sábado, 28 de dezembro de 2013

ALÉM DOS CAÇAS

Merval Pereira

Eduardo Brick, especialista do Núcleo de Estudos de Defesa, Inovação, Capacitação e Competitividade Industrial da Universidade Federal Fluminense, em vez de comemorar ou criticar a compra dos novos caças Gripen suecos pela Aeronáutica, prefere uma visão pragmática e de longo prazo. Por mais paradoxal que a afirmação possa parecer, diz ele, essa decisão não será importante para a defesa do Brasil nos próximos 20 anos, e sim para daqui a 30 a 50 anos.
Nesse raciocínio, o país simplesmente não tem no momento recursos humanos, tecnológicos, industriais e financeiros para se opor a eventuais ameaças. Mas pode aproveitar a oportunidade para desenvolver sua Base Logística de Defesa (BLD). Esse, diz ele, pode ser um dos principais benefícios da escolha do Gripen - a ampliação da capacitação industrial e tecnológica não só da Embraer como de muitas empresas de sua cadeia produtiva em produtos cuja tecnologia o Brasil ainda não domina.
Portanto, Eduardo Brick acha que o planejamento de hoje deve visar, prioritariamente, a um horizonte mais longínquo, não importando se o Gripen não é uma das mais eficazes armas existentes hoje. "O que importa é que essa aquisição pode ser um importante instrumento para o Brasil se capacitar para conceber e desenvolver aeronaves de combate amanhã."
Do ponto de vista de desenvolvimento econômico e social, a BLD, apesar de sua finalidade precípua não ser essa, ressalta Brick, é instrumento importantíssimo de política industrial, por vários motivos:
A) Atua no limiar do desenvolvimento tecnológico;
B) Políticas industriais de conteúdo nacional para defesa são necessárias por questões de garantia de suprimento de itens críticos (que são cerceados pelos países que detêm essas tecnologias) e não oneram a economia como um todo.
C) A capacitação industrial construída tem uso dual. Ele cita o exemplo da Embraer, que, após décadas procurando se capacitar com produtos de uso militar, conseguiu desenvolver jatos comerciais e ser importante ator no mercado internacional de produtos civis.
Para o especialista da Universidade Federal Fluminense, a defesa nacional na era pós-industrial depende de dois instrumentos fundamentais: as Forças Armadas (FFAA) e a Base Logística de Defesa (BLD) . A construção de qualquer uma delas é uma tarefa de décadas, mas a criação da BLD pode ser mais difícil devido à aceleração do desenvolvimento tecnológico, que causa obsolescência rápida de qualquer produto de defesa.
Portanto, diz Brick, não é sensato, nem financeiramente exequível, manter grandes estoques de produtos de defesa, exceto, evidentemente, se houver iminência de conflito, mas, sim, de capacidade industrial para inovar continuamente.
A Estratégia Nacional de Defesa define, muito apropriadamente, diz ele, que a construção e sustentação de uma BLD adequada às necessidades brasileiras são um dos seus eixos fundamentais. Não se pode esquecer, ressalta Eduardo Brick, que o Gripen é apenas um projeto de cerca de R$ 11 bilhões, em um programa de R$ 1 trilhão, valor estimado para o Plano de Articulação e Equipamentos de Defesa (Paed), em 20 anos.
Na sua avaliação, com a atual estrutura de governança da BLD brasileira, o país corre um sério risco de sofrer um "apagão de gestão" se o orçamento aumentar, e o Paed realmente deslanchar. Há nada menos que seis ministérios envolvidos, "numa estrutura caótica".
No caso de recursos humanos, a necessidade monta a vários milhares de profissionais, principalmente engenheiros, altamente qualificados e experientes em definição de requisitos e especificações, teste e avaliação de sistemas, gestão de projetos complexos, negociação de contratos, entre outras coisas.
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quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Governo brasileiro ainda usa pouca criptografia para proteger informação

Quando você digita a sua senha no site de um banco, a informação é criptografada para que ninguém, além do cliente e do sistema bancário, tenha acesso a ela. No ano passado, os bancos investiram mais de R$ 20 bilhões em tecnologia, mas em setores públicos a segurança da informação ainda engatinha.
“É um trabalho de longo prazo, mas temos consciência que temos que fazer. O governo está trabalhando, talvez não na velocidade de uma indústria privada, uma instituição bancária, até porque o governo é muito grande”, diz o diretor substituto do Departamento de Tecnologia da Abin, Otávio Cunha.
A criptografia também está disponível para órgãos públicos. Ela é capaz de embaralhar o conteúdo acessado ilegalmente. O gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República estabelece as normas para que os órgãos federais usem os programas criptográficos desenvolvidos principalmente pela Abin, mas especialistas alertam que a ferramenta não é usada como deveria.“Não há como pensar em confidencialidade das informações sem uso da criptografia. Ainda são raríssimos os órgãos e departamentos públicos que utilizam a criptografia no Brasil. A maioria dos ministérios troca e-mail sem uso de criptografia”, destaca o presidente da Safer Net, Thiago Tavares Nunes de Oliveira.
O chefe do Centro de Defesa Cibernética do Exército Brasileiro diz que as medidas de segurança são corriqueiras nas Forças Armadas e no canal diplomático. “Mas, pelo que nós temos acompanhado em alguns seminários e simpósios, infelizmente essa prática não é tão disseminada como deveria”, afirma o general José Carlos dos Santos.
Desde o ano passado, quando entrou em vigor a Lei de Acesso à Informação, o que for considerado reservado, secreto ou ultrassecreto tem que ser obrigatoriamente criptografado. “Quebrar a criptografia de um, dois, três usuários é fácil, mas quebrar a criptografia, de 40 mil ou mesmo um milhão de usuários é praticamente impossível”, aponta Oliveira.
Dependência e vulnerabilidade
O chefe do Centro de Defesa Cibernética ressalta que a dependência de tecnologia e equipamentos estrangeiros é preocupante, porque uma lei americana obriga os fabricantes a permitir que as agências de inteligência tenham acesso ao que trafega pelos equipamentos de rede. “Ficamos preocupados com essa vulnerabilidade e essa dependência não pode ser vencida em curto espaço de tempo”, avalia Santos.
O presidente da Safer Net concorda. Segundo Oliveira, é preciso muito investimento em pesquisa e desenvolvimento e que sejam feitas políticas de estado, e não de governo. “Imagino que os resultados virão em pelo menos uma década”, acredita.
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Novo teste Foguete Soyuz adiada para o próximo ano

RIA Novosti) - Um teste de lançamento de um novo foguete Soyuz previsto para quarta-feira, ao contrário, terá lugar no próximo ano, disse um funcionário da Defesa russo.
"O lançamento foi adiado para o próximo ano", disse o coronel Dmitry Zenin, sem especificar uma data.
O novo foguete, apelidado de Soyuz-2.1v, é a característica de um primeiro estágio totalmente reformulado alimentado por um motor de foguete NK-33 (14D15) construído pelo NK Engines Empresa na cidade russa de Samara. O foguete não tem as características de quatro boosters que Soyuz e os seus antepassados ​​tiveram desde o míssil R-7, que lançou o Sputnik, em 1957.
O lançamento estava inicialmente previsto para segunda-feira e foi adiada duas vezes - primeiro, até terça-feira e, em seguida, até quarta-feira -, devido à preocupação com uma possível avaria de um dos motores do foguete, uma fonte na indústria espacial disse à RIA Novosti. Uma comissão do governo revisado o estado do foguete e deu o sinal verde para o lançamento mais cedo na quarta-feira.
A Soyuz é um dos dois únicos foguetes em todo o mundo que são capazes de enviar astronautas em órbita, sendo o outro o chinês Longa Marcha 2F. Todos os astronautas na Estação Espacial Internacional a bordo da nave espacial Soyuz chegou.
A Soyuz, o foguete mais freqüentemente lançado no mundo, passou por mais de 1.700 lançamentos desde sua estréia em 1966. Hoje é lançada a partir de três centros espaciais: Baikonur no Cazaquistão, Plesetsk, no noroeste da Rússia, e do centro da Europa Kourou, na Guiana Francesa.
Na quarta-feira de manhã, um menor foguete Rokot, com base no míssil balístico SS-18, lançou três satélites Kosmos militares em órbita a partir de Plesetsk.
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Força Aérea da Rússia recebeu 12 Su-35 aviões de combate em 2013

(RIA Novosti) - fabricante de aviões Sukhoi da Rússia entregou um total de 12 avançado Su-35 lutadores multirole para a Força Aérea da Rússia este ano, o comandante da Força Aérea, disse quarta-feira.
O Ministério da Defesa russo ordenou 48 Su-35s em 2009. As entregas finais estão previstas para 2015.
"Recebemos 12 [Su-35] aeronaves este ano, além de 10 entregues antes", disse o tenente-general Viktor Bondarev.
Bondarev disse que no âmbito do contrato com a Sukhoi, a Força Aérea iria receber 12 caças Su-35 no próximo ano e 14 aeronaves em 2015.
O Su-35s serão baseados na base aérea Dzemga no Extremo Oriente da Rússia, disse ele.
O Su-35 Flanker-E é um derivado altamente atualizada do lutador multirole Su-27. Ele tem sido apontado como "4 + + geração utilizando a tecnologia de quinta geração."
A aeronave, equipada com dois turbofans 117S com empuxo vetorização, possui alta capacidade de manobra ea capacidade de engajar diversos alvos aéreos simultaneamente.
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terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Concluída a 1ª Fase dos Ensaios Elétricos do Sara Suborbital

Na última quinta-feira, dia 19 de Dezembro, foram concluídos os ensaios da Eletrônica de Bordo (Redes Elétricas) do veículo Sara Suborbital, referentes à 1ª fase dos ensaios previstos.
Técnicos do IAE em conjunto com a empresa CENIC realizaram uma análise detalhada de todas as conexões do veículo Sara Suborbital e das atuações dos eventos em vôo por meio de um “jig” de testes que emula o Banco de Controle. Os testes foram realizados nas dependências da Divisão de Eletrônica do IAE (AEL) e detectaram pequenos problemas que foram imediatamente sanados. Como o número de conexões do Sara Suborbital é muito grande, alguns testes preliminares de continuidade de cablagens já tinham sido efetuados de forma automática, sendo que os testes de atuação somente foram levados a termo na presente semana em face dos cuidados de preparação.
Em janeiro está prevista uma segunda fase de testes do Sara Suborbital também com o “jig” de testes de forma a garantir que a Eletrônica Embarcada esteja pronta para sua conexão com o Banco de Controle do veículo. Os testes conjuntos entre a Eletrônica Embarcada e o Banco de Controle estão previstos para serem iniciados em fevereiro de 2014 após o recebimento e aceitação do Banco de Controle.
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