domingo, 22 de julho de 2018

Levantamento do submarino alemão da Segunda Guerra Mundial U-534 a partir do fundo do mar

Conheça os combates de guerra mais estranhos do século passado

Há vários casos de confrontos militares incomuns na história que aparentemente não deveriam ter acontecido. Um desses casos aconteceu há 75 anos, quando um dirigível norte-americano atacou um submarino alemão na costa da Flórida.
Andrei Kots, colunista da Sputnik, relembrou os duelos mais incomuns do século passado.
Dirigível contra submarino
Em 18 de julho de 1943, um dirigível norte-americano K-74 sobrevoou o Estreito da Flórida em uma missão de rotina. Os norte-americanos usavam essas aeronaves equipadas com radares para patrulhar a costa em busca de submarinos inimigos. Quando detectavam um desses submarinos, a tripulação do dirigível enviava imediatamente as coordenadas do alvo para um avião antissubmarino.
O piloto do dirigível K-74, o tenente Nelson Grills, avistou um submarino alemão durante a noite. Ao lado do submersível, havia dois navios norte-americanos: um petroleiro e um cargueiro. Temendo que o submarino tentasse atacá-los, Grills decidiu neutralizar o inimigo.
O dirigível abriu fogo com metralhadoras pesadas e lançou várias bombas, uma das quais danificou o U-134. O submarino respondeu ao ataque com um canhão de 20 mm que derrubou a aeronave.
A tripulação de dez homens do dirigível sobreviveu e o submarino se retirou rapidamente para reparar os danos. No dia seguinte, marinheiros norte-americanos resgataram a tripulação da aeronave. Todos foram salvos, exceto o mecânico Isadore Stessel — um tubarão o arrastou para a profundidade do oceano minutos antes do resgate.
Helicóptero contra caça
O helicóptero soviético de ataque Mi-24, apelidado de Krokodil (Crocodilo, em português), é reconhecido como uma aeronave eficiente para apoiar a infantaria, destruir tanques e fortificações. Além disso, o Mi-24 venceu várias batalhas contra outros helicópteros.
Mas o duelo mais incrível aconteceu no Líbano. Em 8 de junho de 1982, um Mi-24 sírio atacou um comboio de veículos blindados israelenses. Os israelenses enviaram para o local dois caças Phantom que descolaram do aeródromo mais próximo.
Um helicóptero quase não tem chance de enfrentar um caça. No entanto, quando os dois Phantom chegaram ao local, o piloto sírio fez uma manobra inesperada e disparou vários mísseis R-60 contra os caças. Resultado: um dos caças sofreu danos na parte frontal e o outro foi atingido na asa esquerda.
Tanque contra avião
O tanquista e comandante soviético Aleksandr Fadin realizou muitas proezas com seu tanque T-34, mas o caso mais extraordinário ocorreu no inverno de 1944.
Durante a batalha pela cidade de Dashukovka, Fadin detectou um avião alemão de produção italiana Caproni.
Fadin notou que o Caproni estava voando sobre a estrada ao longo da linha telefónica. A distância padrão entre os postes era de 50 metros. O operador do tanque calculou rapidamente a distância e lançou um projétil contra o avião. Pela primeira vez na história, um avião foi abatido pelo canhão de um tanque.

Por que EUA instalam base militar na Argentina?

"Não só a militar, mas também a política externa dos EUA é cada vez mais manipulada pelo Pentágono", disse a ex-ministra da Defesa da Argentina, Nilda Garré, referindo-se à base militar que o governo de Trump está instalando na província argentina de Neuquén. Ela também falou da tendência regional de usar as Forças Armadas para a repressão interna.
Para a deputada, a política dos EUA é confirmar sua "presença em uma região em que voltam a ter interesse em termos estratégicos".
"O financiamento dessa base é estimado em dois milhões de dólares [cerca de 7,7 milhões de reias]. A província cedeu as terras e o Pentágono o financiamento. Estamos diante de uma instalação militar desnecessária do Comando Sul no território argentino. Isso não é coincidência", afirmou Garré em entrevista à Sputnik Mundo, acrescentando que há governos na América Latina dispostos a permitir que Washington interfira em seus assuntos internos.
Os EUA estão interessados em envolver os países da região nas chamadas guerras híbridas. Como acontece na Venezuela, um país que é uma obsessão para os EUA. O narcotráfico não é mais uma desculpa, mas sim o terrorismo. Essa é a doutrina Trump, da qual se aderiu Mauricio Macri", salientou a ex-ministra.
Por outro lado, Garré referiu-se à tendência de empregar as Forças Armadas em questões de segurança interna, forçando os militares a desempenhar funções policiais.
"As Forças Armadas não têm formação policial, sua missão é aniquilar o inimigo […] No Brasil, além de isso ter sido praticado em atividades na Amazônia, agora foi levado para as favelas do Rio de Janeiro. A guerra contra as drogas, e isso foi dito por Juan Manuel Santos e vários ex-presidentes, incluindo o americano Barack Obama, custou muito dinheiro e fracassou, causando mais violência e aumentando o negócio das drogas", concluiu ela.

Argentina concorda em construir bases norte-americanas em seu território

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, aprovou a construção no país de várias bases militares dos EUA, informou no sábado (21) o portal mexicano Aristegui Noticias com referência a fontes informadas.
De acordo com o portal, trata-se de ao mínimo três bases militares a serem construídas nas províncias de Neuquén (onde fica a jazida de gás de xisto Vaca Muerta), Misiones e Tierra del Fuego, de onde se pode controlar a Antártida.
A sua criação deve ser financiada pelo Comando Sul dos EUA. Um dos principais adeptos da criação de bases seria a ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich.
Além disso, nota o portal mexicano, a ministra elogiou a chegada ao país de instrutores americanos que efetuam a preparação dos policiais argentinos antes da cúpula do G20 em novembro. Isso viola as atuais leis argentinas, porque é necessário obter a autorização do Congresso para tais ações, algo que não foi feito.

Presidente iraniano: EUA devem saber que a 'guerra com Irã será a mãe de todas as guerras'

No domingo (22), presidente do Irã, Hassan Rouhani, advertiu os Estados Unidos destacando que a paz com o Irã será vital para as políticas de Washington.
O presidente do Irã advertiu o presidente norte-americano, Donald Trump, contra políticas hostis em relação a Teerã, declarando que "EUA devem saber [… ] que a guerra com o Irã será a mãe de todas as guerras".

Mister Trump, não brinque com a cauda do leão, só se irá arrepender", declarou Rouhani, citado pela agência Reuters

.Ontem, o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, criticou os EUA, afirmando que é impossível chegar a qualquer acordo com Washington.
As tensões entre o Irã e os EUA se agravaram depois que em 8 de maio Donald Trump anunciou sua decisão de abandonar o acordo nuclear com o Irã e aplicar novas sanções econômicas contra Teerã. Muitos outros países, incluindo a Rússia, a China e a UE, se manifestaram contra a decisão dos EUA e prometeram manter o pacto. O Irã também reafirmou seu compromisso com o acordo, sublinhando que poderá aumentar sua capacidade nuclear caso o entendimento colapse.

Cruzador "Ukrayina", uma boa oportunidade para a Marinha do Brasil?

Adeus a 'stealth': por que tecnologia furtiva dos aviões de combate não funcionaria mais?

A Agência de Investigação de Projetos Avançados do Departamento de Defesa dos EUA (DARPA na sigla em inglês) avisou que a tecnologia furtiva dos aviões de combate já não funciona, sugeriu o analista militar Michael Peck em seu artigo para a revista The National Interest.
"Será que o Pentágono simplesmente admitiu que a tecnologia invisível já não funciona?", é uma pergunta retórica que faz o especialista, citando o recente relatório da DARPA dedicado às tecnologias que serão usadas em futuras guerras.
As plataformas furtivas podem estar se aproximando de seus limites físicos", revelou a agência.
A DARPA também admitiu que "nosso sistema de aquisição enfrenta dificuldades em responder nos prazos de tempo relevantes ao progresso dos adversários, tornando a busca de capacidades de próxima geração simultaneamente mais urgente e mais fútil".
Se for esse o caso, a próxima geração de aviões, os que eventualmente substituirão os aviões furtivos F-22, F-35 e B-2, não serão mais sigilosos que seus predecessores. "Na corrida interminável entre a tecnologia furtiva e os sensores que visam penetrar seu véu, a furtividade pode ter chegado a um beco sem saída", explicou o analista.
"Seria possível atingir os objetivos da Força Conjunta sem limpar o céu dos caças e bombardeiros inimigos e eliminar todas as ameaças de superfície? Será que é possível atingi-lo sem pôr uma plataforma sofisticada e de grande valor e a tripulação em risco […]?", escreve a agência.
A resposta da DARPA poria fim ao tradicional domínio aéreo dos EUA em qualquer guerra: a possível solução que sugere a agência é "ir mais além dos avanços evolutivos em tecnologia furtiva e interromper as doutrinas tradicionais de domínio aéreo/superioridade aérea".
Agora, a DARPA está à procura de outras maneiras de atingir seus objetivos mesmo sem a supremacia aérea, como através de “uma combinação de desempenho esmagador (por exemplo, de mísseis hipersônicos) e números esmagadores (por exemplo, enxames de mísseis de baixo custo)”.
De fato, a agência de pesquisa do Pentágono parece pôr em causa o próprio conceito de um número reduzido de aviões furtivos e caros: como os caças F-22 e F-35 e os bombardeiros B-2.

O ambicioso plano de modernização das forças armadas chinesas

sexta-feira, 20 de julho de 2018

As mais Recentes Aquisições da Força Aérea Brasileira

Venezuela Movimenta Tropas, 10 Países Repreendem e Brasil é Último a Saber

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Com Brasil de fora, declaração dos governos de Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai e Peru, parte do Grupo de Lima, condenou movimentação de tropas venezuelanas na fronteira com a Colômbia. A Sputnik Brasil ouviu o especialista em políticas latino-americanas da USP, Rafael Villa, sobre o assunto.
A declaração foi recebida com surpresa no Itamaraty, que a classificou como resultado de "claríssimos açodamento e precipitação", segundo coluna do jornal O Globo, visto que não foi consultado mesmo fazendo parte do grupo criado em 2017.  O governo brasileiro teria demosntrado desapontamento, pois considera ter relações estreitas com a Colômbia na área da Defesa e esperava ser consultado sobre uma pauta como essa.
Por fim, o governo brasileiro preferiu não se associar às afirmações do Grupo de Lima na declaração conjunta, divulgada pela chancelaria chilena na terça-feira (17).
Em entrevista à Sputnik Brasil, o especialista em políticas latino-americanas, Rafael Villa, professor de Relações Internacionais da USP afirmou que essa situação demonstra dissonância entre os países do grupo em relação ao Brasil.
"Isso pode estar mostrando que o Brasil teve algum dissenso substantivo em relação aos outros países do Grupo de Lima. Porque não é por acaso que um dos países que mais tem criticado, questionado o governo Maduro nos últimos tempos, como é o governo de Temer e seu chanceler, tenha sido deixado de fora", afirmou Villa.
Para o professor, a declaração do Itamaraty, que abriu desafeto com a nota conjunto do Grupo de Lima, é uma prova de que o governo brasileiro não estava de acordo com o conteúdo dela. 
O especialista ainda especula sobre o que pode ter causado a discordância brasileira e afirma que o assédio norte-americano pode ter causado o distanciamento do país em relação à atitude do grupo.
O Brasil também pode ter percebido alguma interferência do governo norte-americano nessa nota e quer manter uma condição de mais autonomia em relação a um comunicado que vai diretamente a um assunto muito delicado como é a movimentação na fronteira", ressalta o professor Rafael Villa.
Ação militar contra Maduro?
Um dos temores que rondam as relações diplomáticas do continente é a possibilidade de alguma ação militar contra a Venezuela. A ideia não é nova e está ameaça o regime chavista há anos, tendo sido aquecida com as recentes mudanças de governo da região e o alinhamento de países como o Brasil, Argentina e Colômbia às críticas e medidas contra a Venezeula.
O professor, porém, acredita que isso não passa de retórica, e que as condições necessárias a uma ação de tom bélico contra o governo de Maduro ainda não estão postas.
"Em princípio não acredito que isso seja possível, porque não há ações mais sólidas que dêem indícios de que isso poderia estar acontecendo. Eu acho que se os Estados Unidos, em qualquer caso, decidam usar sua força, a Venezuela pouco teria a fazer, devido a um poder militar tão grande como o dos Estados Unidos", afirma Rafael Villa.
Ele relembra que as movimentações de tropas venezuelanas na fronteira com a Colômbia não são novas e que a tensão diplomática entre os países é uma constante do chavismo.
Essas movimentações de tropas na fronteira com a Colômbia acontecem desde a época de Chávez. Para justificar uma possível invasão à Venezuela se utilizando das bases militares que os Estados Unidos possuem na Colômbia, países como a Colômbia teriam que declarar que sua segurança nacional esteja ameaçada pela Venezuela. E que isso, por sua vez, ameace a segurança dos Estado Unidos, o que cria uma situação de risco, ameaça, para os países da região", aponta.
Mensagem ao novo presidente colombiano?
Para o professor, existe a possibilidade de que essa movimentação, apesar de não representar uma novidade, seja uma mensagem de Nicolás Maduro ao presidente eleito colombiano, Iván Duque, próximo de Álvaro Uribe, antigo desafeto dos venezuelanos.
"Em princípio, acho mais que o argumento da invasão cabe mais ser utilizado pelo governo venezuelano como uma maneira defensiva, como uma maneira de levantar os brios de seu público interno", acredita o professor.
Ele lembra, no entanto, que à época do presidente Chávez, os dois países viveram quase 8 anos em uma constante "guerra fria", que se caracterizou por declarações diplomáticas "muito fortes" e chamadas de embaixadores.
Por isso, em meio à crescente tensão sobre seu governo, não estaria descartada a possibilidade de que Maduro esteja tentando demonstrar ao novo presidente colombiano, Ivan Duque, que ele não terá vida fácil com o vizinho.