quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Projetor responsável por satélite iraniano revela o que causou falha no lançamento

A imprensa iraniana reportava sobre o lançamento bem-sucedido do satélite Payam quando o veículo, após passar pela 1ª e 2ª etapa, não conseguiu atingir a velocidade necessária para atingir a 3ª etapa na subida rumo à altitude planejada de 500 quilômetros.
Os restos do Payam  despencaram no Oceano Índico, confirmou mais tarde o chanceler da Universidade Amirkabir, Ahmad Motamedi que projetou e desenvolveu o satélite.
De acordo com os dados do GPS ativos até o último minuto, [o satélite] Payam caiu no Oceano Índico, depois de não estar localizado na órbita", confirmou Motamedi à agência de notícias Mehr.

O pesquisador descreveu o desempenho técnico do satélite como "favorável", acrescentando que Payam estava enviando sinais por cerca de seis minutos antes que a conexão fosse perdida.
Motamedi mencionou o fracasso do lançador em calcular a velocidade inicial. Ele disse que problemas com o combustível estavam entre os motivos que levaram à falha do satélite em alcançar órbita.
O Ministro da Informação e Tecnologia das Comunicações, Mohammad Javad Azari Jahromi ordenou a projeção e construição do próximo satélite, chamado 'Payam 2'. Nossa equipe de cientistas irá prepará-lo para o lançamento em menos de um ano, graças ao conhecimento técnico que nós adquiriram agora", Motamedi apontou.
O Irã tem feito progressos significativos em seu programa espacial com o lançamento bem-sucedido do satélite Simorgh no ano passado. Os lançamentos de satélites em Teerã provocaram uma reação adversa em vários países, particularmente na França e nos Estados Unidos, que apontam desacordo em relação ao acordo nuclear iraniano. As alegações foram, no entanto, veementemente negadas por Teerã.

Exercícios da Marinha são liderados pelo maior navio de combate da América Latina

A Marinha do Brasil (MB) está realizando, entre 11 e 31 de janeiro, a Operação ASPIRANTEX 2019, com visita aos portos de Montevidéu, Rio Grande, Itajaí e Paranaguá.
Quase dois mil militares estão envolvidos na Operação ASPIRANTEX 2019, que leva a bordo 319 Aspirantes da Escola Naval, que vivenciarão durante a missão a vida e a rotina dos navios da Esquadra que partiram do Rio de Janeiro até Montevidéu, no Uruguai. 
Além disso, segundo a MB, a Operação contempla a realização de "exercícios de caráter militar, operações com aeronaves, transferência de óleo combustível e água no mar, manobras táticas entre os navios, exercícios de tiro, exercícios de combate a incêndio, dentre outros, a fim de aprimorar o adestramento dos meios navais e aeronavais da Esquadra".
Uma das grandes novidades da comissão deste ano é a participação do mais novo navio da esquadra, o Porta Helicópteros Multipropósito (PHM) "Atlântico". Este navio Capitânia foi comprado do Reino Unido, em fevereiro de 2018, e substitui o desativado porta-aviões "São Paulo".
O Grupo-Tarefa contará com a presença do Comandante em Chefe da Esquadra (COMEMCH), o Almirante de Esquadra Alipio Jorge e será comandado pelo Contra-Almirante Fernando Ranauro Cozzolino, Comandante da 2ª Divisão da Esquadra (ComDiv-2), sendo composto pelos seguintes meios da Esquadra: Porta-Helicópteros Multipropósito "Atlântico" (A140), com um helicóptero anti-submarino (SH-16) e um helicóptero de emprego geral (UH-15) embarcados; Navio de Desembarque de Carros de Combate "Almirante Sabóia" (G25), com um helicóptero de emprego geral (UH-12); Fragata "Independência" (F44), com um helicóptero de emprego geral (UH-12); Fragata "Rademaker" (F49) e a Corveta "Julio de Noronha" (V32)", informou a Marinha em um press release.
Além disso, o Navio-Patrulha "Macaé" (P70), Navio de Apoio Oceânico "Mearim" (G150) e duas aeronaves de interceptação e ataque (AF-1) participarão dos exercícios. Um destacamento de Mergulhadores de Combate estará a bordo do "Atlântico" (A140), além das seguintes aeronaves da Força Aérea Brasileira: uma aeronave de patrulha (P-95), uma aeronave anti-submarino (P-3AM) e duas aeronaves de ataque (A-1).
A Marinha informou que os navios estarão abertos à visitação pública nos portos de Itajaí, Paranaguá e Rio Grande.
Muitos anos de tradição
"Essa é uma das comissões mais importantes da Marinha. Cada ano tem um grupo de navios diferente, mas o escopo é o mesmo, que é adestrar os navios em diversos cenários de conflito, vamos dizer assim, e normalmente é o mesmo padrão. Obviamente que tudo tem uma evolução, cada ano é melhor que anterior, mas o padrão da importância é o mesmo há bastante tempo" disse o vice-almirante, José Renato de Oliveira, que conversou sobre o tema com a Sputnik Brasil.  
A Operação ASPIRANTEX ocorre todos os anos. A gente consegue juntar duas coisas: o adestramento de nossos navios, e a gente sempre leva os aspirantes para que eles possam aprender, ter o início do convívio com o mar, a se habituar com o mar. Então nós fazemos todos os exercícios no mar com a presença de aspirantes", explicou o Vice-almirante.
Segundo o militar, este ano também será especial para o 5º Distrito Naval da Marinha, em Rio Grande (RS), que não recebe um navio de grande porte há mais de 16 anos. O último foi o recém-aposentado porta-aviões "São Paulo".
"Vamos ter cerca de 1800 pessoas e militares a bordo da ASPIRANTEX, sendo que cerca de 300 aspirantes. Então nós estamos muito animados. É sempre bom colocar os aspirantes, porque a gente se lembra dos nossos tempos da Escola Naval", acrescentou o oficial da Marinha que também recordou do passado.
"Quando o distrito aqui no Rio Grande foi inaugurado em 1983, eu por acaso era aspirante. Eu vim na inauguração. E já vim numa ASPIRANTEX", revelou o vice-almirante.