sexta-feira, 5 de maio de 2017

Lançamento do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) Brasileiro

O lançamento do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) vai revelar “o grande avanço tecnológico do Brasil”

O lançamento do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) vai revelar “o grande avanço tecnológico do Brasil” e democratizar o acesso de todos os brasileiros à tecnologia. A avaliação é do presidente da República, Michel Temer, que acompanhou a operação ao lado dos ministros da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, e da Defesa, Raul Jungmann, no Centro de Operações Aeroespaciais (Comae), em Brasília. Também estiveram presentes o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato, e o presidente da Telebras, Antonio Loss.
“Devo dizer que, com o satélite, vamos democratizar o fenômeno digital, já que a banda larga vai atingir todos os recantos do Brasil. Ou seja, quem estiver lá no Amapá, no Amazonas ou outro canto do nosso país poderá ter acesso à banda larga. E, portanto, democratizaremos o sistema digital”, afirmou o presidente.
Lançado ao espaço a bordo de um foguete do Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa, o SGDC também terá importante papel social. Convênios assinados entre os ministérios da Educação e da Saúde e a Telebras vão permitir que pelo menos 7 mil equipamentos públicos municipais, estaduais e federais possam conectar-se à rede mundial de computadores. Na avaliação do ministro Gilberto Kassab, essas ações vão elevar a qualidade dos serviços públicos e melhorar as condições de cidadania da população.
“Isso é notável. Qualquer escola da região Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste terá, em poucos meses, acesso à banda larga, fazendo com que a educação seja de melhor qualidade. E, da mesma maneira, possibilitará, por meio desse satélite, levar a banda larga a qualquer equipamento de saúde pública do nosso país”, disse Kassab.
As Forças Armadas terão 30% da capacidade do SGDC dedicadas exclusivamente para o uso em comunicações estratégicas de defesa e do governo. Segundo o ministro Raul Jungmann, esta característica, aliada ao fato de o equipamento ser totalmente controlado por especialistas brasileiros, garante uma soberania nunca antes alcançada pelo país.
“Esse é um projeto de imenso sucesso que representa um grande passo no sentido da soberania, na medida em que é o primeiro satélite estritamente operado por brasileiros. E, evidentemente, também para o governo, pois as suas comunicações estratégicas estarão blindadas de qualquer tipo de tentativa de obter essas informações tão essenciais para os brasileiros e brasileiras”, enfatizou.
Próximos passos
Nos primeiros dias após o lançamento, o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas passará pelas configurações finais para a entrada em operação. O processo de posicionamento orbital – a 36 mil quilômetros de altitude em relação à superfície da Terra – deve levar até dez dias. Depois, serão necessários mais 30 dias para que todos os subsistemas do equipamento sejam verificados, já na órbita final. A previsão é que o SGDC esteja em pleno funcionamento em meados de junho.
O governo brasileiro, porém, já trabalha em novos projetos. O ministro Gilberto Kassab revelou que o MCTIC e o Ministério da Defesa foram incumbidos pela Presidência da República de iniciar a preparação de uma série de novos satélites geoestacionários. “Por determinação do presidente Temer, os ministérios já estão envolvidos, junto com a Telebras, para que possamos iniciar o planejamento da continuidade desse programa.”
O satélite
O SGDC é o primeiro equipamento geoestacionário brasileiro de uso civil e militar. Fruto de uma parceria entre o MCTIC e o Ministério da Defesa, recebeu R$ 2,7 bilhões em investimentos. Adquirido pela Telebras, tem uma banda Ka, que será utilizada para comunicações estratégicas do governo e implementação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) – especialmente em áreas remotas –, e uma banda X, que corresponde a 30% da capacidade do equipamento, de uso exclusivo das Forças Armadas.
Além de assegurar a independência e a soberania das comunicações de defesa, o acordo de construção do satélite envolveu largo processo de absorção e transferência de tecnologia, com o envio de 50 profissionais brasileiros para as instalações da Thales Alenia Space, em Cannes e Toulouse, na França. São especialistas da Agência Espacial Brasileira (AEB) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) – entidades vinculadas ao MCTIC –, além do Ministério da Defesa e das empresas Visiona e Telebras.
Esses profissionais, engenheiros e técnicos, aprenderam a operar e controlar o equipamento em solo, um trabalho que será feito por militares a partir do 6o Comar e da Estação de Rádio da Marinha, no Rio de Janeiro (RJ). Também há outros cinco gateways – estações terrestres com equipamentos que fazem o tráfego de dados do satélite – que serão instalados em Brasília, Rio de Janeiro, Florianópolis (SC), Campo Grande (MS) e Salvador (BA).
“Durante toda a construção do satélite, houve uma atuação coordenada dos engenheiros da Telebras e da Visiona que acompanharam o processo de construção do equipamento na França, além da transferência de tecnologia para as empresas nacionais que participaram desse processo. A partir da entrada em operação, os engenheiros capacitados terão todo o controle do equipamento nos centros de operação de Brasília e Rio de Janeiro”, afirmou o assessor de Assuntos Internacionais da Telebras, Luiz Fernando Ferreira Silva.
Processo
A aquisição do satélite da Thales Alenia Space ocorreu após uma competição internacional, via contrato com a Visiona, uma joint venture entre a Telebras e a Embraer. A criação da Visiona, em 2012, corresponde a uma das ações selecionadas como prioritárias no Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE) para atender aos objetivos e às diretrizes da Política Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (PNDAE) e da Estratégia Nacional de Defesa (END).
Com 5,8 toneladas e 5 metros de altura, o equipamento ficará posicionado a uma distância de 36 mil quilômetros da superfície da Terra, cobrindo todo o território brasileiro e o Oceano Atlântico. Ele tem capacidade de operação por até 18 anos.
Fonte: MCTIC

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Novo caça russo Sukhoi se tornará 'exterminador de navios' graças a novo míssil

O caça russo T-50 foi “ensinado” a eliminar navios, comunicou o jornal russo Izvestia.

A edição especifica que o avião de combate foi equipado com um novíssimo míssil tático KH-35UE, que é capaz de aniquilar quaisquer alvos marítimos, desde uma lancha de desembarque até um porta-aviões, bem como alvos no terreno, tais como praças fortes e equipamentos militares.O jornal Izvestia adianta que o míssil não pode ser interceptado pelos sistemas antimísseis, nem afetado por interferências radioeletrônicas.
De acordo com os peritos militares entrevistados pela edição, o KH-35UE converterá o T-50 não apenas em um caça, mas em um veículo de combate multifuncional.
O T-50 (elaborado no âmbito do projeto Sukhoi PAK FA) é um caça russo da 5ª geração que deve substituir o Su-27. O avião é equipado com um complexo de aviônica completamente novo e uma estação de radar com antenas Phase Array (antenas de fase orientáveis eletronicamente). Planeja-se que até 2020, os militares recebam 55 unidades de tais caças.

Sistema THAAD será incapaz de lidar com mísseis norte-coreanos?

O sistema antimíssil instalado na Coreia do Sul, THAAD, e o sistema de combate naval Aegis são praticamente inúteis na altura de neutralizar os mísseis norte-coreanos em caso de ataque, afirmou o vice-diretor do Instituto da Comunidade dos Estados Independentes, Vladimir Evseev, em uma entrevista à agência de notícias RNS.

O problema principal que o sistema antimíssil americano enfrenta é o pouco tempo de que dispõe para detectar os mísseis norte-coreanos, uma vez que sejam lançados, para traçar sua trajetória e dirigir até eles seus mísseis antibalísticos", disse Evseev à RNS.
O especialista também assegurou que, para que os EUA possam detectar o lançamento de um míssil balístico norte-coreano, primeiro seria necessário ter sistemas de vigilância aéreos conectados a seus sistemas antimíssil.
Além disso, para que seus satélites os detectem, estes teriam que estar a uma altura de mais de 100 quilômetros, assegura Evseev.Quanto ao Pukguksong-2, um míssil balístico de combustível sólido de médio alcance, sua fase de ascensão é bem curta, uns três minutos. Isto o converte em um alvo difícil para qualquer sistema antimíssil", afirmou o especialista em relação à instalação do sistema THAAD na Coreia do Sul.
Anteriormente, a NBC News comunicou que este sistema já estava operativo para interceptar os mísseis norte-coreanos, citando um funcionário americano. Nos finais de abril, o presidente dos EUA Donald Trump exigiu à Coreia do Sul para pagar 1.000 milhões de dólares pela respectiva instalação, o que Seul recusou, dizendo que as condições já tinham sido negociadas desde o princípio.

Corrida hipersônica: resultados da Rússia 'são melhores do que os dos EUA'

As tecnologias hipersônicas da Rússia ultrapassam as dos EUA, disse o especialista.

Cientistas russos ultrapassaram seus homólogos dos EUA em tecnologias hipersônicas avançadas, disse na quarta-feira o chefe da filial siberiana da Academia de Ciências da Rússia, Vasily Fomin.
Os resultados são melhores que os dos EUA", disse Fomin sobre o estudo de características aerodinâmicas dos misseis de cruzeiro que voam à velocidade cinco vezes maior do que a velocidade do som.
No dia 20 de abril, o vice-primeiro-ministro russo Dmitry Rogozin disse que o país está desenvolvendo as armas hipersônicas ao mesmo nível do que os EUA.
O Ministério da Defesa da Rússia, por seu lado, disse num comunicado, no dia 16 de abril, que as novas armas hipersônicas russas, bem como outras armas avançadas, serão fornecidas ao exército russo até 2025 no âmbito do programa governamental de armamento para os anos 2018-2025.

Brasil e México são as maiores potências aeronáuticas da região latino-americana

De 26 a 29 de abril, no México decorreu a feira aeroespacial conhecida como Famex. Trata-se da segunda edição do evento que começou em 2015. A Sputnik falou com Antonio Quevedo, participante de Famex 2017 e especialista em temas aeronáuticos, sobre a situação das forças aéreas na respectiva região.

O aumento da quantidade de delegações comerciais e de representantes oficiais dos ministérios da Defesa e das forças armadas da região e do mundo converteu este evento em um dos mais importantes na área da aeronáutica na América Latina.
O México e o Brasil são os líderes regionais em matéria de aviação militar, não somente pela capacidade de combate e nível tecnológico de seus aviões, mas também porque têm uma indústria própria em pleno desenvolvimento que garante a soberania industrial aeronáutica e o abastecimento do mercado regional, substituindo os fornecedores tradicionais. As aeronaves peruanas, chilenas e venezuelanas também figuram entre as mais sofisticadas e preparadas da região.
A Rússia pretende avançar neste mercado, para o qual ela olha com cada vez mais interesse. Neste ano, o país se converteu em um dos centros de atração da Famex 2017 com seus modernos MiG-35 da geração 4,5, dado que o México talvez os adquira no futuro.
Para Quevedo, o Brasil é o país da região que conta com a melhor Força Aérea. Seu foco está em "desenvolver sua própria tecnologia para poder aceder no futuro a aviões como o F-35 americano ou o T-50 russo".
O avião mais sofisticado da região é o Gripen, que está sendo desenvolvido na Suécia e no Brasil e entrará em ação no ano de 2020. É uma nave tecnologicamente avançada que vai permitir que o gigante sul-americano se converta a curto prazo na potência aeronáutica militar da região", disse o analista de aviação militar à Sputnik Mundo.
O especialista militar mencionou que a Venezuela conta com uma flotilha de aviões Sukhoi Su-30, uma aeronave "muito potente que pôs seus vizinhos em alerta pela instabilidade que o país está sofrendo". Quevedo também assegurou que a Força Aérea do Chile possui o F16 Block 52 de produção norte-americana.
Este país apostou em ter um único tipo de aeronave e se inclinou para estas, que são umas das mais modernas. Por sua vez, ele comprou alguns aviões de segunda mão, os chamados LMU, que foram construídos na década de 80. Está é uma Força Aérea muito poderosa. A vantagem de ter um único avião de defesa é o maior controle de suas linhas logísticas de abastecimento e de reconstrução", indicou.
Em 20 de março, as forças aéreas do Brasil, Chile e Equador celebraram um memorando que permitirá um intercâmbio de informação técnica, logística e operativa de suas frotas de aviões de treinamento e de ataque ligeiro EMB-314 Super Tucano. Quanto a estas aeronaves, o especialista destacou que "são umas das mais completas, com sistemas de voo digitais e capacidade para contar com uma variedade de armamentos".
"Na região, a Argentina, Venezuela e Colômbia têm os aviões Tucano originais, enquanto o Chile e o Brasil contam com os Super Tucano. Isto permite que a América Latina tenha uma ação continental com a mesma aeronave e realize missões de ataque ao crime organizado: interceptar voos ilícitos e navios que efetuam o tráfico por água", disse.
O México tomou um caminho diferente com uma aeronave similar ao Tucano, o T6C Texan, e Argentina também está seguindo o mesmo caminho. "Há relatos de que eles [os argentinos] estarão comprando suas primeiras quatro aeronaves T6C Texan. São aviões que poderiam se complementar para combater o crime organizado nos países latino-americanos", assegurou.
No que trata da importância da Famex, Quevedo afirmou que é uma feira que permite ao México "ampliar as ofertas de investimento, incrementar sua força de trabalho e promover sua indústria aeronáutica".
No México, temos mais de 300 empresas do ramo em 18 estados do país. Pode-se destacar os clusters aeronáuticos de Baixa Califórnia, Chihuahua, Novo Leão, Querétaro e Sonora. A indústria aeroespacial mexicana criou 50 mil empregos de qualidade bem remunerados. […] O México também é o sexto fornecedor de peças de aeronáutica aos Estados Unidos e tem o 14º lugar a nível mundial", explicou o analista.
Além disso, ele indicou que a indústria russa está com os olhos postos na Famex 2017.
"Querem apresentar muitos dos seus desenvolvimentos, em aviões e helicópteros. A Rússia está oferecendo à Força Aérea mexicana seu avião mais moderno, o MiG-35, uma aeronave adaptável às necessidades mexicanas. Creio que a indústria russa deve apostar na América Latina, ter um centro de manutenção e um centro de montagem de seus aviões em algum país da região. Isto permitiria potenciar muitíssimo todos os avanços tecnológicos que a indústria russa pode oferecer", concluiu.

Montagem do sistema de propulsão do submarino nuclear avança em São Paulo

O Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP) executa, atualmente, a montagem eletromecânica do Laboratório de Geração de Energia Núcleo-Elétrica (LABGENE), localizado no Centro Experimental Aramar, em Iperó (SP). A partir do LABGENE, sistemas navais para propulsão a vapor serão testados, principalmente na parte nuclear, o que é vital para o Submarino Nuclear Brasileiro.
Nesse programa de testes, incluiu-se a operação conjunta de diversos sistemas eletromecânicos, em escala 1:1, como turbinas a vapor saturado, condensadores, painéis elétricos, bombas de circulação, sistemas de controle e instrumentação associada. A maioria dos componentes ora em montagem foi projetada e construída no Brasil.
Atualmente, o LABGENE já conta com parte de suas edificações prontas, assim como outras em obras civis em andamento, as quais obedecem a requisitos técnicos avançados, dentro do processo de licenciamento nuclear junto à Comissão Nacional de Energia Nuclear.
A montagem do condensador principal é mais um importante passo para o projeto e construção da planta nuclear de geração de energia e propulsão naval envolvendo militares e civis, contando inclusive com a participação da Amazul.
FONTE: MB