quinta-feira, 26 de julho de 2018

O que aconteceria se bomba nuclear mais potente explodisse na fossa das Marianas?

O portal alemão Kurzgesagt explicou o que aconteceria com o nosso planeta se a bomba soviética Tsar, a mais potente alguma vez criada, explodisse no fundo da fossa das Marianas.
Segundo explicaram os autores da publicação, uma vez que fosse detonada, a bomba de 50 megatons de TNT iluminaria pela primeira vez na história as profundidades da fossa.
Depois, o calor da explosão geraria uma enorme bolha composta por vapor de água, núcleos radioativos e os restos dos organismos marítimos. Esta bolha se ampliaria constantemente, evaporando a água em seu redor. A onda de choque causada pela explosão seria detectada pelas estações sismológicas de todo o mundo.
Entretanto, a onda iria parar. Mas porquê? Acontece que a atmosfera é incapaz de conter a onda explosiva, de modo que, na superfície da terra, a onda de choque poderia alcançar uns dez quilômetros de raio. Entretanto, a pressão no fundo da fossa, a uma profundidade de 11 quilômetros, é enorme, por isso a bolha começaria a se contrair uma vez que alcançasse um diâmetro de um quilômetro.
A seguir, a turbulência da água "cortaria" a bolha em inúmeros fragmentos radioativos que, por sua vez, iriam se mover em direção à superfície da água.
Deste modo, a detonação da bomba Tsar não levaria a nada mais que ao aparecimento de uma pequena onda e uma coluna de água radioativa no oceano Pacífico. Os autores do vídeo lembraram que terremotos fortes, comparáveis com a detonação de uma bomba nuclear, afetam o nosso planeta várias vezes por ano, sem causar o fim do mundo.

EUA e Grã-Bretanha encontram resposta para drone submarino russo do 'Juízo Final'

Militares dos EUA e da Grã-Bretanha estão pensando usar sensores subaquáticos e aeronaves antissubmarino para combater o drone submarino nuclear não tripulado russo Poseidon, noticia o portal Covert Shores.
O portal exemplifica: a deteção do submarino russo é possível com a ajuda de drones submarinos ACTUV (Navio Não Tripulado de Trilha Contínua de Guerra Antissubmarino). Outra maneira é usar uma rede de sensores subaquáticos, em particular boias hidroacústicas.
O submarino não tripulado Poseidon, originalmente conhecido como Status-6, tornou-se conhecido em novembro de 2015. Em março de 2018, o presidente russo Vladimir Putin confirmou oficialmente a existência do drone subaquático.
As características técnicas e táticas precisas do Poseidon não foram ainda oficialmente divulgadas. O que se sabe é que se trata de um submersível não tripulado equipado com um reator nuclear inovador capaz de se deslocar a grandes profundidades com alcance ilimitado, sendo uma arma projetada para destruir instalações econômicas do adversário.
Em abril, o Reino Unido chamou o submersível Status-6 de "arma do Juízo Final".

Nunca estivemos tão perto de concluir acordo Mercosul/União Europeia', diz Temer ao BRICS

O presidente Michel Temer discursou nesta quinta-feira (26) na 10ª Cúpula dos BRICS, na África do Sul, e defendeu o livre mercado com os sócios do Mercosul e outros países no contexto da guerra comercial travada entre os EUA e a China.
"Resgatamos a ideia do livre mercado com nossos sócios do Mercosul. Estamos eliminando barreiras, ao invés de erguê-las. Abrimos novas frentes com países da Aliança para o Pacífico, Coreia do Sul, Singapura, Canadá, Associação Europeia de Livre Comercio, Marrocos e Tunísia", disse Temer.
​O presidente brasileiro também destacou as negociações para um acordo entre o Mercosul e a União Europeia, com a finalidade de ter mais "abertura e modernização" na economia do país. 
"Nunca estivemos tão perto de concluir o acordo Mercosul/União Europeia. Buscamos mais abertura e modernização de nossa economia", afirmou. 

Líderes do BRICS firmam declaração conjunta após cúpula em Johannesburgo

Na declaração conjunta adotada durante a 10ª cúpula dos BRICS, realizada entre 25 e 27 de julho em Johannesburgo, os líderes do grupo confirmaram a sua fidelidade aos princípios de respeito mútuo, igualdade soberana e democracia.
Além disso, os líderes do grupo sublinharam a necessidade de lançar negociações sobre a convenção internacional contra os ataques do terrorismo químico.
Os chefes de Estado do grupo mostraram sua preocupação com o aumento da tensão no Oriente Médio e se pronunciaram contra o uso da força. Eles apelaram ao pleno respeito pelos compromissos no âmbito do acordo nuclear com o Irã, conhecido como Plano de Ação Integral Conjunto (JCPOA), bem como ao uso de esforços diplomáticos para resolver a crise palestino-israelense.
Declaramos mais uma vez a necessidade de reiniciar os esforços diplomáticos para chegar a uma solução duradoura, justa e abrangente do conflito palestino-israelense para atingir a paz e estabilidade no Oriente Médio, com base nas resoluções correspondentes da ONU, nos princípios de Madrid e na Iniciativa Árabe de Paz e outros acordos alcançados entre as partes durante as negociações sobre a criação do Estado palestino independente e unido, que existiria ao lado de Israel em condições de paz e segurança", lê-se na declaração.
O estatuto de Jerusalém também está entre as questões mais controversas e deve ser solucionada no âmbito das negociações entre Israel e Palestina. 
O conflito sírio também deve ser solucionado em conformidade com a Carta da ONU. O BRICS apela para uma resolução pacífica na Síria.
Os líderes do BRICS se manifestaram também a favor da desnuclearização da península da Coreia.
Os líderes do grupo condenam também o uso da força e as medidas de pressão unilaterais que violam a Carta das Nações Unidas.
"Perante os desafios internacionais que exigem nossos esforços conjuntos, declaramos a nossa adesão à formação de uma ordem mundial multipolar honesta e justa para a prosperidade de toda a humanidade, em que se respeite a proibição total de usar a força e as medidas de pressão unilaterais que violam a Carta da ONU", informa o comunicado, sublinhando que "nenhum país deve reforçar sua segurança à custa da segurança de outros países."
Quanto à situação econômica, os líderes dos países do BRICS declaram que as tensões comerciais e a política macroeconômica de alguns países ameaçam a estabilidade da economia global, acrescentando que o BRICS deve aumentar a cooperação econômica.
Segundo a declaração final da cúpula, os países do grupo BRICS estão preocupados com a possível corrida armamentista no espaço.
"Estamos muito preocupados com uma possível corrida armamentista no espaço e sua transformação em um palco de confrontação militar. Confirmamos mais uma vez que a prevenção da corrida armamentista no espaço, incluindo da instalação de armas, poderia ajudar a evitar uma grande ameaça para a paz e segurança internacional", lê-se no comunicado.
Além disso, "a Rússia, Índia, China e África do Sul estão prontos para prestar todo o apoio possível ao Brasil durante sua presidência do BRICS em 2019 e na realização da 11ª cúpula dos BRICS".

quarta-feira, 25 de julho de 2018

Expedição ao naufrágio do Bismarck

A espera de Submarino Nuclear, Marinha abre concurso para submarinistas

A Marinha do Brasil abriu concurso para selecionar trinta novos quadros para trabalhar na manutenção de submarinos e instalações nucleares. Com inscrições até o dia 3 de agosto, os candidatos precisam ter entre 18 e 25 anos em janeiro de 2019 e ter cursado ensino médio completo, com nível técnico nas áreas ofertadas.
Para o ex-integrante da Marinha e consultor em assuntos militares Alexandre Galante, a aquisição de submarinistas é fundamental, visto a proximidade da entrada em operação de quatro novos submarinos da Armada.
"Não adianta você ter os melhores navios e os melhores submarinos se você não tem os recursos humanos preparados para operar esses equipamentos, cada vez mais modernos. Então a Marinha está se preparando antes da incorporação dos novos submarinos da classe scorpene que vão começar a entrar em serviço em 2020", destaca Galante.
Além dos quatro submarinos da classe scorpene, fruto de uma parceria com a França, a Marinha do Brasil está desenvolvendo um à propulsão nuclear que deve começar a ser construído em 2023, com tecnologia 100% nacional. A expectativa é que o equipamento, batizado de Álvaro Alberto em homenagem ao almirante brasileiro, fique pronto entre 2028 e 2030.
De acordo com a tenente da Marinha do Brasil, Deila Malta, a contratação desses quadros é importante para que sejam treinados para servir nos equipamentos quando eles estiverem em operação.
"Até lá, a gente precisa treinar essa nova força para que quanto todos os nossos submarinos estiverem prontos que eles ser guarnecidos, que esses jovens possam trabalhar e servir a bordo desses submarinos", destaca a militar.
Os selecionados neste concurso serão peça fundamental na operação desses equipamentos que, segundo o consultor de assuntos militares Alexandre Galante, são de extrema importância para a segurança nacional.
"A Marinha do Brasil possui submarinos de origem alemã que já passaram da metade da sua vida útil. Então, a Marinha precisa desses submarinos novos para continuar tendo uma capacidade mínima de negação do uso do mar. Porque o submarino nega o uso do mar para o inimigo e com a descoberta do Pré-sal e reservas de petróleo, isso é fundamental", alerta Galante.
No concurso para o Quadro Técnico de Praças da Armada são oferecidas ao todo 30 vagas, sendo 14 para a área técnica de Eletroeletrônica e 16 para a de Mecânica. Na primeira serão admitidas as titulações de Automação Industrial, Eletroeletrônica, Eletromecânica, Eletrônica, Eletrotécnica e Mecatrônica. Já na segunda, serão aceitos técnicos em Manutenção Automotiva, Mecânica, Mecatrônica e em Refrigeração e Climatização.
Os candidatos passarão por prova objetiva de conhecimentos profissionais com 50 questões e uma redação. Em uma segunda etapa, eles realizarão os Eventos Complementares que envolvem entre outras coisas, Verificação de Documentos e Teste de Aptidão Física.
Os aprovados farão o Curso de Formação de Sargentos no Centro de Instrução Almirante Alexandrino, no Rio de Janeiro. Após o curso serão nomeados na graduação de Terceiro-Sargento, com direito a soldo de R$3.825,00, além dos adicionais militar (16%) e de habilitação (20%).
Depois da nomeação, os Sargentos realizarão o Curso de Subespecialização de Submarinos para Praças, com duração de cerca de 24 semanas, no Centro de Instrução e Adestramento Almirante Áttila Monteiro Aché, também no Rio de Janeiro, e irão servir a bordo de submarinos, com direito a mais 20% sobre o soldo.
As inscrições podem ser feitas através deste link

Como BRICS pode ajudar 4ª revolução industrial a acontecer? Político russo explica

Hoje (25), na cidade sul-africana de Joanesburgo, começa a 10ª cúpula dos BRICS, que tem como foco a quarta revolução industrial e o desenvolvimento das tecnologias modernas. A Sputnik está acompanhando o evento no local e conseguiu falar com Arkady Dvorkovich, alto responsável russo, sobre a principal pauta da reunião.
O governo sul-africano, que preside a organização pelo protocolo no período entre 1º de janeiro de 2018 e 31 de dezembro de 2018, definiu como o tema principal da cúpula a "Colaboração para Crescimento Inclusivo e Prosperidade Comum em meio à Quarta Revolução Industrial".
Para incentivar o respectivo diálogo, as autoridades da África do Sul convidaram centenas de especialistas de todo o mundo, e não só dos países-membros do bloco. Assim, o evento também conta com a participação de outros 9 países africanos, inclusive Angola, e os Estados convidados no âmbito do projeto proposto pela China no ano passado, ou seja, BRICS+. Entre eles estão Argentina, Indonésia, Egito, Jamaica e Turquia.
Em uma conversa com a Sputnik nas margens do fórum, o ex-vice-presidente do governo russo, economista e funcionário público, Arkady Dvorkovich, contou quais serão os principais temas de discussão nesta cúpula.
"A agenda de hoje contém questões bem básicas que, porém, não deixam de ser atuais. Eu quero dizer inclusive a introdução de novas tecnologias, relacionadas com a quarta revolução industrial, nas economias de nossos países, tanto nos países dos BRICS, quanto nos países da África que são parceiros dos BRICS nesta cúpula. Ademais, se trata de tais temas como o comércio e o investimento — [para que haja] menos barreiras, mais decisões justas e, respectivamente, mais implicações para o desenvolvimento econômico das nossas nações", explicou.
O político russo enfatizou que se refere nomeadamente a "novos mecanismos financeiros" que mantenham o desenvolvimento coletivo do bloco e os investimentos no chamado "capital humano".
"Tudo isso está sendo ativamente discutido, vou me repetir, isso é crucial já por muitos anos, mas de cada vez subimos para um novo patamar. Algo que foi discutido antes já foi feito, outras coisas começam a ser feitas", sublinhou Dvorkovich.
O alto responsável russo, sendo membro do Conselho de Gestão do centro de inovações Skolkovo, considera como muito importantes os temas em discussão no corrente fórum.
"Estou aqui por parte do centro de inovações Skolkovo, e claro que para mim [é importante] o tema das inovações e novas tecnologias, ligadas ao uso de big data, a tudo o que tem a ver com novos materiais, neurotecnologias… Acho que em um futuro muito breve tudo isso vai se tornar o principal foco da pauta. O mais importante é garantir o respectivo acesso a essas tecnologias para um número significativo de pessoas", concluiu.

Com Brasil figurante, BRICS lucram com guerra comercial de Trump, diz analista

Sob o espectro das políticas protecionistas de Donald Trump, a 10ª cúpula dos BRICS está reunida em Joanesburgo, na África do Sul, discutindo temas como a cooperação tecnológica na 4ª Revolução Industrial. A Sputnik Brasil ouviu o pesquisador em Relações Internacionais Charles Pennaforte, que acredita que Brasil perdeu espaço no cenário global.
A 10ª cúpula dos BRICS acontece em um momento de dúvidas na geopolítica mundial. Após lançar a nova estratégia de segurança dos EUA, Donald Trump incendiou com protecionismo as relações comerciais nas quais o mundo estava assentado, movendo o eixo de poder mundial que os BRICS já vinham alterando. No entanto, mesmo o próprio bloco tem sofrido abalos com disputas políticas em países como o Brasil e a África do Sul, além de atritos com Índia em relação à Nova Rota da Seda chinesa. Com isso, tem ficado à cargo de Rússia e China o rumo em direção a um novo desenho do poder mundial.
O termo BRICS surgiu pela primeira vez em 2001 através de um documento do banco Goldman Sachs assinado por Jim O'Neill.
No documento, o tamanho das economias de Brasil, China, Índia e Rússia, à época, 8% do PIB global, eram vistos com espanto, fazendo um chamado à reorganização dos fóruns de poder mundiais. De lá para cá, o crescimento dessas economias superou as expectativas, assim como seu peso político.
Desde 2009, o grupo incorporou a África do Sul, aumentando sua influência. Em 2012, o BRICS desafiou o sistema de poder global estabelecido pelo sistema Bretton Woods, liderado pelos EUA e União Europeia e colocou no mundo o Novo Banco do Desenvolvimento, uma alternativa ao Fundo Monetário Internacional e ao Banco Mundial.
Para explicar o momento atual da organização que se reúne nesta quarta-feira (25) e também na quinta-feira (26) em Joanesburgo, na África do Sul, a Sputnik Brasil entrevistou o especialista em Relações Internacionais da Universidade Federal de Pelotas, Charles Pennaforte.
Brasil de Temer chegou "ao ponto zero" no cenário internacional
O Brasil foi um dos principais atores no surgimento do BRICS. À época, o Itamaraty de Celso Amorim foi uma das lideranças que ajudaram a agrupas os 5 países em torno do BRICS. Porém, a crise política e econômica empurraram o país ladeira abaixo no cenário internacional, desmanchando a projeção internacional alcançada até então, como afirma o Pennaforte.
"No caso específico do Brasil, infelizmente essa crise política que se arrasta há mais de 3 anos praticamente, realmente enfraqueceu a posição do Brasil não só dentro do agrupamento dos BRICS, mas como também no cenário internacional. Então sob o ponto de vista de importância, o governo Temer levou o Brasil praticamente ao ponto zero", aponta Charles Pennaforte
O especialista ainda lamenta o fato de que o país gera um vácuo dentro do BRICS, apontando que a estagnação na projeção internacional brasileira durante o governo de Michel Temer.
"O Brasil poderia com seu softpower ter uma projeção bem maior sobre as áreas que a China não tem uma grande influência, mas infelizmente estamos estagnados no momento", ressalta.
Protecionismo dos EUA aumenta influência dos BRICS
Ao longo de 2018, o protecionismo comercial tem dado o tom da política internacional norte-americana. A partir de março, Donald Trump aportou tarifas sobre produtos como o aço e o alumínio e não poupou nem seus principais aliados. Levantando preocupações e suspeitas em todo o mundo, o movimento de Trump pode abrir espaço para que os BRICS ajudem a reorganizar o comércio mundial.
Para o pesquisador Charles Pennaforte, a tendência é que o isolamento dos EUA cresça, e com isso os outros atores do comércio internacional passem a se reorganizar politicamente.
Sem dúvida nenhuma isso é importante para o aumento da influência dos BRICS sob o ponto de vista do comércio mundial. Na verdade o que o Trump faz é colocar uma perspectiva nua e crua do que é o grande comércio internacional. O comércio internacional é feito para as velhas potências", afirma.
Com isso, acredita ele, os BRICS se tornam um polo em torno do qual podem gravitar os países que buscam uma alternativa ao esquema internacional regido pelos EUA.
"Do ponto de vista prático, o Trump carece de fundamentos mínimos da economia. Grande parte da produção americana fica fora, fica na China, fica em outros lugares do mundo. Então ao iniciar uma guerra comercial, uma retaliação sob o ponto de vista de tarifas, fatalmente isso vai impactar sobre a própria indústria norte-americana no médio prazo. É uma coisa sem sentido", aponta o especialista.
Pennaforte afirma que o lado positivo é que o tumulto protecionista deve empurrar o mundo na direção de um rearranjo das forças políticas, buscando alternativas. Para o especialista, os BRICS terão a direção de dois principais países nesse momento de aumento de influência:
"Sob o governo Putin, nos últimos anos, geopoliticamente a Rússia renasceu. Ela está mantendo uma estrutura mais agressiva do ponto de vista militar, uma reforma de seu arsenal, tal como a China também o fez. Acredito que os dois países vão ficar na ponta puxando essa alternância, essa mudança de status no cenário internacional", conclui.

Analista: destróier Lider será 'o poder de fogo principal' da Marinha russa

A mídia norte-americana descreveu o destróier russo Lider do projeto 23560 como o navio "mais fortemente armado no mundo". Analista naval russo destaca as especificidades do futuro navio.
O portal Military Watch afirmou em seu artigo que as características do Lider superam significativamente as de quase todos os navios de guerra existentes, ressaltando os vários sistemas de mísseis e de defesa antimíssil com que poderá ser equipado o navio.
O capitão-de-mar-e-guerra na reserva e analista naval Vasily Dandykin apontou em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik a peculiaridade do destróier russo que, na opinião dele, "será o poder de fogo principal da Marinha" do país.
O nosso navio Lider se diferenciará [dos navios chineses e norte-americanos] por ter um reator nuclear […] — serão utilizados os reatores que são usados nos nossos quebra-gelos nucleares", disse Dandykin.
Quanto às armas, o futuro navio russo será igual tanto aos chineses como aos estadunidens
es, acredita o analista. Porém, acrescenta, quanto à navegabilidade, o Lider vai até superar os seus análogos estrangeiros.
Segundo Dandykin, a Rússia é uma grande potência naval e precisa de navios deste nível.
"Claro que isso implicará muitas despesas, mas, por outro lado, o desenvolvimento de tecnologias avançadas terá efeitos positivos, inclusive para a economia russa", sublinhou.
Está previsto iniciar a construção do Lider após 2020. Supõe-se que o navio terá 200 metros de comprimento, 20 metros de boca e deslocamento de 17,5 mil toneladas. A embarcação será capaz de atingir a velocidade de 30 nós (55,5 km/h) e terá uma autonomia de 90 dias. o destróier será equipado com cerca de 60 mísseis de cruzeiro antinavio, 128 mísseis guiados antiaéreos e 16 mísseis guiados antissubmarino.

Confira navio de guerra russo 'mais fortemente armado no mundo', segundo mídia americana

O destróier Lider do projeto 23560 da Marinha da Rússia se tornará o "navio de guerra mais fortemente armado no mundo" e se tornará um concorrente digno dos adversários potenciais, avalia a mídia norte-americana.
De acordo com o portal Military Watch, as características avançadas do Lider superam significativamente os parâmetros de quase todos os navios existentes.
Está previsto equipar o destróier com sistemas de mísseis semelhantes aos instalados nos destróieres chineses Type 055, mas com uma exceção: os russos serão mais modernos, informa o portal.
O Lider também poderá ser dotado de uma versão modificada do sistema de defesa antimíssil S-500 Prometey para protegê-lo de mísseis de longo alcance. Ademais, é possível que o navio seja armado com sistemas Pantsir-S1, S-350 Vityaz e Poliment-Redut, especificamente modernizados para a Marinha da Rússia.
"Os destróieres irão portar cerca de 200 lançadores verticais usando o sistema de lançamento 'a frio' [arranque do motor depois da saída do míssil do lançador] para diversos tipos de armas, inclusive antinavio, antissubmarino e antiaéreas", comunica o Military Watch.
Na opinião do autor do artigo, tal armamento terá "importância crucial" para combater ameaças militares modernas no mar e garantirá o êxito dos grupos aeronavais.
No futuro, sublinha o autor, os navios do projeto 23560 poderiam ser equipados com mísseis de cruzeiro Kalibr, mísseis hipersônicos de longo alcance, tais como o Zircon, bem como com a versão modificada do novíssimo míssil Kinzhal. Tudo isso faz com que o destróier seja um projeto com "grandes perspectivas", ressalta o autor.
Seguindo o renascimento da capacidade de combate espacial, aérea e terrestre do exército russo, o Lider irá marcar a recuperação pela Rússia do estatuto de grande potência naval, escreve o Military Watch.
Está previsto iniciar a construção do Lider após 2020. Supõe-se que o navio terá 200 metros de comprimento, 20 metros de boca e deslocamento de 17,5 mil toneladas. A embarcação será capaz de atingir a velocidade de 30 nós (55,5 km/h) e terá uma autonomia de 90 dias.

104 à 0, o melhor caça do mundo?

Caça sírio derrubado por Israel nas colinas de Golã

terça-feira, 24 de julho de 2018

Novíssimo navio da Marinha italiana pega fogo (VÍDEO

O navio Vulcano da Marinha italiana está em chamas, relata o portal Naval Today.
O incêndio aconteceu na casa de máquinas do navio, que estava ancorado no estaleiro da empresa Fincantieri, em La Spezia, na Itália. Os bombeiros demoraram várias horas para apagar o fogo.
Especialistas da empresa deverão estimar os danos causados ao navio, de 193 metros de comprimento que, devido ao incidente, ficou inclinado para um lado.
O Vulcano foi inaugurado no mês passado e estava programado para entrar em serviço em 2019.
Um porta-voz da Fincantieri confirmou que não houve vítimas durante o incêndio, pois ninguém estava a bordo no momento do acidente.

'Vimos a queda de impérios': ministro iraniano aconselha EUA a 'terem cuidado'

As ameaças de Donald Trump quanto às "consequências, como poucos sofreram algum dia na história" não impressionaram o Irã, que as escuta há 40 anos, segundo declarou Mohammad Javad Zarif, ministro das Relações Exteriores do Irã.
Por sua vez, os militares iranianos apoiaram a postura de seus dirigentes apresentando um novo míssil ar-ar.
Mohammad Javad Zarif publicou sua resposta através do Twitter.
NÃO NOS IMPRESSIONAM: O mundo ouviu arrogâncias ainda piores há alguns meses. E os iranianos têm ouvido isso deles — ainda que de forma mais civilizada – há 40 anos. Estamos aqui há milênios e vimos a queda de impérios, incluindo o nosso, que durou mais do que a vida de alguns países. TENHAM CUIDADO!
Uma forte discussão eclodiu depois que o presidente iraniano, Hassan Rouhani, advertiu os Estados Unidos para não desencadearem uma guerra contra o Irã porque esse conflito seria a "mãe de todas as guerras"
. As relações entre os dois países se deterioraram consideravelmente com a chegada da administração Trump. 
Os EUA abandonaram unilateralmente o acordo nuclear firmado em 2015 que deveria acabar com o programa nuclear de Teerã em troca do cancelamento das sanções internacionais contra Teerã. 
Além de ser um aliado de Israel, um "rival histórico" do Irã, Washington compartilha a posição de Tel Aviv sobre a inadmissibilidade da presença de forças iranianas na Síria.
Para dar mais peso à sua política, os EUA se empenham em sufocar economicamente o Irã através de sanções e pressionam seus aliados a não comprar petróleo iraniano, a mais importante fonte de renda de Teerã.
Militares de alta patente iranianos ecoaram as declarações de seus líderes e forneceram seus próprios comentários.
"As palavras de Trump sobre o Irã são guerra psicológica. Ele não está em posição de agir contra nós", afirmou o brigadeiro-general Qolam-Hossein Gheibparvar, citado pela rede PressTV iraniana.
Os militares asseguraram que o povo iraniano e as forças armadas do país "enfrentarão os expansionistas, as potências arrogantes e os assediadores" porque o caminho para a prosperidade exige "resistir e superar inimigos e criminosos".
"Os Estados Unidos só ficarão felizes com a nossa aniquilação", alertou o militar.
Na segunda-feira, 23 de julho, o Irã deu a conhecer a fábrica de produção do novo míssil ar-ar de médio alcance Fakour.
O novo projétil é o primeiro desse tipo fabricado pelo país e faz parte dos avanços de Teerã nesta área.
Apresar das sanções dos EUA contra a indústria militar do país, os militares iranianos ressaltaram que o país conseguiu criar um míssil poderoso e que a produção em massa do Fakour contribuirá para aumentar a capacidade de defesa do Irã.
"Hoje vivemos em um ambiente repleto de inimigos sem vergonha e pessoas mal-intencionadas, como os atuais líderes dos EUA e alguns de seus aliados, que não entendem nada além da linguagem da força", disse o ministro da Defesa iraniano Amir Hatami.
Segundo dados disponíveis, o Fakour pode ser lançado de qualquer aeronave de combate, incluindo os caças F-14 em serviço no Irã, e tem um alcance entre 100 e 150 quilômetros. Se as características anunciadas forem reais, o projétil pode ser comparável com análogos recentes fabricados por diferentes países.

Conheça o submarino russo 'mais avançado de sua classe'

O jornal norte-americano Military Watch destaca que em breve a Marinha russa será reforçada com novos submarinos de diferentes classes. O foco principal é colocado nos submarinos do projeto Yasen.
Ao estimar o estado atual da indústria naval russa, o jornal indica que a construção de submarinos é a área que a Rússia melhor desenvolveu após a desintegração da URSS.
Especialistas sugerem que, no futuro próximo, a indústria militar russa pode se concentrar no desenvolvimento de embarcações do tipo Yasen e Varshavyanka.
Os submarinos da classe Varshavianka irão ficar ao serviço da Marinha russa, mas também serão exportados para outros países, incluindo a China, Irã, Argélia e Vietnã.
Entre os navios mais inovadores e que representam maior ameaça para as forças adversárias, o jornal destaca os navios dos projetos Yasen e Khaski, que ainda estão em desenvolvimento.
Os submersíveis desta classe são conhecidos como "buracos negros" por serem extremamente silenciosos e difíceis de detectar. Alguns deles equipam a Frota do Mar Negro, sendo uma das armas mais poderosas deste agrupamento naval.
"O submarino [Yasen] é, provavelmente, o navio mais avançado de sua classe. Estas embarcações colossais têm um alcance ilimitado e são capazes de transportar até 40 mísseis de cruzeiro Kalibr e Kh-101, além de torpedos", explicam especialistas.
A mídia acrescenta que esses navios também podem transportar 32 mísseis de cruzeiro Oniks.
"Apesar de seu tamanho, a tripulação desses submarinos é de apenas 90 homens, o que indica um alto nível de automação, consideravelmente superior ao dos [navios] equivalentes americanos e chineses", observam os analistas.
Os navios de 4ª geração do Projeto 885 Yasen são os submarinos nucleares polivalentes mais modernos e caros da Rússia. O primeiro submersível desse tipo entrou em serviço em 2014.
A principal capacidade dos Yasen é a destruição de alvos terrestres e submarinos. Eles podem navegar de modo autônomo por 100 dias e atingir uma velocidade submarina de 31 nós (57 km/h).