segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Novo submarino russo não é totalmente misterioso

O BS-64, anteriormente conhecido como K-64, não é um novo submarino, mas passou mais de 15 anos em um estaleiro naval localizado na cidade portuária russa de Severodvinsk.

O Podmoskovie é capaz de transportar uma tripulação de 135 homens e está armado com mísseis balísticos de combustível líquido R-16 29RMU Sineva. O BS-64 passará a integrar a Frota do Norte russa.

O submarino, propulsado por dois reatores nucleares, foi convertido em um navio projetado para realizar investigação científica, podendo servir ainda como “nave-mãe” para minissubmarinos em águas profundas, incluindo o submarino superconfidencial Losharik.
A nova seção permite ao submarino instalar e retirar embarcações em águas profundas e inclui um departamento de pesquisa.
Norman Polmar, um especialista em questões navais e de inteligência, demonstrou grande interesse pelo Podmoskovie, alertando que seria um erro subestimar os engenheiros russos.
"Eles são sempre muito mais inovadores do que nós", diz Norman Polmar, citado por David Axe. O especialista naval, que foi consultor do governo dos EUA na estratégia de submarinos, fala por experiência própria porque ele visitou empresas russas que desenvolvem submarinos.

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Submarinos russos poderão ter sistema de comunicação que impede erro humano

Segundo ele, o equipamento é único no mundo e seu alto nível de automação praticamente torna impossível o erro humano. Yakunin afirmou que a capacidade do sistema ultrapassa os dispositivos desenvolvidos anteriormente, o que permite aumentar o alcance e a estabilidade de comunicação.
Rússia trabalha atualmente na construção de submarinos de quinta geração, tanto diesel quanto nuclear. Anteriormente, um alto comandante da Marinha russa foi além, afirmando que os estaleiros do país começariam a construir, em 2020, o submarino nuclear Kalina, de quinta geração e de propulsão anaeróbica (que dispensa o ar).

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sexta-feira, 4 de setembro de 2015

AEL entrega protótipos WAD e HUD ‘Modelo A’ como parte do programa brasileiro para o Gripen NG

A AEL Sistemas (AEL) entregou ontem, dia 2, à Saab, com sucesso e dentro do cronograma, os primeiros protótipos “Modelo A” das unidades WAD e HUD para o Gripen NG brasileiro. Em fevereiro de 2015, a Saab anunciou a seleção da AEL como nova fornecedora no Brasil. Saab e AEL também assinaram um contrato para a transferência de tecnologia. A AEL foi selecionada para fornecer o Wide Area Display (WAD), o Head-Up Display (HUD) e o Helmet Mounted Display (HMD), que serão integrados ao Gripen NG para o Brasil como parte do contrato F-X2.
O programa de desenvolvimento do WAD e do HUD começou em janeiro de 2015. Já o do HMD teve início em maio deste ano. O novo programa de sistemas aviônicos para a aeronave será executado ao longo de quatro anos e inclui o desenvolvimento, a integração e o trabalho de produção, que serão realizados em Porto Alegre (RS). O trabalho de integração do sistema será feito pela Saab e pela Embraer.
O WAD para a aeronave brasileira Gripen NG é um sistema único e inteligente de exibição de tela grande (19 x 8 in), redundante e multiuso, em cores e de alta resolução, com apresentação contínua de imagem, capaz de receber entradas de teclas multifuncionais, touchscreen ou interfaces externas. É a principal fonte de todas as informações de voo e missão na cabine de piloto.
A AEL também vai desenvolver um novo HUD para a aeronave brasileira. O HUD fornece informações essenciais de voo e missão para o piloto ao olhar a frente através da cabine. Já o HMD Targo é a próxima geração do equipamento, que permite que o piloto veja dados e imagens de alvos reais e virtuais, adicionando funcionalidades que aumentam a consciência situacional e a capacidade de julgamento e decisão do piloto.
Os protótipos permitirão à Saab antecipar as atividades de engenharia de software e sistemas, reduzindo assim o risco de integração na aeronave. Uma extensa campanha de testes em voo será ainda realizada em estreita cooperação entre a AEL e a Saab, em Linköping, Suécia.
“Estamos orgulhosos de entregar esses protótipos em tempo, dentro do cronograma, e com qualidade, permitindo que os engenheiros da Saab possam continuar o trabalho de integração para a aeronave. Acreditamos que este fato destaca e evidencia o compromisso da AEL com a Saab e a Força Aérea Brasileira (FAB) para fornecer a próxima geração de cockpit para a próxima geração de caças”, afirma Sérgio Horta, presidente da AEL.
“Este é um passo muito importante no desenvolvimento do Gripen NG para o Brasil. Demonstra uma cooperação muito eficaz entre a AEL e a Saab e é um passo de sucesso na cooperação industrial entre a indústria brasileira e a Saab no programa Gripen NG”, diz Mikael Franzén, Diretor do Programa para o Gripen no Brasil.
O processo brasileiro de aquisição para o 36 Gripen NG está em curso e o contrato está previsto para entrar em vigor durante este ano. A transferência de tecnologia do WAD, do HUD e do HMD para a AEL também está em curso. O escopo adicional focará no desenvolvimento da interface Homem-Máquina (HMI) para os caças avançados, juntamente com oficinas de manutenção de aviônicos. Atividades no âmbito do presente contrato terão início no segundo semestre de 2015, na Saab, em Linköping. Isto incluirá cursos teóricos e treinamento no ambiente de trabalho.
Sobre a AEL Sistemas
A AEL trabalha nos setores de defesa e espaço desde 1983. A AEL é brasileira – sucessora da Aeroeletrônica – e está localizada em Porto Alegre (RS). A companhia desenvolve programas de modernização de plataformas militares e atualmente é uma das principais parceiras das Forças Armadas do Brasil. Embraer, Helibras e INPE são alguns dos clientes da empresa.
DIVULGAÇÃO: AEL Sistemas/ FSB Comunicação
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Corte no orçamento não afeta segurança de redes do governo, diz Serpro

O presidente do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), Marcos Vinícius Mazoni, afirmou que o corte no orçamento deste ano do órgão não comprometeu a segurança das redes do governo federal.

Ele participou de audiência pública, nesta quinta-feira (3), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Crimes Cibernéticos. Mazoni informou que o orçamento anual do Serpro girava em torno de R$ 300 milhões, e caiu neste ano para R$ 180 milhões.
A declaração foi feita em resposta a questionamento do deputado Sandro Alex (PPS-PR), sub-relator da CPI. “Com a redução de orçamento, é claro que existem deficiências e que se compromete a proteção dos dados do País”, disse o parlamentar. “O corte nos tira da área de conforto e cria algum nível de dificuldade, mas não comprometeu a ponto de termos alguma instabilidade. Escolhemos investir na área de segurança”, declarou Mazoni. Segundo ele, o débito com fornecedores gira hoje em torno de R$ 60 milhões.
O deputado João Arruda (PMDB-PR), que pediu a audiência, considera o Serpro confiável e acredita que seu escopo de atuação tem de ser ampliado. Vinculada ao Ministério da Fazenda, a empresa pública é responsável hoje pela segurança das redes do governo federal, com exceção do Dataprev (dados da Previdência Social) e do DataSUS (dados do Sistema Único de Saúde). “O Executivo tem de investir mais no Serpro, em novas estruturas. Quem sabe inserir outros sistemas do governo envolver até estados e municípios”, opinou Arruda.
Vulnerabilidades
De acordo com o presidente do Serpro, algumas das vulnerabilidades atuais das redes brasileiras são a predominância de armazenamento de dados em outros países, sob a legislação estrangeira, e concentração da governança mundial da internet nos Estados Unidos. Porém, conforme Mazoni, o Brasil tem sido protagonista na discussão sobre a mudança na governança da internet, por meio do Comitê Gestor da Internet (CGI.br). Ele informou ainda que o governo criou uma “nuvem” própria, em território nacional, para armazenar dados do Estado nacional.
Já o presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), Renato Martini, acredita que o sistema de identificação civil do Brasil traz uma série de vulnerabilidades. “A nossa identificação civil é do século passado e não dá conta dos novos desafios”, apontou. Ele destacou que o País só começa agora a adotar a identificação biométrica, “que é a forma mais segura de identificação civil”.
Além disso, Martini salientou a importância da aprovação do Projeto de Lei 7316/02, do Poder Executivo, que disciplina o uso de assinaturas digitais e a prestação de serviços de certificação digital. O texto está em análise na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados.
Incidentes
A gerente-geral do Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil (Cert.br), Cristine Hoepers, informou que o número de notificações de incidentes de segurança no País aumentou entre 1999 e 2014. O Cert.br recebe, responde e trata as notificações voluntárias de incidentes de segurança, feitas por administradores de redes e usuários, sejam eles do Brasil ou do exterior. “A internet no Brasil cresce e a tendência é que os incidentes cresçam mesmo, porque têm mais gente usando”, explicou.
Dos incidentes relatados, 44% são tentativas de fraudes; 29% varreduras em redes de computadores; e 21% são ataques de negação de serviço (tentativas de tirar sites do ar, por exemplo). Segundo Cristine, a cooperação nacional e internacional é essencial para tratar os incidentes. Ela ressaltou que, no caso de crimes de pedofilia, a orientação é que sejam denunciados diretamente à Polícia Federal, e não ao Cert.br.
Solicitações judiciais

Respondendo a questionamento do deputado Sandro Alex, o presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviços Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil), Eduardo Levy, declarou que as operadoras recebem mais de 10 mil solicitações da Justiça por mês, incluindo solicitações de fornecimento de dados dos usuários, de bloqueio de endereços IP e URLs, e de interceptação telemática (desvio do pacote de dados para a autoridade policial). De acordo com ele, as empresas respondem às solicitações imediatamente.
Conforme Levy, as operadoras têm data centers, onde guardam os dados de acesso do usuário (como endereço IP e hora do acesso, mas não o conteúdo da navegação) e garantem a disponibilidade dessas informações, caso sejam solicitadas pela Justiça. O Marco Civil da Internet (Lei 12.965/14) exige a guarda dos registros de conexão à internet por um período de um ano.
Levy observou que as empresas de telecomunicações apenas transportam dados, não sendo provedores de aplicação – logo, não acessam o conteúdo que é transportado. “Nenhuma operadora de telecomunicações fornece ou facilita informações que podem quebrar o sigilo dos usuários”, reiterou.
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