quinta-feira, 9 de maio de 2013

Pirataria e terrorismo na África podem afetar Brasil, diz Amorim


Com sua vizinhança na América do Sul em paz e potenciais ameaças surgindo do outro lado do Atlântico, o Brasil vem ampliando seus esforços de defesa no oceano e estreitando os laços militares com países africanos.
A estratégia, que também abarca interesses comerciais como a venda de armamentos brasileiros para a África, segue um movimento amplo da diplomacia nacional rumo ao continente que ganhou fôlego no governo Lula, quando o Itamaraty era chefiado por Celso Amorim.Hoje ministro da Defesa, Amorim diz à BBC Brasil que a aproximação entre militares brasileiros e africanos busca ainda combater o narcotráfico e evitar que a pirataria no Golfo da Guiné, na costa atlântica da África, prejudique o Brasil.
O movimento, segundo o ministro, também visa preparar as forças brasileiras e africanas caso a crise no Mali respingue no Atlântico. Naquele país, próximo da costa ocidental africana, grupos extremistas – entre os quais a Al-Qaeda no Magreb Islâmico – se uniram a movimentos separatistas tuaregues em batalha contra o governo central, hoje apoiado por tropas francesas.
"Se (o conflito) chegar na costa ocidental africana, começa a chegar perto dos interesses brasileiros e temos que estar alertados para isso."
Leia os principais trechos da entrevista com Amorim, concedida no Ministério da Defesa, na última quinta-feira.
BBC Brasil - Qual o objetivo da aproximação militar entre o Brasil e países africanos?
Celso Amorim - A nossa estratégia de defesa tem uma dimensão de cooperação e outra de dissuasão. Dissuasão é contra quem tiver de ser, mas, na América do Sul, tem sido tradicionalmente de cooperação. É natural que o mesmo conceito se aplique à África, que compartilha conosco o oceano, uma área até hoje pacífica, com raríssimas exceções, e que desejamos manter assim.
Por outro lado, os países africanos têm conosco um comércio crescente, há interesses crescentes do Brasil na África, e eles têm interesse também em cooperação para garantir que o Atlântico Sul continue a ser um oceano pacífico, mas também para enfrentar novas ameaças, como pirataria, contrabando e tráfico de drogas, que podem até vir mescladas com outras mais graves, o que não ocorreu até agora.
BBC Brasil - O senhor se refere ao terrorismo?
Amorim - Não podemos ignorar que existe essa questão. Quando houve o problema na Líbia, antevíamos que isso teria consequência um pouco mais para o sul da África. Um ano e meio depois, tivemos o problema no Mali. O Mali já está muito próximo da costa ocidental africana.
Espero que isso não ocorra. Se chegar na costa ocidental africana, começa a chegar perto dos interesses brasileiros e temos que estar alertados para isso. Sempre em colaboração com os principais responsáveis, que são os próprios africanos.
BBC Brasil - Em que estágio está a colaboração com essas nações?
Amorim - Essas coisas evoluem aos poucos, mas, do ponto de vista político, já há aproximação com a África há algum tempo. Ela obviamente se acentuou muito no governo Lula e agora com Dilma, mas ela é mais antiga.Com a Namíbia, porque nos pediram já há muito tempo, o Brasil começou a cooperar ativamente na formação da Marinha. Com os países de língua portuguesa, havia alguma cooperação, e continua a haver, mas temos que acentuar, acelerar isso e desenvolver relações bilaterais com esses países, não só os de língua portuguesa.
Os países africanos veem no Brasil um país que coopera e que não traz nenhuma carga emocional negativa de outros tempos. É um país em desenvolvimento, que tem preocupações semelhantes.Não vou esconder que também há um interesse comercial. O Brasil produz equipamentos que podem ser úteis para esses países. Aliás, já temos vendido alguns, outros estão em fase de estudo e análise, mas esse não é o objetivo principal.
Outros países estão interessados que indústrias brasileiras possam se estabelecer no seu território. Outros não têm nem condição disso, estão só interessados em adquirir, receber um equipamento, mas sempre têm interesse também em participar de exercícios.
BBC Brasil - Esse lado comercial não pode suscitar críticas da comunidade internacional se armas brasileiras forem vendidas para países com regimes contestados, como a Guiné Equatorial?
Amorim - Os países que contestam gostam muito de contestar os outros e vender eles próprios. Os grandes conflitos na África não foram alimentados com armas brasileiras, conflitos ligados a questões como diamantes, petróleo. Nossa relação é com Estados, que têm que defender sua integridade física.
Não é uma cooperação voltada à segurança interna desses países, é voltada à defesa de Estados soberanos, reconhecidos como tais pelas Nações Unidas.
BBC Brasil - O governo não se preocupa com o risco de que armas brasileiras vendidas a países africanos sejam usadas contra civis?
Amorim - Temos muita preocupação, mas o tipo de equipamento que vendemos é equipamento de defesa do Estado. Vendemos Super Tucanos (aviões militares da Embraer) e, se eventualmente chegarmos a vender navios-patrulha, isso não é para usar contra população civil.
O Brasil acompanha, segue resoluções da ONU, tem muita preocupação com esses fatos. Mas a nossa ótica não é necessariamente a de países desenvolvidos.
Vejo muitas situações em países específicos em que, às vezes, a visão de países desenvolvidos, ricos, sobretudo ex-potências coloniais, não é a mesma da nossa. Às vezes (eles) têm uma visão muito particular da situação e querem expurgar as próprias culpas descobrindo outros males.
BBC Brasil - Mas se, por exemplo, o Estado brasileiro financia a construção de uma fábrica de armas na Argélia por empresas brasileiras (conforme concorrência em curso naquele país disputada pelas brasileiras Odebrecht e a Atech), o Brasil não fica em situação próxima das ex-potências coloniais?
Amorim - É uma relação de Estado, com um país soberano, que não está sob sanções da ONU. Tenho uma certa experiência, não sou muito ingênuo nessa situação.
Pegue o drama da Síria: um lado fornecendo armas para o governo, o outro, direta ou indiretamente, fornecendo armas para os rebeldes. De violações os dois lados são acusados, mas, quando convém, você salienta um aspecto.
Não vou ficar aqui citando países. Mas verifique as guerras civis na África e veja quem forneceu armamentos para grupos que não respeitavam nem resoluções da ONU, nem o direito internacional. Por cima do pano e por baixo do pano. Nós não queremos vender por baixo do pano, não venderemos.
BBC Brasil - Quais os objetivos das manobras que a Marinha brasileira tem realizado em países africanos?
Amorim - Manobras, mesmo, eu diria [que se aplica] mais ao que temos feito com a África do Sul. Mas aí não é só com África, é um programa do Ibas (fórum que agrega Índia, Brasil e África do Sul), um grupo de três países em desenvolvimento, democráticos, plurirraciais.
Os outros, chamar de manobra talvez seja um pouco de exagero. Quando temos uma embarcação militar, em vez de esses navios-patrulha fazerem sua viagem inaugural para portos de países desenvolvidos, onde nós talvez não tenhamos muito a oferecer, eles têm visitado portos africanos e realizado pequenos exercícios para interceptar barcos piratas, exercícios ligados à ocupação de barcos inimigos, que são muito apreciados.
O Brasil tem a maior costa atlântica do mundo. É mais do que natural que tenhamos essa cooperação, que a gente amplie esses treinamentos que já vêm recebendo alguns países.
Tudo depende do tamanho do país. Cabo Verde, por exemplo, é um país arquipélago no meio do Atlântico. É do nosso interesse, além do lado de solidariedade com um país africano em desenvolvimento membro da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), evitar que haja problemas numa região próxima do Brasil e parte das nossas rotas marítimas.
BBC Brasil - O Brasil já foi instado por algum desses países a agir de forma mais combativa, inclusive interceptando navios piratas, como França ou EUA fazem frequentemente na costa africana?
Amorim - Cada país tem suas doutrinas e nós teremos a nossa. Em primeiro lugar, sempre respeitosa ao desejo do próprio país e sempre analisando cada situação. Eu não excluo que uma coisa dessas possa acontecer a pedido deles, mas também não creio que seja muito imediata.Mas acho que estamos fortalecendo laços que podem servir idealmente para habilitar o próprio país a fazer sua defesa.
BBC Brasil - Ainda não houve pedidos?
Amorim - Houve pedido para nós ajudarmos, mas não muito claro se era com meios nossos ou ajudando os meios dos países.
BBC Brasil - Alguns estudos recentes apontam a pirataria no Golfo da Guiné, na costa ocidental da África, como um problema crescente, enquanto a pirataria na costa da Somália, no Chifre da África, tem diminuído. A pirataria no Golfo da Guiné pode prejudicar o Brasil?
Amorim - É claro. Boa parte do petróleo que importamos vem do Golfo da Guiné ou imediações. Já temos conversado muito com países como Angola e outros, África do Sul, Namíbia, sobre possibilidades de exercícios conjuntos mais amplos.
Fomos convidados a participar como observadores de uma reunião africana relativa à segurança do Golfo da Guiné. Mas a responsabilidade primordial é dos países ribeirinhos.
Nós poderemos ajudar por dois motivos: solidariedade, que é real na nossa política externa sobretudo em relação à África, mas também por interesse nosso: rotas marítimas, petróleo, empresas brasileiras.
BBC Brasil - O uso do Atlântico Sul para o transporte de drogas tem se tornado mais visível e gerado crescente preocupação no exterior. O que o Brasil faz para evitar que embarcações com drogas partam daqui rumo à África?
Amorim - Temos ações no nosso território, mas obviamente existe essa preocupação, ela é uma das razões que nos movem. Não é segredo para ninguém que há preocupação muito grande da comunidade internacional com a situação na Guiné-Bissau.
Trabalhamos no passado com ideia de ajudar a reformar as Forças Armadas da Guiné-Bissau, mas isso depende do próprio país. A situação hoje não facilita essa cooperação, mas (estamos) na expectativa de que país se redemocratize rapidamente e resolva ou encaminhe o problema que existe com relação ao narcotráfico.
BBC Brasil - O governo então condiciona seus acordos militares na África à situação de cada país?
Amorim - Não é que façamos distinção entre países, mas é preciso que haja um processo. Não precisamos esperar que tudo esteja perfeito. Se formos esperar que tudo esteja perfeito, você não consegue talvez até melhorar a situação do próprio país, que é o objetivo.
Esse foi um erro que se cometeu em relação à Guiné-Bissau no passado. Há quatro, cinco anos, havia uma consciência clara do que era preciso fazer, mas alguns países, sobretudo grandes doadores, de quem se dependia para levar adiante os planos, ficaram a dizer não. Acabou não se fazendo nada, e a situação se agravou tremendamente.Mas também não posso de repente ceder, ainda que seja uma lancha-patrulha, sem ter certeza de que ela não vai parar na mão de narcotraficantes. A linha divisória é essa.
BBC Brasil - Alguns analistas veem uma militarização no Atlântico Sul. Eles citam o reforço militar da Grã-Bretanha nas ilhas Malvinas (Falklands, para os britânicos), ações da Marinha da China para assegurar seu comércio com a África e a reativação da Quarta Frota americana. Essas movimentos preocupam o Brasil?
Amorim - Não quero citar movimentos específicos, porque não tenho preocupação com esse ou aquele país. Somos contra uma militarização e, sobretudo, somos contra o desdobramento de forças no Atlântico Sul que possam ser de ataque, que usem armas de destruição em massa, nucleares ou outras.
O Brasil sempre tem combatido isso na diplomacia, e nós também na Defesa temos essa política. O Brasil não é um país que tenha inimigos, mas ele não pode descuidar de seus interesses e ninguém pode descuidar da sua própria defesa.
O Atlântico Sul é uma área natural do nosso interesse, independentemente de outros países estarem fazendo isso ou aquilo. Queremos evoluir no Atlântico Sul, enfrentando problemas como o da pirataria, mas sem transformá-lo num apêndice do Atlântico Norte.
BBC Brasil - Tem havido uma mudança no foco da Defesa brasileira do Cone Sul para o Atlântico Sul?
Amorim - Não gosto muito da expressão Cone Sul – a maior parte do Brasil não é Cone Sul. Agora, por uma série de fatores – maior política de integração, maior entendimento entre lideranças políticas, maturidade das sociedades –, a América do Sul é hoje uma área de paz.
Claro que tem que manter forças, porque existem grupos irregulares, bandos armados, o Brasil tem uma fronteira extensíssima. Mas, sendo a América do Sul uma zona de paz e havendo ameaças novas e algumas das antigas também (no Atlântico Sul), até por rivalidades entre terceiros, temos interesse em evitar eventuais conflitos que não estamos prevendo hoje.
Quando você prepara defesa, não é para os próximos dois nem três anos, mas 20, 30, 40 anos. Temos que estar preparados para nos defender e defender nossos interesses.
BBC Brasil - Existe algum cuidado especial com a defesa das reservas do pré-sal?
Amorim - Claro que existe. Essa é uma das explicações para o programa forte da Marinha brasileira, no caso dos navios-patrulha, e outros de porte menor para defesa mais local, sendo fabricados no Brasil.
O próprio submarino de propulsão nuclear, o objetivo principal de termos esse submarino é termos capacidade ampla de movimentação. Algumas dessas decisões antecedem as descobertas do pré-sal, que acentuaram essa preocupação.
BBC Brasil - O senhor imagina um cenário em que o Brasil possa ser chamado a intervir militarmente num país africano? Para, por exemplo, atuar na Guiné-Bissau de modo semelhante ao que a França agiu recentemente na Costa do Marfim?
Amorim - Intervir é uma palavra de que não gostamos, e intervir militarmente menos ainda. Mas acho que podemos ajudar se houver concordância de líderes democraticamente eleitos na Guiné-Bissau, se houver concordância dos países da CDAO (Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental), se houver um pedido da ONU.Há uma porção de condicionantes prévias, como [as que regem a presença de forças brasileiras] no Haiti. Mas não consideramos nossa força no Haiti de intervenção: é uma força de paz que está lá para garantir ordem enquanto se processa estabilização não só política, mas social no país.
BBC Brasil - Quando ocorrerá a retirada total das tropas brasileiras no Haiti?
Amorim - Queremos que ela seja progressiva. A última redução implicou do nosso lado em redução de 400 [militares]. Estamos levando o nível de nosso contingente para aqueles quantitativos que prevaleciam antes do terremoto. Não posso fazer um cronograma como se estivesse construindo uma estrada. Não é assim.
BBC Brasil - O Brasil poderá enviar militares à República Democrática do Congo agora que o comandante da força da ONU no país será brasileiro, o general Carlos Alberto dos Santos Cruz?
Amorim - Acho que o "force commander" (comandante da força), por enquanto, está de bom tamanho. Ele não nos pediu nada.
BBC Brasil - Mas é possível?
Amorim - Temos que estar presentes onde podemos fazer diferença. No momento, temos engajamento muito forte no Haiti, que ainda vai durar um tempo, embora não seja nossa intenção de maneira alguma nos perpetuarmos.
Temos uma presença naval no Líbano muito importante. É a primeira vez que o Brasil tem uma presença no Mediterrâneo, que é um teatro tradicional militar, naval. Temos que analisar cada solicitação com muito cuidado.
Agora, se o general precisar de algum apoio do Estado Maior, vamos fazer o possível para ajudar. Não estou falando de tropas, estou falando de apoio, observadores etc.
BBC Brasil - O Brasil tem condições de manter suas Forças Armadas em todas essas frentes externas – Haiti, Líbano, crescente cooperação com países africanos e outros – tendo tantos desafios internos na área de defesa?
Amorim - Os desafios internos não são da área de Defesa, são da área de segurança e quem cuida disso são Polícia Federal e Ministério da Justiça. Nós ajudamos em fronteira e em situações excepcionais, mas essa não é a missão primordial das Forças Armadas. A missão primordial é a defesa do país.
Então não vejo que tenhamos de maneira alguma nos enfraquecido por ter mandado tropas para o Haiti ou a fragata ao Líbano, até porque essas missões também servem para colocar nossos militares em situações reais. Isso tem papel muito positivo na formação, no treinamento das nossas Forças Armadas.
BBC Brasil - O impasse quanto à compra de caças para a Aeronáutica terá um desfecho em breve?
Amorim - Espero que sim. É a única coisa que posso dizer.
BBC BRASIL...SNB

Na selva, Brasil busca estender seu alcance

O major José Maria Ferreira sorria enquanto listava as ameaças à sobrevivência humana na selva envolvendo este posto militar remoto na Amazônia brasileira. Ele começou com as piranhas, que se escondem nos rios, e as cobras como a surucucu, a mais longa cobra venenosa do hemisfério ocidental. Então, ele falou a respeito das criaturas silenciosas, incluindo a formiga-cabo-verde, encontrada em colônias na base das árvores. Sua picada, de acordo com vítimas, dói tanto quanto ser baleado e a dor dura 24 horasSorrindo ainda mais, Ferreira descreveu a leishmaniose, a doença causada por picadas da mosca de areia, as febres por picadas de mosquitos, como a malária e a dengue e, finalmente, rabdomiólise, uma condição causada por exercício extremamente extenuantes. Isso leva a danos nos rins e à degradação do tecido muscular esquelético, as vítimas podem identificar seu início quando a urina se torna marrom escuro.
"Ficamos preocupados quando isso acontece", disse Ferreira, 42, o porta-voz do Centro de Instrução de Guerra na Selva do Brasil, que está entre as instituições mais exigentes de seu tipo nos trópicos. "Essa coloração marrom significa 90% de chance de morte."
Estranhamente, dezenas de soldados das unidades militares de elite brasileiras, assim como membros das forças de operações especiais de todo o mundo, competem todo ano pelas cobiçadas vagas nos cursos do centro, que está emergindo como uma figura principal da ambição do Brasil de espalhar sua influência em partes do mundo em desenvolvimento, especialmente na América Latina e África.
Nos cursos que duram cerca de nove semanas, os instrutores fazem com que os soldados cumpram algumas árduas tarefas. Os soldados devem realizar longas caminhadas pela floresta, nadar em águas infestadas de jacarés e piranhas e sobreviver por vários dias sem comida, caçando seus próprios alimentos.
Os instrutores também privam os soldados de sono, gritando insultos contra eles quando eles mostram sinais de fadiga, e forçando-os a brigarem uns com os outros.
"Tem sido uma experiência muito, muito difícil e cansativa", disse o tenente Djibil Toure, 26, um dos quatro oficiais subalternos de uma unidade de operações especiais do exército do Senegal enviados para participar do curso este ano.
Após o término do curso, Toure disse que conselheiros militares brasileiros planejam viajar para o Senegal, onde sua unidade está envolvida na luta contra a insurgência do Movimento das Forças Democráticas de Casamance.
P
ara o Brasil, a oportunidade de treinar soldados africanos ajudará a melhorar ainda mais seu perfil no outro lado do Atlântico, num momento em que o comércio está crescendo entre o Brasil e os países africanos. Além do Senegal, Angola começou a enviar soldados para o centro, comumente chamado de CIGS.O Brasil também disponibilizou os cursos para os países em seu próprio hemisfério, para países como Argentina, Venezuela, Guiana e Suriname. Mesmo a França, que possui soldados na Guiana Francesa, uma região ultramarina que compartilha uma fronteira na Amazônia com o Brasil e os Estados Unidos, ocasionalmente, envia soldados para participar do treinamento.
Formar uma força militar que permitirá ao Brasil construir sua soberania sobre a Amazônia, cerca de 60% dela se encontra no Brasil e está sendo urbanizada a um ritmo acelerado, continua sendo a principal prioridade do centro. O programa se concentra em lidar com os desafios colocados pelo tráfico de cocaína, o desmatamento ilegal, a mineração não autorizada de ouro e diamantes, e a ameaça de incursões de guerrilheiros da Colômbia que procuram refúgio.
A tarefa de preparar os soldados para missões no Brasil ou no exterior é em grande parte deixada para o tenente-coronel Mario Augusto Coimbra, o instrutor-chefe no Centro de Instrução de Guerra na Selva do Brasil.
Coimbra, um conhecedor auto-descrito do uísque Jack Daniels, recentemente passou um período de férias no Texas caçando porcos selvagens e possui uma coleção de facas de combate, particularmente a faca nepalesa kukris, em seu escritório.
"O Rambo não conseguiria terminar este curso", disse Coimbra, 44. "Pois ele é um individualista. Para realmente sobreviver na selva você precisa trabalhar em equipe."
Ainda assim, mesmo as equipes formadas durante o curso inevitavelmente acabam diminuindo. Dos 100 participantes que iniciaram o curso este ano, restaram apenas 53 participantes quando atingiram a metade do trajeto. Médicos e psicólogos monitoram constantemente os soldados, solicitando sua remoção se eles parecem estar muito cansados ou doentes. A última morte foi em 2008, quando um soldado desmaiou enquanto nadava.
Em uma tarde recente, muitos dos participantes pareciam magros e com olheiras, pois foram obrigados a correr em formação sob chuva incessante. Todos eles tinham seus crachás removidos de seus uniformes, e foram atribuídos números pelos instrutores.
No. 14, o tenente Caio Nicoli Calggario, do Espírito Santo, parecia exausto quando perguntado a respeito do curso. Ele disse que um dos piores momentos ocorreu durante a fase de sobrevivência, quando alguns soldados esfomeados comeram as larvas encontradas na árvore de coco de babaçu.
"Eu dormi 10 minutos na noite passada", disse ele, olhando para o chão. "É difícil caçar quando você está cansado."
Por Simon Romero
SNB

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Brasil amplia habilidades Exocet para ar-launched AM39


Por Robert Hewson

Indústria brasileira e MBDA estão ampliando sua cooperação em Exocet projeto do motor de foguete e desenvolvimento para a produção de novos motores para novas construções ar-lançados mísseis AM39. Em 2009, as duas empresas chegaram a um acordo para a Avibras para re-motor existente Marinha do Brasil em navios lançado MM40 Exocets com um motor modernizado. Esse programa foi declarado um sucesso em 18 de Abril de 2012 com o teste de disparo de um míssil re-motor do brasileiro corveta Barroso.
Agora MBDA, diz um acordo formal está em vigor para os seus parceiros Avibras e Mectron para expandir seu trabalho Exocet para um novo projeto do motor para os AM39 mísseis que equipam os helicópteros EC725 da Marinha do Brasil.
"Temos vindo a trabalhar com a indústria local para a produção de sistemas no Brasil desde 2006", disse MBDA vice-presidente de vendas de exportação Direcção Patrick de la Revelière."Nosso primeiro sucesso foi a MM40 re-engining para mísseis existentes da Marinha, onde trabalhou com Avibras e Mectron em um redesign, a partir do zero, do motor Roxel de idade. Este foi um programa completamente novo desenvolvimento eo disparo do Barroso foi o teste de prova de conceito para esse esforço. "
SNB

Qual era o alvo?


Gilles Lapouge - O Estado de S.Paulo
Israel atacou áreas militares perto de Damasco. Aparentemente, foram atingidos depósitos de armas iranianas (mísseis capazes de alcançar Tel-Aviv) destinados ao Hezbollah libanês, milícia xiita aliada tanto de Bashar Assad quanto do Irã. Qual a urgência estratégica desse ataque espetacular? Evidentemente, não podemos contar com Israel para esclarecer. A força dos israelenses, além de sua coragem, seu talento, suas armas, está no silêncio. Israel ataca e cala. 

A Turquia e a Jordânia oferecem bases para a retaguarda dos rebeldes que combatem Assad. O Irã e o Hezbollah libanês apoiam o ditador. Os europeus e os americanos são favoráveis à insurreição e perguntam-se continuamente se farão alguma coisa ou não. Por que Israel entraria na dança quando, dois anos depois do início da revolta, o regime sírio está terrivelmente enfraquecido? Além disso, há 30 anos existe entre Síria e Israel uma espécie de pacto tácito de não agressão. 

E o Hezbollah? Certamente, é o inimigo íntimo de Israel. A brigada xiita que controla o sul do Líbano e a planície oriental do Bekaa é o pesadelo dos generais israelenses desde 2006, quando a máquina de guerra do país se lançou contra os combatentes do Hezbollah, hábeis, corajosos e competentes. 

E, além do Hezbollah, poderemos entrever outro alvo, o Irã, justamente o sustentáculo do Hezbollah? Há sete anos, o frenético Mahmoud Ahmadinejad berra que quer a morte de Israel, nega aos judeus o direito de viver no Oriente Médio e acrescenta que o Holocausto não foi tão terrível. Ao mesmo tempo, os israelenses acreditam que os iranianos já não compartilham das obsessões infantis de Ahmadinejad. O povo persa nunca mostrou verdadeiro ódio pelos judeus. 

Qual seria o verdadeiro alvo? O especialista Renaud Girard, no Figaro, indaga se o verdadeiro objetivo não seriam os sunitas. "Os sunitas, que se espalham pela região desde a Primavera Árabe, são o verdadeiro perigo para Israel", afirma. "Para os sunitas (muito mais do que para os xiitas iranianos), Israel é o demônio. Quando tomarem Damasco, eles se lançarão imediatamente contra o Estado judeu, porque são movidos por um ódio religioso que é sempre mais profundo do que a diferença política." 

Aceitemos a análise de Girard, um homem competente, mas ela nos obriga a um malabarismo intelectual: Israel teria atacado os xiitas do Hezbollah enquanto seus inimigos reais seriam os sunitas? Decididamente, como dizia o general Charles de Gaulle, o Oriente Médio é "complicado".

Tradução de Anna Capovilla.

* Gilles Lapouge é correspondente em Paris.
SNB

Morsi chega ao Brasil em sua primeira viagem a um país da América Latina

O presidente do Egito, Mohamed Morsi, chegou ao Brasil nesta quarta-feira, 8, e foi recebido por sua homóloga brasileira, Dilma Rousseff. Esta é a primeira visita do presidente egípcio a um país da América Latina.No Palácio do Planalto, os líderes ouviram o hino dos dois países e seguiram para uma reunião. Morsi e Dilma devem assinar ainda nesta quinta-feira sete documentos nas áreas técnica, agrícola, social e cultural.
O presidente do Egito fica no Brasil até quinta-feira. Sua prioridade é conhecer os programas brasileiros de transferência de renda e incrementar o comércio bilateral. O governo de Morsi tenta administrar a queda nas receitas provocada, entre outras razões, pela redução no turismo e dos investimentos estrangeiros no seu país.
As relações econômicas entre Brasil e Egito aumentaram nos últimos dois anos. O fluxo comercial bilateral cresceu 38% (2011-2012). De 2002 a 2012, o volume de comércio entre os dois países cresceu sete vezes, evoluindo de US$ 410 milhões para US$ 2,96 bilhões. / Com Agência Brasil...SNB

A solução para a Síria está no ar


É JORNALISTA, DAVID E. , SANGER, THE NEW YORK TIMES , É JORNALISTA, DAVID E. , SANGER, THE NEW YORK TIMES - O Estado de S.Paulo
A aparente tranquilidade com que Israel atacou depósitos de mísseis e, segundo relatos sírios, um grande centro de pesquisa militar perto de Damasco nos últimos dias instigou o debate em Washington sobre se ataques aéreos liderados pelos EUA são o passo lógico para obstruir a capacidade do presidente Bashar Assad de conter as forças rebeldes ou de usar armas químicas.
Essa opção estava sendo debatida em segredo por EUA, Grã-Bretanha e França dias antes dos ataques israelenses. No domingo, o senador John McCain, que durante muito tempo defendeu um papel americano mais ativo na guerra civil síria, argumentou que os ataques israelenses - dos quais ao menos um parece ter sido feito do espaço aéreo sírio - contrariam o argumento de que o sistema de defesa da Síria seria um grande empecilho.
"Os israelenses parecem capazes de burlá-lo com muita facilidade", disse McCain ao programa Fox News Sunday. Ele prosseguiu dizendo que os EUA poderiam "neutralizar as defesas aéreas sírias em solo com mísseis de cruzeiro e esburacar pistas de pouso, pelas quais estão chegando por ar esses suprimentos do Irã e da Rússia". McCain defendeu que as baterias de mísseis antimísseis instaladas na Turquia poderiam defender uma zona capaz de abrigar rebeldes e refugiados.
Relutância. O Pentágono desenvolveu essas opções meses atrás, mas, nas últimas semanas, elas foram refinadas. Segundo várias autoridades do governo, estudou-se como os ataques seriam coordenados com os aliados - assim como nos dias iniciais das ações na Líbia, que acabaram derrubando Muamar Kadafi do poder. No entanto, o presidente Barack Obama tem mostrado relutância em seguir o curso que adotou naquele caso, segundo assessores, em parte por temer a capacidade das defesas aéreas da Síria e em parte porque as forças de oposição incluem muitos elementos jihadistas.
Por enquanto, Obama disse que só interviria se a Síria tivesse usado armas químicas - a atual investigação sobre o uso de gás sarin está concentrada em Alepo e em Damasco - ou se esse uso fosse iminente. Agora, um consultor de Obama disse: "Ficou muito claro para todos que Assad está calculando se essas armas poderiam salvá-lo".
O resultado é que o objetivo específico de impedir o uso de armas químicas está começando a se fundir com metas mais amplas de derrubar Assad e dar um fim a uma carnificina que já é bem maior do que a da Líbia, quando Obama justificou a intervenção americana utilizando o argumento humanitário.
Obama excluiu totalmente enviar forças de terra americanas à Síria, o que pareceu eliminar a opção de lançar paraquedistas para tomar os 15 a 20 locais onde há armas químicas. Isso torna mais prováveis ataques como os conduzidos por Israel, mas dirigidos aos vetores de armas químicas: mísseis e aviões.
No domingo, uma autoridade de alto escalão do governo americano disse: "Há muitas opções sem envolver soldados americanos em solo e não há nenhuma inclinação para alguma ação no atual estágio". Essas questões certamente virão à tona após a visita de dois dias do secretário de Estado John Kerry a Moscou - na qual, segundo William Burns, vice-secretário de Estado, os EUA argumentariam que a antiga aliança entre Rússia e Assad está se voltando contra os interesses do Kremlin. E um conflito prolongado só vai piorar os riscos de que a guerra síria se amplie e promova o extremismo islâmico.
A Rússia quase certamente seguirá vetando todos os esforços para que se obtenha autorização do Conselho de Segurança da ONU para empreender uma ação militar. Por enquanto, Obama evitou a busca de tal autorização e essa é uma razão pela qual o uso de armas químicas poderia servir de argumento legal para os ataques, desde que eles fossem limitados a reduzir a capacidade de usar essas armas.
Até agora, entre os membros do governo mais relutantes em intervir pesadamente na Síria está o próprio Obama. Ele não quis armar os rebeldes no ano passado, apesar das pressões da então secretária de Estado, Hillary Clinton, e do diretor da CIA, David Petraeus.
Na semana passada, o secretário de Defesa, Chuck Hagel, disse que a opção de armar os rebeldes estava sendo analisada. Aliás, esse debate tem levado à opção de agir mais, segundo funcionários do governo.
O fraseado legalista de Obama - sobre se a "linha vermelha" de intervenção foi ou não cruzada quando surgiram evidências de um uso limitado de gás sarin - levou muitos de seus aliados, liderados pelos israelenses, a questionar a credibilidade de suas advertências.
Uma funcionário do governo americano reconheceu, no fim da semana passada, que as críticas haviam "começado a incomodar". Obama, porém, está determinado a avançar aos poucos, à espera de um relatório definitivo de inteligência sobre quem foi responsável pelo uso de gás sarin, antes de decidir dar o próximo passo. / TRADUÇÃO DE CELSO PACIORNIK
SNB

terça-feira, 7 de maio de 2013

FABTV - Conexão FAB - Revista Eletrônica - Abril 2013


FABTV...SNB

Cautela com Damasco

É COLUNISTA, ESCRITOR, THOMAS L., FRIEDMAN, THE NEW YORK TIMES, É COLUNISTA, ESCRITOR, THOMAS L., FRIEDMAN, THE NEW YORK TIMES - O Estado de S.Paulo
Um amigo árabe comentou comigo que assistir ao debate que se desenrola nos Estados Unidos para decidir até que ponto deve ir seu envolvimento na Síria o fez lembrar de um provérbio árabe: "Se você queima a língua uma vez tomando sopa, pelo resto da vida soprará o iogurte".
Depois que queimamos a língua no Iraque e no Afeganistão, e observamos com crescente angústia as consequências da revolução na Líbia, Tunísia e Egito, o presidente Barack Obama tem toda a razão em mostrar-se cauteloso para não se queimar em Damasco. Já vimos o suficiente dessas transições árabes depois dos respectivos governos autocratas para extrairmos algumas lições cruciais quanto ao que é preciso fazer para apoiar mudanças positivas nesses países. Se ignoramos as lições, será por nossa conta e risco - particularmente a lição do Iraque, que todo mundo quer esquecer embora seja da maior importância.
A Síria é um país gêmeo do Iraque: um Estado criado artificialmente que também nasceu depois da 1.ª Guerra obedecendo às linhas estabelecidas pelas potências imperiais. Assim como o Iraque, as comunidades que constituem a Síria - sunitas, alauitas/xiitas, curdos, drusos, cristãos - jamais se dispuseram de livre e espontânea vontade a conviver de acordo com leis já fixadas.
Portanto, como o Iraque, a Síria tem sido governada durante a maior parte de sua história moderna por uma potência colonial ou por um autocrata com punho de ferro. No Iraque, esperava-se que, quando nós derrubássemos o ditador do punho de ferro, haveria uma transição persistente para uma democracia multipartidária e multissectária. O mesmo diga-se de Egito, Líbia, Tunísia e Iêmen.
Diferença. Mas agora nos damos conta da enorme diferença entre a Europa Oriental de 1989 e o mundo árabe em 2013. Na maior parte da Europa Oriental, a opressão do governo autoritário comunista suprimira amplas aspirações democráticas profundamente arraigadas. Portanto, quando a opressão foi aniquilada, a maior parte desses países adotou com relativa rapidez governos livremente eleitos - ajudados e inspirados pela União Europeia.
Em contraposição, no mundo árabe, a pesada opressão do autoritarismo suprimia aspirações democráticas, sectárias, tribais, islamistas.
Portanto, quando a opressão foi abolida, todas essas aspirações vieram à luz. Mas a tendência islamista foi a mais vigorosa - ajudada e inspirada não pela UE, mas pelas mesquitas e as organizações de caridade islamistas do Golfo Pérsico - enquanto a aspiração democrática revelou-se a menos organizada, a mais pobre e a mais frágil. Em suma, a maior parte dos países da Europa Oriental mostrou ser semelhante à Polônia depois do fim do comunismo, e a maioria dos países árabes se revelou como a Iugoslávia depois do fim do comunismo.
Como disse, nossa esperança e a esperança dos corajosos democratas árabes que deram início a essas revoluções, era que esses países árabes realizassem uma transição de Saddam a Jefferson sem esbarrar em Khomeini ou Hobbes - indo da autocracia para a democracia sem esbarrar no islamismo ou no anarquismo.
Mas, para isso, eles precisariam de um elemento externo que agisse como juiz entre todas suas comunidades (que jamais demonstraram a menor confiança mútua) para tentar substituir o sectarismo, o islamismo e o tribalismo com um espírito de cidadania democrática, ou então do seu próprio Nelson Mandela. Ou seja, uma figura carismática nativa que tivesse condições de liderar, inspirar e conduzir uma transição democrática que inclua todas as comunidades.
Todos sabemos que os EUA desempenharam o papel de juízes no Iraque - extremamente ineptos no começo. Mas, com o tempo, os EUA e os iraquianos moderados conseguiram escapar da beira do abismo, rechaçaram os violentos extremistas sunitas e xiitas, redigiram uma Constituição, e realizaram várias eleições livres, na esperança de ver nascer o Mandela iraquiano. Infelizmente, o resultado foi Nuri al-Maliki, um xiita que, em vez de promover a confiança entre as diversas comunidades, está novamente semeando a divisão sectária.
Acredito que se quiséssemos pôr fim à guerra civil síria e obrigar a Síria a seguir um caminho democrático, seria necessária uma força internacional para ocupar todo o país, garantir a segurança das fronteiras, desarmar todas as milícias e ajudar na transição para a democracia. Mas na ausência de um líder sírio capaz de conciliar, e não de dividir, todas as suas comunidades, não existindo uma força externa capaz de reconstruir a Síria do zero, qualquer outra iniciativa levaria ao fracasso.
Como não há outros países que se disponham a esse papel (e certamente não estou me referindo aos EUA), acredito que a luta na Síria continuará até o esgotamento total das partes. / TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA
SNB


Shinkai 6500 é um submersível tripulado


Shinkai 6500 é um submersível tripulado que pode mergulhar a profundidades de 6.500 metros - mais profunda do que qualquer outro submersível tripulado para a pesquisa acadêmica em todo o mundo hoje. Em 1991, Shinkai 6500iniciou a sua missão para estudar a topografia do fundo marinho e geologia e pesquisa de organismos no fundo do mar no Oceano Pacífico, Oceano Atlântico e Oceano Índico, bem como o mar ao redor do Japão. O número total de mergulhos chegou a 1.300 em 2012.Em março de 2012, JAMSTEC completou a grande atualização de Shinkai 6500, que foi a maior escala desde o seu lançamento. 
O tipo de balanço do propulsor original principal ré foi substituída por duas de médio porte propulsores de popa do tipo fixo, e um propulsor de popa horizontal adicional foi instalado para que o submersível é capaz de transformar rapidamente e sem problemas. Motores para todos os propulsores, uma bomba hidráulica e uma bomba de água do mar também foram substituídos por novos motores para uma melhor resposta, aceleração e travagem.

Movimentos apurar em Interior da Terra
Nós investigar fenômenos que têm uma grande influência sobre os movimentos do interior da Terra, tais como zonas de subducção, onde placas grandes terremotos ocorrem e cumes mid-oceânicas, onde nova crosta é formada, e esclarecer a maneira pela qual a Terra foi formada.
Esclarecer Evolução Organismos Vivos
Até à data, as explorações em águas profundas revelaram uma ampla gama de comunidades biológicas extremamente exclusivos e ecossistemas quimiossintéticos.Ecossistemas quimiossintéticos são ecossistemas que têm praticamente nenhuma dependência da energia solar e onde as bactérias quimiossintéticos produzir materiais orgânicos, usando sulfeto de hidrogênio e metano na água expelida a partir da parte interior da Terra como sua fonte de energia.Espera-se que o estudo destes ecossistemas de águas profundas vai ajudar a esclarecer as origens e os processos evolutivos de organismos vivos.
Utilizar e conservar organismos de águas profundas
A fim de resolver a segurança alimentar e outros problemas que a humanidade terá de enfrentar no futuro a utilização, sustentável dos recursos biológicos do alto mar e pesquisas sobre os recursos genéticos de organismos do fundo do mar que apresentam uma gama diversificada de fisiologias, são obrigatórios.
Elucidar ciclos térmicos e materiais
A história das mudanças ambientais globais, incluindo as variações climáticas e à intensificação e atenuação das correntes de maré, é registrado nos vários tipos de sedimentos depositados no fundo do mar.Shinkai 6500 é usado para coletar amostras desses sedimentos para análise. 
calor e materiais expelidos como resultado da atividade hidrotermal no fundo do mar tiveram um impacto definitivo sobre o meio ambiente global.Compreensão dos sistemas hidrotermais no fundo do mar irá contribuir para uma maior compreensão das mudanças ambientais globais.
SNB

Primeiras imagens das profundezas

Herton Escobar / O Estado de S. Paulo

Rio de Janeiro*
Pesquisadores brasileiros e japoneses apresentaram ontem os primeiros resultados da expedição que realizou os mergulhos mais profundos já executados no Atlântico Sul. A bordo do minissubmarinoShinkai 6500, da Agência Japonesa de Ciência e Tecnologia da Terra e do Mar (Jamstec), eles desceram a mais de 4 mil metros em dois pontos distantes da costa brasileira, trazendo imagens inéditas da biologia e da geologia que compõem os ecossistemas de alta profundidade nessa região do planeta, nunca antes explorada cientificamente.
“A expedição foi um sucesso”, comemorou o biólogo brasileiro Paulo Sumida, do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO-USP), um dos quatro brasileiros que tiveram o privilégio de mergulhar com o Shinkai nesta primeira etapa da viagem. O navio Yokosuka, no qual eles viajavam, chegou no domingo ao Rio, após duas semanas de pesquisa em alto-mar. (leia a primeira reportagem para saber mais detalhes do projeto)
Pelas janelas e câmeras do Shinkai, os pesquisadores avistaram uma série de organismos que vivem nas profundezas escuras do oceano brasileiro, incluindo peixes, polvos, camarões, caranguejos, anêmonas pepinos do mar e corais.
Foram realizados sete mergulhos: cinco na Dorsal de São Paulo, um grande paredão submerso no borda da plataforma continental do Sudeste, e dois na Elevação do Rio Grande, uma enorme chapada totalmente submersa a 1,5 mil quilômetros da costa do Rio, com montanhas que se elevam cerca de 4 mil metros acima do assoalho marinho, já em águas internacionais.
O plano original era fazer a maioria dos mergulhos nessa Elevação, mas o mal tempo na região obrigou o navio a seguir primeiro para a Dorsal de São Paulo e realizar a maior parte dos mergulhos por lá. Foi onde Sumida realizou o primeiro mergulho, por exemplo, a 4.200 metros de profundidade (leia um relato do pesquisador enviado ao blog na ocasião).
Tudo foi filmado e várias amostras de organismos, rochas e sedimentos foram trazidos de volta à superfície para estudo.
Para a geologia, um dado importante foi confirmar que a base geológica da Elevação do Rio Grande, assim como do Rio de Janeiro, é de rocha granítica – um tipo de rocha que só se forma na superfície – o que é um forte indicativo de que a Elevação esteve conectada ao continente num passado distante, apesar de hoje estar separada dele por mais de 1 mil km de oceano. Diferentemente de elevações como a do Arquipélago de Fernando de Noronha, por exemplo, que tem origem vulcânica.
Pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) até brincaram, dizendo ter descoberto a “Atlântida brasileira”. A expectativa do CPRM é que a Elevação possa ser uma lasca de continente que se “perdeu” quando a América e a África se separaram, há cerca de 200 milhões de anos, criando o espaço que hoje é ocupado pelo Oceano Atlântico.
Amostras de rochas da Elevação coletadas pelo CPRM por meio de dragagens no ano passado já mostravam a presença do granito, mas faltava uma verificação direta para confirmar a descoberta. Segundo Roberto Ventura Santos, diretor de geologia e recursos minerais do CPRM, o próximo passo é fazer perfurações para obter mais amostras e fazer mais análises. “Se encontramos um continente no meio do oceano, será uma descoberta muito grande, que pode ter várias implicações em relação à extensão da plataforma continental”, disse.
A Elevação do Rio Grande está em águas internacionais (fora da jurisdição do Brasil, por enquanto), mas o País pleiteia junto à ONU o direito de explorar as riquezas minerais do local. Se for possível demonstrar que ela tem uma conexão histórica com a costa brasileira, isso poderia ter implicações geopolíticas significativas para o País.As imagens captadas com o Shinkai no topo da Elevação também mostraram grandes depósitos de areia de quartzo a quase mil metros de profundidade (foto acima), o que surpreendeu os pesquisadores.
“É como se você estivesse olhando para uma praia aqui no Rio”, disse ao Estado o presidente da Jamstec, Asahiko Taira, que veio ao Brasil para ver a apresentação dos resultados e reforçar a parceria com o País. “Temos que explicar como isso é possível.” Uma possibilidade, segundo ele, é que essas “praias” tenham sido formadas pela erosão do granito pelas correntes marítimas, assim como ocorre com o vento na superfície. “Nunca vi uma formação como essa”, completa Taira, ressaltando que ainda é preciso olhar as amostras geológicas em maior detalhe para afirmar qualquer coisa.
Limites da Vida. O objetivo principal da expedição, parte de um projeto global da Jamstec chamado Busca pelos Limites da Vida (Quelle 2013), era procurar por ambientes chamados quimiossintéticos, baseados em microrganismos que sobrevivem totalmente isolados da luz solar, alimentando-se diretamente de substâncias químicas que “exalam” do subsolo oceânico ou crescendo sobre carcaças de baleias que afundam depois de morrer.
Al
guns ambientes desse tipo foram encontrados, segundo o Estado apurou, mas os detalhes são mantidos em sigilo por enquanto, para não prejudicar a publicação científica dos dados mais adiante.
Seja como for, as imagens preliminares apresentadas ontem no Rio de Janeiro já representam um marco para a oceanografia brasileira e internacional, considerando que nunca foram realizados mergulhos antes a essa profundidade nesta região. “O Atlântico Sul é uma grande fronteira inexplorada das ciências marinhas”, disse o cientista chefe da expedição, Hiroshi Kitazato. “Tudo que a gente viu é novidade.”
“Encontramos uma grande diversidade de organismos”, comemorou Kitazato. Apesar de não ser uma diversidade tão grande quanto a do mar profundo do Japão (que é um dos maiores hotspots de biodiversidade marinha do mundo), ele disse que foi interessante ver como a composição da fauna variava de acordo com as diferentes camadas de água, à medida que o Shinkai descia. “O povo brasileiro tem muita sorte de ter esses ambientes no seu país”, disse.
O Yokosuka fica no Rio até sexta-feira. A segunda pernada da expedição será sobre a Bacia de Santos, entre Rio e São Paulo.
*Em colaboração com Giovana Girardi, de São Paulo.
SNB

CHINA REJEITA ACUSAÇÃO DO PENTÁGONO SOBRE ESPIONAGEM MILITAR


A China está usando espionagem para adquirir tecnologia para alimentar sua modernização militar, disse o Pentágono na segunda-feira, acusando pela primeira vez a China de tentar invadir redes de computadores de defesa dos EUA. O governo chinês reagiu com uma negação firme.
Em seu relatório anual de 83 páginas ao Congresso sobre os desenvolvimentos militares da China, o Pentágono também citou avanços no esforço de Pequim para desenvolver caças de espionagem com tecnologia avançada e construir uma frota de porta-aviões.
O relatório disse que a ciberespionagem da China era uma "séria preocupação" que apontava para uma ameaça ainda maior porque as "habilidades necessárias para essas invasões são semelhantes às necessárias para conduzir ataques a redes de computadores".
"O governo dos EUA continuou a ser alvo de (ciber) intrusões, algumas das quais parecem ser imputáveis diretamente aos militares e ao governo chinês", disse o relatório, acrescentando que o principal objetivo das invasões virtuais era obter informações para beneficiar as indústrias de defesa, os militares estrategistas e os líderes governamentais.
Uma porta-voz disse que essa era a primeira vez que o relatório anual do Pentágono mencionou Pequim como invasores de redes de defesa dos EUA, mas a China considerou o relatório como sem fundamento.
O Departamento de Defesa dos EUA faz repetidamente "comentários irresponsáveis ??sobre a normal e justificada ampliação da defesa da China e exagera uma chamada ameaça militar chinesa", disse a porta-voz da chancelaria chinesa Hua Chunying.
"Isto não é benéfico para a cooperação e a confiança mútua entre os EUA e a China", disse Hua a repórteres. "Nos opomos firmemente a isto e já fizemos representações junto aos EUA". A ampliação da defesa da China é orientada no sentido de proteger a sua "independência e soberania nacional", disse Hua.
Sobre as acusações de pirataria, Hua disse: "Nós nos opomos firmemente a qualquer crítica infundada e promoção exagerada, porque o exagero sem fundamento e a crítica só prejudicam os esforços bilaterais de cooperação e diálogo".
Apesar das preocupações sobre as invasões, um alto funcionário da Defesa dos EUA disse que sua principal preocupação era a falta de transparência. "O que me preocupa é a medida em que a modernização militar da China ocorre na ausência do tipo de abertura e transparência que os outros estão certamente demandando da China", disse David Helvey, vice-secretário assistente de Defesa para a Ásia Oriental, em entrevista ao Pentágono no relatório.
SNB

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Colômbia receberá sistemas de mísseis anticarro Rafael Spike NLOS

Por Ivan Plavetz

A aquisição do Spike NLOS faz parte do conjunto de sistemas adotados para o programa de  modernização dos helicópteros Arpia III (Sikorsky U/AH-60A/L Black Hawk) da Força Aérea da Colômbia (acima) , os quais passarão para o padrão Arpia IV (abaixo). Fotos Força Aérea da Colômbia e Rafael/IDF/AF


Fontes militares locais dão conta que a Força Aérea da Colômbia (FAC) receberá em breve sistemas de mísseis anticarro de longo alcance Spike NLOS fabricados pela israelense Rafael Advanced Defense Systems. A aquisição do Spike NLOS faz parte do conjunto de sistemas adotados para o programa de modernização dos helicópteros Arpia III (Sikorsky U/AH-60A/L Black Hawk) da FAC, os quais serão elevados para o padrão Arpia IV, com superior capacidade de combate tático.
Um lote de 12 Black Hawk da FAC serão submetidos a esse programa de modernização, incluindo a integração de novas armas, sistemas de comunicações por datalink e sistemas eletro-ópticos Rafael Toplite para vigilância, observação e aquisição de alvos.
O Spike NLOS (Non-Line Of Sight) é uma versão de exportação avançada do míssil Tamuz, com alcance de 25 km. Pesando cerca de 70 kg antes do lançamento, o Spike NLOS é capaz de portar todos os tipos de ogivas desenvolvidas para a família Spike. O modelo já esta sendo empregado pelas Forças de Defesa de Israel (IDF).


 tecnodefesa....SNB

israelense atinge Damasco , tem como alvo expedição arma Hezbollah

SNB

Rocha granítica no meio do oceano pode ser sinal de 'Atlântida brasileira'


Giovana Girardi - O Estado de S. Paulo
Um pedaço de rocha encontrado no meio do oceano Atlântico, no meio do caminho entre África do Sul e Brasil, pode ser o indicativo de um continente perdido na história do planeta Terra. A expectativa do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), que anunciou a descoberta nesta segunda-feira, dia 6, é que possa ser uma lasca de continente que se perdeu quando América e África se separaram, há cerca de 200 milhões de anos. Para entendimento do público, os geólogos já brincam que seria uma espécie de “Atlântida” brasileira.

De acordo com Roberto Ventura Santos, diretor de geologia de recursos minerais do (CPRM), o material foi coletado no ano passado a cerca de 1500 km da costa do Rio de Janeiro e a 2500 metros de profundidade, em uma região conhecida como Alto do Rio Grande. Trabalhos de dragagem do fundo do mar trouxeram à tona uma rocha “inusitada”, como define Ventura.
“Inusitada porque é uma rocha granítica. E não se encontra granito no fundo do mar. O normal é achar no continente. Para se ter uma ideia, os arquipélagos de Fernando de Noronha e de São Pedro e São Paulo são de origem vulcânica”, conta. Segundo ele, já de cara os pesquisadores imaginaram se tratar de um crosta continental. “Mas também poderia ser um lastro de navio. Era tudo tão inusitado que poderia ser qualquer coisa.”
O reforço de que pode se tratar mesmo de um pedaço de continente veio agora com uma expedição do navio japonês Yokosuda dentro do projeto “Busca pelos Limites da Vida” – uma iniciativa da Agência Japonesa de Ciência e Tecnologia da Terra e do Mar (Jamstec), que tem a cooperação científica de pesquisadores de universidades brasileiras e do CPRM.
Durante a viagem realizada no mês passado entre a África do Sul e o Rio de Janeiro, onde o navio aportou no final de semana, foi feita uma observação de um “morrete” bem onde o CPRM fez a dragagem da rocha misteriosa. A bordo de um minissubmarino – o Shinkai 6500 –, que desceu à profundeza de 2500 a 3000 metros – os pesquisadores visualizaram um monte com “rochas com feições semelhantes a rochas graníticas”, conta Ventura. Eles não fizeram, porém, nenhuma coleta e ainda não se tem certeza se a rocha dragada anteriormente tenha vindo exatamente desse morrete.
Para saber com certeza, explica Ventura, o próximo passo é fazer perfurações nesse local, para fazer uma amostragem e novas análises. “Falamos em Atlântida mais pelo simbolismo. Obviamente não esperamos encontrar nenhuma cidade perdida no meio do Atlântico”, brinca o geólogo. “Mas se for verdade que encontramos um continente no meio do oceano, será uma descoberta muito grande, que pode ter várias implicações, em relação à extensão da plataforma continental”, diz.
SNB

Impressoras 3D já são usadas para produzir armas


A primeira arma do mundo feita com a tecnologia de impressão 3D foi testada com sucesso nos Estados Unidos. A notícia foi dada pela BBC, que divulgou um vídeo mostrando como a arma foi produzida por um estudante de direito americano de 25 anos.
O estudante e seu grupo defendem a liberdade das pessoas de utilizarem a tecnologia para desenvover armas de fogo em casa. Eles pretendem compartilhar as informações sobre a primeira experiência feita no sábado, 4.

Os defensores de programas de desarmamento criticam o projeto. Autoridades policiais informam que acompanham de perto os passos dos administradores do grupo.O problema é que a Primeira Emenda da Constituição americana garante a liberdade de expressão e a Segunda Emenda, o direito de portar armas. 

As impressoras 3D podem ser usadas com finalidade industrial e também são capazes de imprimir qualquer tipo de objeto dentro de casa.
Victoria Baines, do centro de cibercrime da Europol, declarou à BBC que os criminosos sempre buscaram rotas tradicionais para obter armas de fogo, mas agora as coisas começam a mudar: "Com essa tecnologia de fácil utilização, novos riscos começam a surgir".

Cody Wilson, o estudante da Universidade do Texas, foi quem divulgou a informação de que a arma impressa em 3D funcionou como uma arma normal: "Muita gente não acreditava que isso pudesse ser feito", declarou.

A arma foi feita em uma impressora 3D que custou US$ 8.000 no site de leilões online eBay, informou ele à BBC.

A arma foi montada a partir de componentes impressos separados feitos de plástico ABS - somente o pino de disparo foi feito a partir de metal.

O estudante, que se define como 'cripto-anarquista', disse que seus planos para tornar o projeto disponível eram um exemplo de liberdade.

Ele disse à BBC: "Existe uma demanda por armas, mas no mundo inteiro há países que proibem as pessoas de ter uma arma de fogo. Agora isso não é mais verdade. Estamos em um mundo com tecnologia onde se pode fazer o que quiser. Não cabe aos políticos definir mais nada."

Para fazer a arma, ele recebeu uma licença de fabricação e do vendedor do Bureau de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos dos EUA.

Donna Sellers, da ATF, disse à BBC News que a arma impressa em 3D é uma arma legal nos EUA.
"Uma pessoa pode fabricar uma arma de fogo para uso próprio, mas a produção para venda exige uma licença", explicou.

As impressoras 3D imprimem produtos de plástico, mas as industriais também imprimem em metal.  Fios de plástico de diferentes cores são enrolados e colocados dentro de impressoras como se fossem as tintas de uma de papel.  O plástico é derretido a altas temperaturas e o líquido é pingado sobre uma superfície para dar forma tridimensional ao objeto.

As impressoras 3D custam pouco menos de US$ 2 mil, e servem especialmente para arquitetos e engenheiros construírem maquetes em seus escritórios. Eles podem imprimir imagens em três dimensões de projetos no Autocad.

O grande temor envolvendo as impressoras 3D é o seu uso para a fabricação de armamentos.  Um grupo de estudantes da Universidade do Texas lançou um projeto chamado Defense Distributed para criar arquivos na internet que podem ser baixados por qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo e impressos em uma impressora 3D.
BBC NEWS...SNB

VISIONA - PRÉ-SELECIONADOS FORNECEDORES PARA O SATÉLITE BRASILEIRO


VISIONA Tecnologia Espacial S.A. divulgou hoje que, como parte de suas atribuições no projeto do sistema do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), pré-selecionou três empresas para o fornecimento do satélite do sistema:
- Mitsubishi Electric Corporation – MELCO;
- Space Systems/Loral ,e,
- Thales Alenia Space.
A partir desta pré-seleção, que se baseou em requisitos técnicos, operacionais, econômicos e de transferência de tecnologia, partirá para a etapa final do processo de seleção, em conformidade com as especificações da TELEBRAS, operadora do satélite, bem como do Termo de Referência elaborado pelos Ministérios das Comunicações, da Defesa e de Ciência, Tecnologia e Inovação.

Sobre a Visiona 

Criada em maio de 2012, a Visiona é uma associação entre a Embraer S.A., que detém 51% do capital, e a Telecomunicações Brasileiras S.A. (Telebras), que possui 49% das ações. A empresa atua como integradora do sistema SGDC, que visa atender às necessidades de comunicação satelital do Governo Federal, incluindo o Programa Nacional de Banda Larga e um amplo espectro de transmissões estratégicas na área de defesa.
DEFESA NET ...SNB

Teste da bomba inteligente SMKB 82

SNB

quarta-feira, 1 de maio de 2013

O mundo sem os Estados Unidos


RICHARD, HASS, PROJECT SYNDICATE, É PRESIDENTE DO CONSELHO DE , RELAÇÕES EXTERIORES DOS EUA, RICHARD, HASS, PROJECT SYNDICATE, É PRESIDENTE DO CONSELHO DE , RELAÇÕES EXTERIORES DOS EUA - O Estado de S.Paulo
Gostaria de propor uma ideia radical: a ameaça mais crucial com que os EUA se defrontam agora, e se defrontarão no futuro previsível, não é a ascensão da China, a temeridade da Coreia do Norte, o Irã nuclear, o terrorismo moderno ou a mudança climática. Embora todas elas sejam ameaças em potencial ou mesmo concretas, os maiores problemas dos EUA, neste momento, são o aumento de sua dívida, sua infraestrutura em ruína, um ensino básico e secundário de segunda classe, um sistema de imigração ultrapassado e um lento crescimento econômico - em suma, o próprio alicerce do poder americano.
Talvez os leitores de outros países se sintam tentados a reagir a essa conclusão com certa satisfação pelas dificuldades dos EUA - e tal atitude não deve surpreender. Os EUA e os seus representantes têm sido culpados de arrogância (é possível que, muitas vezes, os EUA sejam uma nação indispensável, mas seria melhor que outras nações destacassem isso). Os exemplos de incoerência entre os atos e os princípios em que se baseiam os EUA fazem com que, compreensivelmente, eles sejam acusado de hipocrisia. Quando os EUA não respeitam os princípios que apregoam, causam descontentamento.
Seria preciso resistir ao impulso, entretanto, de comprazer-se com as imperfeições e os conflitos dos EUA. As pessoas de todo o planeta deveriam ser prudentes com o que desejam. O fato de os EUA não resolverem seus problemas internos tem um custo muito elevado. Na realidade, o interesse do restante do mundo no sucesso americano é quase tão grande quanto o do próprio EUA.
Em parte, o motivo disso é econômico. A economia americana ainda representa cerca de 25% da produção global. Se o crescimento americano acelerar, a capacidade do país de consumir os bens e serviços de outros países aumentará, acelerando a expansão econômica mundial. Neste momento em que a Europa se encontra à deriva e a Ásia freia seu crescimento, somente os EUA (ou, em termos mais amplos, a América do Norte) têm o potencial para liderar a recuperação econômica global.
O país continua sendo uma fonte muito rica de inovação. A maior parte da população mundial se comunica por meio de aparelhos móveis com tecnologia do Vale do Silício. A internet foi criada nos EUA. Mais recentemente, novas tecnologias desenvolvidas nos EUA aumentaram consideravelmente a capacidade de extrair petróleo e gás natural de formações subterrâneas. Hoje, essa tecnologia permite que outras sociedades aumentem sua produção de energia e reduzam sua dependência de dispendiosas importações e as emissões de carbono. Os EUA são também um criadouro de ideias inovadoras. Suas universidades educam um número significativo de futuros líderes mundiais.
O mundo enfrenta graves desafios. É necessário coibir a proliferação das armas de destruição em massa, combater a mudança climática e manter uma ordem política mundial que funcione para promover o comércio e os investimentos. Também é preciso regular as práticas no espaço cibernético, aprimorar a saúde global e prevenir os conflitos armados. Esses problemas não encontrarão em si uma solução.
Talvez a "mão invisível" de Adam Smith garanta o sucesso do livre mercado, mas ela é impotente no mundo da geopolítica. Para que haja ordem, é imprescindível que a mão visível da liderança formule e ponha em prática as respostas globais aos desafios globais.
Nada do que acabo de afirmar tem o propósito de sugerir que os EUA possam solucionar eficazmente os problemas do mundo. O unilateralismo raramente funciona. Não que os EUA não disponham dos meios para tanto. É a própria natureza dos problemas contemporâneos globais que sugere que somente as respostas coletivas têm chance de sucesso.
No entanto, é muito mais fácil defender o multilateralismo do que planejá-lo e pô-lo em prática. Neste momento, só existe um candidato a esse papel: os EUA. Com isso, volto ao argumento inicial da necessidade de os EUA porem ordem na sua casa - tanto em termos econômicos e físicos quanto sociais e políticos - se quiserem ter os recursos para promover a ordem no mundo.
Essa deveria ser a esperança de todos, porque a alternativa a um mundo liderado pelos EUA não é um mundo liderado por China, Europa, Rússia, Japão, Índia ou por qualquer outro país, mas um mundo sem líderes. E, quase certamente, esse mundo se caracterizaria por crises e conflitos crônicos. O que seria ruim não apenas para os americanos, mas também para a maioria dos habitantes do planeta. / TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA
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Evo Morales expulsa agência norte-americana da Bolívia


Agência Estado
O presidente da Bolívia, Evo Morales, informou, nesta quarta-feira, que está expulsando a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla em inglês) do país sob a alegação de "tentativa de minar seu governo de esquerda". Morales, no entanto, não especificou as ações da USAID.
Morales anunciou a decisão a uma multidão do lado de fora do palácio presidencial durante a reunião do Dia do Trabalho. Ele afirmou estar protestando contra uma declaração recente do Secretário de Estado norte-americano, John Kerry, de que a América Latina seria o quintal dos Estados Unidos.
"Os Estados Unidos não carecem de instituições que continuam a conspirar, e é por isso que eu estou usando esse encontro para anunciar que decidi expulsar a USAID na Bolívia" afirmou Morales à multidão, voltando-se para seu ministro das Relações Exteriores, David Choquehuanca, e ordenando-lhe que informasse à embaixada dos EUA.
Há pouco tempo, o presidente acusou a USAID de financiar grupos que se opunham às políticas do governo, especificamente a Confederação de Povos Indígenas do Oriente da Bolívia (Cidob) que organizou protestos contra a construção da estrada em meio ao Parque Nacional Isiboro Sécure, maior reserva florestal boliviana.
Em 2008, Morales expulsou o embaixador e agentes da Força Administrativa de Narcóticos (DEA, na sigla em inglês) por, supostamente, incitar a oposição. As informações são da Associated Press. 
SNB