segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
Israel faz teste bem-sucedido com nova defesa contra mísseis
srael realizou nesta segunda-feira um teste bem-sucedido de seu sistema interceptor de mísseis Arrow, que é projetado para destruir no espaço o tipo de míssil usado pela Síria e pelo Irã, informou o Ministério da Defesa israelense.
O sistema apoiado pelos EUA Arrow III implanta satélites que vão ao encontro de mísseis balísticos acima da atmosfera da Terra e os atingem a uma altura suficiente para permitir que qualquer ogiva não convencional se desintegre com segurança.
O teste de segunda-feira foi o primeiro voo ao vivo do Arrow III, mas não envolveu a interceptação de qualquer alvo. "O teste analisou pela primeira vez as capacidades e o desempenho do novo Arrow III, considerado o interceptor mais inovador e revolucionário no mundo", disse o Ministério da Defesa.
Um funcionário do ministério disse que o teste, que foi realizado a partir de um local ao longo da costa mediterrânica de Israel e durou seis minutos e meio, teve "100% de sucesso". Os fabricantes disseram que o sistema revelou-se um sucesso em até 90% dos testes anteriores.
"O sucesso do teste é um marco importante nas capacidades operacionais do Estado de Israel para ser capaz de se defender contra ameaças na região", disse o comunicado do ministério.
Mas um funcionário do ministério afirmou que o momento do teste, que levou meses para ser preparado, não estava relacionado às atuais tensões com o Irã ou a Síria. Ele disse que Israel planeja outra teste de voo seguido por uma interceptação simulada no espaço sobre o Mediterrâneo.
Empresa de Campinas cria tablet com tela de até 70 polegadas e sistema Windows 8
YURI GONZAGA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Uma empresa de Campinas (SP) lançou em dezembro um tablet equipado com Windows 8 e tela sensível ao toque com até 70 polegadas chamado BigPad. O foco são as salas de aula e de reuniões.
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Uma empresa de Campinas (SP) lançou em dezembro um tablet equipado com Windows 8 e tela sensível ao toque com até 70 polegadas chamado BigPad. O foco são as salas de aula e de reuniões.
"O interesse tem sido enorme: nosso primeiro lote, de mais ou menos 120 peças, foi vendido em menos de um mês", diz Rafael Tonelli, diretor de negócios da fabricante do BigPad, a Apek.A empresa diz que, no segundo semestre deste ano, tornará o processo de produção do tablet ainda mais "nacional", o que deve reduzir para R$ 15 mil o preço do modelo com a maior tela, atualmente vendido por R$ 35 mil.
"O que contar com produção local nós vamos comprar daqui", diz Tonelli. "Nosso objetivo é abaixar para menos de R$ 10 mil [o menor tablet, que tem 40 polegadas]." Componentes como microchips e o painel, contudo, não têm similares nacionais.
A tela do BigPad tem resolução Full HD (1.920 pixels x 1.080 pixels) e ele pode ser configurado com processador Core i5 ou Core i7, da Intel.
Um dos clientes da Apek, o Senac adquiriu cerca de 80 aparelhos da fabricante campineira para uso em aulas de informática. "Está valendo a pena. É um recurso muito interessante porque os alunos podem ver muito mais detalhes de uma imagem [se comparado à alternativa, que é o uso de um projetor]", diz Marcos Bianchi, assistente gerencial de tecnologia do Senac.
"O emprego do tablet permite que o professor interaja mais com o estudante", diz Bianchi. "Queremos levar para todas as salas."
Em janeiro, a Sharp lançou no Japão um aparelho com tela tátil de 20 polegadas de nome Big Pad (palavras separadas). "É diferente, e aqui no Brasil nós registramos a marca", afirma Tonelli.
FOLHA DE S PAULO ...SNB
Mesmo sem base própria após incêndio, Brasil continua a enviar cientistas à Antártida
ENVIADA ESPECIAL À ANTÁRTIDA Palmas, gritos e assobios ecoam pelo avião de carga barulhento e frio da Força Aérea Brasileira.
Apesar das quase três horas viajando "joelho com joelho", apertados em duas longas fileiras de bancos não reclináveis, cerca de 30 cientistas estão entusiasmados na chegada à Antártida.
Passa das 15h quando eles colocam os pés na base chilena Presidente Eduardo Frei, cuja pista de pouso de apenas 1.300 metros é a porta de entrada de pessoal e suprimentos para muitas das instalações científicas do continente gelado.
Junto com pinguins e baleias, uma legião de cientistas desembarca por lá a cada verão antártico. Eles só têm o período de outubro a março para o trabalho de campo.
O Brasil fez sua primeira Operantar (Operação Antártica) em 1982. Desde então, há operações regulares.
A Folha acompanhou, no início de fevereiro, o desembarque e parte do trabalho de militares, cientistas e pessoal de apoio na operação 31, a primeira após o incêndio que destruiu a Estação Antártica Comandante Ferraz, em fevereiro de 2012, quando dois militares morreram.
MIGRAÇÃO
Mesmo sem sua "casa" no gelo, o país não parou sua atividade científica no continente. "O Brasil tem um longo e consolidado trabalho na Antártida e que, cada vez mais, não se resume à base", diz Jefferson Simões, coordenador de projetos científicos do Proantar (Programa Antártico Brasileiro) e diretor do Centro Polar e Climático da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Hoje, o coração das operações científicas brasileiras são duas milionárias embarcações: os navios de apoio oceanográfico Ary Rongel e Almirante Maximiano.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
Apelidado de "Tio Max" por sua tripulação, o Almirante Maximiano foi reformado para atender às principais demandas dos cientistas.
Com mais de R$ 11 milhões em equipamentos, ele tem um dispositivo com 10 mil metros de corda que é capaz de colher amostras de solo de regiões profundas do oceano.
O navio tem ainda cinco laboratórios, que podem ser configurados de acordo com as necessidades de cada pesquisador. Até 32 deles podem ficar lá confortavelmente.
Um pouco menor, o Ary Rongel, desde 1994 nas operações antárticas, tem três laboratórios e pode receber 27 cientistas.
Nas embarcações, os cientistas têm cinco refeições diárias, acesso à internet e aquecimento. Ainda assim, há quem abra mão do conforto e prefira ficar acampado no meio do gelo.
"É muito mais produtivo para a pesquisa. Não tem de ficar indo e voltando toda hora. Podemos nos dedicar mais intensamente", afirma o botânico Jair Putzke, da Unisc (Universidade de Santa Cruz do Sul), que está em sua 14ª temporada antártica.
As dificuldades logísticas, como levar e trazer todo o material do acampamento --inclusive os resíduos orgânicos--, não desanimam o pesquisador. "Só banho é difícil tomar. Mas nunca vi ninguém morrer por causa disso em um mês", brinca Putzke.
O projeto de estudos do qual o botânico participa investiga a vida vegetal e microbiana em áreas de degelo.
Pesquisas sobre clima e a busca por fósseis são também temas de interesse dos cientistas brasileiros por lá.
As 29 nações com estações de pesquisa na Antártida têm intercâmbio científico ou logístico, o que dá aos brasileiros margem de manobra em seus projetos. O acampamento de Putzke, por exemplo, fica próximo à base uruguaia, o que traz segurança em caso de problemas.
Enquanto a nova base brasileira não fica pronta, o país está instalando módulos emergenciais ao lado da estação destruída. Mas, nos últimos três anos, o Brasil está se aventurando mais para o interior do continente.
"Dizer que se conhece a Antártida bem estando só em Comandante Ferraz é como dizer que se conhece o Brasil todo só tendo pisado no Rio", diz Jefferson Simões, que chefia também o Criosfera 1, um módulo de pesquisa brasileiro a 2.500 km da base que foi destruída, um local com condições climáticas extremas e de difícil acesso.
"Esse é só o primeiro passo. Temos que investir mais", diz Simões, que sonha com mais módulos brasileiros espalhados na Antártida.
A jornalista GIULIANA MIRANDA viajou de Punta Arenas à Antártida a convite da Marinha do Brasil
FOLHA DE S PAULO...SNB
Israel testou com sucesso o míssil Arrow 3
EPA
|
Israel realizou com sucesso a próxima etapa de testes do mais novo míssil interceptor Arrow 3, projetado para interceptar alvos no vácuo.
De acordo com o Ministério da Defesa, os ensaios “foram realizados numa das bases no centro do país”. Outros detalhes não foram divulgados.
Segundo a imprensa, o Arrow 3, em suas características tático-técnicas, será muito superior aos mísseis interceptores das primeiras séries, principalmente em alcance e precisão de interceptação. O míssil deve se tornar parte do sistema israelense de defesa antimíssil em camadas.
SNB
Petrobrás vai à China para evitar atraso na produção. Fornecedor local reclama
SABRINA VALLE / RIO - O Estado de S.Paulo
Preocupada em acelerar a produção de petróleo e temendo atrasos na entrega de equipamentos, a Petrobrás transferiu para o exterior parte das obras de, pelo menos, quatro plataformas para o pré-sal da Bacia de Santos. Contratados por mais de US$ 2 bilhões e regras de conteúdo local de até 70% para estimular a indústria local, os serviços foram iniciados na Indonésia e no estaleiro Cosco, em Dalian, na China.
No Brasil, o cronograma estava atrasado por deficiências nos estaleiros Inhaúma (RJ) e Rio Grande (RS). Uma parte trabalhosa do processo (troca de chapa), intensiva em mão de obra, será transferida para a China, com possível redução de postos de trabalho no Brasil.
Serão feitos no Cosco uma parcela da transformação (conversão) de três navios em plataformas (P-75, P-76 e P-77) para a área da cessão onerosa, que produzirá até 5 bilhões de barris no pré-sal. Também serão feitos no estaleiro chinês estruturas do casco de uma plataforma replicante (que repete exatamente o projeto de outro equipamento) para o pré-sal de Santos.
"Claramente este é um movimento da Petrobrás para poder acelerar o desenvolvimento dos campos", disse o presidente da Odebrecht Óleo e Gás, Roberto Ramos.
A Petrobrás também negocia no exterior para afretar (alugar), e não construir, as cinco plataformas (FPSOs) extras para a área da cessão onerosa. O afretamento facilita o cumprimento de meta de conteúdo local, pois a embarcação é computada dentro do cálculo para todo o sistema.
A petroleira diz que não há decisão sobre afretamento. Mas o Estado apurou que pelo menos duas unidades são negociadas com a SBM, de Mônaco, e com a Modec, japonesa.
Fontes do setor dão como certo que haverá descumprimento de conteúdo local nas obras subcontratadas ao estaleiro Cosco. A Petrobrás, que precisará prestar contas à Agência Nacional do Petróleo (ANP), nega. "Não haverá descumprimento", afirma, em nota.
O grupo EEP, do estaleiro Inhaúma, responsável pela conversão das P-74, P-75, P-76 e P-77, também afirma que cumprirá o conteúdo local estabelecido no contrato com a Petrobrás, prevendo até 35% de realização no exterior.
Se extrapolar os limites de conteúdo local na conversão, a compensação terá de ser feita na fase de montagem da planta industrial na plataforma (integração). "O conteúdo local é muito mais influenciado pela construção dos módulos e equipamentos para o processamento do petróleo", diz a petroleira.
A decisão da Petrobrás de recorrer à China já mostra que a companhia não está disposta a correr o risco de retardar o aumento de sua produção por causa dos atrasos da indústria nacional. O governo usa os contratos da Petrobrás para reativar o setor naval. Mas, para acelerar o processo foi necessário fazer as encomendas antes de os canteiros para as obras (dos estaleiros) estarem prontos. Com o avançar dos projetos, os gargalos da indústria nacional ficam mais evidentes.
A Petrobrás reconhece que houve uma mudança de estratégia por causa da falta de disponibilidade dos dois estaleiros.
No caso da plataforma replicante, parte do casco será feita no Cosco por causa do atraso nas obras de construção dos cascos, a cargo da Engevix, no Estaleiro de Rio Grande. A Engevix não comentou. O contrato inclui oito cascos replicantes e soma US$ 3,1 bilhões.
O diretor de Engenharia da Petrobrás, José Figueiredo, esteve na China no fim de janeiro para vistoriar as obras e se certificar de que estão no prazo. Já foi iniciada no Cosco a troca de casco, limpeza e construção de módulos de acomodação, entre outros serviços, para as P-75 e P-77.
A P-76 passa por limpeza na Indonésia e depois segue ao Cosco. Os três navios nem sequer estiveram no Brasil, foram da Malásia direto para Indonésia e China. Apenas a P-74 segue o processo de conversão no estaleiro Inhaúma, no Rio.
As quatro plataformas da cessão onerosa, juntas, serão responsáveis por até 600 mil barris/dia, equivalente a 30% da atual produção da Petrobrás. Estão programadas para entrar em 2016 e 2017 nos Campos de Franco 1, 2 e 3 e de Nordeste Tupi.
Concorrência. Segundo colocado na disputa para a conversão dos quatro navios para a área da cessão onerosa, o presidente da Andrade Gutierrez Óleo e Gás, Paulo Dalmazzo, diz que um descumprimento das regras de conteúdo local seria ilegal. "Perdemos a concorrência por oferecer preço maior, pois iríamos fazer no Brasil. Para fazer no exterior teríamos conseguido preço melhor do que o do vencedor. A Petrobrás não pode rasgar uma concorrência."
O consórcio formado pela Odebrecht, UTC e OAS, reunido no EEP-Inhaúma, venceu o contrato das quatro conversões com US$ 1,753 bilhão. A Andrade Gutierrez ofertou US$ 580 milhões a mais.
A ANP disse que, pelas regras contratuais, iniciará a fiscalização somente ao final de cada módulo da etapa de desenvolvimento. Se ao final da fiscalização for apurado o não cumprimento da meta estabelecida no contrato a Petrobrás será multada, informa a agência.
SNB
Assinar:
Postagens (Atom)