos representam atualmente mais de dois terços dos 150 mil oficiais da coalizão presentes no Afeganistão.



De 60 mortos em 2004, o balançou subiu para 131 mortos em 2005, 191 em 2006, 232 em 2007, 295 em 2008, antes do grande salto para 521 em 2009.



Queda de helicóptero



O recorde no número de mortes nos primeiros nove meses de 2010 foi atingido após nove soldados da Força Internacional de Assistência à Segurança (Isaf) da Organização do Atlântico Norte (Otan) terem morrido nesta terça-feira na queda de um helicóptero no sul do país.



A Isaf não informou o ponto exato da queda do aparelho, embora tenha indicado que não há "notícias sobre fogo inimigo na região", e anunciou a abertura de uma investigação para determinar a causa do incidente.



"Nove soldados da Isaf morreram no acidente de um helicóptero no sul do Afeganistão. Um soldado da Isaf, um soldado afegão e um civil americano ficaram levemente feridos. Nenhuma informação apontou tiros inimigos na zona, estamos investigando a causa do acidente", afirma um comunicado da Otan.



Pouco depois, no entanto, o Taleban anunciou que teriam derrubado um helicóptero da Otan nesta terça-feira. "Derrubamos um helicóptero das forças estrangeiras no distrito de Daychopan e matamos mais de dez soldados", declarou à AFP Yusus Ahmadi, porta-voz do grupo.



Oposição à guerra



Há pelo menos um ano, a opinião pública nos 40 países que compõem a Isaf, com os Estados Unidos à frente, tornou-se majoritariamente contrária ao envio de soldados ao que cada vez mais parece um atoleiro sangrento.



A situação fez com que alguns países retirassem ou anunciassem a retirada de seus soldados e levou o presidente americano, Barack Obama, a anunciar no início do ano que os primeiros militares do país começarão a deixar o território afegão em meados de 2011.



Mas analistas são unânimes em considerar que as forças afegãs precisarão de muitos anos para ter um número e formação suficiente para assumir o controle da segurança do país.

China planeja pisar pela primeira vez na Lua em 2025

Agências Internacionais - Efe e AP


PEQUIM - A China espera pisar pela primeira vez a Lua em 2025, assim como enviar sondas de prospecção a Marte em 2013 e a Vênus em 2015 e pôr no espaço seu primeiro módulo espacial não tripulado, o Tiangong-1, no próximo ano, informou nesta segunda-feira, 20, o jornal Global Times.





Cheng Min/XinhuaJovens chinesas veem luvas de astroanuta em exibição realizada em março deste anoVeja também:



China testa módulo de estação espacial para lançamento em 2011



Além disso, o novo satélite de prospecção lunar chinês, o Chang'e-2, será lançado antes do final do ano, anunciou Wu Weiren, o engenheiro chefe do Programa Chinês de Prospecção Lunar.



Trata-se de um projeto de prospecção robótica e missões tripuladas à Lua dirigido pela Administração Espacial Nacional Chinesa.



Além disso, o segundo satélite lunar realizará um teste de aterrissagem em vistas da preparação do lançamento do Chang'e-3, previsto para 2013.



Chang'e, o nome com o qual são batizados os satélites enviados à Lua pela China, refere-se a uma lenda chinesa segundo a qual uma deusa com esse nome habita a Lua.



O cientista Ouyang Ziyuan, membro deste projeto de satélites lunares, disse ao Global Times que se está planejando estabelecer uma estação espacial para 2020, baseada na tecnologia aeroespacial e no sucesso das futuras missões tripuladas.



O primeiro módulo espacial sem tripulação, o Tiangong-1 (que em mandarim significa "Palacio Celestial"), será lançado no próximo ano e nele se acoplarão outros lançamentos previstos no futuro, dentro do bem-sucedido programa Shenzhou, que em 2008 conseguiu realizar a primeira caminhada espacial com um astronauta chinês.



Pequim lançou sua primeira nave espacial tripulada, a Shenzhou 5, em 2003, tornando-se o terceiro país a dominar a tecnologia de enviar seres humanos ao espaço, atrás de Rússia e EUA.



No entanto, o clima de segredo e os laços militares do programa chinês vêm inibindo a colaboração com outras potências espaciais, incluindo a Estação Espacial Internacional (ISS).

Rússia vai reforçar suas pesquisas científicas no Ártico

A Rússia está intensificando seus esforços de pesquisa para dar apoio à reivindicação que faz de soberania sobre partes da plataforma continental do Oceano Ártico,disse a principal autoridade do Kremlin para a questão.






Artur Chilingarov disse a jornalistas que encabeçará uma expedição para lançar uma estação de pesquisas flutuante no Ártico, a fim de coligir dados para reforçar a reivindicação de territórios árticos pela Rússia.



Rússia, EUA, Canadá, Dinamarca e Noruega vêm tentando legitimar jurisdição sobre partes do Ártico, região que, acredita-se, pode guardar até 25% do gás e do petróleo ainda não descobertos do mundo.



A estação flutuante russa vai complementar um quebra-gelo e um navio de pesquisas que vêm atuando no Ártico pelos últimos dois meses, disse Chilingarov, o enviado da Presidência russa para cooperação no Ártico e Antártida.



Um cientista polar, Chilingarov liderou uma expedição de 2007 em que uma lata com a bandeira russa foi lançada no leito marinho do Polo Norte.



As nações do Ártico vêm se mostrando cada vez mais ansiosas para marcar suas reivindicações, à medida que o aquecimento polar faz diminuir a cobertura de gelo sobre o mar e libera os recursos do oceano e do subsolo marinho à exploração econômica.



Um documento assinado em 2008 pelo presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, afirma que a região polar será a "principal fonte de recursos estratégicos" para o país até 2020.



Rússia, Canadá e Dinamarca preparam-se para reivindicar, na ONU, a posse da Cordilheira Lomonosov, um conjunto de montanhas submarinas.




sábado, 18 de setembro de 2010

Boeing levará turista ao espaço em 2015


SÃO PAULO - A companhia aérea Boeing anunciou nesta quarta-feira (15/9) que vai oferecer serviços de viagem ao espaço para turistas.





A Space Adventure, parceira da companhia no projeto, fechou oito viagens à Estação Espacial Internacional (ISS), um projeto de 176 bilhões de reais, construído por um grupo formado por 16 países.




As viagens ao espaço para turistas são um desdobramento da decisão do governo Obama, que terminará com o plano espacial em 2011, que leva astronautas e suprimentos à ISS. A Casa Branca propôs a companhias privadas a tarefa de levar astronautas da Nasa para o espaço. A agência espacial americana passaria, então, apenas a comprar os assentos necessários para levar sua equipe à ISS - que funcionará até 2020 - em aeronaves desenvolvidas por outras empresas.





A Boeing e a Bigelow Aerospace, de Las Vegas, ganharam neste ano um contrato de 18 milhões de reais para testes e desenvolvimento preliminares de todo o equipamento que carregará sete passageiros.





No entanto, há apenas três vagas para turistas, já que os outros assentos estão reservados à astronautas profissionais. O voo da CST-100, desenvolvida pela Nasa, será o primeiro a dar chance a um turista a viajar ao espaço a partir de uma nave lançada dos Estados Unidos. A decolagem será a partir do Cabo Canaveral, na Flórida, até a ISS.





O preço exato para conhecer o espaço como turista ainda não foi estipulado pela Boeing mas, está longe de ser barato. O fundador do grupo canadense Cirque du Soleil, Guy Laliberte, por exemplo, pagou mais de 60 milhões de reais para estar na tripulação de um voo russo, no ano passado.





Até hoje, sete milionários desembolsaram 35 milhões de reais para viajar ao espaço. A cifra dá direito a uma média de dez dias no espaço, depois de um simbólico treinamento. Além da Boeing, a Virgin Atlantic, do empresário Richard Branson (colunista de EXAME) também tem um projeto semelhante em andamento com seis veículos comerciais que poderão levar até seis viajantes.

Corte de orçamento do Cern atrasará em um ano planos para o LHC

REUTERS - REUTERS


O centro europeu de estudos nucleares, o Cern, informa que cortes em seu orçamento forçarão um fechamento temporário de seus aceleradores de partículas no ano de 2012, mas fez a ressalva de que sua principal máquina o Grande colisor de Hádrons (LHC) não será prejudicado, embora sua operação venha a sofrer um atraso.



O experimento que testa os limites da Física



A redução de orçamento representa um corte de US$ 133,4 milhões de dólares ao longo de cinco anos, até 2015.



A despeito da alegação de que o LHC não sofrerá prejuízos, a atualização da intensidade dos feixes do colisor será adiada em um ano, até 2016, o que significa que os pesquisadores terão de esperar mais para aumentar a taxa de coleta de dados.



Um acelerador de partículas é uma máquina que impele um feixe de partículas subatômicas a alta velocidade. Físicos usam essas máquinas para criar colisões de alta energia, de forma que possam estudar os componentes fundamentais da matéria.



O Cern opera uma rede de aceleradores, incluindo o LHC, que é o maior do mundo e iniciou operações há dois anos, para testar uma série de hipóteses na fronteira da ciência.



O Cern já havia avisado que o LHC não operaria em 2012 "por questões estritamente técnicas". Agora, informa que todos os demais aceleradores ficarão inativos em 2012.



"Todo o complexo de aceleradores do Cern se juntará ao LHC em um fechamento de um ano", disse nota da instituição. "A administração do Cern considera esse um bom resultado, dado o atual ambiente financeiro".



A redução das contribuições dos governos europeus ocorre num momento em que os países buscam cortar gastos não essenciais. Cientistas afirmam que a redução da verba para pesquisa científica vai desacelerar a inovação tecnológica e a criação de empregos, prejudicando a recuperação econômica no longo prazo.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

comando-Tonelero,

Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais, conhecido como Batalhão Tonelero, unidade especial da infantaria naval da Marinha do Brasil, está preparado para atuar tanto na orla marítima quanto nas regiões ribeirinhas. Criado em 1971, baseado no Rio de Janeiro, iniciou suas atividades com o Curso de Comandos Anfíbios, estruturado por oficiais que tinham freqüentado o Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), do Exército Brasileiro. Subordinado ao Comando da Força de Fuzileiros da Esquadra (FFE), é composto das seguinte unidades: Companhia de Comando e Serviços; Companhia de Comandos Anfíbios (duas); Companhia de Reconhecimento Anfíbio; Companhia de Reconhecimento Terrestre. Suas especialidades envolvem as ações de reconhecimento pré-assalto e pós-assalto em apoio às forças de desembarque, com efetivos altamente qualificados como mergulhadores autonômos ou usando o pára-quedas como meio de infiltração, com a missão de identificar e relatar atividades do inimigo, conduzir fogos das armas de apoio, implantar sensores no terreno e orientar operações com helicópteros. As ações de comando visam destruir ou danificar objetivos relevantes, retomar instalações, capturar ou resgatar pessoal,obter dados, despistar e produzir efeitos psicológicos.


O Curso Especial de Comandos Anfíbios, com duração de dez semanas, possui as seguintes disciplinas: técnicas de infiltração; patrulha; explosivos; socorrismo avançado; combate em áreas urbanas; luta corpo-a-corpo; montanhismo; e técnicas de sobrevivência no mar e em terra. Seus membros devem ainda estar habilitados a operar em regiões ribeirinhas e no Pantanal, em montanha e clima frio, em regiões semi-áridas e selva, e para tanto passam por outro exaustivo treinamento com duração de doze semanas.

Ainda no âmbito do Batalhão Tonelero foi criado o Grupo Especial de Retomada e Resgate(GERR) adequado ao cumprimento de tarefas específicas como a retomada de instalações de interesse da MB, resgate de reféns ou pilotos abatidos em zona de combate, e luta anti-terrorista. Entre outras habilidades treinam a abordagem de edificações, manuseio de artefatos químicos, tiro de precisão, tiro com besta, técnicas de silenciamento, memorização e negociação.

Para poder desempenhar bem suas funções, seus efetivos devem contar com o que há de melhor em armas e equipamentos. Fazem parte do inventário da unidade, submetralhadoras silenciadas H&K MP5 SD3, calibre 9 mm, fuzis para tiros de de precisão Parker-Hale, calibre 7,62 mm, fuzis Colt Commando M16A2, de 5,56 mm e equipamento de visão noturna, entre outros. Os uniformes utilizados são os mesmos que vigoram nas demais unidades do Corpo de Fuzileiros Navais, totalmente camuflado, usado em combate, exercícios e diariamente nos quartéis.

O distintivo, de metal dourado, traz uma caveira que significa morte e destruição ao inimigo, a âncora simbolizando a Marinha do Brasil, um raio referência à rapidez e violência das ações e um par de asas que traduzem a capacidade aeroterrestre.

17ª Brigada de Infantaria de Selva - “Brigada Príncipe da Beira”

17ª Brigada de Infantaria de Selva - “Brigada Príncipe da Beira”




Porto Velho (RO) - A “Brigada Príncipe da Beira” realiza, no mês de agosto, no Estado de Rondônia, nas regiões de fronteira com a Bolívia, a Operação Curare IV – 2010. Nessa oportunidade, o Exército Brasileiro cumpre seu dever legal previsto na Constituição Federal e nas Leis Complementares 97/1999 e 117/2004.



Essa Operação tem a finalidade de intensificar a presença do Exército Brasileiro junto à faixa de fronteira no sudoeste da Amazônia Brasileira, reprimindo os delitos transfronteiriços e ambientais.



Durante a operação, será intensificada a vigilância na faixa de fronteira, por meio de patrulhamentos terrestres, aéreos e fluviais. Também serão estabelecidos postos de bloqueio e controle nas estradas e nas calhas dos rios para a realização de revistas em viaturas e embarcações.



A Operação Curare IV – 2010 conta com a participação de 940 militares do Exército e de integrantes dos seguintes órgãos de segurança e fiscalização: Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Receita Federal, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Fundação Nacional do Índio (FUNAI), Polícia Militar e Polícia Civil do Estado de Rondônia. Esse suporte proporciona maior eficiência e rapidez nas ações de repressão, fiscalização e apoio à população.



Concomitante às ações de patrulhamento e fiscalização, serão desenvolvidas ações de caráter cívico-social, com destaque para o atendimento médico e odontológico aos residentes na área de operações, bem como a apresentação das bandas de música militares da Brigada, atividades lúdicas para as crianças, palestras nas escolas, expedição de documentos do serviço militar, entre outras.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Imagenes del MET 4 en El Palomar

En septiembre de 2010 se instaló temporalmente en la I Brigada Aérea con asiento en El Palomar el MET 4 (Modelo de Evaluación Tecnológica 4) de INVAP SE.




El MET 4 es un demostrador tecnológico desarrollado por INVAP como paso intermedio para el desarrollo del Radar Primario 3D de Largo Alcance (RP3DLA). El MET 4 no tiene partes activas y servirá solo para pruebas de Estructura y de los sistemas mecánicos y auxiliares.



INVAP trabaja desde el año 2004 en el desarrollo del RP3DLA. En diciembre de 2007 se firmó un contrato entre INVAP y el gobierno argentino por intermedio de la Dirección General de Fabricaciones Militares (DGFM) para el desarrollo, certificación y homologación del radar. Los trabajos tendrán un coste total de 141.5 millones de pesos (unos 36 millones de dólares) y deberán estar concluidos en agosto del 2012. Las especificaciones del radar incluyen un alcance de 220 a 240 millas y capacidad de contra medidas electrónicas.



El proceso de desarrollo incluye la fabricación cinco demostradores MET mas el MET 6 que será el prototipo operativo. Los MET 1 y 2 ya han sido completados, en tanto que los MET 3 y 5 serán completados durante el 2011.



Se espera la firma de un nuevo contrato por 144 millones de dólares para la fabricacion de 5 o 6 radares de serie para sustituir a los que se pensaban comprar en el exterior. El costo unitario de cada radar se estima en 15 millones de dólares. INVAP se refiere al radar definitivo como Radar Primario Argentino (RPA) y al conjunto completo como RTA, que incluye a un radar secundario RSMA Inkam montado encima del RPA.

NASA quer lançar foguetes sobre trilhos

                              O projeto inicial prevê a construção de uma pista de 3,2 km, disparando um avião hipersônico até uma velocidade Mach 10, o suficiente para que ele atinja as camadas mais altas da atmosfera.[Imagem: NASA   Ainda às voltas com discussões sobre o modelo do foguete que deve construir para substituir os atuais e os nem-nascidos da natimorta série Constelação, a NASA está se voltando para tecnologias mais futuristas. Ou mais retrôs, dependendo do ponto de vista.




Segundo a agência espacial norte-americana, a ideia é projetar um "lançador para as estrelas", o que deverá ser possível, diz a agência, com um sistema que transforme uma série de tecnologias já disponíveis em um "gigantesco salto para o espaço."



Foguete sobre trilhos



A NASA vem testando há anos um tipo inovador de avião hipersônico em formato de cunha, chamado estatojato, ou scramjet.



Nos testes iniciais, o avião hipersônico é acelerado até sua velocidade de partida por um foguete, lançado a partir de um avião comum.



Mas a ideia agora é baratear bastante o processo, lançando a aeronave horizontalmente. Isto poderia ser feito utilizando um trem, impulsionado por turbinas comuns, por motores elétricos ou por magnetismo, como nos chamados MagLev, trens que usam um sistema de levitação magnética.



O avião hipersônico atingiria a velocidade de arranque ainda no solo. Depois de se soltar e decolar, ele deverá acelerar até Mach 10 utilizando seus scramjets.



Ao atingir a parte mais alta da atmosfera, ele libera sua cápsula ou carga útil, semelhante ao segundo estágio de um foguete. A cápsula contará com seu próprio motor-foguete, para atingir a órbita. Já o avião hipersônico retorna ao solo, pousando em uma pista comum, ao lado dos trilhos de lançamento.



Parece promissor, mas bem aquém de qualquer coisa que lembre um "gigantesco salto para o espaço," conforme afirma a agência.



Metrô da era espacial



Segundo Stan Starr, do Centro Espacial Kennedy, tudo isto pode ser feito com tecnologia já disponível, não dependendo de nenhum invento disruptivo.



"Tudo pode ser feito com componentes tecnológicos já desenvolvidos ou estudados," Estamos propondo amadurecer estas tecnologias até um nível útil, bem além do nível já alcançado," diz ele.



Segundo o engenheiro da NASA, o projeto beneficiará uma série de outros setores, além do espacial, já que exigirá o aperfeiçoamento dos sistemas de transporte ferroviário, que poderão ser usados em sistemas de metrô, baterias, que poderão ser usadas em veículos elétricos, e vários outros.



Sistema avançado de lançamento



O projeto, chamado Advanced Space Launch System (sistema de lançamento espacial avançado) não pretende substituir os ônibus espaciais ou qualquer outro programa em um futuro próximo.



Mas, segundo Starr, poderá ser adaptado para transportar astronautas depois que o sistema for suficientemente testado em missões não tripuladas.



A equipe propôs um projeto com 10 anos de duração, que, se aprovado, teria início com o lançamento de aviões não tripulados comuns.



A seguir viriam modelos de aviões mais avançados, até que seja possível construir um capaz de lançar um pequeno satélite em órbita.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

IAE inicia montagem de Sistema Tubeira Móvel do VLS

O sistema tubeira móvel para o propulsor S-43 do 6º Ensaio de Queima, Operação Uirapuru, está sendo integrado no Laboratório de Propulsão da Divisão de Propulsão Espacial (APE). Atualmente, é realizada confecção da tubulação do circuito hidropneumático do SATM (Sistema de Alimentação da Tubeira Móvel) na saia traseira do 2º estágio.

                                   tubeíra do VLS


O caminho a ser percorrido pela tubulação é pré-determinado pelo layout 3D, em PRO-E, da Saia Traseira do 2º Estágio. Para auxiliar na dobra dos tubos no caminho correto dentro da saia, os principais componentes do SATM foram previamente posicionados. Posteriormente os componentes e tubos serão desmontados e testados individualmente.

Equipe SAR inicia procedimentos para a Operação Maracati II

A Equipe SAR-IAE iniciou os trabalhos de preparação para o resgate da carga útil, a ser realizado durante a Operação Maracati II, quando ocorrerá o lançamento do foguete VSB-30.




A carga útil MicroG 1A, da Agência Espacial Alemã, é integrada ao foguete VSB-30 e deverá ser retirada do mar a mais de 100 km da costa Maranhense, após ações de reflutuação e acondicionamento, garantindo assim, o pleno sucesso da Operação.



A plataforma MICROG 1A levará ao espaço cerca de nove experimentos de diversas instituições de pesquisa e universidades brasileiras, sob a coordenação da Agência Espacial Brasileira (AEB), que há um ano vêm sendo testados, permitindo a realização de experimentos em ambiente de microgravidade. Utilizando técnicas de deslocamento subaquático, com a utilização dos DPV ( Diver propulsion vehicles) e enfrentando diversas condições de mar, a equipe SAR -IAE realiza adestramentos operacionais no litoral, próximo à divisa dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, região de reserva ambiental protegida e administrada pelo Parque Estadual da Serra do Mar.



As atividades desenvolvidas nos treinamentos englobam, entre outras, mergulho com misturas enriquecidas NITROX, busca subaquática e reflutuação de cargas, localizadas por equipamentos do tipo ecobatímetro portáteis , instalados nos barcos infláveis da Equipe de Salvamento e Resgate.



Durante a operação de resgate, prevista para o último trimestre no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), serão empregados Helicópteros H-60 L (Black Hawk), do Esqudrão Harpia, aviões de patrulha P-95, além de uma embarcação da Marinha do Brasil.



A próxima missão



Mais uma atividade preparatória, na mesma região do litoral, deverá ocorrer, agora específica para os testes de enlace da estação de comunicações, a ser operada na base de operações (Ilha Santana-MA).



Um evento que possibilitará o gerenciamento de toda a operação, estabelecendo comunicação efetiva entre as aeronaves de resgate, patrulha, embarcação de apoio entre a Marinha e o CLA, por ser essa região bastante afastada da costa.

Brasil fecha acordo militar com Reino Unido

Texto prevê cooperação nos moldes dos estabelecidos com Estados Unidos, França e Itália. Marinha pode comprar até 30 embarcações britânicas, incluindo fragatas e navios-patrulha








Depois de França, Estados Unidos e Itália, ontem foi a vez de o Reino Unido fechar com o governo brasileiro um acordo de cooperação militar. No mesmo molde dos textos assinados com os outros dois países, o acordo "guarda-chuva" prevê a troca de experiência e a cooperação entre os países em questões relacionadas à defesa, incluindo a aquisição de produtos e serviços. Para o governo britânico, o acordo, assinado durante a visita ao Brasil do ministro adjunto de Defesa, Gerald Howarth, poderia fazer pender a favor de Londres a compra de fragatas e navios patrulha para a Marinha do Brasil. De acordo com o jornal britânico Financial Times, o valor do negócio seria de US$ 4,475 bilhões, quase R$ 8 bilhões.



Diferentemente da compra de caças para a Força Aérea Brasileira (FAB), a Marinha não abriu uma concorrência para definir a compra de até 30 embarcações, entre fragatas e patrulhas. Até agora, o governo já recebeu propostas da França e da Itália, no marco dos acordos de defesa fechados. A oferta francesa, contudo, foi considerada muito cara pelo governo brasileiro, que parece ter se interessado bastante pela proposta britânica.



De acordo com o Programa de Reaparelhamento da Marinha (PRM), de agosto de 2009, a Força precisa de 18 fragatas para substituir as nove que possui hoje, todas de fabricação britânica. Elas têm a finalidade de escoltar navios maiores, como os porta-aviões. Em relação aos navios-patrulha, a Marinha estima precisar de até 12 unidades, com capacidade para 1,8 mil toneladas – o Brasil não tem hoje embarcações dessa classe, fundamentais para a segurança das jazidas petrolíferas na camada do pré-sal. Os valores estimados inicialmente pelo governo eram de 450 milhões de euros, (cerca de R$ 995 milhões) para cada fragata e R$ 230 milhões para cada navio-patrulha.



A oferta britânica, que envolveria a princípio a aquisição de seis patrulhas e cinco ou seis fragatas Tipo 26 (nome provisório da embarcação), produzidas pela gigante britânica BAE Systems, sairia por R$ 8 bilhões – valor aproximado ao orçado pelo governo brasileiro. Esse preço, no entanto, é para a produção das embarcações no Reino Unido. Segundo o Financial Times, o valor tende a cair se o Brasil optar pela produção no próprio país, o que já é uma das intenções do governo para desenvolver a indústria militar naval (leia abaixo). A oferta da BAE Systems foi entregue à Marinha pelo diretor da empresa para o Ocidente, Dean McCumiskey, que acompanha Howarth em visita ao Rio de Janeiro e Brasília – a delegação britânica chega hoje à capital.



O Ministério da Defesa confirmou o acordo com o governo britânico, assinado por Howarth e pelo almirante-de-esquadra Julio Soares de Moura Neto, representando o ministro da Defesa, Nelson Jobim, que está em viagem oficial à Europa. O ministério fez questão de destacar que o texto "não está vinculado a qualquer negociação comercial específica entre as duas nações", em referência à associação feita pelo Financial Times com a compra das fragatas.



"(O acordo) tem por base a vontade mútua de desenvolver a cooperação em longo prazo na área de defesa, envolvendo parcerias industriais, transferência de tecnologia , educação e treinamento, entre outros (itens), sempre que houver mútuo interesse", afirma o comunicado. O texto, no entanto, inclui "parcerias em aquisição de produtos e serviços de defesa". Segundo Howarth, a intenção é fortalecer as relações bilaterais, "que sempre foram fortes". Reino Unido e Brasil têm procurado estreitar as ligações com vistas à troca de experiência para as próximas edições dos Jogos Olímpicos (2012 em Londres e 2016 no Rio) e da Copa do Mundo (2014 no Brasil). De acordo com o Ministério da Defesa, em sua passagem pela República Tcheca e pela Ucrânia, Jobim também assinou acordos semelhantes com os dois países.



Fonte: O Estado de Minas - Isabel Fleck

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Ao menos 15 pessoas morreram nesta terça e três ficaram feridas em dois ataques com mísseis supostamente realizados por aviões não tripulados dos Estados Unidos

Islamabad, 14 set (EFE).- Ao menos 15 pessoas morreram nesta terça e três ficaram feridas em dois ataques com mísseis supostamente realizados por aviões não tripulados dos Estados Unidos na região tribal paquistanesa do Waziristão do Norte, informaram emissoras de televisão do país.




No primeiro dos ataques, ao menos três mísseis atingiram uma casa que seria ocupada por insurgentes, na região de Shawal, na fronteira com o Afeganistão. De acordo com a rede "Geo TV", 11 pessoas morreram neste ataque.



Horas depois, outro avião espião americano atacou a cidade de Miran Shah, no Waziristão do Norte, a cinco quilômetros da fronteira, e matou quatro pessoas, segundo fontes locais citadas pelo canal "Express".



Os ataques de aviões não tripulados dos EUA nas regiões tribais fronteiriças com o Afeganistão acontecem cada vez com mais frequência no Waziristão do Norte: já são cerca de 10 neste mês.



Esta demarcação, na qual buscam refúgio membros da rede Al Qaeda e facções talibãs tanto afegãs como paquistanesas, é a única do cinto tribal que não foi alvo de uma operação militar do Exército paquistanês contra a insurgência nos últimos dois anos, apesar da pressão dos EUA.



O Governo paquistanês rejeita em público estes ataques, enquanto os EUA não fazem comentários sobre eles, apesar de o programa estar sendo desenvolvido há anos e a imprensa fazer cobertura das ações.

Governo vai licitar poço gigante no pré-sal

O governo estima reservas potenciais de até 8 bilhões de barris de petróleo no poço de Libra, que está sendo perfurado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) com a Petrobrás, na Bacia de Santos. Se confirmada a expectativa, Libra disputará com Tupi o posto de maior descoberta mundial de petróleo dos últimos 20 anos. A área deve protagonizar o primeiro leilão de contratos de partilha do País, previsto para o primeiro semestre de 2011.A estimativa de reservas de Libra foi feita pela certificadora independente Gaffney Cline Associates (GCA), durante o trabalho de certificação de reservas que seriam vendidas à Petrobrás no processo de cessão onerosa. Segundo a diretora da ANP Magda Chambriard, a GCA chegou a um total de 7,9 bilhões de barris de óleo. O volume é preliminar e precisa ser confirmado pela perfuração de poços no local.ANP e Petrobrás iniciaram a perfuração de Libra em junho, mas ainda não atingiram o reservatório de petróleo, o que deve ocorrer entre 15 e 30 dias. Depois disso, o posto passará por um teste de produção, previsto para novembro. Os dados serão usados pelo governo para atrair interessados no primeiro leilão do pré-sal com contratos de partilha, caso o novo marco regulatório seja aprovado pelo Congresso."Onde se viu uma licitação de mais de 7 bilhões de barris nos últimos anos? Isso só acontecia no Oriente Médio na década de 1970", comentou Magda, em entrevista após palestra na feira Rio Oil & Gas. O governo chegou a cogitar a inclusão de Libra na lista de blocos vendidos à Petrobrás por R$ 74,8 bi, mas desistiu após a avaliação das reservas.Em discurso na abertura do evento, o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio Almeida, disse confiar na aprovação do projeto de lei da partilha este ano, para que a licitação de Libra ocorra no início de 2011 - são necessários quatro meses entre o lançamento do edital e a realização do leilão. "A Câmara não pode mais mexer no projeto. Tem apenas de dizer sim ou não", afirmou.Libra está localizado a 35 quilômetros de Franco, que foi incluído no processo de cessão onerosa com 3,1 bilhões de barris. Segundo a ANP, Franco pode ter até 6 bilhões de barris de petróleo e, se confirmada a estimativa, o volume adicional aos 3,1 bilhões poderá ser objeto de um contrato de partilha ou de contratação direta da Petrobrás.Franco e Libra estão na porção norte do pré-sal da Bacia de Santos. Juntos, têm potencial para dobrar as reservas brasileiras, hoje em 14 bilhões de barris. Mais ao sul, está Tupi, maior descoberta mundial de petróleo nos últimos 20 anos, com reservas de 5 a 8 bilhões de barris.Magda disse que dificilmente essa região tenha novas descobertas desse porte. A agência trabalha agora para avaliar a porção sul do pré-sal de Santos, em frente ao litoral de Santa Catarina.

Dilma segue na frente com 50,5% das intenções de voto, indica CNT/Sensus

Dilma segue na frente com 50,5% das intenções de voto, indica CNT/Sensus


Candidata a presidente pelo PT, Dilma Rousseff mantém a liderança na pesquisa Sensus divulgada nesta terça-feira, 14, pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) com 50,5% das intenções de voto. José Serra, do PSDB, aparece em segundo lugar, com 26,4% das indicações, e Marina Silva em terceiro com 8,9%.



Os outros seis presidenciáveis não chegaram a alcançar um ponto percentual cada. Não souberam responder somam 9,1%, enquanto votos brancos e nulos ficaram em 3,5%.



Dos pontos válidos (excluídos brancos e nulos e redistribuído os indecisos proporcionalmente entre os candidatos), Dilma soma 57,8% dos votos, contra 42,2% dos demais candidatos somados. Essa conta aponta vitória de Dilma no primeiro turno.



A vantagem de Dilma sobre Serra, que era de 17,9 pontos percentuais na última pesquisa, divulgada em 24 de agosto e passou a 24,1 pontos neste último levantamento. A margem de erro é de 2,2% para mais ou para menos.


Segundo Turno




Na simulação de segundo turno entre Dilma e Serra, a petista ganharia o pleito com 55,5% dos votos, contra 32,9% do tucano. Não souberam responder: 5,7%. Brancos e nulos: 5,9%. Na pesquisa divulgada em 24 de agosto, os índices eram similares: Dilma venceria o pleito com 52,9% e Serra ficaria com 34%.



A pesquisa Sensus também levantou o percentual de eleitores que acreditam na vitória dos seus candidatos. Dos entrevistados, 71,8% afirmaram que Dilma Rousseff vencerá as eleições. O número é bem maior dos que indicam voto nela, 50,5%. Em contrapartida, José Serra, que foi apontado como candidato por 26,4% dos entrevistados, foi indicado como vitorioso dessas eleições por apenas 16,1%.



Marina Silva foi apontada como provável eleita por 1,8%. Os demais candidatos não receberam nem 1% cada. 9,1% não souberam responder.



Horário Eleitoral





O levantamento CNT/Sensus quis saber quantos eleitores estão assistindo os programas eleitorais, sendo que 62,3% dos entrevistados responderam que assistiu pelo menos em parte. No final de agosto, 42,9% tinham visto as propagandas eleitorais.



Dentre os eleitores que tomaram conhecimento dos programas, 60,3% consideram o programa de Dilma Rousseff o melhor entre os candidatos. 29,5% avaliaram sendo o programa de Serra como o melhor, enquanto 9,1% votaram na propaganda de Marina Silva.



No final de agosto, dentre os que tinham assistido ao horário eleitoral gratuito, 56% tinham gostado mais do programa de Dilma e 34,3% de Serra, e 7,5% de Marina.



Opção de voto



A pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta terça-feira apurou que 72,7% dos entrevistados já tem o voto para presidente definido, enquanto 23,6% podem mudar ou ainda não definiu voto. Outros 3,8% não souberam responder a esta questão.



Entre os que poderiam mudar o voto (12,4%), a maioria (2,8%) trocaria de candidato se percebessem que outro postulante tem mais capacidade administrativa.



Outros 2,7% mudariam de voto se outro candidato fosse mais capaz de gerir programas sociais; 1,7% seriam atraídos por argumentos de outras campanhas; 1,5% poderiam votar em outro candidato que mostrasse mais inidoneidade; e 0,8% se seu candidato perdesse o apoio de lideranças. Os demais não souberam responder.



Dos 15% dos que ainda não definiu candidato, 3,1% definirão voto assistindo os debates na TV; 2,9% avaliarão através dos noticiários; 1,7% através de entrevistas; 1,1% pelos programas eleitorais. Os demais 6,1% não souberam responder.



Ainda segundo a pesquisa, Marina Silva, candidata do PV, é a segunda opção de voto da maioria dos eleitores: 22,4% poderiam votar nela. José Serra é segundo voto de 17,8%, e Dilma de 16,8%. Zé Maria, do PSTU, e Plínio de Arruda Sampaio, do PSOL, foram citados por 1,3% e 1,2% dos entrevistados cada. Brancos e nulos somam 22,9% nesta questão, enquanto 15,7% não souberam responder.



A 104º. Pesquisa CNT/Sensus foi realizada entre os dias 10 e 12 de setembro, em 24 estados, com dois mil entrevistados. A margem de erro é de 2,2% para mais ou para menos.



Estadão