terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Por que sistemas de defesa antiaérea russos S-400 são tão populares no mundo?

O sistema de defesa antiaérea S-400 é muito popular no estrangeiro, uma série de países quer comprá-lo, informou o diretor de cooperação internacional e política regional da corporação estatal russa Rostec, Viktor Kladov.

"É verdade que os S-400 são objeto de procura no mercado internacional. Uma série de países expressa seu desejo a comprá-los, mas a produção é limitada", Kladov declarou aos jornalistas.
A feira internacional de aviação AeroIndia-2017 será realizada entre os dias 14 e 18 de fevereiro, na base militar da Força Aérea indiana em Bangalore, onde as empresas russas expõem mais de 400 tipos de armamentos.

Porretes nucleares estão outra vez na moda: EUA estudam esquemas para combater a Rússia

Recentemente em Washington, na conferência "Armas estratégicas do século XXI", foi apresentado o relatório "Novas realidades das ameaças e as exigências para a dissuasão nuclear".

O autor é o presidente do Instituto Nacional de Políticas Públicas dos EUA e ex-assistente do vice-secretário da Defesa dos EUA, Keith B. Payne, que escreve sobre a ameaça nuclear da União Soviética e da Rússia já há décadas e é considerado um dos principais e mais influentes especialistas nesta área.
Payne disse que o mundo se tornou um lugar mais perigoso após a revisão e "amolecimento" da doutrina nuclear dos EUA em 2010, e que os países ocidentais têm de arrumar sua política para não se desfasarem da realidade. A razão para isso são as ações agressivas da Rússia e da China.
Mudança de rumo
Recentemente se soube que a administração Trump vai realmente rever a doutrina. O Chefe do Estado-Maior da Força Aérea dos Estados Unidos, general David Goldfein declarou: "Eu espero que já nesta primavera tenhamos uma revisão da doutrina nuclear. Chegou a hora de reavaliar o complexo nuclear para desenvolver as linhas políticas estratégicas para o Departamento de Defesa dos EUA."                                  
O que oferece Payne? Segundo ele, até recentemente, os Estados Unidos consideravam a ameaça do uso de armas nucleares por terroristas como a principal, a sua tarefa principal era a não-proliferação das armas nucleares e a redução de armamento nuclear dos Estados Unidos encorajaria outros países a seguir esse caminho.
Em 1991, os americanos acreditavam que um confronto com a Rússia era tão pouco provável quanto o ressurgimento na Europa de guerras entre católicos e protestantes. Em 2012, todo o mundo tinha certeza de que o risco de uma guerra nuclear dos EUA com a Rússia ou a China era algo do passado, e não do futuro.
Agora tudo mudou. Desde 2016, os relatórios do Pentágono declaram que a dissuasão nuclear é o principal objetivo. A razão para isso são as ações da Rússia e da China para a revisão da ordem mundial e o aumento de suas capacidades nucleares.
Em novembro do ano passado, o ex-chefe do Pentágono, Ashton Carter, disse: "Embora nem nós, nem os nossos aliados, não tenhamos criado durante 25 anos nada de novo, os outros o têm feito — incluindo a Rússia, Coreia do Norte, China, Paquistão, Índia e — durante algum tempo — o Irã. Não podemos esperar mais."
Jogos psicológicos
Payne diz que a agressão russa contra a Ucrânia em 2014 e as ameaças da Rússia de ser a primeira a realizar um ataque nuclear contra os países da OTAN mudaram a realidade e destruíram as ilusões do Ocidente. Essas ameaças russas sugerem que as abordagens dos EUA das questões de dissuasão nuclear falharam. Além disso, isso levanta dúvidas e cria hesitação entre os aliados da OTAN.
Por que a Rússia está se comportando de forma tão agressiva?", questiona Payne. Porque a Rússia acredita que o Ocidente impôs condições injustas Rússia depois da Guerra Fria e que, além disso, o Ocidente planeja suas ações agressivas contra a Rússia inclusive a mudança de regime.
Payne observa que o desejo de compensar perdas importantes leva muitas vezes ao risco, mesmo que em um jogo estejam perdas ainda maiores. A Rússia acredita que necessita, e ela tem essa vontade, de quebrar o status quo, mas os países ocidentais não são unânimes em suas decisões e eles não têm vontade de resistir se a guerra começar, especialmente se for nuclear. Por esta razão, a Rússia pensa que tem espaço para manobrar e pressionar o Ocidente.
Além disso, como a Rússia supõe que o Ocidente não assumirá um conflito nuclear, no curto prazo no teatro de operações europeu a Rússia tem vantagem militar, o que a estimula ainda mais para atemorizar o Ocidente.
Ao mesmo tempo, Moscou não deseja a guerra e se comporta de forma prudente e racional. Assim, no âmbito do pensamento racional, o Ocidente precisa de demonstrar que tem vontade e que não tem medo de uma guerra com os russos, acredita Payne.
Ameaçar abertamente
Daqui, de acordo com Payne, vem a necessidade de estabelecer uma "linha" que a Rússia realmente tenha medo de atravessar. Isso subentende a implementação de tropas da OTAN perto da fronteira com a Rússia, a aceleração da introdução do F-35 com bombas nucleares B61-12, bem como a modernização global das armas nucleares norte-americanas.
As incertezas e ambiguidades na dissuasão nuclear já não impedem a possibilidade de uma guerra, mas sim o contrário. Às vezes é preciso apenas ameaçar abertamente o inimigo. Payne acredita que Moscou consegue entender apenas uma tal atitude.
Por isso, Payne avalia de forma positiva a resposta da primeira-ministra britânica Theresa May quando, no verão do ano passado, lhe perguntaram se ela estaria disposta a usar armas nucleares. May respondeu que os inimigos devem saber que a Grã-Bretanha está pronta para realizar um ataque nuclear, e que o preço de um ataque à Grã-Bretanha ou seus aliados iria exceder os benefícios que o inimigo poderá esperar ganhar com suas ações.
Ao mesmo tempo, May observou: "Como vimos no exemplo da anexação ilegal da Crimeia, não há nenhuma dúvida sobre o desejo do presidente Putin em minar o sistema internacional, baseado em regras, para avançar na perseguição de seus próprios interesses. Ao longo dos últimos dois anos temos visto um aumento preocupante tanto da retórica russa sobre o uso de armas nucleares, como da frequência de treinamentos nucleares repentinos. Ele (Putin) já ameaçou instalar armas nucleares na Crimeia e Kaliningrado, um enclave russo no mar Báltico, na fronteira com a Polónia e a Lituânia."
O próprio Payne escreveu há um ano: "O presidente russo, Vladimir Putin, disse que o colapso da União Soviética foi a maior catástrofe geopolítica do século XX. Ele considera o Ocidente como seu causador e como uma ameaça à aspiração de Moscou de recuperar o domínio sobre as ex-repúblicas da União Soviética, se necessário — pela força. Esta visão se reflete nas operações militares russas na Geórgia, em 2008, bem como na ocupação da Crimeia, em 2014. Aparentemente, a Rússia colocou suas forças nucleares em alerta quando conduziu operações militares contra a Geórgia e, em 2014, o presidente Putin encarou a possibilidade de o fazer novamente."
Fazer um esforço
Payne propõe responder da seguinte forma: "Reconhecer que as expectativas otimistas em relação à Rússia, que surgiram após a Guerra Fria, não refletem a realidade e reorientar devidamente a política dos EUA." Para isso, de acordo com Payne, é necessário "retomar os investimentos em forças e meios de inteligência, para entender melhor a Rússia moderna, incluindo seu programa nuclear."
Nós precisamos de restaurar a confiança nos meios de dissuasão americanos e nas linhas vermelhas, especialmente destinados a evitar que a Rússia seja a primeira a efetuar um ataque nuclear", "é preciso concentrar a vontade e as forças não-nucleares da OTAN para contrariar as garantias Putin que as tropas russas podem em dois dias alcançar cinco capitais da OTAN", diz Payne.
No outono passado, Keith Payne também atacou os planos da administração Obama, que se prontificou a considerar a rejeição dos EUA de serem os primeiros a realizar um ataque nuclear.
Um dos argumentos mais fortes dele era o seguinte: hoje não há nenhuma garantia que o Ocidente possa rapidamente, e sem baixas enormes, vencer uma guerra não nuclear contra a Rússia ou a China, por isso as armas nucleares se tornam novamente o fator principal de dissuasão.
Com a nova administração Trump, Payne, provavelmente, terá um maior entendimento mútuo.

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SATÉLITE GEOESTACIONÁRIO EMBARCA PARA GUIANA FRANCESA

Desenvolvido numa parceria entre o MCTIC e o Ministério da Defesa, satélite saiu da França nesta segunda-feira num avião Antonov. Além de expandir a banda larga, equipamento vai garantir a segurança das comunicações do Brasil.
O Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) embarcou, nesta segunda-feira (13), em direção ao Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa, de onde será lançado ao espaço no dia 21 de março. O equipamento saiu da cidade francesa de Cannes, local onde foi construído pela empresa Thales Alenia e supervisionado por engenheiros e especialistas do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), do Ministério da Defesa, da Telebras e da Agência Espacial Brasileira (AEB) – ambas entidades vinculadas ao MCTIC –, além da Visiona.
O transporte do satélite é feito por um modelo Antonov – avião russo de alta capacidade de carga. O voo deve durar cerca de seis horas, com aterrisagem prevista para as primeiras horas desta terça-feira (14).
“Naquele avião vão o empenho, a energia e a inteligência de muitos profissionais, que aguardam pelo lançamento e pelo sucesso do satélite. É uma importante etapa que está sendo concluída. Um momento de grande satisfação, que pode ser comemorado por todos”, afirmou o engenheiro da Telebras Sebastião Nascimento, que aguarda a chegada do SGDC na Guiana Francesa.
Provedor de serviços
O SGDC vai garantir a segurança das comunicações de defesa das Forças Armadas brasileiras e o fornecimento de internet banda larga para todo o território nacional, especialmente para as áreas remotas do país. O projeto é fruto de uma parceria entre o MCTIC e o Ministério da Defesa, com investimentos no valor de R$ 2,1 bilhões e tempo de operação de aproximadamente 15 anos.
“Com o SGDC, o Brasil ganha qualidade na prestação dos seus serviços, seja ao dar mais eficiência ao sistema de segurança nacional, seja ao levar mais condições de banda larga para todos os cidadãos, em suas atividades pessoais ou profissionais”, afirmou o ministro Gilberto Kassab, em recente visita ao Comando de Operações Espaciais (Comae), da Força Aérea Brasileira (FAB), na Base Aérea de Brasília.
Segundo o comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Nivaldo Rossato, o SGDC trará benefícios ao Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), operado pela Telebras, aos sistemas de telecomunicações militares e à absorção de tecnologia para o setor aeroespacial. O equipamento deve melhorar a fiscalização dos 17 mil quilômetros de fronteira do Brasil com dez países sul-americanos e estender o PNBL a todo o território nacional.
Fonte: MCTIC