quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Corporação russa Energia pretende criar foguete para substituir Zenit ucraniano

O novo foguete portador para o cosmódromo flutuante Sea Launch será projetado e apresentado à holding russa S7 Group para substituir os foguetes Zenit, fabricados na Ucrânia, que antes têm sido usados para lançamentos, informou Vladimir Solntsev, diretor-geral da Energia, corporação espacial russa de produção de foguetes.

"Acho que já nos próximos quatro anos poderemos oferecer um novo foguete ao S7 Group. Já há um cronograma para criação deste foguete portador. Agora já é claro que será usado o motor do primeiro estágio – o RD-171M, como atualmente acontece com o Zenit", informou Solntsev.
Apesar disso, o diretor-geral não exclui a possibilidade do uso do Zenit ucraniano até que seja elaborado o novo foguete.
Falando sobre o destino do projeto Land Launch, Solntsev destacou que este vai virar um novo projeto conjunto da Rússia e Cazaquistão, chamado Baiterek, com uso do foguete portador Sunkar.
Anteriormente, foi informado que o comprador do cosmódromo flutuante Sea Launch, a S7 Sistemas de Transporte Espaciais, que faz parte da holding S7 Group, recebeu a licença para realizar atividades espaciais que lhe permite cooperar a nível internacional na área de pesquisas e uso do espaço para fins pacíficos.
Em 2016, a S7 Group anunciou a assinatura do contrato com o grupo de empresas Sea Launch. O objeto da transação é a nave espacial Sea Launch Commander, a plataforma Odyssey com equipamentos instalados, equipamentos terrestres no porto de Long Beach (EUA) e os direitos intelectuais. A empresa prevê realizar até 70 lançamentos comerciais durante os próximos 15 anos.

O escândalo A-Darter

Ou de como a tentativa de assassinato da Odebrecht pode ferir de morte a construção do mais avançado míssil da Força Aérea Brasileira
Por Mauro Santayana – de Brasília:
Está dando certo o implacável, mesquinho, totalmente desvinculado da estratégia e dos interesses nacionais, cerco, montado pela Procuradoria Geral da República, para arrebentar com a Odebrecht, não apenas dentro do Brasil, mas, em conluio com os EUA, também na América do Norte e, com base em “forças tarefas” conjuntas, nos mais diferentes países da América Latina.
Pressionada pela perseguição além fronteiras da Jurisprudência da Destruição da Lava-Jato. Pela estúpida, desproporcional, multa, de R$ 7 bilhões estabelecida a título de punição, pelo Ministério Público brasileiro. Em parceria com o Departamento de Justiça norte-americano, a Odebrecht não está conseguindo vender boa parte dos ativos estratégicos que tenta colocar no mercado.
Para evitar sua bancarrota e total desaparecimento, com a paralisação de dezenas de bilhões em projetos. Muitos deles estratégicos, dentro e fora do país. A demissão de milhares de colaboradores que trabalham no grupo, que já foi obrigado a se desfazer de mais de 150 mil pessoas nos últimos dois anos.
Com o cerco à empresa, que bem poderíamos classificar de mera tentativa de assassinato. Considerando-se o ódio com que vem sendo tratada a Odebrecht pelos nossos jovens juízes e procuradores. Já que poderiam ter sido presos eventuais culpados sem praticamente destruir a maior multinacional brasileira de engenharia.
Coloca-se sob risco direto, não apenas a construção do futuro submarino nuclear nacional (e de outros, convencionais). Mas também a produção dos mísseis A-Darter, destinados aos caças Gripen NG BR, que se encontram em desenvolvimento pela Mectron. Empresa controlada pela Odebrecht, em cooperação com a Denel sul-africana.

Mectron

Não tendo conseguido negociar a Mectron, incluída em sua lista oferecida ao mercado. A Odebrecht pretende, agora, esquartejar a companhia e vender seus projetos um a um. Entre eles o desse avançado míssil ar-ar – para quem estiver interessado em ficar. Entre outras coisas, com parte do know-how desenvolvido pelo Brasil nessa área, desde a época do míssil “Piranha”.
Enquanto isso, a Presidência e o Congresso fazem cara de paisagem.
Quando, diante desse absurdo, o mínimo que a Comissão de Defesa Nacional. Por meio de CPI para investigar o caso. O Ministério da Defesa e o Ministério da Aeronáutica deveriam fazer seria pressionar e negociar no governo o financiamento da compra da Mectron por uma empresa da área.
Como a Avibras, por exemplo, com recursos do BNDES. Ou injetar dinheiro do Banco – agora emagrecido em R$ 100 bilhões “pagos” antecipadamente ao Tesouro. Para que comprasse provisoriamente a Mectron. Assegurando que seu controle ficasse com o Estado, ao menos até o fim do programa A-Darter. Ou que se estabelecesse uma estratégia voltada para impedir sua desnacionalização.
O problema é que o BNDES, como faz questão de afirmar a nova diretoria, pretende mudar de foco para dar atenção. O que quer que isso signifique – a projetos que beneficiem “a toda a sociedade”.
Será que seria possível que a finalização do desenvolvimento de um míssil avançado para os novos caças de nossa Força Aérea. Destinado a derrubar aviões inimigos em situação de combate, em que já foram investidos milhões de dólares. Viesse a ser enquadrado nessa categoria e na nova doutrina de funcionamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Que já bloqueou R$ 1.5 bilhões que a Odebrecht teria a receber por obras no exterior. Ou estaríamos pedindo demais e exagerando na importância do caso?

EUA compram sistema de defesa antiaérea portátil fabricado em Israel

A Força Aérea dos Estados Unidos encomendou 21 kits do sistema de defesa antiaérea portável (MANPADS) no montante de 15,5 milhões de dólares, a serem fabricados em Israel.

Força Aérea norte-americana vai adquirir 21 kits do sistema MANPADS feitos em Israel por um total de 15,5 milhões de dólares (cerca de 50 milhões de R$), informou o Departamento de Defesa norte-americano em comunicado.
"A ELTA North America [em] Annapolis Junction, Maryland, recebeu o contrato de $15,5 milhões para sistemas de defesa antiaérea portátil," afirma o comunicado, divulgado na quarta-feira (22) "A produção dos kits será realizada em Israel."
A ELTA fornecerá a aquisição, a entrega e o treinamento de 21 kits do sistema MANPADS, de acordo com Departamento de Defesa.
A entrega dos kits às estruturas norte-americanas continentais está prevista para ser concluída em 28 de julho de 2017" acrescenta o comunicado.
O MANPADS (Man-portable air-defense system) é um sistema de defesa antiaérea portátil, usado contra aviões e helicópteros voando em baixa altitude.

Rússia e Bolívia definem acordos para construção de centro nuclear

Executivos da empresa russa Rosatom se reúnem em La Paz nesta quarta-feira (22) com o ministro da Energia boliviano Rafael Alarcon para definir detalhes do contrato para a construção do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Nuclear de El Alto, segundo informou o embaixador da Rússia na Bolívia, Alexei Sazonov.

"Em La Paz se encontra uma delegação da Rosatom que tem uma reunião com o novo ministro da Energia, vamos esperar resultados do encontro deles", disse o diplomata, citado pela Agência Boliviana de Informação.
As negociações "vão em bom ritmo e queremos acelerar esse projeto", acrescentou.
De acordo com Sazonov, entre quarta e quinta-feira os executivos da Rosatom e o governo do país andino vão definir os detalhes finais para o início das obras em El Alto.
O embaixador ressaltou que a Rússia vai apoiar o desenvolvimento do projeto nuclear da Bolívia para fins pacíficos, com a formação e capacitação de profissionais na área.
"A Rússia contribui com a sua moderna tecnologia avançada na capacitação de bolivianos. Para este ano, estamos planejando 20 bolsas estatais para a formar jovens bolivianos na área nuclear", disse o representante de Moscou.
O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Nuclear de El Alto será localizado no 8º distrito da cidade homônima e será construído em uma área de aproximadamente 150.000 metros quadrados, com um investimento de 300 milhões de dólares.
Prevê-se que até o final de 2019 as obras estejam concluídas. O centro irá se focar no desenvolvimento da pesquisa nuclear para fins pacíficos, na detecção e tratamento oportunos do câncer e no tratamento de produtos agrícolas para preservação.

Quem será o soldado do futuro?

Soldado do futuro será um sistema complexo controlado pelo homem. Tal ideia está sendo desenvolvida no âmbito do projeto "Defensor do Futuro" da Fundação para Estudos Avançados, disse à Sputnik o chefe do projeto, Arkady Petrosov.

O soldado do futuro será um sistema complexo, controlado pelo homem e repleto de elementos estruturais e funcionais, que são unidos por um objetivo comum: resgatar pessoas das zonas de fogo afetadas, fortalecer poderio militar do país e garantir a segurança da vida", disse Petrosov em uma entrevista na véspera do Dia do Defensor da Pátria.
De acordo com ele, o estudo do projeto "Defensor do Futuro" está sendo realizado em todas as direções do funcionamento da fundação e integra pesquisas físico-técnicas, químico- biológicas, médicas e de informação, além do desenvolvimento avançado no campo da robótica.
Como indicou Petrosov, o complexo não deverá exigir muito do soldado, ao contrário, somente irá auxiliá-lo, não importando seu nível, chegando a melhorar suas habilidades de tiro, de resistência, bem como outros indicadores físicos.
"O equipamento do soldado do futuro será fácil de usar e eficaz através do uso de armas inteligentes", conclui.

Alemanha aumenta exército e se aproxima cada vez mais da Rússia

Desde o início de 2017, a Rússia vê a maior concentração de soldados da OTAN perto de suas fronteiras desde os tempos da Guerra Fria.

A ministra da Defesa da Alemanha, Ursula von der Leyen, anunciou na terça passada a intenção do governo de aumentar o exército alemão em 5.000 efetivos, com 500 reservas adicionais e 1.000 postos civis. A ampliação forma parte de um plano de crescimento que procura alcançar os 198.000 efetivos para o ano de 2024. 
Calcula-se que este reforço das forças armadas vá exigir um investimento aproximado de 955 milhões de euros ao ano
A Bundeswehr [forças armadas alemães] está afrontando desafios como nunca antes – disse a ministra – tanto na luta contra o Estado Islâmico como na estabilização do Mali, ou em nossa presença considerável como membros da OTAN nos Estados Bálticos". 
As forças armadas da Alemanha "também devem ser capazes de crescer ao ritmo de suas tarefas", acrescentou.
Maior compromisso com a OTAN
O governo dos EUA, sob a liderança de Donald Trump, expressou o desejo de que os outros membros da OTAN incrementem seus compromissos financeiros com a aliança. Em uma cúpula no País de Gales em 2014, todos os países membros concordaram em alocar 2% de seus PIBs ao orçamento de defesa da organização. Atualmente, apenas os Estados Unidos, a Polônia, a Estônia, a Grécia e o Reino Unido cumprem o acordo.
O gasto militar alemão é de cerca de 1,22% do PIB, mas na última Conferência de Segurança de Munique, a chanceler alemã Angela Merkel assegurou ao vice-presidente dos EUA, Mike Pence, que a Alemanha estava comprometida com a meta.
Desde a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha tem se mostrado relutante ao envolver seus militares em conflitos estrangeiros, mas as tropas alemãs participaram de operações no Mali e no Afeganistão, bem como nos esforços da coalizão internacional liderada pelos EUA contra o Daesh (autodenominado Estado Islâmico).
Cada vez mais perto da Rússia
Em janeiro passado, a Alemanha começou a deslocar um contingente de 1.200 soldados para a base militar de Rukla, na Lituânia, a apenas 100 quilômetros da fronteira com a Rússia.
Em fevereiro, dezenas de helicópteros norte-americanos Chinook, Apache e Black Hawk tomaram posições na cidade alemã de Bremerhaven, completando a maior acumulação de tropas da OTAN na Alemanha e na Europa Oriental desde os tempos da Guerra Fria.
O governo russo, por sua vez, condena sistematicamente a militarização da região, destacando as ameaças inerentes da questão no que diz respeito à segurança internacional.

Parlamentar russo considera possível 'ataque traiçoeiro' da OTAN contra Rússia

As forças da OTAN na Europa Oriental podem ser usadas para um ataque traiçoeiro em relação à Rússia, disse o parlamentar russo, Vladimir Shamanov.O Ocidente chama isso de contenção da Rússia, mas acreditamos que essas forças e meios podem ser usados em ações ofensivas contra o nosso país. Com Hitler também em tempos tínhamos assinado um pacto de não-agressão, mas em 22 de junho ele traiçoeiramente atacou o nosso país, e também nos lembramos disso", disse Shamanov em uma reunião com diplomatas militares.

Segundo ele, neste contexto, para manter a capacidade de combate das tropas terrestres, foi completada a formação de quatro divisões de infantaria motorizada e de uma divisão blindada.
"Esta é uma resposta direta aos desafios e ameaças relacionadas com a linha da OTAN para aumentar sua presença no flanco oriental da Aliança", disse Shamanov.
A Rússia, nos últimos anos, tem denunciado a atividade sem precedentes da OTAN perto de suas fronteiras ocidentais. A OTAN, entretanto, aumenta suas iniciativas para "conter a agressão russa".