sexta-feira, 20 de julho de 2018

O estranho caso do submarino espanhol que não cabe na doca

Venezuela movimenta tropas, 10 países repreendem e Brasil é último a saber

Com Brasil de fora, declaração dos governos de Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai e Peru, parte do Grupo de Lima, condenou movimentação de tropas venezuelanas na fronteira com a Colômbia. A Sputnik Brasil ouviu o especialista em políticas latino-americanas da USP, Rafael Villa, sobre o assunto.
A declaração foi recebida com surpresa no Itamaraty, que a classificou como resultado de "claríssimos açodamento e precipitação", segundo coluna do jornal O Globo, visto que não foi consultado mesmo fazendo parte do grupo criado em 2017.  O governo brasileiro teria demosntrado desapontamento, pois considera ter relações estreitas com a Colômbia na área da Defesa e esperava ser consultado sobre uma pauta como essa.
Por fim, o governo brasileiro preferiu não se associar às afirmações do Grupo de Lima na declaração conjunta, divulgada pela chancelaria chilena na terça-feira (17).
Em entrevista à Sputnik Brasil, o especialista em políticas latino-americanas, Rafael Villa, professor de Relações Internacionais da USP afirmou que essa situação demonstra dissonância entre os países do grupo em relação ao Brasil.
"Isso pode estar mostrando que o Brasil teve algum dissenso substantivo em relação aos outros países do Grupo de Lima. Porque não é por acaso que um dos países que mais tem criticado, questionado o governo Maduro nos últimos tempos, como é o governo de Temer e seu chanceler, tenha sido deixado de fora", afirmou Villa.
Para o professor, a declaração do Itamaraty, que abriu desafeto com a nota conjunto do Grupo de Lima, é uma prova de que o governo brasileiro não estava de acordo com o conteúdo dela. 
O especialista ainda especula sobre o que pode ter causado a discordância brasileira e afirma que o assédio norte-americano pode ter causado o distanciamento do país em relação à atitude do grupo.
O Brasil também pode ter percebido alguma interferência do governo norte-americano nessa nota e quer manter uma condição de mais autonomia em relação a um comunicado que vai diretamente a um assunto muito delicado como é a movimentação na fronteira", ressalta o professor Rafael Villa.
Ação militar contra Maduro?
Um dos temores que rondam as relações diplomáticas do continente é a possibilidade de alguma ação militar contra a Venezuela. A ideia não é nova e está ameaça o regime chavista há anos, tendo sido aquecida com as recentes mudanças de governo da região e o alinhamento de países como o Brasil, Argentina e Colômbia às críticas e medidas contra a Venezeula.
O professor, porém, acredita que isso não passa de retórica, e que as condições necessárias a uma ação de tom bélico contra o governo de Maduro ainda não estão postas.
"Em princípio não acredito que isso seja possível, porque não há ações mais sólidas que dêem indícios de que isso poderia estar acontecendo. Eu acho que se os Estados Unidos, em qualquer caso, decidam usar sua força, a Venezuela pouco teria a fazer, devido a um poder militar tão grande como o dos Estados Unidos", afirma Rafael Villa.
Ele relembra que as movimentações de tropas venezuelanas na fronteira com a Colômbia não são novas e que a tensão diplomática entre os países é uma constante do chavismo.
Essas movimentações de tropas na fronteira com a Colômbia acontecem desde a época de Chávez. Para justificar uma possível invasão à Venezuela se utilizando das bases militares que os Estados Unidos possuem na Colômbia, países como a Colômbia teriam que declarar que sua segurança nacional esteja ameaçada pela Venezuela. E que isso, por sua vez, ameace a segurança dos Estado Unidos, o que cria uma situação de risco, ameaça, para os países da região", aponta.
Mensagem ao novo presidente colombiano?
Para o professor, existe a possibilidade de que essa movimentação, apesar de não representar uma novidade, seja uma mensagem de Nicolás Maduro ao presidente eleito colombiano, Iván Duque, próximo de Álvaro Uribe, antigo desafeto dos venezuelanos.
"Em princípio, acho mais que o argumento da invasão cabe mais ser utilizado pelo governo venezuelano como uma maneira defensiva, como uma maneira de levantar os brios de seu público interno", acredita o professor.
Ele lembra, no entanto, que à época do presidente Chávez, os dois países viveram quase 8 anos em uma constante "guerra fria", que se caracterizou por declarações diplomáticas "muito fortes" e chamadas de embaixadores.
Por isso, em meio à crescente tensão sobre seu governo, não estaria descartada a possibilidade de que Maduro esteja tentando demonstrar ao novo presidente colombiano, Ivan Duque, que ele não terá vida fácil com o vizinho.

Pesquisadores russos encontram possível local da queda do módulo de descida da Mars-6

Um grupo de entusiastas russos, usando imagens do satélite norte-americano Mars Reconnaissance Orbiter (MRO, sigla em inglês), encontrou o provável local onde o módulo de descida da estação interplanetária soviética Mars-6 (Marte-6, em português) caiu em Marte em 1973, informaram os autores da descoberta, Vitaly Egorov e Anton Gromov.
Os resultados da simulação e cálculos indicam que o módulo supostamente caiu em uma cratera localizada na parte baixa do mar da Eritreia, no hemisfério sul do Planeta Vermelho.
Os autores da descoberta observam que, para verificar a precisão dos cálculos, é preciso um estudo mais minucioso da localização da queda por meio de métodos de imagens de satélite de alta precisão. Para fazer isso, eles pretendem esperar por novas imagens da MRO, que será lançada pela NASA depois que a tempestade global de poeira terminar em Marte.
A Mars-6 é uma estação interplanetária soviética lançada do Cosmódromo de Baikonur em 1973, no foguete Proton-K. Ela consistia de uma unidade migratória e um módulo de pouso – um veículo de descida. A unidade de voo estudou a composição e densidade da atmosfera, já o relevo de Marte determinou a temperatura de brilho da atmosfera e mediu o campo magnético. 
O objetivo do veículo de descida era medir as características atmosféricas por altitude, a composição química da atmosfera, estudar rochas superficiais, obter as primeiras imagens da superfície de Marte e determinar as características mecânicas da camada superficial do solo. A estação orbital permaneceu no cinturão de asteroides, e o veículo de descida desdobrou o paraquedas e teve tempo de analisar a composição da atmosfera, mas no momento de ligar os motores do freio, a comunicação com ele foi interrompida.
A causa exata do acidente é desconhecida. Essa estação soviética, pela primeira vez na história, transmitiu dados sobre a composição química, pressão e temperatura da atmosfera marciana.

Rússia testa com êxito novo míssil do sistema de defesa antiaérea (VÍDEO

No Cazaquistão foram levados a cabo lançamentos bem sucedidos do novíssimo míssil de intercepção do sistema russo de defesa antiaérea, comunicou o jornal das Forças Armadas russas, Krasnaya Zvezda.
"No polígono de Sary Shagan, as tropas da Força Aeroespacial russa efetuaram com êxito mais um lançamento do novo míssil modernizado do sistema de defesa antiaérea russo", se lê no comunicado
.O novo míssil de intercepção […] cumpriu a tarefa, ao atingir um alvo convencional no tempo estabelecido", assinalou o vice-comandante de uma unidade de defesa antiaérea e antimísseis da Força Aeroespacial russa, major-general Andrei Prikhodko.

De acordo com a matéria, a arma modernizada é capaz de voar à velocidade de aproximadamente 4km/sec. (14.400 Km/h). Além disso, os militares destacaram que se tratou de uns dos testes mais "complexos" e que os mísseis desta classe não possuem análogos no mundo.
Segundo o jornal, em condições de combate reais, os mísseis adversários serão completamente destruídos à altitude e distância máximas da instalação a proteger.

quinta-feira, 19 de julho de 2018

Bolsonaro não desperta 'receio', diz líder do setor industrial

O pré-candidato Jair Bolsonaro (PSL) não é temido pelo empresariado, afirmou o presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria) Robson Braga de Andrade.

"Queremos um presidente que faça o Brasil se desenvolver e não temos receio, de forma alguma, de um governo de Jair Bolsonaro, de direita, ou de quem quer que seja", disse Andrade à Folha de S. Paulo. 

Na noite de quarta-feira (18), a CNI reuniu Bolsonaro e outros dois presidenciáveis: Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB).

Segundo a Folha de S. Paulo, Ciro foi vaiado quando propôs rediscutir a reforma trabalhista aprovada pelo presidente Michel Temer (MDB). Alckmin, por sua vez, recebeu aplausos.
Já Bolsonaro foi aplaudido em diversos momentos e Andrade afirmou que o capitão reformado do Exército foi o mais aplaudido do evento. 
"Ele tem aquela maneira de comunicar mais despojada, vamos dizer assim, mais contundente. Ao comentar ações que tomaria em defesa da indústria, trouxe alento. Estamos sofrendo bastante", disse Carlos Trombini, presidente do Sindicato da Indústria da Refrigeração, Aquecimento e Tratamento de Ar de SP.

Rússia: Putin é "fora do roteiro", critica as "forças" americanas minando as relações russo-americanas

ESTA INVENÇÃO PODERIA MUDAR O MUNDO SE NÃO FOSSE PROIBIDA!

POR QUE NÃO PODEMOS VIVER NA LUA?

B-2 Spirit, uma cópia do Horten Ho 229?

Por que drone submarino Poseidon e míssil balístico Sarmat são invulneráveis?

Analistas avaliaram as características das novíssimas armas russas, o drone submarino Poseidon e o míssil balístico intercontinental Sarmat.
A invulnerabilidade dos novíssimos drones submarinos Poseidon deve-se a uma maior profundidade de imersão, alta velocidade e imprevisibilidade da trajetória, comunicou aos jornalistas o analista principal do grupo de conselheiros do chefe do Estado-Maior russo, Igor Kasatonov.
"As características técnicas do sistema subaquático Poseidon confirmam sua invulnerabilidade. Isso é atingido através de uma maior profundidade de imersão, alta velocidade, bem como da trajetória até ao alvo imprevisível para o adversário", comentou Kasatonov.
Ele recordou que os testes da unidade propulsora nuclear para equipar os drones já foram completados, o que "comprova a viabilidade do projeto com as características previstas pelo Ministério da Defesa".
As características únicas do Poseidon farão com que a nossa Marinha seja capaz de lutar com êxito contra grupos de navios e de porta-aviões de um provável adversário em quaisquer direções no teatro de operações oceânico, bem como destruir alvos da infraestrutura costeira", assinalou o especialista.
Por sua vez, outro analista militar, Vitkor Murakhovsky, explicou por que o míssil Sarmat é invulnerável para todos os sistemas de defesa antimíssil.
"Graças à nova estrutura dos motores e novas receitas de composição do combustível, foi reduzida a fase ativa da trajetória […] Isso permite assegurar que o lançamento do míssil não seja detectado por meio de sistemas de alerta contra mísseis do adversário, além de garantir a proteção de designação como alvo pelos sistemas antimíssil", comentou o analista em entrevista ao canal Rossiya 24
.Vitkor Murakhovsky frisou também que o Sarmat pode ser dotado da ogiva hipersônica Avangard, o que torna quaisquer meios de resistência inúteis, até em teoria.
Nenhuns recursos, nenhuns sistemas de defesa antimíssil poderão ajudar", ressaltou.
O Poseidon, o Sarmat e outras novíssimas armas russas foram apresentadas pelo presidente do país, Vladimir Putin, em seu discurso à Assembleia Federal em 1º de março de 2018. O presidente declarou que a Rússia desenvolveu um míssil hipersônico capaz de voar a uma velocidade de até Mach 10 (o que equivale a dez vezes a velocidade do som, ou 12.240 km/h), além de superar todos os sistemas de defesa antiaérea e antimíssil existentes e em desenvolvimento, podendo transportar ogivas nucleares ou convencionais a distâncias de cerca de 2 mil quilômetros.

Os sistemas de combate a laser Peresvet já entraram em serviço das tropas russas

sistema de míssil estratégico dotado de ogiva nuclear"

Defesa russo publicou informações sobre os testes das novíssimas armas russas,

'Sem análogos no mundo': ministério russo mostra VÍDEOS das novíssimas armas em ação

Sem análogos no mundo': ministério russo mostra VÍDEOS das novíssimas armas em ação

Nesta quinta-feira (19), o Ministério da Defesa russo publicou informações sobre os testes das novíssimas armas russas, entre os quais estão o drone subaquático Poseidon, os mísseis de cruzeiro com motor nuclear Burevestnik, o míssil balístico intercontinental Sarmat, os mísseis hipersônicos Avangard e o sistema de combate a laser Peresvet.
Poseidon
A Rússia está completando os testes do drone subaquático Poseidon, capaz de destruir porta-aviões e infraestruturas costeiras a uma distância intercontinental, comunicou nesta quinta-feira (19) o Ministério da Defesa russo.
Em dezembro de 2017, foi levada a cabo com êxito uma série de testes da plataforma de energia nuclear do drone subaquático Poseidon. Os testes confirmaram a viabilidade do projeto de criação de um drone subaquático com as características previstas", lê-se no comunicado.
Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, no momento "estão sendo completados os testes do drone subaquático". No decorrer dos ensaios foi verificado o funcionamento de todos os sistemas do aparelho.
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Drone subaquático Poseidon
Durante os testes efetuados em polígonos no país, os especialistas avaliam as características da navegação do aparelho em regime autônomo. 
Sarmat
Além disso, o presidente do Comitê Militar e Científico da Força Aeroespacial da Rússia, Artyom Vyatkin, afirmou que o exército russo completou os ensaios do míssil balístico intercontinental Sarmat, tendo sido efetuados 50 diferentes testes.
"As tarefas realizadas permitiram confirmar que as decisões de construção do míssil, dos sistemas e plataforma de lançamento eram corretas, bem como confirmar a sua segurança e treinar os preparativos para o lançamento do míssil", afirmou Vyatkin.
Ele revelou que os testes de voo do Sarmat se iniciarão em breve.
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Míssil balístico intercontinental Sarmat
Prevê-se que a fabricação em massa do míssil começará em 2019. O Sarmat deve substituir o míssil estratégico de baseamento em silos mais potente do mundo, o RS-20B Voevoda (SS-18 Satã, na classificação da OTAN).
Avangard
O Ministério russo comunicou também sobre o fim dos testes do sistema de mísseis hipersônicos Avangard, criado para reforçar a segurança militar da Rússia.
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Sistema de mísseis hipersônicos Avangard
"A indústria militar da Rússia completou os testes do sistema de mísseis Avangard, dotado de um equipamento completamente novo, um bloco de cruzeiro. As fábricas já iniciaram a sua fabricação em massa", detalhou o comunicado.
O ministério recordou que o voo de míssil de cruzeiro é efetuado a uma altitude de várias dezenas de quilômetros nas camadas densas da atmosfera, ao contrário dos mísseis convencionais, que possuem uma trajetória balística. A velocidade máxima do Avangard supera 20 vezes a do som. A imprevisibilidade da trajetória de voo do novo sistema deve-se a sua alta capacidade de manobrar e neutralizar todos os sistemas de defesa antiaérea.  
Na terça-feira (17), foi comunicado que o Avangard será dotado de um corpo de titânio resistente às altas temperaturas.
Simultaneamente ao lançamento de produção em série, começaram os preparativos para sua colocação em serviço, comunicou um representante da Força Aeroespacial russa, Sergei Poroskun.
Burevestnik
A Rússia está aprimorando o míssil de cruzeiro Burevestnik, equipado com um motor nuclear. No momento, a arma está passando por testes de voo, comunicou o representante do Ministério da Defesa russo, Sergei Pertsev.
"Na base das exigências mais detalhadas, os engenheiros estão aperfeiçoando a construção dos componentes do míssil, estão sendo realizados testes terrestres, bem como preparados os testes de voo dos exemplares do míssil", contou.
Pertsev detalhou que, no momento, os engenheiros estão elaborando meios tecnológicos de preparação e realização do lançamento, bem como aprimorando os processos tecnológicos de produção, montagem e testes do míssil. 
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Míssil de cruzeiro Burevestnik
Os referidos trabalhos permitem passar à criação de um tipo de arma completamente novo, ou seja, um sistema de míssil estratégico dotado de ogiva nuclear", comunicou o representante. 
Ele acrescentou que o Burevestnik é invulnerável a todos os sistemas de defesa antiaérea existentes e em desenvolvimento.
Peresvet 
Os sistemas de combate a laser Peresvet já entraram em serviço das tropas russas, comunicou nesta quinta-feira (19) o Ministério da Defesa russo. 
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Sistemas de combate a laser Peresvet
O ministério enfatizou que a Rússia continua levando a cabo medidas que visam aumentar a sua proteção militar, bem como capacidades de defesa e prevenção contra qualquer agressão em relação ao país e seus aliados.
O ministério acrescentou que nos postos de implantação dos novos sistemas já foi preparada toda a infraestrutura necessária.