quinta-feira, 20 de novembro de 2014

À frente dos desafios da segurança digital. Rodrigo Fragola Presidente Aker Security Solutions Guerra Cibernética A espionagem digital e a importância.

À frente dos desafios da segurança digital. Rodrigo Fragola Presidente Aker Security Solutions Guerra Cibernética A espionagem digital e a importância da Industria Brasileira
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Sobre a Aker Fundada em 1997, a empresa oferece produtos que geram máxima proteção na conexão de redes e conta com uma equipe técnica especializada de alto nível. Com sede em Brasília, possui presença em São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro e Cuiabá. Atua em todo território nacional com ampla rede de revendas e representantes. Em parceria com cerca de 100 revendas capacitadas, atende empresas de diferentes portes nos setores público e privado. Atualmente, conta com mais de 2 mil clientes no Brasil e Exterior.
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Sobre a Aker e a Defesa Cibernética A Aker participa ativamente dos grupos de defesa cibernética, coordenados pelo CDCiber. Disponibiliza suas soluções ao mercado na forma dual, isto é, o mesmo produto utilizado para defesa cibernética é também comercializado nos mercados privado e o público. Desenvolve no Brasil e estabelece parcerias estratégicas com empresas brasileiras para desenvolver novas tecnologias, evitando a entrada de potenciais backdoors estrangeiros. Ganhou uma subvenção FINEP na rubrica de Defesa Cibernética para desenvolver um produto específico para a área e ganhou o prémio FINEP como empresa mais inovadora do Centro-Oeste.
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O que é Guerra Cibernética ?
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Patrocinadores: Governo ou entidades internacionais ou locais
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Tipo: Assimétrica
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Estilo: Destrutivo ou Coleta
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Campo: Digital
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O que seria, então, Segurança Cibernética no contexto de Defesa Nacional? Segurança Cibernética refere-se à proteção e garantia de utilização de ativos de informação estratégicos, principalmente os ligados às infraestruturas críticas da informação (redes de comunicações e de computadores e seus sistemas informatizados) que controlam as infraestruturas críticas nacionais. Também abrange a interação com órgãos públicos e privados envolvidos no funcionamento das infraestruturas críticas nacionais, especialmente os órgãos da administração pública federal (Brasil, 2011)
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O que seria, então, Defesa Cibernética? Defesa cibernética diz respeito ao conjunto de ações defensivas, exploratórias e ofensivas, no contexto de um planejamento militar, realizadas no espaço cibernético. As finalidades são: proteger os sistemas de informação, obter dados para a produção de conhecimento de inteligência e causar prejuízos aos sistemas de informação do oponente (Brasil, 2011)
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Dados de Aplicações em geral; Protocolos de transmissão; Criptografia e autenticação; Sistemas operacionais; BIOS/CMOS; Semicondutores. Onde devemos atuar?
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Defender Identificar Responder Atacar Capacidades desenvolvidas no país
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Malwares direcionados; Funções adicionais de acesso e controle em produtos de mercado: Backdoors; Algoritmos de criptografia e autenticação controlados ou com sistemas fragilizados; Bombas relógios temporais. Armas digitais
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Flame, um bom exemplo
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http://www.gpo.gov/fdsys/pkg/PLAW-107publ56/pdf/PLAW-107publ56.pdf O Ato Patriótico
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http://gizmodo.com/nsa-admits-analysts-used-its-databases-to-spy-on-lovers-1409239996 A Guerra Digital a favor do Amor!?
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Edward_Snowden O efeito Edward Snowden... outros
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Ninguém mais pode dizer que não sabia.
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A estrutura brasileira atual
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Estabelecer uma política Integrada de médio e longo prazo para Defesa entre os vários atores necessários; Segurança da Informação e Defesa Cibernética devem andar juntas; Gerar leis e regulamentações ( Ex: Serasa X TSE); Rever a forma de adquirir produtos e serviços para a administração pública. Afinal, quem decide a tecnologia? Criar centros de difusão do conhecimento específico; Evitar superposição de áreas de pesquisa e produção. Qual o caminho?
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O Estado é o propulsor deste mercado; Esta caminhando para organizar o regime legal, regulatório e tributário. Assim, as empresas podem abrir mão das necessidades momentâneas; Já existem fundos de apoio à pesquisa em Defesa Cibernética a ser feita pela iniciativa privada e integrada com o meio acadêmico ou institutos de pesquisa; A iniciativa privada e a Defesa
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E eu com isso? Minha empresa é privada!
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O Marco civil da Internet e a Defesa Nacional O velho dilema entre o quanto devo liberar e o quanto devo bloquear; O que tem em comum: Responsabilizar pessoas e ou organizações/empresas. O que na prática acaba sendo discutido é: Conceitualmente como seria feito a associação legal; Quais os recursos computacionais que devem ser disponibilizados;
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A evolução da tecnologia do ataques
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Bugs que são na verdade backdors Enfraquecimento da geração de chave por inversão de polaridade (Intel) Quebra do protocolo de comunicação entre dispositivos Apple e iTunes/iCloud Dump de chaves - Heartbleed Todas descobertas por terceiros. Resposta dos fabricantes: “Opa, desculpa, era bug, vamos arrumar”
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Estamos no momento certo?
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Produtos Aker Firewall UTM Enterprise Aker Web Gateway Aker Security Mail Gateway Aker Web Defender Aker Report Center Aker IPS/IDS Aker Monitoring System Appliances Aker Firewall UTM Aker Web Gateway Aker Security mail Aker Web Defender Aker Report Center Aker IPS/IDS Aker Monitoring Services Appliances Virtuais Aker Anti virus Module Aker Web Content Analyzer Aker Spam Meter Aker Configuration Manager Aker Reputation Module Módulos/ Plug ins  Appliances virtuais e físicos, além de plug-ins relacionados 27
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Serviços Serviços Gerenciados  Monitoramento Remoto  Segurança como Serviço  Gerenciamento de Appliances de Segurança Consultoria  Análise de Vulnerabilidade  PenTest  Homologação de sistema Suporte  Suporte Remoto  Suporte Presencial Serviços Certified Professional Aker Firewall Aker Secure Mail Gateway Aker Web Gateway Aker Web Defender Aker Report Center Aker IDS/IPS Certificação Training Aker Firewall Aker Secure Mail Gateway Aker Web Gateway Aker Web Defender Aker Report Center Aker IDS/IPS Treinamento  A companhia oferece uma suíte completa de serviços para seus clientes 28
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Fique livre de BACKDOORS! Use uma solução de segurança digital 100% brasileira.
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http://www.gsi.gov.br/ http://www.dct.eb.mil.br/ http://www.defesanet.com.br/ https://jt-eb-sepin.dciber.unb.br/ ESTUDO DO IPEA 1830 de Julho de 2013 http://www.cgi.br/ Links relacionados
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Aviso Legal O presente material foi gerado com base em informações próprias e/ou coletadas a partir dos diversos veículos de comunicação existentes, inclusive a Internet, contendo ilustrações adquiridas de banco de imagens de origem privada ou pública, não possuindo a intenção de violar qualquer direito pertencente à terceiros e sendo voltado para fins acadêmicos ou meramente ilustrativos. Portanto, os textos, fotografias, imagens, logomarcas e sons presentes nesta apresentação se encontram protegidos por direitos autorais ou outros direitos de propriedade intelectual. Ao usar este material, o usuário deverá respeitar todos os direitos de propriedade intelectual e industrial, os decorrentes da proteção de marcas registradas da mesma, bem como todos os direitos referentes a terceiros que por ventura estejam, ou estiveram, de alguma forma disponíveis nos slides. O simples acesso a este conteúdo não confere ao usuário qualquer direito de uso dos nomes, títulos, palavras, frases, marcas, dentre outras, que nele estejam, ou estiveram, disponíveis. É vedada sua utilização para finalidades comerciais, publicitárias ou qualquer outra que contrarie a realidade para o qual foi concebido. Sendo que é proibida sua reprodução, distribuição, transmissão, exibição, publicação ou divulgação, total ou parcial, dos textos, figuras, gráficos e demais conteúdos descritos anteriormente, que compõem o presente material, sem prévia e expressa autorização de seu titular, sendo permitida somente a impressão de cópias para uso acadêmico e arquivo pessoal, sem que sejam separadas as partes, permitindo dar o fiel e real entendimento de seu conteúdo e objetivo. Em hipótese alguma o usuário adquirirá quaisquer direitos sobre os mesmos. O usuário assume toda e qualquer responsabilidade, de caráter civil e/ou criminal, pela utilização indevida das informações, textos, gráficos, marcas, enfim, todo e qualquer direito de propriedade intelectual ou industrial deste material.
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FONTE ,,Aker Security Solutions..
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AKER LANÇA SISTEMA DE PROTEÇÃO NACIONAL CONTRA ESPIONAGEM E AMEAÇAS CIBERNÉTICAS

A Aker Security Solutions, primeira empresa brasileira de produtos e serviços para proteção de dados a entrar para o Quadrante Mágico de Firewall UTM do Gartner, acaba de lançar sua nova solução avançada de proteção contra ameaças virtuais e espionagem digital.

Trata-se da mais recente atualização da plataforma Aker IPS/IDS, que compreende todas as funcionalidades de um Sistema de Detecção e Prevenção de Intrusões e de filtro de aplicações web.

O novo Aker IPS possui mais de 25 mil assinaturas com atualizações diárias e com foco em detecção de Zero-day e Malware. A solução traz uma interface autoexplicativa, através da qual o usuário pode editar políticas de permissão ou proibição de tráfego, inclusive com diferenciação por níveis hierárquicos.

O sistema está preparado para identificar e enfrentar todos os tipos de código malicioso e modalidades de ataque, tais como malwares, ataques de negação de serviço e tentativas de invasão através de backdoors (vulnerabilidades acidentais - ou maliciosas - existentes em itens de software ou hardware).

O lançamento é resultado de uma iniciativa de P&D iniciada pela Aker no final de 2012, quando vieram à tona diversos casos internacionais de violação de confidencialidade de dados em órgãos de governo e em empresas estratégicas, entre eles o Governo Brasileiro e a Petrobrás.

O desenvolvimento do novo Aker IPS contou com o apoio da FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos) e enquadra-se no contexto da indústria nacional de segurança em busca da criação de uma base tecnológica independente para o mercado brasileiro em termos de segurança digital.

Seu mecanismo de operação garante velocidade máxima na detecção de desvios de padrão de tráfego ou na detecção de padrões compatíveis com o funcionamento das ameaças.  

A solução também conta com a capacidade de inspecionar e bloquear, em tempo real, aplicativos e operações de transferência de arquivos do tipo P2P (peer to peer) como Torrent e TOR, realizando bloqueios de downloads e a proteção contra IP Spoofing (falsificação de endereços).

De acordo com Rodrigo Fragola, Presidente da Aker, um dos diferenciais do Aker IPS é sua capacidade de oferecer proteção rigorosa, mas sem exigir que as empresas excluam o uso de redes sociais ou o acesso a seus dados através dos smartphones dos colaboradores. "Buscamos superar o modelo internacional de IPS/IDS ao viabilizar o uso produtivo desses novos modelos de rede com o mesmo nível de proteção que hoje é empregado para a rede fixa convencional", afirma o executivo.

O Aker IPS também permite a criação de White Lists, a fim de evitar bloqueios indevidos e interrupções do fluxo de trabalho.

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sexta-feira, 14 de novembro de 2014

MBDA E AVIBRAS ANUNCIAM PROJETO DE DEFESA ANTIAÉREA DE MÉDIA ALTURA

O consórcio europeu MBDA e a brasileira AVIBRAS Aeroespacial anunciam desenvolvimento conjunto na área de defesa antiaérea de média altura. As duas empresas, com vários desenvolvimentos em conjunto, anunciam pela primeira vez a solução desenvolvida em conjunto para o projeto de defesa antiaérea de média altura: a adaptação do sistema CAMM (Common Anti-Air Modular Missile), produto de última geração da MBDA, para emprego pelas Forças Armadas Brasileiras.

O conceito apresentado envolve o desenvolvimento de um míssil brasileiro a partir do sistema CAMM – inicialmente chamado de AV-MMA, e o aproveitamento de todas as tecnologias e veículos já desenvolvidos para o Sistema ASTROS 2020, um dos produtos mais bem-sucedidos da AVIBRAS. O projeto conta com cerca de 70% de conteúdo nacional.

O CAMM representa a nova geração de sistemas de mísseis para defesa antiaérea da MBDA, oferecendo proteção completa contra todos os alvos aéreos conhecidos ou previstos. É chamado de modular por conta da possibilidade de utilização do mesmo sistema pelas três Forças, o que reduz custos de desenvolvimento, manutenção, suporte e logística.

“Esta é mais uma ação de fortalecimento da indústria brasileira de Defesa que a MBDA promove em parceria com a AVIBRAS, por meio da qual proporcionamos o desenvolvimento de tecnologias nacionais a partir de sistemas de alta tecnologia”, diz Ricardo Mantovani, executivo regional de Vendas da MBDA.

O sistema CAMM já foi contratado pela Real Marinha Britânica e pela Marinha Real Neozelandesa, e está atualmente em análise por outros países também para utilização naval. Suas versões para Terra e Ar estarão disponíveis a partir de 2016.

Performance do CAMM

O CAMM é um projeto de defesa antiaérea de média altura multiplataforma.Tanto para emprego Naval como Terrestre. Substituirá o míssil Rapier (terrestre) e o Sea Wolf (Naval).

O modo de lançamento é vertical o que o torna habilitado para emprego em plataformas navais.
Alcance Máximo + 25 km
Alcance Mínimo < 1km
Velocidade   > Mach 2,5
Terrestre - Veículo 4 t capacidade
Naval  - Módulos único  ou quadruplo 
O Projeto AV-MMA 

A decisão das duas empresas em apresentar o que seria o AV-MMA (Míssil Média Altura) está no sentimento de que o projeto PANTSIR-S1 não sair do status de projeto.

A sempre negada, mas com rumores crescentes, da associação ou compra da AVIBRAS pela Odebrecht Defesa e Tecnologia leva a que o atual projeto do CAMM / AV-MMA seja adotado pelas Forças Armadas brasileiras

Em um canto discreto de seu chalé,  na LAAD 2013, a AVIBRAS tinha já o estudo conceitual do AV-MMA. Longe dos olhos da imprensa e só para convidados a Diretoria da empresa, liderada por Sami Hassuani, apresentava o projeto para os comandantes militares e o ministro da Defesa.

Neste artigo são publicadas fotos exclusivas tiradas quando da visita do Ministro da Defesa ao chalé da AVIBRAS. Observar que o perfil do míssil lembra muito o do MBDA MICA VL. Então uma possibilidade de o míssil MBDA BVR MICA ser escolhido como míssil BVR caso no Programa F-X2 o Brasil optasse pelo caça Rafale.

O conceito da AVIBRAS ainda está em desenvolvimento incluindo a parte de canhões da Rheinmetall (sucessora do grupo suíço de canhões Oerlikon)

Todos os sistema serão montados em plataformas do ASTROS 2020. Atualmente está em uso o chassi da empresa Tcheca TATRA. Há opções para trocar por outra plataforma, mas a experiência negativa com o boicote da Mercedes-Benz, na venda à Malásia tem impedido a opção pela também alemã MAN e a sua associação com aRheinmetall, criando a RMMV.

Informalmente as empresas MBDA e AVIBRAS Aeroespacial anunciaram o projeto durante evento em Brasília sobre segurança de grandes eventos, em outubro passado.
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Em Defesa, governo alterna licitações com escolhas diretas

No setor bélico – ou, como se diz, na área de “Defesa” – as declarações são poucas, mas os comentários de pé de ouvido são muitos. Recentemente, Paris recebeu a Euronaval, feira de armamento onde os brasileiros participaram através da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa (Abimde). E não faltaram comentários de gente ligada à Base Industrial de Defesa (BID). No estande da BAe Systems, a Marinha do Brasil anunciou que suas futuras corvetas terão radares desse grupo inglês, em associação com a brasileira Bradar – de propriedade da Embraer e que foi contratada para produzir o radar Saber, desenvolvido pelo Centro Tecnológico do Exército para uso em instalações terrestres e detecção de alvos aéreos a curta distância.

Muita gente ficou perplexa ao saber que a Marinha não fez processos de seleção, seja para a escolha da fornecedora estrangeira, nem para a escolha da parceira nacional. Os críticos dizem que há alemães, australianos, franceses, italianos, suecos, israelenses e russos produzindo equipamentos similares ou até mesmo de tecnologia mais recente. E, por aqui, teriam condições de disputar o negócio brasileiras como Iacit, Mectron, Atmos, Omnisys e Avibras.

Uma fonte confidencia à coluna: “Um processo formal de seleção seria importante para não deixar qualquer tipo de dúvida quanto às escolhidas BAe e Bradar serem as que melhor atenderão às necessidades da Marinha do Brasil em termos de tecnologia de ponta, de condições de fornecimento, de transferência de conhecimento, de conteúdo local e de preço”. Para essa fonte, o fato de a Bradar ser uma Empresa Estratégica de Defesa (EED) jamais poderia ser fator determinante, pois há outras nacionais que também são EED.

Em outro fórum – o Seminário de Proteção de Grandes Eventos, organizado pelo Exército brasileiro e pela Embaixada britânica – foi divulgado que o míssil de defesa antiaérea a ser colocado nas novas corvetas será fornecido pela Avibras em parceria com a gigante européia MBDA, que também tem a inglesa BAe Systems como uma de suas proprietárias majoritárias. O míssil Sea Ceptor, selecionado pelo Brasil, é o mesmo que foi recentemente adotado pela Marinha inglesa. Esta decisão também teria sido tomada sem que fosse conduzido processo formal de seleção.

Abrindo nova frente, a Marinha brasileira acaba de publicar contrato para a compra de outros tipos de mísseis da MBDA por 131 milhões de euros. Foi comentado com esta coluna: “Uma contradição estaria no fato de a Força Aérea Brasileira ter investido muito dinheiro, durante anos, na brasileira Mectron, para a produção de mísseis genuinamente nacionais. Além disso, continua gastando muito no desenvolvimento conjunto de moderno míssil ar-ar com a Denel, empresa sul-africana capacitada e experiente neste tipo de artefato. O investimento que já foi feito e o trabalho que vem sendo realizado por Mectron e Denel poderiam ser expandidos para resultar em míssil antiaéreo perfeitamente adequado às necessidades das novas corvetas e, posteriormente, aperfeiçoados para instalação nas futuras fragatas de grande porte. A vantagem em não adicionar novo míssil estaria na propriedade intelectual e no menor preço decorrente da evolução de tecnologias já transferidas e existentes no país. A Avibrás poderia continuar dedicada à sua comprovada vocação para desenvolver e fabricar os artefatos disparados através do Sistema Astros e destinados a ações contra alvos na superfície”.

Há que se elogiar que o governo brasileiro vem dando destaque ao rearmamento nacional, mas mantém uma política estranha, em que tanto abre licitações democráticas, como privilegia certas empresas nacionais e alguns gigantes estrangeiros sem maiores explicações, o que ocorreria se houvesse melhor diálogo com a elite empresarial nacional.



Israel

Documentos disponibilizados pelo Ministério da Defesa após requerimento de informações do deputado federal Ivan Valente (Psol-SP), sobre as atuais relações do Brasil com Israel e suas empresas militares, revelam que os contratos bilaterais chegam a quase R$ 1 bilhão. Opera Mundi teve acesso a esses documentos, que confirmam o fluxo comercial com empresas israelenses, embora as autoridades brasileiras neguem que exista uma cooperação militar de fato em vigor com Israel.

O material foi solicitado à época da operação Margem Protetora, ofensiva contra o grupo islâmico Hamas na Faixa de Gaza que resultou na morte de mais de 2 mil palestinos e 70 israelenses, durante cerca de 50 dias de conflito.

“Nós estamos atrás dessa documentação há muito tempo e sabíamos que o Brasil tinha relações com indústrias israelenses. Há contratos que não estão muito esclarecidos, o que exigirá novos requerimentos”, explicou Valente a Opera Mundi. “Estamos comercializando com a máquina de guerra de Israel. É importante termos acesso a essas informações oficiais. A própria divulgação desses documentos vai gerar uma cobrança mais direta dos rompimentos de contratos militares. É um instrumento de pressão para que a diplomacia brasileira trabalhe com mais altivez”, acrescenta.

De fato, os drones da Polícia Federal são da israelense IAI, enquanto os da FAB vieram da também israelense Elbit. Já os fuzileiros navais acabam de comprar itens de comunicação da Elbit Systems Land. E a IAI foi contratada, pelo Brasil, para transformar Boeings 767 300 ER em aviões de transporte e reabastecimento. E, por fim, pelo menos duas empresas brasileiras foram compradas por Israel: Iacit e Gespi.



Sinaval
Ariovaldo Rocha foi reeleito para o Sindicato Nacional da Construção Naval (Sinaval). Em relação a críticas externas, a entidade explicou que “não pode cercear o direito de candidatura, em suas eleições, de representantes de empresas legítimas do segmento, que serão considerados idôneos até prova em contrário. Outro fato é que ocorrências em empresas de fora do Sinaval não podem ser levadas em conta pela entidade.”
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quinta-feira, 13 de novembro de 2014

SISFRON - ATIVAÇÃO COBERTURA FOTOGRÁFICA

Texto de Adriana Moretto
DouradosNews
O Exército Brasileiro lançou oficialmente na manhã desta quinta-feira (13), na sede da 4  [ Brigada de Cavalaria Mecanizada (4ª Bda C Mec),  Brigada Guaicurus, em Dourados (Mato Grosso do Sul), o início da operação do projeto-piloto do SISFRON (Sistema de Monitoramento de Fronteiras). Com a presença dos Comandante Militares do Exército General-de-Exército Enzo Peri, da Aeronáutica Tenente-brigadeiro-do-Ar Juniti Saito, e demais autoridades estaduais e militares.

Foi apresentada a  estrutura da central de monitoramento que foi implantada na cidade de Dourados, que é a base experimental deste que é considerado o maior investimento do Ministério da Defesa na segurança da faixa de fronteira nacional.

Somente na área de responsabilidade do CMO (Comando Militar do Oeste), que abrange 1,8 mil quilômetros de fronteira com o Paraguai e a Bolívia, cobrindo os estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás, o investimento é de R$ 900 milhões. Neste início de operação, são 600 quilômetros da fronteira em Mato Grosso do Sul que começam a ser monitorados por meio da base em Dourados. O Comandante do CMO, o General-de-Exército Aparecido de Paula Cunha garantiu que a população da região vai perceber gradativamente o trabalho do SISFRON.

“A população pode esperar melhores condições em termos de segurança porque a partir de hoje estaremos atuando juntamente com demais órgãos de segurança pública. Os resultados talvez não sejam percebidos de imediato, mas apenas com o fato de estarmos agindo já haverá preocupação dos criminosos, que terão mais dificuldades”.

O general admitiu, no entanto, que o SISFRON não é um projeto que vai ‘fechar’ a fronteira, literalmente. Estimado em R$ 12 bilhões, a implantação total do sistema em todo o país está prevista para 2017. Conforme o militar, o objetivo é “criar dificuldades” que hoje não existem na faixa de fronteira, cuja segurança atual é vulnerável à ação criminosa.

“A fronteira não vai ser literalmente fechada. O custo de violência no Brasil é altíssimo. Se nós tivermos uma efetividade de 3% o SISFRON já estará pago, mas esperamos que seja bem maior que isso. Não vamos fechar a fronteira porque isso seria impossível. Nem se fizéssemos um muro como fez os Estados Unidos com o México. O tráfico vai continuar, somente com mais dificuldades. Essa é a diminuição que vai acontecer com relação à criminalidade”.

Conforme o general a ‘sensação de segurança’ com o início da operação do SISFRON será percebida com tropas sendo integradas e fazendo postos de controle de trânsito, deslocamentos e demais ações que serão realizadas em conjunto com os demais organismos de segurança.

Para haver integração, Estado também deverá se estruturar

O comandante do Exército Brasileiro, General-de-Exécito Enzo Martins Peri, destacou durante entrevista que para haver a integração do SISFRON com os organismos de segurança pública, como o sistema propõe, é preciso haver investimento por parte do governo do Estado.

“Já existe uma integração e isso é importante para o resultado final. O SISFRON oferece uma estrutura, mas todos terão que se aperfeiçoar para chegar ao nível dele e usufruir do que o projeto oferece. Cada vez mais que isso for feito, o funcionamento vai melhorando”, destacou o general.

Presente na solenidade de ativação do Projeto-piloto os militares que fazem parte do efetivo da Brigada Guaicurus, que irão trabalhar no SISFRON, e a apresentação dos equipamentos, o secretário estadual de Justiça e Segurança Pública do MS, Wantuir Jacini, que afirmou:

“Desde o ano passado estamos trabalhando na estruturação para poder nos integrar ao SISFRON e usufruir ao máximo desse sistema e da oportunidade de trabalharmos junto no combate à criminalidade. Contratamos servidores e estamos equipando as polícias com viaturas e outras ferramentas. Sabemos da importância desse projeto e sem dúvidas o Estado está trabalhando para poder fazer ações em conjunto da melhor forma possível”, garantiu o secretário.

Durante a formatura dos militares designados ao SISFRON, o Comandante da Brigada Guaicurus, Gen Bda Rui Yutaka Matsuda, destacou o fato do projeto-piloto ter sido implantado em Dourados e foi outro a ressaltar a importância do alto investimento e o ganho que ele trará a população.

“O SISFRON é um projeto vitorioso e que vai entregar sem dúvida alguma um trabalho de grande valor para a sociedade. Neste momento estamos construindo o nosso amanhã”, disse o comandante da Brigada Guaicurus durante seu discurso.
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quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Navios-Patrulha Oceânicos (NPO) da classe Amazonas - A História


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Operação Formosa 2014


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ARGENTINA LANÇA SATÉLITE CONSTRUÍDO NO PRÓPRIO PAÍS

 A Argentina lançou o seu primeiro satélite de comunicações construído domesticamente na quinta-feira. O ARSAT-1, que foi lançado a partir de um centro de missão na Guiana Francesa, é o primeiro da America Latina a ser construído com tecnologia local. O satélite foi construído por uma equipe de cerca de 500 cientistas ao longo de sete anos a um custo de 250 milhões de dólares e orbitará a 36.000 km acima da Terra.

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domingo, 9 de novembro de 2014

PF APONTA ELO ENTRE PCC E HEZBOLLAH

Francisco Leali
O Globo

BRASÍLIA - Na região de fronteira que separa Brasil, Argentina e Paraguai, a atuação de grupos ligados ao terrorismo internacional sempre foi, para as autoridades americanas, um fato incontestável. No Brasil, pelo menos oficialmente, o caso nunca foi admitido, e as declarações governamentais costumam minimizar o tema. Nos últimos anos, no entanto, os serviços de inteligência do país reuniram uma série de indícios de que traficantes de origem libanesa ligados ao Hezbollah, o "Partido de Deus", se aventuraram numa associação com criminosos brasileiros. Relatórios produzidos pela Polícia Federal apontam que esses grupos se ligaram ao PCC, organização criminosa que atua nos presídios brasileiros, principalmente nos de São Paulo.

Uma série de documentos obtidos pelo GLOBO revela que essa espécie de sociedade da delinquência começou a ser montada em 2006. Mas as provas só foram descobertas dois anos depois, quando uma operação realizada pela PF reuniu os primeiros indícios da ligação entre libaneses e a organização criminosa brasileira. Na época, envolvidos com o tráfico internacional foram presos. Segundo as autoridades americanas, o dinheiro da droga é justamente uma das fontes de financiamento de entidades terroristas. Já a PF encontrou indícios de que esse grupo de libaneses que operava com o tráfico abriu canais para o contrabando de armas destinadas à organização criminosa brasileira.
Trecho do relatório da PF destaca a aproximação do Hezbollah com traficantes brasileiros- Reprodução

Em troca, os criminosos brasileiros prometiam dar proteção a presos da quadrilha libanesa já detidos no Brasil. A notícia da associação criminosa surgiu de informante da PF. A veracidade acabou sendo confirmada pela área de inteligência, que monitorou não só os suspeitos sob investigação, como também os integrantes da facção brasileira que comandavam ações mesmo detidos em presídios federais e estaduais em São Paulo e Paraná.

Segundo relatório da PF, "a concentração de tais detentos vem auxiliando na aglutinação de indivíduos com interesses comuns, além de viabilizar o contato de traficantes de origem árabe com grupos" como a facção "com marcante presença nos estabelecimentos prisionais do estado de São Paulo". O documento diz ainda que os contatos internacionais dos traficantes libaneses "têm atendido aos interesses" da facção brasileira, "que, por seu turno, viabiliza uma situação favorável aos estrangeiros dentro do sistema prisional, além de assegurar algum lucro com negociações mesmo enquanto estão presos".

A partir de investigações e conversas com informantes que atuam na região da Tríplice Fronteira, o setor de inteligência da PF se convenceu de que os traficantes libaneses não só abriram canais para a organização criminosa obter armas no exterior, como teriam tido participação na venda de explosivos supostamente roubados pela facção brasileira. Foi identificada a participação dos traficantes libaneses na negociação de C4, um tipo de explosivo plástico que fora roubado no Paraguai. "Os libaneses em atividade criminosa, apesar de terem no tráfico de cocaína seu principal foco de atividades, também atuariam no tráfico de armas para grupos criminosos de São Paulo, sendo que, recentemente, também teriam intermediado uma negociação de explosivos (aparentemente C4, sendo também sabido que um carregamento de tal material foi subtraído no Paraguai e vem sendo vendido a preços bem baixos)", diz o relatório.

A área de inteligência da PF registrou ainda a troca de favores entre os dois grupos. Se os libaneses ajudavam no contrabando internacional de armas, a organização brasileira se encarregava de proteger os estrangeiros que já foram detidos no país. Diz documento da PF que "vários libaneses estariam estreitando suas relações" com a facção brasileira há cerca de três anos, "sendo qualificado como forte o vínculo com a referida organização criminosa, sendo constantes seus contatos". "Sabe-se, entretanto, que a ligação de libaneses estaria beneficiando mais a organização criminosa (brasileira), com poucos benefícios para os estrangeiros, embora tal situação venha sendo aceita por conveniências dentro do sistema prisional", diz um documento da PF, produzido em 2009.

As informações sobre os vínculos entre as duas quadrilhas foram compiladas depois que o governo americano passou a apontar em seus relatórios anuais de combate ao narcotráfico a participação de libaneses da Tríplice Fronteira ligados ao comércio ilegal de drogas e ao financiamento de ações terroristas. Em 2006, relatório do Departamento do Tesouro americano chegou a listar nove pessoas acusadas de ajudar a enviar recursos para o Hezbollah. Além dos nomes, o relatório apontava que a Galeria Pagé, em Ciudad del Leste, no Paraguai, vizinha da cidade brasileira de Foz do Iguaçu, era o bunker dos agentes que davam suporte financeiro ao Hezbollah. Na época, o governo brasileiro emitiu nota negando haver prova de que terroristas atuassem na região do Sul do país. Nos anos seguintes, o DEA, a agência americana de combate às drogas, reiterou a acusação.

Em 2008, dois anos após o primeiro relatório do Tesouro dos EUA, os serviços de inteligência da PF já estavam apontados para a região. O GLOBO teve acesso à parte do acervo produzido que lista prisões de libaneses, identifica remessas de drogas e confirma a perigosa associação dos libaneses com a facção criminosa de brasileiros. O trabalho de monitoramento incluiu ainda missões para vigiar estrangeiros de origem libanesa que circulavam pelas cidades de Foz, Ciudad del Leste e Porto Iguazu, na Argentina.

Os documentos reúnem desde listas de nomes e períodos de hospedagens em hotéis até registros de um suposto risco de atentado terrorista no Brasil. No dia 28 de agosto de 2008, relatório de inteligência assegura que recebeu informe de "fonte não comprovada" de que um estrangeiro "integrante de uma organização terrorista" estaria viajando para Brasília para executar plano de assassinato. Há ainda a descrição de ações na Ponte da Amizade, na fronteira entre Brasil e Paraguai. Em fevereiro de 2008, por exemplo, policiais pararam um veículo em que estavam o libanês Mostapha Hamdan e o sírio naturalizado paraguaio Farouk Sadek Abdou. Esse último, pouco antes de ser abordado tentou destruir um papel onde havia 17 números de telefones.

Em abril do mesmo ano, mais uma vez a área de inteligência disparou alerta. Desta vez, sobre atuação da facção criminosa brasileira no Paraná. Havia suspeita de que armas contrabandeadas do Paraguai seriam usadas no resgate do preso Leandro Antonio, conhecido como Chacal. As autoridades locais foram alertadas, e a PF se encarregou de distribuir fotos e nomes dos possíveis envolvidos na operação.
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PCC-HEZBOLLAH : LIBANÊS É APONTADO PELOS EUA COMO COORDENADOR DO HEZBOLLAH NO BRASIL

Francisco Leali
 
BRASÍLIA - O comerciante Farouk Abdul Hay Omairi anda pelas ruas de Foz do Iguaçu (PR) sem ser notado. Parece ser apenas mais um morador de origem árabe. Seguidor de costumes muçulmanos, sua mulher usa véu. Os filhos estão sempre por perto. E quase todos tentam ajudar o pai a remontar seu negócio, uma agência de viagens. A empresa ia bem até junho de 2006. Foi quando veio a público comunicado do Departamento de Tesouro dos Estados Unidos sobre a rede de financiamento do Hezbollah na Tríplice Fronteira. Nove nomes foram listados. Farouk Omairi estava entre eles.
Segundo o texto, o libanês, que tinha 61 anos e vivia no Brasil, era ligado ao tráfico internacional de drogas. Farouk seria ainda mais perigoso: foi apontado como o principal membro do Hezbollah na região. Uma espécie de coordenador da comunidade. Farouk era a "figura-chave" para obtenção de documentos falsos, tanto no Brasil como no Paraguai, que eram usados nas requisições de naturalização nos dois países.
Naquele mesmo 2006, a Polícia Federal abriu inquérito no Brasil. Mas o caso era apenas envolvimento com narcotráfico. No ano seguinte, o libanês, que fala francês e árabe fluentemente, foi preso por ordem judicial. Era a Operação Camelo, da PF. O filho Kaled Omairi também foi detido. Outro filho, Ahmad, menor de 21 anos, fugiu.
Os três da família Omairi foram condenados por associação para o tráfico internacional. Farouk pegou 12 anos de prisão, e foi parar, ao lado de Kaled, no presídio federal de segurança máxima de Campo Grande. Na época, estava no mesmo presídio o traficante Fernandinho Beira-Mar.
O envolvimento de Farouk com o financiamento do terrorismo chegou a ser citado no processo, mas não se transformou numa acusação formal. Mesmo assim, o setor de inteligência da PF tratou de monitorar a vida do libanês. Os policiais se mantinham informados sobre quem visitava Farouk na cadeia federal, quando e quantas vezes.
Relatório de inteligência lista encontros dele com advogados e parentes em Campo Grande. Hora e duração das conversas foram registradas e repassadas para a área de inteligência da PF. Oficialmente tratado apenas como um traficante que cumpria pena, Farouk teve direito a passar para o regime semiaberto e, em 2012, ganhou as ruas no regime aberto, sendo obrigado a se apresentar regularmente à Justiça.
Recentemente, seus advogados pediram autorização para que ele possa cruzar a Ponte da Amizade e ir ao Paraguai. A alegação é que Farouk precisa tocar os negócios de turismo, o que não poderia ser feito sem idas ao país vizinho. O advogado Oswaldo Loureiro de Mello Júnior diz que Farouk prefere não falar sobre as acusações.
- Isso é propaganda negativa para ele. Seria levantar a poeira que está assentando, e ele quer recuperar a empresa - diz o advogado. - Aquela história foi um inferno na vida dele.
Mello Júnior sustenta que o cliente sempre negou qualquer ligação com o Hezbollah, nem teve coragem de se aproximar de outros presos na cadeia:
- Ele pode até ser um criminoso (por conta da condenação por tráfico), mas não é um vagabundo. Usa camisa Lacoste, frequenta restaurantes, fala outras línguas, é um homem comum que não ia se meter com preso de facção.
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O advogado ainda alega que Farouk só foi denunciado porque uma mulher com quem manteve relacionamento o delatou às autoridades. A agência de viagens do libanês foi usada para emitir passagens internacionais para pessoas que, mais tarde, foram presas por envolvimento com narcotráfico. No processo, ele é citado como sendo responsável pela montagem de esquema de envio de "mulas", pessoas contratadas para levar drogas à Europa e à Jordânia. Mello Júnior sustenta que o cliente emitiu passagens, mas sempre negou ter ligação com remessa de cocaína ao exterior.
O filho Ahmad Omairi até hoje é considerado foragido da Justiça, e a defesa ainda conta que o crime dele pode prescrever porque, na época dos crimes, tinha menos de 21 anos.
- Ahmad está em outro país - diz o advogado.
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quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Radar da Corveta Tamandaré












O programa de construção das futuras corvetas Classe Tamandaré, em curso pela Marinha do Brasil, alcançou uma nova etapa com o anúncio da BAE Systems, trabalhando em parceria com a brasileira BRADAR, para o desenvolvimento de um novo modelo de radar naval baseado na tecnologia do sensor Artisan 3D (Advanced Radar Target Indication Situational Awareness and Navigation). O anúncio aconteceu durante a Euronaval 2014, no estande da BAE Systems, e foi realizado pelo diretor-geral do Material da Marinha do Brasil, almirante de esquadra Luiz GuO radar Type 997 Artisan 3D apresenta alcance nominal de 200 km (110 milhas náuticas), sendo creditada a ele a capacidade de traquear (buscar) mais de 800 alvos (retornos de sinal) por vez. A BAE Systems desenvolveu esse sistema para ser capaz de detectar alvos do tamanho de pequenos pássaros ou bolas de tênis viajando a velocidades superiores a Mach 3 (três vezes a velocidade do som) ao mesmo tempo em que oferece avançadas capacidades de baixa detectabilidade de emissão e alta proteção eletrônica contra sistemas de jameamento (interferência eletrônica)ilherme Sá de Gusmão, e pelo vice-presidente para a América Latina e Canada da BAE Systems, Dr Llyr Jones.
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quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Saab e Embraer vão vender juntas o caça Gripen NG

 A Embraer e a empresa sueca Saab vão explorar conjuntamente as oportunidades de vendas globais do caça Gripen NG, que será produzido no Brasil para a Força Aérea Brasileira (FAB). O vice-presidente de parcerias industriais da divisão aeronáutica da Saab, Jan Germudsson, disse que a empresa vislumbra um mercado potencial para a venda de três mil caças nos próximos 20 anos.
“Nosso objetivo é capturar entre 10% e 15% desse volume, algo em torno de 300 a 400 aeronaves”, disse o executivo durante entrevista na fábrica onde é produzido o Gripen, em Lindköping. A ideia da Saab, segundo ele, é que a Embraer participe junto com a companhia dessas vendas, estimadas em mais de US$ 30 bilhões.
A Embraer e a Saab já assinaram um memorando de entendimento que atesta a posição de liderança da fabricante brasileira no programa de desenvolvimento do caça. A participação da Embraer envolve a coordenação das atividades de produção e entrega das versões monoposto e biposto (dois lugares) do caça, assim como desenvolvimento de sistemas, integração, testes em voo, montagem final e entregas.
As duas empresas também negociam a formação de uma parceria estratégica para a promoção das vendas do Gripen NG no mercado global.
FONTE: Valor Econômico
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Exército testa novo fuzil que substituirá o adotado há 50 anos

O Exército está testando um novo fuzil que irá substituir o FN FAL (fuzil automático leve), de projeto belga, usado pelos militares desde 1964. Considerado o primeiro totalmente desenvolvido e produzido pela indústria nacional, o IA2 foi desenhado pela Imbel (Indústria de Material Bélico do Brasil, vinculada ao Ministério da Defesa), possui 85 centímetros e pesa 3,34 quilos – mais leve que o atual.
São 1.500 unidades que foram distribuídas em 2014 a 15 quartéis em 11 estados para serem submetidas a tiros diários em diversas condições e ambientes, da caatinga à selva amazônica, nas tropas de operações especiais e também em saltos de paraquedas.
G1 acompanhou um teste de tiro da arma no 4º Batalhão de Infantaria Leve do Exército em Osasco, na Grande São Paulo (veja vídeo acima), que recebeu 100 fuzis IA2. O modelo foi usado pelo quartel durante a Copa do Mundo para fazer a segurança de autoridades que desembarcavam no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos.
Segundo o capitão Leonardo de Mello Barbosa, a fase de avaliação do novo fuzil deve ser finalizada entre novembro e dezembro, para que, a partir de então, ele passe a ser gradualmente comprado e distribuído nos quartéis do Exército. Cerca de 70% de todos os FAL devem ser trocados, afirma o Exército.Com 4,4 kg e 1,10 m de comprimento, o FAL foi desenvolvido após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), época em que os combatentes ficavam distantes um do outro, explica o capitão Barbosa. O FAL foi desenvolvido para atingir alvos a até 600 metros. “A guerra mudou, agora o combate é aproximado e em áreas urbanas, exigindo um fuzil mais prático, flexível. Nosso alvo é para até 300 metros com o IA2″, acrescenta ele.
Cada exemplar do IA2 custa cerca de R$ 5.500 e também será utilizado pela Marinha e pela Aeronáutica, que pediram mudanças de cor (a parte superior do cano da arma no modelo do Exército é verde, enquanto a Aeronáutica prefere azul e a Marinha, preta). Alguns países africanos, além de Uruguai, Nova Zelândia e Austrália, também demonstraram interesse em adquirir a arma.
O novo fuzil é considerado mais maleável por permitir acoplar mais acessórios que o FAL, como punhos táticos, lanternas, lunetas, miras e equipamentos de visão noturna.
“O FAL é armamento que temos no Exército até hoje, estamos acostumados já. Mas o IA2 chegou para mostrar que veio para substituir o FAL. É uma mais leve e precisa”, diz o sargento Reginaldo Pereira Barbosa, de 44 anos, e há 25 anos no Exército.O sistema interno de funcionamento dos dois fuzis também é diferente: o FAL tem um ferrolho (conjunto que trava o disparo) de forma basculante, como de pistolas, enquanto que no IA2, a peça possui um trancamento bem mais leve.
Desde que o Exército começou a testar o IA2, militares passaram orientações e críticas para modificar algumas peças, como a rusticidade da tampa da caixa da culatra (que introduz a munição na câmara para o disparo). Soldados acabavam quebrando a tampa ao desmontar o novo modelo para manutenção, o que exigiu que o material fosse reforçado. Também foram feitas mudanças na proteção do botão que abria o carregador e que no FAL poderia provocar acidentes.
Uma chapa protetora também foi colocada internamente na área por onde sai o disparo para evitar o superaquecimento após o fuzil dar mais de 60 tiros, algo que gerava reclamações. A peça que prende a bandoleira (alça que prende a arma ao soldado), que ficava semi-solta e fazia barulho no FAL, é totalmente presa ao IA2 e facilita o manuseio.
Os técnicos da Imbel ainda querem fazer outras melhorias para os soldados e uma versão de calibre 7.62 está em fase de desenvolvimento para ser testado pela tropa em 2015. Uma das ideias é fazer uma coronha (a parte que fixa o fuzil no ombro do militar) que possa ser estendida ou reduzida, de acordo com a vontade do militar, segundo o técnico em armas José Ricardo de Souza.
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FOGUETE QUE LANÇARÁ O SATÉLITE CBERS-4 JÁ ESTÁ PRONTO

 O foguete chinês Longa Marcha-4B, que colocará em órbita em dezembro próximo o Cbers-4, quinto exemplar do programa de satélites sino-brasileiro de sensoriamento remoto, será transportado para o Centro de Lançamento de Taiyuan (TSLC), na terça-feira (11).
Fabricado pela Academia Shanghai de Tecnologia de Voos Espaciais (Sast) o LM-4B teve seu projeto totalmente revisado após a falha no motor do terceiro estágio ocorrida em dezembro de 2013 e que acarretou na perda do Cbers-3.
Este ano o foguete já foi usado para o lançamento de quatro satélites da China e de outros países a partir de agosto último, todos com sucesso. Até hoje a família Longa Marcha foi empregada em 197 missões.
Na base de Taiyuan o foguete será montado e passará por uma série de testes até ter acoplado o Cbers-4 na primeira semana de dezembro.
Fonte: Corporação Chinesa de Ciência e Tecnologia Aeroespacial 
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domingo, 2 de novembro de 2014

Guerreiros de Selva - 24 horas de treinamento em 120 segundos


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Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro realiza Load-In do Submarino “Tamoio”

Submarino “Tamoio” é transportado para o interior da Oficina de Construção de Submarinos para passar pelo Período de Manutenção Geral
No dia 27 de outubro, o Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJrealizou a Operação “Load-In” do Submarino “Tamoio”primeiro submarino fabricado no Brasil. A operação teve comoobjetivo retirar o submarino da água e colocá-lo no interior da Oficina de Construção deSubmarinosonde passará por um Período de Manutenção Geral (PMG).
A retirada do submarino da água foi feita por uma balsa e seu transporte até o galpão, ponto clímax da missão, por conta da complexidade da manobra, foi realizado por pontes de Load-In, que fazem a ligação entre a balsa e o cais. Essas pontes foram projetadas e fabricadas exclusivamente para a operação, o que garantiu o sucesso da missão, por se adaptarem perfeitamente ao vão criado entre a balsa e o cais.


Durante o PMG, o casco do submarino será seccionado e o mesmo terá os motores, sensores e sistemas reparados. 
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