sábado, 29 de dezembro de 2012

Brasil foi rota de armas para Argentina durante as Malvinas, revelam arquivos


AMIL CHADE , CORRESPONDENTE / GENEBRA - O Estado de S.Paulo
Aviões argentinos usaram o território brasileiro - mais especificamente, o aeroporto do Recife - para trazer um amplo arsenal da Líbia de Muamar Kadafi para a junta militar de Buenos Aires durante a Guerra das Malvinas. A informação, que inclui detalhes sobre as armas líbias e acusações contra o governo de João Batista Figueiredo, está entre os 6 mil documentos secretos da guerra de 1982 que o National Archives, de Londres, liberou ontem.
A inteligência britânica usava um informante no Recife que conseguiu entrar em um dos aviões que faziam a "ponte aérea" Líbia-Argentina. Londres confrontou o Itamaraty com a informação, mas a chancelaria brasileira silenciou sobre o caso. Em uma reunião de gabinete, a primeira-ministra britânica, Margaret Thatcher, chegou a estudar a possibilidade de abater um desses aviões argentinos que faziam escala no Brasil.
Os britânicos estavam convencidos de que o "mais alto escalão" do governo brasileiro tinha pleno conhecimento da operação entre argentinos e líbios. O Brasil, que representava os interesses da Argentina em Londres, não teria coragem de enfrentar a questão, acusam os britânicos.
Rubens Ricupero, à época responsável do Itamaraty para assuntos sul-americanos, confirma que o embaixador britânico no Brasil, George Hardings, reclamou do suposto uso do Recife como entreposto para envio de armas da Líbia à Argentina. "Ele me trazia com muita frequência esse tipo de reclamação. Eu reportava isso ao ministro (Ramiro Saraiva Guerreiro) e o assunto ia para a área de inteligência do governo, principalmente para o Serviço Nacional de Inteligência (SNI). Nunca tive um retorno", diz Ricupero.
No entanto, ele afirma ser "pouco plausível" a informação de que o Brasil tinha participação na operação. "Não havia intenção nossa em manter a disputa (nas Malvinas) acesa. Sempre houve muita especulação, mas acho que era fantasia (dos britânicos)." Londres pediu ajuda à Casa Branca para pressionar o Brasil. De acordo com um telegrama de 1.º de junho, os americanos sabiam da rota Líbia-Argentina via Recife.
Informantes. Em um telegrama enviado a Londres em 1.º de junho de 1982, o embaixador britânico no Brasil dá detalhes sobre um carregamento de armas. Ele fora até Recife "investigar" o caso e constatou que, até aquele momento, dois aviões haviam pousado na cidade, fazendo o trajeto da Líbia à Argentina.
O primeiro havia sido no dia 25 de maio, com registro WAS TC93. Pilotado pelo "capitão Catiella" e com base em El Palomar, o avião estava vazio e parou apenas para abastecer. Ele seguiria para Trípoli.
O mesmo avião voltaria em 27 de maio. Uma hora depois, decolaria para a Argentina. "A fonte no Recife pôde ver dentro do avião e reportou seis longas caixas de madeira", indica o embaixador. "A fonte" trabalhava no aeroporto e as caixas teriam mísseis Exocet. Outras menores ocupavam o restante do espaço. Tanto para o pouso quanto decolagem, o avião usou toda a pista, o que indicaria seu peso.
No dia 28 à noite, mais um voo foi registrado pelos britânicos, dessa vez das Aerolíneas Argentinas e em direção a Trípoli, comandado pelo piloto civil identificado como "Cunivert". O mesmo avião retornaria no dia 30, carregado.
No mesmo dia, o embaixador viu a chegada de mais um avião, também das Aerolíneas. Segundo ele, pilotos falaram com o cônsul argentino, enquanto homens armados cuidavam do avião e outros, "nervosos", acompanhavam a situação. Os voos receberam a "autorização do Ministério da Aeronáutica", afirma o diplomata.
Em outro telegrama enviado pelos britânicos em Trípoli, em 1.º de junho, diplomatas de Londres confirmam que viram um avião civil argentino na área restrita a militares no aeroporto líbio. Segundo o documento, ele carregava 400 mísseis ERM.
O assunto rapidamente chegaria a Thatcher. No dia 11 de junho, o procurador-geral britânico, Michael Havers, relatou a ela que havia sido solicitado a dar sua opinião sobre o impacto jurídico que teria uma eventual interceptação dessas aeronaves.
"Um avião voando diretamente de Trípoli para Recife, no Brasil, sem parar para abastecer, não poderia ser interceptado ou forçado para Ascensão (ilha britânica no Atlântico), porque não teria combustível suficiente", explicou. Os britânicos pediram a ajuda da diplomacia francesa para contactar diretamente Muamar Kadafi e obter informações. Paris apenas relatou que o ditador líbio negou qualquer envolvimento com o tráfico de armas para a Argentina. / COLABOROU ROBERTO SIMON
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Marinha estadunidense vai encomendar 72 aviões de patrulha Poseidon


O Comando da Marinha dos EUA está se preparando para assinar um contrato de longo prazo para o fornecimento de até 72 aeronaves de patrulha marítima P-8A Poseidon.

O Comando da Marinha dos EUA já enviou ao Pentágono o aviso de uma possível compra de aeronaves. O documento prevê uma transição da compra anual de aeronaves atualmente produzidas para a assinatura de contratos de longo prazo, por períodos de cinco anos. O primeiro contrato de longo prazo visa o fornecimento da técnica no período de 2015 a 2019.
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FAB TV (NOVO) – Veja os destaques da Força Aérea na revista eletrônica Conexão FAB


Aqui é a casa da Força Aérea Brasileira”. Com esta frase o Major-Brigadeiro do Ar Rui Moreira Lima, que atuou na Segunda Guerra Mundial no Primeiro Grupo de Caça da FAB, define o lendário Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro, que completou 100 anos em 12 de dezembro. O evento de celebração do berço da aviação militar brasileira é um dos destaques do programa Conexão FAB deste mês.
Você vai ver também como foi o emprego das aeronaves de patrulha na operação Atlântico, as comemorações dos 30 anos da mulher na Força Aérea Brasileira e a formatura dos novos aspirantes a oficial na Academia da Força Aérea (AFA).

Veja aqui o programa na íntegra:
Fonte: Agência Força Aérea..SEGURANÇA NACIONAL BLOG

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Pentágono: Damasco usa mísseis iranianos contra militantes


Nos últimos dias, os militares sírios pelo menos duas vezes usaram os mísseis táticos de curto alcance Fateh A-110 de produção iraniana, informa esta sexta-feira o canal de televisão estadunidense CNN, citando fontes no Pentágono.

Anteriormente, a mídia ocidental, alegando fontes na liderança norte-americana, relatou que Damasco usa mísseis Scud contra a oposição armada.
Esta informação foi confirmada pelo secretário-geral da OTAN, Anders Fogh Rasmussen. De acordo com a CNN, o exército sírio recorreria supostamente ao uso de mísseis Fateh, visto que essas armas tem a maior precisão em comparação com Scud
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Corporação Enérguia: uma nova espaçonave com novas capacidades


A corporação de foguetes espaciais Enérguia (Energia) terminou a fase de projeto de uma nova espaçonave tripulada russa. A nave deverá substituir os famosos Soyuz e deverá iniciar os seus testes de voo até 2017.

A maquete de dimensões reais da nova nave espacial foi exibida pela primeira vez no Salão Aeroespacial Internacional MAKS-2011. Neste momento, a empresa declarou por terminada a fase de projeto técnico da nave com recurso a tecnologias digitais. De acordo com o projeto, ela poderá colocar em órbita até 500 quilos de cargas, mas a sua finalidade principal é o envio para a órbita terrestre de uma tripulação de seis pessoas em vez dos três tripulantes que se envia atualmente, explica o chefe de redação da revista Nóvosti Kosmonávtiki (Notícias Espaciais) Igor Marinin.
"Aqui se trata de economizar combustível de foguete, os próprios foguetes e economizar também no abastecimento da estação espacial, seja a EEI ou, possivelmente, uma outra estação que a Rússia contrua no futuro. Mesmo que seja necessária uma tripulação de apenas três elementos, os restantes três podem ser substituídos por equipamento adicional. Portanto, a nave também irá desempenhar as funções de uma nave de carga. Além disso, essa nave é universal, ela está preparada não só para voos orbitais à volta da Terra e abastecimento da estação orbital, como a atual versão da Soyuz, mas também para voos de longo curso. Versões suas modificadas poderão seguir até à Lua e voar na sua órbita".
Se for tomada a decisão de construir uma estação orbital na órbita da Lua, o seu abastecimento poderá ser feito com esta nave, referiu o perito. Além disso, tendo uma grande autonomia, ela poderá efetuar voos independentes bastante longos.
Na nova nave, os cosmonautas terão condições de trabalho mais confortáveis, o espaço útil foi aumentado quase para o dobro e o comando da nave é muito mais fácil. Por fim, foi concebido um novo sistema de pouso que permite reduzir significativamente as sobrecargas.
Os peritos russos na área da cosmonáutica consideram que a espaçonave em elaboração pode servir de base para os voos tripulados à Lua. O foguete portador mais adequado para a nova nave poderá ser o portador russo de tipo modular Angara que se encontra em fase de desenvolvimento. Contudo, segundo os especialistas, a nave universal também poderá ser colocada, se necessário, em outros foguetes portadores
VOZ DA RUSSIA..SEGURANÇA NACIONAL BLOG

EMBRATEL - Novo Stélite Recebe o nome Star One C3 Rio 2016

A Star One, a maior operadora de satélites da América Latina e subsidiária da Embratel, anuncia que seu novo satélite recebe o nome de Star One C3 Rio 2016, em homenagem aos Jogos Olímpicos de 2016 que terão patrocínio da empresa. A novidade está sendo anunciada esta semana. O novo satélite já está em sua posição orbital definitiva em 75° W, tendo finalizado com sucesso seus testes em órbita. A partir de 02 de janeiro 2013 entrará em operação comercial.

"O Star One C3 Rio 2016 oferece mais alternativas ao mercado graças à sua cobertura geográfica desenhada especialmente para a nossa região ensejando ampla gama de serviços”, afirma Gustavo Silbert, presidente da Star One, destacando que a empresa possui frota com sete satélites e que o Star One C3 Rio 2016 recebeu investimentos de US$ 260 milhões para sua construção. Ele será responsável pela ampliação da capacidade de telecomunicações da empresa no Brasil, na América Latina e parte dos Estados Unidos.

O Star One C3 Rio 2016 tem cobertura diferenciada, com abrangência para todo o território brasileiro, América do Sul, Região Andina (com destaque para Colômbia, Peru, Bolívia e Equador) e Flórida (EUA). Sua capacidade inclui até a região do Pré-Sal, disponibilizando, com isso, mais serviços para a indústria de petróleo.

A Star One já presta serviços para grande parte das 500 maiores empresas do Brasil, para as principais emissoras de TV, canais independentes e diversos órgãos do Governo Brasileiro, incluindo o Ministério da Defesa. Com o novo satélite, a Star One assegura ao mercado a continuidade das aplicações que hoje estão em operação no satélite B3 e possibilita, ainda, a oferta de novos serviços de Internet de alta velocidade e de última milha (acesso do usuário diretamente à rede da operadora).

“Com o novo satélite, a Embratel e a Star One reforçam a liderança absoluta no mercado brasileiro”, diz Silbert, destacando que o grupo foi pioneiro na comunicação via satélite no Brasil, quando em 1985 lançou o Brasilsat A1, dando início à primeira geração de satélites brasileiros para comunicações domésticas na América Latina.
 
SOBRE A STAR ONE

A Star One é a maior operadora de satélites na América Latina. É uma empresa brasileira com 100% de participação acionária da Embratel. Criada em dezembro de 2000, opera cinco satélites GEO (Star One C1, C2, C3 Rio 2016, C12, e Brasilsat B4), e dois em órbita inclinada (Brasilsat B2 e B3), seis desses a partir de seu teleporto, localizado em Guaratiba (RJ). O C3 Rio 2016, em conjunto com o C1, C2 e C12, constituem a terceira e mais nova geração de satélites da empresa. A capacidade destes satélites suporta toda uma gama de soluções para clientes dos segmentos de telefonia, TV, TV por Assinatura, dados e redes corporativas. Mais informações: www.starone.com.br
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Brasil fecha compra de 4 lanchas patruleiras da Colômbia


Segundo o Ministério de Defesa da Colômbia, duas lanchas serão destinadas à Marinha e as outras duas ao Exército

Bogotá - O governo brasileiro assinou um contrato de compra de quatro Lanchas Patrulheiras de Rio (LPR) da Colômbia, as quais custarão US$ 8 milhões, informou o Ministério de Defesa colombiano nesta quarta-feira.
As lanchas, que são desenvolvidas pela Corporação de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento da Indústria Naval, Marítima e Fluvial (Cotecmar) da Colômbia, serão entregues na cidade de Manaus em abril de 2014 e serão usadas em operações fluviais na região amazônica.
Segundo o Ministério de Defesa da Colômbia, duas lanchas serão destinadas à Marinha e as outras duas ao Exército.
"A assinatura deste contrato é o resultado da reunião bilateral sustentada no último dia 2 de maio entre os ministros da Defesa da Colômbia e do Brasil, Juan Carlos Pinzón e Celso Amorim, respectivamente", afirmou o Ministério de Defesa colombiano em comunicado.
Essa operação, de acordo com as autoridades colombianas, também se destaca pelo fato desta ser a primeira vez que a Cotecmar realiza uma venda de embarcações às Forças Militares de outro país.
Esta transação comercial é um reconhecimento ao desenvolvimento e às capacidades da indústria de defesa do país e representa um avanço em direção à consolidação de uma base industrial de defesa na América do Sul, concluíram as autoridades do país andino. EFE
EXAME..SEGURANÇA NACIONAL BLOG