quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Como reagirá a China à venda de submarinos russos ao Vietnã?


Dois dos seis submarinos diesel-elétricos russos encomendados pelo Vietnã serão fornecidos já no ano em curso. Qual poderá ser a reação da China a este contrato no contexto dos litígios territoriais que o país tem com o Vietnã? Evidentemente, Pequim está descontente com o reforço do potencial naval militar de Hanói. Entretanto, a realização da transação russo-vietnamita não prejudicará os interesses chineses.

Ao todo, o Vietnã deverá receber seis submarinos do projeto 636, no valor total de dois bilhões de dólares. O preço contatual inclui também o desenvolvimento da infraestrutura terrestre para o baseamento de submarinos e a preparação de suas tripulações. Os submarinos abrangidos pelo contrato são uma variante profundamente modernizada dos submarinos soviéticos do projeto 877EKM Kilo, têm novos equipamentos eletrônicos e são capazes de portar mísseis de cruzeiro.
Comentadores militares chineses reagiram com profunda preocupação à perspetiva de o Vietnã receber novos submersíveis. O contra-almirante Yin Zhuo falou diretamente que os submarinos vietnamitas poderão ameaçar comunicações marítimas vitalmente importantes para a China, que passam através do estreito de Malaca e do mar da China Meridional. São as vias pelas quais a China recebe petróleo e outras matérias-primas de África e de países do Oriente Médio.
A China acompanha com especial atenção a atividade de submarinos estrangeiros no mar da China Oriental após  ter sido construída na ilha de Hainan uma nova base para submarinos atômicos chineses, inclusive munidos de mísseis balísticos Giant Wave (JL-2). As autoridades chinesas receiam que a atividade de Marinhas estrangeiras naquela região possa ameaçar suas forças estratégicas de dissuasão nuclear.
É evidente que a China está descontente com o reforço do potencial naval militar do Vietnã em uma altura em que as disputas territoriais se agravam entre os dois países. Mas a atitude chinesa para com o Vietnã é diferente do comportamento em relação a tais aliados próximos dos Estados Unidos como as Filipinas e o Japão, com que a China tem também litígios territoriais.
Apesar das contradições, a China está desenvolvendo com o Vietnã não apenas relações interestatais, mas também interpartidárias, atribuindo a elas cada vez maior importância. O Vietnã sempre desempenhou um papel-chave na política chinesa no Sudeste Asiático. Em 2011, o intercâmbio comercial entre os dois países superou 25 bilhões de dólares e continua a crescer. Enquanto em relação ao Japão e às Filipinas a China pode recorrer à política da pressão, o país tem por tarefa envolver o Vietnã na cooperação.
Por isso os chineses reagem com bastante moderação às compras vietnamitas de novos caças, lanchas de mísseis Molniya e de submersíveis à Rússia. Pequim entende que a envergadura da modernização militar vietnamita está longe dos esforços da China voltados para renovar as Forças Armadas e, no caso da redução da cooperação russo-vietnamita na esfera técnico-militar, é muito provável que o Vietnã coopere mais estreitamente com os Estados Unidos, o que contraria os interesses tanto da Rússia, como da China
VOZ DA RUSSIA   SNB

Dilma irá à Bolívia inaugurar corredor rodoviário interoceânico



A presidente Dilma Rousseff se reunirá, em 5 de abril, com os presidentes Evo Morales (Bolívia) e Ollanta Humala (Peru) para a inauguração do corredor rodoviário interoceânico, que vai ligar os oceanos Pacífico e Atlântico. A cerimônia foi anunciada nesta segunda-feira em La Paz, por Morales.


A cerimônia deve ocorrer na cidade boliviana de San José de Chiquitos, no departamento (estado) boliviano de Santa Cruz. A presença de Humala, considerado "convidado especial", segundo Morales, é para ratificar a ampliação da integração do Peru com o Brasil e a Bolívia. A negociação para as obras da rodovia começou em 2007, por intermédio de um acordo assinado pelos governos de Brasil, Bolívia e Chile.
Segundo dados do governo boliviano, o corredor rodoviário interoceânico terá um total de 2,7 mil quilômetros de extensão, dos quais 1.561 quilômetros estão em território da Bolívia, 947 quilômetros estarão em solo brasileiro e 192 quilômetros em área do Chile. A rodovia atravessará as regiões bolivianas de Santa Cruz, Cochabamba e Oruro, criando um acesso entre o porto brasileiro de Santos com as regiões de Arica e Iquique, no Chile.
Em janeiro de 2009, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugurou dois trechos do corredor rodoviário interoceânico ao lado de Morales. Na ocasião, foram abertos para uso os trechos de Arroyo Concepción a El Carmen e de El Carmen a Roboré, ambos em território boliviano, na fronteira com o município brasileiro de Corumbá (MS).
De acordo com dados do governo brasileiro, o Brasil é um dos principais parceiros comerciais da Bolívia e um dos maiores investidores no país vizinho. Em 2008, o comércio bilateral movimentou US$ 4 bilhões, e no ano anterior alcançou US$ 2,5 bilhões.
O encontro de Dilma com Morales vai ocorrer um mês e meio depois do episódio ocorrido na cidade de Oruro, na Bolívia, no qual o boliviano Kevin Douglas Beltrán Espada, 14 anos, foi atingido por um sinalizador lançado durante o jogo entre o time de futebol do San José e o Corinthians pela Copa Libertadores da América, no Estádio Jesús Bermudez.
Um grupo de torcedores foi acusado pela morte do jovem boliviano. Dos 12 torcedores do Corinthians detidos na cidade de Oruro, na Bolívia, dois são considerados, pela polícia do país, autores do disparo do sinalizador.
Com informações da agência pública de notícias da Bolívia, ABI.



Agência Brasil
..SNB

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Ucranianos estragaram foguete russo


A queda do foguete  Zenit ocorrida em 1 de fevereiro foi devida a deficiências nos blocos produzidos na Ucrânia, comunicou aos jornalistas Ivan Kharchenko, 1º vice-presidente da Comissão Militar-Industrial adjunta ao Governo da FR. “Não houve reclamações relativamente aos equipamentos russos”, disse Kharchenko.

No dia 1 de fevereiro, logo depois do lançamento do foguete Zenit a partir de uma plataforma marítima, no âmbito do programa “Lançamento Marítimo”, ocorreu o desligamento de emergência do propulsor do 1º estágio. O foguete desviou-se da trajetória planejada e caiu nas águas do Pacífico.
VOZ DA RUSSIA SNB

Marinha da China recebeu nova fragata “invisível”


A Marinha de Guerra da China recebeu uma nova fragata do projeto Type 056, construída com emprego de tecnologia stealth(tecnologia utilizada para ocultar navios, aviões e mísseis). Ao todo, a China planeja construir 20 fragatas novas para substituir os navios mais velhos da Marinha.

Embora a China classifique os navios do projeto Type 056 como fragatas, eles se parecem mais com corvetas. Estes navios têm 95,5 m de comprimento, 11,6 m de largura, 4,4 m de calado e 1400 toneladas de deslocamento. O navio pode navegar a 28 nós e possui uma autonomia de 2000 milhas.
A embarcação está armada com dois conjuntos de lançamento de mísseis antinavio YJ-83, um conjunto antiaéreo FL-3000, um canhão de 76 mm, dois canhões de 30 mm e dois lança-torpedos (de três tubos), de 533 mm. A fragata está equipada também com um helicóptero Harbin.
VOZ DA RUSSIA  SNB

Oceanos também têm “buracos negros”

Alexei Siunnerberg   

O conceito de “buracos negros do Universo” é-nos familiar desde os tempos da escola, o seu estudo tem dado que fazer a gerações de cientistas. Recentemente, apareceu um novo conceito de “buracos negros do oceano”. Ao contrário dos buracos negros do espaço, estes “buracos” são feitos pelo homem.

Foi este o nome que os especialistas da OTAN atribuíram aos submarinos diesel-elétricos russos do projeto 636, classe Kilo, devido ao ruído extremamente reduzido, que dificulta ao máximo a sua deteção, refere o perito militar Viktor Litovkin, editor-chefe da publicação russa Nezavissimoie Voennoe Obozrenie(Revista Militar Independente):
“São navios bons, com um bom armamento de torpedos, minas e mísseis. Eles estão equipados com o sistema de mísseis supersônicos antinavio Klub, que provou ser excelente nos submarinos que a Rússia forneceu à Marinha de Guerra da Índia.”
Os submarinos Kilo são uma modernização da classe Varshavianka, que a Rússia começou a fabricar para exportação já há três décadas. Os submarinos Kilo mantêm as características principais e a arquitetura do Varshavianka, mas o seu recheio, equipamento radioeletrônico, meios de suporte de vida são totalmente modernos. Esses navios podem se deslocar em submersão à velocidade de 37 km por hora, submergir até 300 metros de profundidade e ter uma autonomia de navegação de 45 dias.
Dois desses submarinos serão enviados para o Vietnã durante o corrente ano. Eles foram construídos em São Petersburgo e já foram lançados à água, estando neste momento a realizar experiências de mar em submersão, no mar Báltico. No total, de acordo com contrato russo-vietnamita, o Vietnã irá receber seis submarinos da classe Kilo. A execução do total desse contrato, no valor de dois bilhões de dólares, está planejada para 2016. Viktor Litovkin acrescenta:
“É difícil sobrevalorizar a importância que esses submarinos têm para o Vietnã. Com eles, o país poderá defender com maior eficácia as suas águas territoriais, a sua zona econômica, as suas ilhas e plataformas petrolíferas. As frotas de superfície e submarina devem atuar em complementaridade. Os navios de superfície também devem estar protegidos abaixo do nível do mar. O inverso também é verdadeiro, a saída dos submarinos para o mar, especialmente perto das suas costas, deve ter sempre a cobertura de navios de superfície.”
O Vietnã é um parceiro tradicional da Rússia na cooperação técnico-militar. A cota-parte da Rússia como fornecedor de armamento a este país atingiu, na última década, os 90%. Neste momento, as empresas de armamento russas estão cheias de encomendas estrangeiras, mas em primeiro lugar estão os fornecimentos ao exército e à marinha da Rússia. Só depois se pode satisfazer as encomendas estrangeiras.
O contrato dos submarinos para o Vietnã é uma exceção em que a encomenda estrangeira é executada em primeiro lugar.
VOZ DA RUSSIA ..SNB

industrial de construção do primeiro submarino de propulsão nuclear brasileiro,



Informe divulgado pela Marinha do Brasil


A inauguração da Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM), no âmbito da execução  do Programa de Desenvolvimento de Submarinos, iniciado pela Marinha em 2008, representa marco importante para a construção naval brasileira, por tratar-se da primeira parcela da infraestrutura que vai capacitar o País para a construção e  manutenção de submarinos convencionais e nucleares. A Presidenta Dilma comparecerá ao evento.
No dia 01 de março, às 10h, a Marinha do Brasil (MB) vai inaugurar, com a presença da Presidenta da República, Dilma Rousseff, a Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM), que é parte da infraestrutura industrial de construção e manutenção de submarinos que está sendo implantada pela Marinha em Itaguaí (RJ). Participarão da solenidade o Ministro de Estado da Defesa, Celso Amorim, o Embaixador da França no Brasil, Bruno Delaye, o Comandante da Marinha, Almirante-de-Esquadra Julio Soares de Moura Neto e diversas autoridades civis e militares, do Brasil e da França.

A prontificação da UFEM, cuja construção foi iniciada em 2010, é um importante marco alcançado com a execução do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), idealizado para capacitar o País a projetar e construir submarinos convencionais e nucleares, reforçando a indústria de construção naval brasileira, em particular no Estado do Rio de Janeiro, município de Itaguaí, onde serão gerados milhares de empregos diretos e indiretos.
   
O processo de construção dos submarinos tem início na NUCLEP, que já se encontra preparada para a fabricação das seções do casco externo do submarino, que deve ser resistente à pressão da profundidade do mar. Em seguida, as seções são transferidas para a UFEM, contígua à NUCLEP, onde recebem as estruturas, equipamentos e componentes internos. Após esse trabalho, assim equipadas, as seções são deslocadas para o estaleiro, também situado nas proximidades, onde é executado o acabamento final e a união das seções, prontificando-se o submarino, que será, então, submetido às chamadas provas de cais e de mar.

O Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) é, hoje, o mais importante projeto em desenvolvimento pela Marinha, e resulta de uma parceira estratégica, firmada em 2008 pelos Presidentes do Brasil e da França, respectivamente. Essa parceria prevê a transferência de tecnologia e a formação de consórcios entre empresas dos dois países, para atender aos objetivos estratégicos comuns. Assim, a DCNS, empresa francesa contratada para transferir tecnologia, formou, com a construtora brasileira Odebrecht, o Consórcio Baia de Sepetiba, destinado à construção de um estaleiro para fabricar os submarinos e de uma base naval para apoiá-los.
O PROSUB prevê, ainda, a fabricação de cinco submarinos, sendo quatro deles convencionais, isto é, dotados de propulsão diesel-elétrica, e um com propulsão nuclear. Para viabilizar essa fabricação, foi constituída uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), denominada Itaguaí Construções Navais (ICN), também formada pela ODEBRECHT e pela DCNS, mas tendo a Marinha do Brasil como detentora de uma ação preferencial do tipo golden share. Caberá à ICN empregar as instalações do estaleiro, que incluem a UFEM, exclusivamente para a construção dos cinco submarinos previstos no contrato.
É importante destacar que está excluída desse acordo com a França a transferência de tecnologia para a construção da planta de propulsão do submarino nuclear, cuja responsabilidade cabe exclusivamente à Marinha, com base em tecnologia própria, desenvolvida no Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP).

A construção da UFEM, do estaleiro e da base naval em Itaguaí está orçada em R$ 7,8 bilhões, com desembolsos até 2017.

O início da operação da UFEM possibilitará aos técnicos brasileiros, previamente treinados na França, a aplicação dos novos conhecimentos no processo de construção, iniciado com o corte simbólico da primeira chapa de aço destinada à construção do casco, em 16 de julho de 2011, que também contou com a presença da Presidenta Dilma.
O prazo para o término do estaleiro de construção é dezembro de 2014, enquanto que o da base naval é 2017, sendo que o primeiro dos quatro submarinos convencionais, cuja fabricação estará prontificada em 2015, será entregue para operação em 2017, após os inúmeros testes a que será submetido. Os outros submarinos convencionais serão entregues em intervalos de dezoito meses, enquanto o primeiro submarino com propulsão nuclear será prontificado em 2023, seguindo-se cerca de dois anos de testes no mar, antes de entrar em operação.

O projeto do submarino de propulsão nuclear já está sendo desenvolvido por brasileiros desde o ano passado. Engenheiros navais da Marinha realizaram diversos cursos relativos a projeto de submarinos na França, entre agosto de 2010 e maio de 2012. Esses engenheiros já retornaram ao Brasil e iniciaram, em 06 de julho de 2012, no escritório técnico conjunto Marinha do Brasil/DCNS, instalado no CTMSP, o desenvolvimento do projeto do submarino com propulsão nuclear brasileiro.

O PROSUB irá gerar, no auge, mais de nove mil empregos diretos e outros 32 mil indiretos. Adicionalmente, na área de construção naval, projeta-se para o período de construção dos submarinos a criação de cerca de dois mil empregos diretos e oito mil indiretos permanentes. Por último, o PROSUB inclui um processo de nacionalização com base em transferência de tecnologia que prevê a fabricação, no País, de vários equipamentos dos submarinos convencionais e do nuclear, o que elevará o patamar tecnológico das empresas brasileiras e possibilitará a criação de mais empregos.
 A construção e operação de um submarino com propulsão nuclear, desenvolvido com tecnologia altamente sensível, são dominadas por poucos países. Atualmente, apenas China, Estados Unidos da América, França, Inglaterra e Rússia detêm esse domínio tecnológico. Com o PROSUB, o Brasil passará a integrar esse seleto grupo.
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Tecnologia Russa de GPS na UnB YouTube

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