terça-feira, 15 de setembro de 2015

ESTAÇÃO ESPACIAL INTERNACIONAL COLOCA EM ÓRBITA NANOSSATÉLITE NACIONAL

O satélite nacional de pequeno porte Serpens – sigla para Sistema Espacial para Realização de Pesquisa e Experimentos com Nanossatélites – está programado para ser injetado em órbita na manhã desta quinta-feira (17) a partir da Estação Espacial Internacional (ISS na sigla em inglês).
De acordo com a Agência Espacial do Japão (Jaxa) o lançamento deve ocorrer entre 8h e 11h30 no horário de Brasília. A colocação do Serpens em órbita será feita pelo Japanese CubeSat Deployer (JSSOD), dispositivo de lançamento do modulo de pesquisa  ”Kibo”.
O Serpens, desenvolvido por um consórcio acadêmico coordenado pela Agência Espacial Brasileira (AEB), chegou a ISS no último dia 24 de agosto transportado pelo veículo japonês de abastecimento HTV5. Em órbita ele receberá uma série de dados que serão enviados por diversas plataformas de coleta de dados instaladas em diversos pontos do território. Essas informações estarão disponíveis para retransmissão para estações receptoras no Brasil e em outros países.
O principal objetivo do projeto Serpens é a capacitação de recursos humanos e a consolidação dos novos cursos de engenharia espacial brasileiros. Além da Universidade de Brasília (UnB), participam também do projeto as universidades federais do ABC (Ufabc), de Santa Catarina (UFSC), de Minas Gerais (UFMG) e o Instituto Federal Fluminense (IFF).
Do exterior, fazem parte a Universidade de Vigo, da Espanha, a Sapienza Università di Roma (Itália) e as norte-americanas Morehead State University e California State Polytechnic University.
Atividades – A integração do satélite e os testes adicionais, etapas desenvolvidas a partir de fevereiro último, foram realizados no Laboratório de Integração e Testes (LIT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos (SP), com a participação e acompanhamento de técnicos, engenheiros e estudantes do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), que participaram do projeto e desenvolvimento do também pequeno satélite ITASat.
O Serpens é o terceiro CubSat nacional a ser colocado no espaço, sendo o segundo a ser lançado do laboratório espacial. O primeiro foi o Aesp-14, desenvolvido em parceria entre o ITA e o Inpe.
Essa primeira missão do projeto Serpens é coordenada pela UnB, mas a proposta é que as instituições que formam o consórcio se revezem na liderança. Pelo cronograma aprovado, a UFSC será responsável por encabeçar o desenvolvimento do Serpens 2.
Coordenação de Comunicação Social-AEB
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segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Aceitação como um submarino poderosos no mar negro invisível


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Novo submarino russo não é totalmente misterioso

O BS-64, anteriormente conhecido como K-64, não é um novo submarino, mas passou mais de 15 anos em um estaleiro naval localizado na cidade portuária russa de Severodvinsk.

O Podmoskovie é capaz de transportar uma tripulação de 135 homens e está armado com mísseis balísticos de combustível líquido R-16 29RMU Sineva. O BS-64 passará a integrar a Frota do Norte russa.

O submarino, propulsado por dois reatores nucleares, foi convertido em um navio projetado para realizar investigação científica, podendo servir ainda como “nave-mãe” para minissubmarinos em águas profundas, incluindo o submarino superconfidencial Losharik.
A nova seção permite ao submarino instalar e retirar embarcações em águas profundas e inclui um departamento de pesquisa.
Norman Polmar, um especialista em questões navais e de inteligência, demonstrou grande interesse pelo Podmoskovie, alertando que seria um erro subestimar os engenheiros russos.
"Eles são sempre muito mais inovadores do que nós", diz Norman Polmar, citado por David Axe. O especialista naval, que foi consultor do governo dos EUA na estratégia de submarinos, fala por experiência própria porque ele visitou empresas russas que desenvolvem submarinos.

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Submarinos russos poderão ter sistema de comunicação que impede erro humano

Segundo ele, o equipamento é único no mundo e seu alto nível de automação praticamente torna impossível o erro humano. Yakunin afirmou que a capacidade do sistema ultrapassa os dispositivos desenvolvidos anteriormente, o que permite aumentar o alcance e a estabilidade de comunicação.
Rússia trabalha atualmente na construção de submarinos de quinta geração, tanto diesel quanto nuclear. Anteriormente, um alto comandante da Marinha russa foi além, afirmando que os estaleiros do país começariam a construir, em 2020, o submarino nuclear Kalina, de quinta geração e de propulsão anaeróbica (que dispensa o ar).

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sexta-feira, 4 de setembro de 2015

AEL entrega protótipos WAD e HUD ‘Modelo A’ como parte do programa brasileiro para o Gripen NG

A AEL Sistemas (AEL) entregou ontem, dia 2, à Saab, com sucesso e dentro do cronograma, os primeiros protótipos “Modelo A” das unidades WAD e HUD para o Gripen NG brasileiro. Em fevereiro de 2015, a Saab anunciou a seleção da AEL como nova fornecedora no Brasil. Saab e AEL também assinaram um contrato para a transferência de tecnologia. A AEL foi selecionada para fornecer o Wide Area Display (WAD), o Head-Up Display (HUD) e o Helmet Mounted Display (HMD), que serão integrados ao Gripen NG para o Brasil como parte do contrato F-X2.
O programa de desenvolvimento do WAD e do HUD começou em janeiro de 2015. Já o do HMD teve início em maio deste ano. O novo programa de sistemas aviônicos para a aeronave será executado ao longo de quatro anos e inclui o desenvolvimento, a integração e o trabalho de produção, que serão realizados em Porto Alegre (RS). O trabalho de integração do sistema será feito pela Saab e pela Embraer.
O WAD para a aeronave brasileira Gripen NG é um sistema único e inteligente de exibição de tela grande (19 x 8 in), redundante e multiuso, em cores e de alta resolução, com apresentação contínua de imagem, capaz de receber entradas de teclas multifuncionais, touchscreen ou interfaces externas. É a principal fonte de todas as informações de voo e missão na cabine de piloto.
A AEL também vai desenvolver um novo HUD para a aeronave brasileira. O HUD fornece informações essenciais de voo e missão para o piloto ao olhar a frente através da cabine. Já o HMD Targo é a próxima geração do equipamento, que permite que o piloto veja dados e imagens de alvos reais e virtuais, adicionando funcionalidades que aumentam a consciência situacional e a capacidade de julgamento e decisão do piloto.
Os protótipos permitirão à Saab antecipar as atividades de engenharia de software e sistemas, reduzindo assim o risco de integração na aeronave. Uma extensa campanha de testes em voo será ainda realizada em estreita cooperação entre a AEL e a Saab, em Linköping, Suécia.
“Estamos orgulhosos de entregar esses protótipos em tempo, dentro do cronograma, e com qualidade, permitindo que os engenheiros da Saab possam continuar o trabalho de integração para a aeronave. Acreditamos que este fato destaca e evidencia o compromisso da AEL com a Saab e a Força Aérea Brasileira (FAB) para fornecer a próxima geração de cockpit para a próxima geração de caças”, afirma Sérgio Horta, presidente da AEL.
“Este é um passo muito importante no desenvolvimento do Gripen NG para o Brasil. Demonstra uma cooperação muito eficaz entre a AEL e a Saab e é um passo de sucesso na cooperação industrial entre a indústria brasileira e a Saab no programa Gripen NG”, diz Mikael Franzén, Diretor do Programa para o Gripen no Brasil.
O processo brasileiro de aquisição para o 36 Gripen NG está em curso e o contrato está previsto para entrar em vigor durante este ano. A transferência de tecnologia do WAD, do HUD e do HMD para a AEL também está em curso. O escopo adicional focará no desenvolvimento da interface Homem-Máquina (HMI) para os caças avançados, juntamente com oficinas de manutenção de aviônicos. Atividades no âmbito do presente contrato terão início no segundo semestre de 2015, na Saab, em Linköping. Isto incluirá cursos teóricos e treinamento no ambiente de trabalho.
Sobre a AEL Sistemas
A AEL trabalha nos setores de defesa e espaço desde 1983. A AEL é brasileira – sucessora da Aeroeletrônica – e está localizada em Porto Alegre (RS). A companhia desenvolve programas de modernização de plataformas militares e atualmente é uma das principais parceiras das Forças Armadas do Brasil. Embraer, Helibras e INPE são alguns dos clientes da empresa.
DIVULGAÇÃO: AEL Sistemas/ FSB Comunicação
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Corte no orçamento não afeta segurança de redes do governo, diz Serpro

O presidente do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), Marcos Vinícius Mazoni, afirmou que o corte no orçamento deste ano do órgão não comprometeu a segurança das redes do governo federal.

Ele participou de audiência pública, nesta quinta-feira (3), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Crimes Cibernéticos. Mazoni informou que o orçamento anual do Serpro girava em torno de R$ 300 milhões, e caiu neste ano para R$ 180 milhões.
A declaração foi feita em resposta a questionamento do deputado Sandro Alex (PPS-PR), sub-relator da CPI. “Com a redução de orçamento, é claro que existem deficiências e que se compromete a proteção dos dados do País”, disse o parlamentar. “O corte nos tira da área de conforto e cria algum nível de dificuldade, mas não comprometeu a ponto de termos alguma instabilidade. Escolhemos investir na área de segurança”, declarou Mazoni. Segundo ele, o débito com fornecedores gira hoje em torno de R$ 60 milhões.
O deputado João Arruda (PMDB-PR), que pediu a audiência, considera o Serpro confiável e acredita que seu escopo de atuação tem de ser ampliado. Vinculada ao Ministério da Fazenda, a empresa pública é responsável hoje pela segurança das redes do governo federal, com exceção do Dataprev (dados da Previdência Social) e do DataSUS (dados do Sistema Único de Saúde). “O Executivo tem de investir mais no Serpro, em novas estruturas. Quem sabe inserir outros sistemas do governo envolver até estados e municípios”, opinou Arruda.
Vulnerabilidades
De acordo com o presidente do Serpro, algumas das vulnerabilidades atuais das redes brasileiras são a predominância de armazenamento de dados em outros países, sob a legislação estrangeira, e concentração da governança mundial da internet nos Estados Unidos. Porém, conforme Mazoni, o Brasil tem sido protagonista na discussão sobre a mudança na governança da internet, por meio do Comitê Gestor da Internet (CGI.br). Ele informou ainda que o governo criou uma “nuvem” própria, em território nacional, para armazenar dados do Estado nacional.
Já o presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), Renato Martini, acredita que o sistema de identificação civil do Brasil traz uma série de vulnerabilidades. “A nossa identificação civil é do século passado e não dá conta dos novos desafios”, apontou. Ele destacou que o País só começa agora a adotar a identificação biométrica, “que é a forma mais segura de identificação civil”.
Além disso, Martini salientou a importância da aprovação do Projeto de Lei 7316/02, do Poder Executivo, que disciplina o uso de assinaturas digitais e a prestação de serviços de certificação digital. O texto está em análise na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados.
Incidentes
A gerente-geral do Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil (Cert.br), Cristine Hoepers, informou que o número de notificações de incidentes de segurança no País aumentou entre 1999 e 2014. O Cert.br recebe, responde e trata as notificações voluntárias de incidentes de segurança, feitas por administradores de redes e usuários, sejam eles do Brasil ou do exterior. “A internet no Brasil cresce e a tendência é que os incidentes cresçam mesmo, porque têm mais gente usando”, explicou.
Dos incidentes relatados, 44% são tentativas de fraudes; 29% varreduras em redes de computadores; e 21% são ataques de negação de serviço (tentativas de tirar sites do ar, por exemplo). Segundo Cristine, a cooperação nacional e internacional é essencial para tratar os incidentes. Ela ressaltou que, no caso de crimes de pedofilia, a orientação é que sejam denunciados diretamente à Polícia Federal, e não ao Cert.br.
Solicitações judiciais

Respondendo a questionamento do deputado Sandro Alex, o presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviços Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil), Eduardo Levy, declarou que as operadoras recebem mais de 10 mil solicitações da Justiça por mês, incluindo solicitações de fornecimento de dados dos usuários, de bloqueio de endereços IP e URLs, e de interceptação telemática (desvio do pacote de dados para a autoridade policial). De acordo com ele, as empresas respondem às solicitações imediatamente.
Conforme Levy, as operadoras têm data centers, onde guardam os dados de acesso do usuário (como endereço IP e hora do acesso, mas não o conteúdo da navegação) e garantem a disponibilidade dessas informações, caso sejam solicitadas pela Justiça. O Marco Civil da Internet (Lei 12.965/14) exige a guarda dos registros de conexão à internet por um período de um ano.
Levy observou que as empresas de telecomunicações apenas transportam dados, não sendo provedores de aplicação – logo, não acessam o conteúdo que é transportado. “Nenhuma operadora de telecomunicações fornece ou facilita informações que podem quebrar o sigilo dos usuários”, reiterou.
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REALIZADO O PRIMEIRO TESTE DE INTERFACE ENTRE SUBSISTEMAS DO CBERS-4A

O primeiro teste de interface entre subsistemas da carga útil do satélite sino-brasileiro Cbers-4A, que levará a bordo três câmeras, foi realizado na China à semana passada pelos técnicos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (Cast).
De 24 a 27 de agosto, nos laboratórios da Cast, foram bem-sucedidos os testes de interface entre os simuladores das câmeras WPM (Câmera Multiespectral e Pancromática de Ampla Varredura), MUX (câmera multiespectral) e WFI (Câmera Imageadora de Campo Largo) e o Subsistema Transmissor de Dados (DTS) do satélite.
O Subsistema Transmissor de Dados (DTS) tem a função de receber, gerenciar e transmitir em tempo real os dados de imagens das três câmeras. Estes dados também podem ser gravados pelo Subsistema DDR (Gravador de Dados Digitais) e transmitidos para a estação terrena.
“É muito importante a validação das interfaces entre os subsistemas, pois os dados de imagem são transmitidos para as estações terrenas em alta taxa (900 Mbps), com tecnologia de compressão e codificação, sendo necessário verificar a compatibilidade entre as câmeras e o transmissor de dados”, informa o engenheiro Carlos Alberto Bento Gonçalves, arquiteto de comunicações do Programa Cbers no Inpe.
Câmeras – A câmera chinesa WPM é a nova carga útil desenvolvida para o Cbers-4A e pode obter imagens com resolução espacial de dois mestros na banda pancromática e de oito metros nas bandas multiespectrais, com largura de faixa imageadora de 90 km.
A câmera MUX, fabricada no Brasil pela Optoeletrônica, opera em quatro bandas multiespectrais e tem capacidade de prover imagens com resolução espacial de 16m, com largura de faixa imageadora de 95 km.
A câmera WFI, também de fabricação nacional pela Equatorial, tem resolução espacial de 55m, com largura de faixa imageadora de 684 km.
Fonte: Inpe,,SEGURANÇA NACIONAL BLOG.SNB

Darknet: como funciona o lado obscuro da internet

Foi na darknet que um grupo de hackers que se autodenomina "Impact Team" publicou recentemente dados de 37 milhões de integrantes dos sites de encontros Ashley Madison e Established Men.
Se você está curioso para ver se conhece algum dos nomes na lista, não pense que será tão fácil assim. A darknet é inacessível para a maioria dos usuários da internet, e recorrer ao Google não basta para encontrá-la, porque a ferramenta de busca não indexa sites da rede obscura.
Geralmente, transações "obscuras" tendem a acontecer nessa rede, envolvendo venda online de drogas, pornografia infantil, informações sobre cartões de crédito e armas, por exemplo. Originalmente desenvolvida pelo governo dos EUA, a darknet também serve hoje de plataforma para lavagem de dinheiro e compra e venda de bens e atividades ilegais com relativa impunidade.
Anônima e descentralizada
Se a internet em geral é uma "superestrada de informação", a darknet é uma pequena rua que não aparece no GPS. A busca do Google não é capaz de acessar informações da darknet, porque essas são escritas em linguagem diferente da usada na World Wide Web.
Para acessar a darknet, você precisa de uma unidade diferente de GPS – neste caso, um browser chamado Tor. Ele é gratuito e tão fácil de instalar quanto o Firefox ou qualquer outro navegador, mas funciona de maneira diferente.
O Tor faz com que suas informações "pulem" diversas vezes pelo mundo antes do seu alvo as receber, o que faz com que seja praticamente impossível rastrear quem as enviou.
No Facebook, por exemplo, o servidor da companhia envia dados diretamente para o seu computador quando você clica na foto nova de um amigo. Na darknet, essa informação seria fragmentada e espalhada pelo mundo, enviada e reenviada várias vezes, até chegar ao seu computador como pacotes de dados, individuais e anônimos, cuja origem não é clara. Compilados, os pacotes criariam um todo – a foto, nesse caso. Esse processo de distribuição de dados faz com que a darknet opere de maneira mais lenta que a tradicional World Wide Web.
Combate em sigilo
Quando o FBI, o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos e a Europol conduziram a operação Onymous, em novembro de 2014, eles tiraram do ar 27 sites da darknet. O mais conhecido era o Silk Road 2.0, cujo operador foi preso.
A forma com a qual a Onymous foi conduzida continua desconhecida. Numa entrevista concedida à revista Wired, o chefe da Europol, Troels Oerting, disse que os agentes preferiam manter a metodologia em segredo.
"Não podemos compartilhar com todo mundo a forma como fizemos isso, porque queremos fazê-lo de novo, de novo e de novo", afirmou.
Desde então, a darknet tem estado relativamente tranquila, mas não foi desativada. Não é aconselhável visitar sites da darknet, pois, além da ilegalidade de muitos produtos oferecidos, não é possível verificar que informações do usuário serão recolhidas ou roubadas durante a visita.
Páginas da darknet podem ser reconhecidas pela terminação ".onion" – uma referência à estrutura cheia de camadas da cebola (onion, em inglês). Usuários do Tor costumam ir diretamente para os sites, usando seus endereços, exatamente como na internet. Bitcoin é a moeda comum, trocada de forma anônima, mas que pode ser convertida em dinheiro real uma vez acessada a conta de um indivíduo.
Para chegar a criminosos que utilizam a darknet, policiais, autoridades federais, agentes secretos e redes internacionais de combate ao crime usam algumas táticas surpreendentemente antigas.
Uma delas é a aquisição de algum produto ilegal disponível no mercado da rede e analisar o pacote e seu conteúdo quando chegar pelo correio. Assim, a polícia pode apurar pistas sobre a origem da encomenda. Outra tática é fazer contato com os proprietários dos sites e solicitar um encontro real para trocar informações e bens.
Liberdade de expressão
Existe, entretanto, o lado bom da darknet: a liberdade de expressão. A rede permite que os usuários se comuniquem de forma anônima, exigindo que os governos tenham que adotar esforços extremos para tentar localizá-los e identificá-los.
Para usuários que vivem em regimes opressores, que monitoram ativamente, bloqueiam conteúdo na internet ou adotam ações punitivas contra dissidentes, a darknet oferece maneiras alternativas de se expressar livremente.
Vale o mesmo para whistleblowers. A darknet é um lugar seguro para publicar informações de crucial importância para a opinião pública, mas que pode colocar a pessoa responsável pelo seu vazamento em perigo.
A darknet tem, portanto, seu lado mau e, ocasionalmente, um lado bom. Se ao invés de publicarem nomes de usuários, os hackers do caso Ashley Madison tivessem feito vazamentos de emails provando corrupção em governos, a opinião do público sobre os sites anônimos poderia ser agora bem diferente.
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quinta-feira, 13 de agosto de 2015

SAAB - Muito além do Gripen NG

A escolha da Saab pelo Governo brasileiro na concorrência do projeto FX-2, que visa o reequipamento da Força Aérea Brasileira (FAB), possibilita uma parceria que vai muito além do fornecimento de 36 caças Gripen E/F. Para atender ao pedido, a companhia comprometeu-se em desenvolver uma ampla cooperação industrial.
“O Brasil escolheu a Saab porque queria ter o que há de mais avançado em tecnologia, com a possibilidade de ainda impulsionar sua própria indústria”, destaca Mikael Franzén, gerente do programa Gripen no Brasil.
Além das 28 aeronaves Gripen E/F monoposto e do desenvolvimento de oito aeronaves biposto, com entrega prevista entre 2019 e 2024, o contrato envolve a compra de um sistema de armamento pronto para uso, treinamentos, peças de reposição, suporte, planejamento e manutenção.
“Assumimos um compromisso tecnológico com relação aos caças, que prevê desenvolvimento, produção e manutenção”, diz Göran Almquist, vice-gerente do programa Gripen no Brasil. “O principal objetivo é qualificar a indústria brasileira até que esta possa não só manter a frota de caças Gripen, mas também desenvolver sua própria tecnologia”.
Em breve, a Saab e seus parceiros brasileiros, liderados pela Embraer, darão início ao programa de transferência de tecnologia. Um dos primeiros passos será a chegada de mais de 350 brasileiros, entre engenheiros, mecânicos e pilotos, além de suas famílias, à Suécia, para qualificação e treinamento prático, onde estarão envolvidos simultaneamente em diversos projetos.
Esta fase terá início no segundo semestre de 2015 e seguirá durante alguns anos, até o retorno gradual da equipe ao Brasil, com seu conhecimento adquirido. Nesta fase, os funcionários da Saab irão acompanhá-los na instalação das operações no país.
“Aprendemos muito ao trabalhar com outras empresas e culturas, e incorporamos seus melhores métodos de trabalho”, explica Almquist. “Temos um bom ponto de partida. Por exemplo, nossa parceira, a Embraer, é a terceira maior companhia de aviação do mundo, com quem temos muito a aprender”.
“Temos um período muito inspirador à nossa frente”, destaca Franzén.  “Gostaríamos de dar as boas-vindas aos nossos futuros colegas, que escolheram se mudar do Brasil para a Suécia.”
 

Brasil Olha para o Futuro

Ao escolher o caça Gripen, a Força Aérea Brasileira sinalizou que está levando seus recursos para o próximo nível.
O Brasil é a nação dominante na América do Sul. De longe o maior país do continente, só não faz fronteira com dois países. Comumente conhecido como um dos países que fazem parte dos BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), o Brasil normalmente se classifica entre as economias com crescimento mais rápido do mundo em desenvolvimento. Com o seu crescente perfil internacional, o Brasil começou a modernizar seus recursos de defesa e a fomentar seu setor aeroespacial.
Em dezembro de 2013, após muitos anos de avaliação detalhada, o governo brasileiro selecionou a Saab para fornecer 36 caças Gripen para o projeto de caças F-X2 da força aérea.
O ministro da defesa do Brasil enfatizou que umas combinações de diversas vantagens revelaram ser decisivas para a Saab. Ele observou que a proposta oferecia o melhor equilíbrio entre o alto desempenho operacional e custos de aquisição e manutenção favoráveis do Gripen e a oferta de transferência e parceria industrial da Saab.
O Chefe de Mercado da Região da América Latina da Saab, Bo Torrestedt, vem trabalhando no Brasil e regiões vizinhas nos últimos 25 anos. “O custo de administração de nosso sistema é substancialmente menor que a dos outros concorrentes”, disse Torrestedt.
Um estudo realizado pelos analistas militares IHS Jane´s descobriu que o Gripen tem o menor custo operacional de qualquer caça ocidental atualmente no mercado, a $4.700 por hora, em comparação com $11.000 do Super Hornet F/A-18E/F da Boeing e $16.500 do Rafale da Dassault, as outras duas aeronaves em análise.
A Saab compartilhará a tecnologia com os contratados e diversas peças da aeronave serão feitas no Brasil.
“O Gripen E/F está dando um grande passo para a próxima geração de caças”, disse Torrestedt. “Junto com isso vêm também muitas melhorias que fazem dele uma nova aeronave. Determinados trabalhos de engenharia e desenvolvimento serão feitos no Brasil, enquanto outros serão realizados na Suécia e na Suíça. Esse acordo está condicionado à Suíça manter sua decisão de também comprar o Gripen”.
A empresa aeroespacial brasileira Embraer desempenhará um papel importante na fabricação dos caças. “A Saab também prometeu desenvolver um unidade de produção de aeroestruturas na cidade de São Bernardo do Campo no estado de São Paulo", disse Torrestedt.
A Saab já tem presença significativa no Brasil, pois nos últimos 13 anos, o país já coloca em voo aeronaves de vigilância equipadas com o sistema aéreo de alerta antecipado e controle ERIEYE desenvolvido pela Saab.

A empresa também forneceu equipamento de treinamento e simulação, mísseis superfície-ar, sistemas de radar para rastreamento de mísseis, além de armas eletrônicas e equipamentos marítimos.
Esta história, combinada com o longo processo de seleção para o contrato do caça, deu à Saab alta visibilidade no Brasil, podendo influenciar as decisões de países vizinhos, como o Chile, México, Peru e Colômbia.
Torrestedt disse que, por um longo tempo, o interesse da Europa na América Latina foi ofuscado pelo seu envolvimento na Ásia e em outras regiões, mas o interesse aumentou acentuadamente nos últimos anos. “Atualmente a América Latina tem uma economia muito mais estável, está mais estável em termos políticos e vem aumentando seus gastos em defesa e segurança, pois muitos dos países possuem materiais velhos e obsoletos”.


Um passo a frente

O Brasil enfrenta desafios exclusivos para manter controle sobre a atividade em suas fronteiras.
Imagine uma vasta faixa de território, aproximadamente do tamanho da Europa, coberta pela maior floresta tropical do mundo. Uma área com população esparsa e virtualmente inacessível, um lugar onde os traficantes de droga operam de forma rotineira e a mineração e o desmatamento ilegais são constantes. Bem-vindo à Bacia Amazônica do Brasil.
A área carece de infraestrutura e é impossível policiá-la por terra. Em 2002, o Brasil equipou um grupo de aeronaves com um sistema de vigilância eletrônica, a fim de monitorar as atividades.
Erik Winberg, Diretor de Desenvolvimento de Negócios da Saab, foi um player-chave para vencer um contrato em março de 2013 para a modernização do Sistema Aéreo de Alerta Antecipado e Controle na aeronave E-99 da Força Aérea Brasileira, fabricado pela empresa aeroespacial brasileira, Embraer.
“Os traficantes de drogas cortam árvores e fazem pistas de pouso na selva para pequenas aeronaves", disse Winberg. “Agora esse sistema é capaz de detectar essas aeronaves e ver onde eles aterrissaram. Os brasileiros explodem as pistas de pouso e um mês depois há novas pistas, portanto, existe um conflito contínuo".
Antes de o Brasil ter lançado o sistema de vigilância, disse Winberg, os traficantes podiam operar com impunidade. Mas, o lançamento do sistema em 2002 mudou essa equação e, dois anos mais tarde, o Brasil alterou a sua lei para permitir que os militares abatessem aeronaves suspeitas de tráfico de drogas. Os traficantes respondiam tentando parecer aeronaves civis, e, assim sendo, o conflito permanece.
“A Força Aérea Brasileira é muito silenciosa sobre suas operações, mas eles não estão brincando”, disse Winberg. Com o Brasil sediando os Jogos Olímpicos em 2016, o sistema de vigilância provavelmente será usado para proteger esses locais.
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terça-feira, 14 de julho de 2015

Itália pode se tornar cliente do maior avião do Brasil

A presidente Dilma Roussef e sua equipe podem ter conseguido mais um do cliente para o Embraer KC-390, o maior avião desenvolvido no Brasil. Em entrevista coletiva após visita ao Pavilhão Brasil, na Expo Milão 2015, a parlamentar revelou que a Itália demonstrou interesse em comprar o novo jato brasileiro, que está na fase final do projeto.
“É um grande avião de carga que vai substituir os Hércules, fabricados pelos Estados Unidos. Além de ser um avião de transporte de carga pesada, é um jato, o que modifica as oportunidades de transporte que ele tem”, afirmou a presidente, segundo o Blog do Planalto.
Detalhes sobre a negociação, assim como informações sobre o pedido italiano pelas aeronaves, ainda não foram divulgados.
O KC-390 realizou o primeiro voo experimental em fevereiro deste ano e a entrega da primeira unidade a Força Aérea Brasileira (FAB) está prevista para o segundo semestre de 2016. Além da FAB, a aeronave também será empregada pelas forças armadas da Argentina, Chile, Colômbia, Portugal e República Tcheca.
Brasil e Itália, voando juntos
Não fosse pelo apoio da Itália, talvez a Embraer não teria a proporção e prestígio que tem atualmente. Na década de 1970, a fabricante brasileira produziu sob licença o jato de treinamento EMB-326, o Xavante, que era um projeto original da Aermacchi. Esse modelo foi a primeira aeronave com motor a jato produzido no Brasil e serviu de aprendizado para o desenvolvimento de outros projetos.
A parceria entre os dois países voltaria a se repetir nos anos 1980, quando foi iniciado o desenvolvimento conjunto do avião de ataque AMX, desta com a Aeritalia.
O Xavante está praticamente aposentado, servindo apenas em esporádicas missões de testes e avaliação de equipamentos. Já o AMX segue na linha frente e recentemente passou por um programa de modernização, recebendo sistemas atualizadas e novas opções de armamentos.
FONTE: UOL
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O satélite nacional O Star One C4 grupo Embratel

Está previsto para amanhã (15), o lançamento do Star One C4, satélite de comunicações da Star One, empresa do grupo Embratel. O satélite nacional, construído pela Space Systems/Loral (SSL), dos Estados Unidos, tem como “companheiro” de missão o europeu MSG-4, de meteorologia.
A colocação em órbita está a cargo da Arianespace, que utilizará seu lançador Ariane 5, voando a partir da base de Kourou, na Guiana Francesa. Esta missão tem alguns significados importantes, pois é o décimo satélite da operadora brasileira lançado pela Arianespace, e o 50º satélite construído pela SSL lançado pela companhia europeia.
O Star One C4 é equipado com 48 transpônderes em Banda Ku, garantindo a oferta de serviços como transmissão de vídeo e Internet diretamente aos usuários, além de telefonia em localidades remotas. Com massa total de 5.635 kg, tem vida útil estimada em 15 anos.
Fonte ,,Arianespece
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NANOSSATÉLITE SERPENS ESTÁ NO JAPÃO PARA SER INTEGRADO A LANÇADOR

O satélite de pequeno porte Serpens, desenvolvido por estudantes da Universidade de Brasília (UnB) em parceria com alunos de outras instituições de nível superior nacionais e internacionais já está em Tsukuba, no Japão.
A previsão é de que hoje (14) ele seja integrado ao veículo lançador japonês que, em 16 de agosto, o levará até Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) de onde será colocado em órbita em outubro.
Criado pela Agência Espacial Brasileira (AEB), o projeto Serpens – Sistema Espacial para a Realização de Pesquisa e Experimentos com Nanossatélites – buscará coletar, armazenar e retransmitir dados ambientais, usando bandas de frequência de rádio. Sua missão é inspirada no Sistema Brasileiro de Coleta de Dados, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), responsável por colher informações ambientais do país.
Em órbita ele pode captar qualquer tipo de informação, porém, neste início, enviará dados relacionados às condições do clima perto das universidades que integram o consórcio acadêmico. Da Terra, o pessoal envolvido no projeto poderá fazer o download desses dados.
Aluno do sétimo semestre de Engenharia Aeroespacial da UnB, Igor Kinoshita foi um dos responsáveis por levar o nanossatélite Serpens até Tsukuba, e acompanha a etapa de sua integração ao veículo lançador. “A experiência de construção do Serpens foi única, pois tivemos a oportunidade de ter contato com diversos profissionais da área de sistemas espaciais, o que possibilitou a absorção de um conhecimento de extrema complexidade e que o Brasil carece”, avalia.
Os estudantes dos cursos de Engenharia Aeroespacial e de Engenharia Elétrica dividiram tarefas com alunos das universidades federais de Santa Catarina (UFSC), do ABC (Ufabc), de Minas Gerais (UFMG), do Instituto Federal Fluminense (IFF), além de universidades da Espanha (Universidade de Vigo), dos Estados Unidos (Morehead State University e California State Polytechnic) e da Itália (Sapienza Università di Roma).
“Há também o crescimento pessoal, de trabalho em equipe, já que, para tirar do papel um sistema tão complexo quanto um satélite, todos devem desempenhar sua atividade de forma eficaz”, ressalta Kinoshita.
Desafios - Ex-aluno de Engenharia Mecatrônica da UnB e hoje bolsista da AEB, Gabriel Figueiró participou da construção do Serpens e também está no Japão acompanhando o projeto pela Agência. “A experiência foi muito enriquecedora. Para tornar esse projeto possível, tivemos que lidar com desafios técnicos, dificuldades burocráticas, regulamentações nacionais e internacionais, entre outros. No papel de líder de investigação emprestei meus conhecimentos técnicos aos estudantes e mantive todas essas atividades em andamento, sempre envolvendo pelo menos um estudante em cada processo”, conta Figueiró, que foi aprovado no primeiro concurso realizado pela AEB e aguarda nomeação.
Segundo ele, uma das atividades mais importantes na AEB é o apoio ao desenvolvimento tecnológico junto às universidades. “Fui estudante em formação com apoio da AEB. Trabalhar na Agência é muito legal, principalmente pelo órgão estar em conjunto com as universidades e por estender oportunidades semelhantes às que tive para os atuais estudantes”, diz Figueiró.
Coordenadora do projeto na UnB, a professora Chantal Cappelletti, da Faculdade de Tecnologia, explica que a instituição assumiu a liderança do Serpens porque há diversos docentes com experiência na área de microssatélites – há pelo menos outros quatro colegas envolvidos.
Chantal, por exemplo, desenvolveu e lançou quatro satélites nos últimos quatro anos. “Depois de compartilhar conhecimento com as outras universidades, a liderança passa para uma delas. O Serpens 2 (que dará sequência ao projeto atual) será liderado pela Federal de Santa Catarina”, afirma.
A professora ressalta que um dos usos mais relevantes dos nanossatélites é justamente em projetos educacionais. “Como envolvem menos recursos e podem assumir mais riscos, atividades espaciais, que eram muito exclusivas, passam a ser mais acessíveis a diferentes grupos. Missões de baixo custo com nanossatélites podem ser conduzidas com o envolvimento direto de jovens engenheiros, cientistas ou mesmo estudantes sem muita experiência”, detalha.
“O efeito esperado é que eles aprendam na prática sobre tecnologia espacial e, no futuro, possam contribuir com diferentes atividades-chave para o avanço da área no Brasil”, conclui.
Fonte: UnB
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quarta-feira, 8 de julho de 2015

Rússia baseará seus submarinos mais avançados perto do Alasca

Perto de Petropavlovsk-Kamchatsky, cidade capital da região russa de Kamchatka, a nova base de submarinos Rybachiy abrigará os submarinos russos de quarta geração da classe Borei (também conhecida como classe Dolgorukiy), do Projeto 955.

O sistema para basear os submarinos estratégicos da classe Borei em Kamchatka está se desenvolvendo de acordo com a agenda e o trabalho será concluído até 1º de outubro deste ano", disse o almirante Viktor Chirkov, comandante-em-chefe da Marinha russa, citado pela publicação.

O oficial também acrescentou que a nova base terá armazéns e um novo guindaste para instalar mísseis nos submarinos.

A Frota do Pacífico da Rússia recebeu novos navios nos últimos anos. Atualmente, a força submarina do Extremo Oriente russo dispõe de cinco submarinos de propulsão nuclear com mísseis balísticos, cinco submarinos nucleares com mísseis guiados, cinco submarinos nucleares de ataque e oito submarinos convencionais, de acordo com a revista.
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terça-feira, 7 de julho de 2015

Nova Estratégia Nacional de Segurança Cibernética

Rodrigo Fragola
Diretor Adjunto de Defesa da Assespro-DF
e Presidente da AKER

Se é verdade que o Brasil ainda está atrasado em termos de políticas integradas de segurança da informação e segurança cibernética, hoje podemos constatar que a sociedade já se deu conta desse fato e de sua extrema gravidade.

E por mais elementar que isto possa parecer, tal reconhecimento – claro, desde que devidamente secundado pela ação – já nos coloca em situação de superioridade frente a inúmeros outros países que ainda não dão a devida importância ao tema.

Ações concretas, aliás, já vinham sendo tomadas pelos nossos órgãos de Estado pelo menos desde 2000, quando se instituía o primeiro embrião do CGSI - Comitê Gestor de Segurança da Informação – órgão que veio sendo lentamente aperfeiçoado até os dias de hoje, e que ganhou feições muito mais bem definidas, além de maior proatividade, após os recentes casos internacionais de espionagem que são do conhecimento de todos.

Importante verificar que, desde a origem, o CGSI surgia atrelado ao Conselho de Defesa Nacional, percebendo-se daí a clara preocupação – já naquele momento – com a criação de uma doutrina militar brasileira para a questão da segurança cibernética.  Uma discussão, por sinal, que hoje está na ordem do dia e que é, sem dúvida, um dos elementos norteadores do novo “Mapa Estratégico da Segurança da Informação e da Segurança Cibernética 2015-2018”, lançado ao final de maio último pelo Gabinete de Segurança da Presidência da República, e cuja grande virtude é exatamente a de refletir o estado máximo da massa crítica do país nesta seara.
O documento é especialmente minucioso ao detalhar as atribuições específicas dos vários órgãos de Estado envolvidos na questão de segurança digital e ao descrever os mecanismos disponíveis para a participação da sociedade – empresas, universidades, cidadão e órgãos da comunidade - na elaboração dessas políticas.

Afora isto, merece destaque a sua afirmação da importância de se fortalecer no país o conhecimento acadêmico e o know-how industrial, inclusive referendando algumas políticas já em curso, como a de adoção pelo Estado de suas redes privativas de comunicação digital (como a do SERPRO) para as comunicações mais sensíveis, bem como no referendo ao fomento fiscal e aplicação do poder de compra do Governo em favor da pesquisa e desenvolvimento locais.

Portanto, o Mapa Estratégico é essencial para que lideranças da indústria nacional de segurança possam se localizar diante da complexidade da máquina de segurança e defesa que envolve os três poderes.

O Mapa Estratégico 2015 – 2018 deve ser comemorado também por refletir um avanço da nossa visão de gestão para o setor da segurança & defesa, mostrando que o Comitê Gestor está, de fato, abraçando com força a sua ideia fundadora.
 
Numa questão altamente complexa e abrangente como é a segurança cibernética e das informações de um modo geral, a gestão é talvez o primeiro nó a ser desatado para que as políticas corretas e integradas possam ser arquitetadas, de modo a efetivamente gerar um arcabouço de boas práticas que sejam disseminadas e assimiladas com objetividade ao longo de todos os níveis de organização da sociedade.

O poder público brasileiro demonstra, na publicação do Mapa Estratégico, a sua inserção rigorosa como força de liderança no desenvolvimento da questão o que, para nós cidadãos, deve servir como alento, já que somos nós os liderados.

Mas como o próprio documento nos mostra, o Brasil precisa correr e agilizar urgentemente seus esforços, para não ficar só na intenção e para realmente usar esta visão estruturante como um guia concreto para a ação.

Entre os indicadores empregados para a elaboração do Mapa, o CGSI utiliza dados preocupantes, coletados pelo TCU, segundo os quais nos órgãos da ADM pública e as empresas estatais, 80% das redes apresentam falhas em mecanismos de continuidade dos negócios. Nada menos que 70% têm falhas no controle de acesso e 75% têm falhas na gestão de incidentes, enquanto 85% têm falhas na gestão de riscos.

Das empresas e órgãos analisados – todos eles formando um núcleo institucional altamente estratégico – apenas 50% têm designado um responsável gestor pela segurança da informação e só 54% declararam dispor de normas internas para backup de dados.

Dessa forma, tão importante como termos iniciativas práticas do maior valor técnico-estratégico, como os incentivos ao desenvolvimento do algoritmo criptográfico proprietário, ou a identificação e certificação de uma população de Empresas Estratégicas de Defesa, cabe ao Estado brasileiro perseguir a criação e consolidação de uma agenda tática e de longo prazo para a questão da governança.

Um bom começo, para tanto, é reverter no prazo mais curto possível, os pontos de vulnerabilidade e frouxidão de gestão das empresas e órgãos públicos retratadas no Mapa Estratégico 2015-2018. Nossa proposta é que, nesse sentido, a indústria local de TI e as universidades sejam imediatamente convocadas a apresentar suas propostas junto ao governo, as forças armadas e todo o conjunto de organismos de segurança, defesa e inteligência.
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segunda-feira, 6 de julho de 2015

REVELAÇÕES WIKILEAKS: porque nos calamos sobre a ciberespionagem


André Luís Woloszyn
Analista de assuntos estratégicos,
especialista em conflitos de média e baixa intensidade

As autoridades brasileiras agiram acertadamente quando consideraram o episódio da ciberespionagem patrocinada pela National Security Agency  (NSA) dos EUA como um fato superado. E assim foi por duas importantes razões. Em primeiro lugar, a dependência do Brasil em relação aos EUA em matéria de tecnologias digitais é completa, assim como todos os demais países latino-americanos.

Todo o fluxo de comunicações online e o armazenamento dos metadados passam por território estadunidense e lá são inseridos em bancos de dados e armazenados. Insistir com retaliações ou acreditar que fatos desta natureza não mais acontecerão é uma percepção um tanto inocente quando interesses estratégicos estão em jogo. Pouco há a fazer nestas circunstâncias além de investimentos em pesquisa e tecnologia, o que tradicionalmente para o Brasil, nunca foi uma prioridade.

A segunda razão, provavelmente a mais relevante, é motivada pela dúvida sobre qual a extensão dos resultados obtidos pela ciberespionagem norte-americana e seus impactos para o governo brasileiro.

O que as agências de inteligência dos EUA realmente sabem da política externa, da economia e negócios e, em especial, dos escândalos de corrupção que estão sendo investigados, considerando que as atividades de monitoramento foram  realizadas entre 2011 e 2013, quando das revelações do ex-técnico da NSA, Edward Snodew sobre a existência de uma rede global de espionagem.   

As dúvidas e por que não dizer certa intimidação se intensifica quando sabe-se, a priori, que a Operação Lava-a-Jato teve colaboração inicial de informações colhidas por estas agências em relação aos desvios e negócios suspeitos na Petrobrás, desde a época da compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA) em 2006, por conta dos depósitos bancários em contas no exterior.

Obviamente esta última transação não despertou interesse pois tratava-se de um grande negócio. Contudo, a medida que investidores internacionais passaram a perder pesados capitais com os desvios na petrolífera brasileira, o jogo virou. Poderíamos citar ainda, o caso de corrupção na FIFA, descoberto em razão da ciberespionagem e diante do que foi até o momento divulgado, pode-se vislumbrar em parte a extensão de suas consequências.  

Por outro lado, a luz do direito internacional, tais episódios são considerados invasão da soberania, segundo o princípio da não-intervenção, disposto no artigo 19 da Carta da Organização dos Estados Americanos (OEA). Este, explicita que “Nenhum Estado ou grupo de Estados tem o direito de intervir direta ou indiretamente, seja qual for o motivo, nos assuntos internos ou externos de qualquer outro.

Este princípio exclui não somente a força armada, mas também qualquer outra forma de interferência ou de tendência atentatória à personalidade do Estado e dos elementos políticos, econômicos e culturais que o constituem”.

Diante desta conjuntura, a estratégia mais prudente é a de calar-se para evitar que um mal maior se instale no já tão conturbado ambiente político nacional. Este princípio, parece ter sido sabiamente escolhido pelas autoridades brasileiras, a contra mão das manifestações da França e Alemanha.

E, mesmo com atitude diferente, não há a quem recorrer uma vez que não existe legislação internacional que regulamente tais atividades somadas ao fato de serem consideradas “razão de estado” e, portanto, protegidas por grau de confidencialidade.

Seguindo este raciocínio, qualquer das revelações futuras do site Wikileaks sobre episódios de espionagem ocorridos durante este período serão consideradas irrelevantes e mais uma manobra para tentar criar tensão entre as relações bilaterais de Brasil e EUA.

Este panorama faz lembrar uma prospectiva realizada pela Central Intelligence Agency(CIA) em 2006, a qual sugere que os grandes benefícios da globalização recairão sobre países e grupos que tem acesso a novas tecnologias e a forma como serão aplicadas em  âmbito global. Faz sentido.
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quarta-feira, 24 de junho de 2015

BRASIL E ÍNDIA BUSCAM COOPERAÇÃO NOS SETORES AEROESPACIAL E DE DEFESA

 Objetivando a busca de soluções para problemas em comum, representantes militares do Brasil e da Índia se reuniram à semana passada para formular uma série de cooperações em áreas científicas e tecnológicas.
Na área militar, a força-tarefa criada se voltará para projetos de defesa, em especial o aerospacial e da construção naval.
Algumas propostas foram apresentadas pelos representantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica de forma a compartilhar conhecimentos e trocar experiências.
Para a Força Aérea foi estabelecida uma maior aproximação no setor espacial pelo Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (Pese), intercâmbios nas áreas de defesa cibernética, de medicina aeroespacial e de defesa química, biológica e nuclear. Também foi acertado o envio de oficiais para cursos na Índia e visitas exploratórias de indianos ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos (SP).
Quanto ao Exército foi definida a realização de um curso Internacional de Estudos Estratégicos em 2016, intercâmbios de pesquisadores e professores entre as escolas, centros de estudos estratégicos e em segurança e defesa cibernética, além de um curso doutrinário sobre segurança e defesa cibernética.
No caso da Marinha ficou acertado um intercâmbio acadêmico de aspirantes entre as Academias Navais em 2016. Também ficou acordado a continuidade dos entendimentos para a futura cooperação em projetos e construções de submarinos “Scorpène” e navio-aeródromo, junto com um acordo que prevê troca de informações sobre o tráfego marítimo.
Fonte: Agência Gestão CT&I, com informações do Ministério da Defesa
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