segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Taiwan completa testes de míssil “assassino de porta-aviões”

AFP

TAIWAN COMPLETOU OS TESTES DE UMA NOVA VERSÃO DO MÍSSIL SUPERSÔNICO DE CRUZEIRO ANTINAVIO HSIUNG FENG III DE RAIO DE AÇÃO AUMENTADO.

O míssil atinge uma velocidade de Mach 3 e é capaz de atingir alvos a 400 km. Por comparação, os mísseis Hsiung Feng III da anterior geração têm um raio de ação de 150 km e atingem a velocidade deMach 2.
Taiwan anunciou o arranque da versão de longo alcance do Hsiung Feng III pouco depois da China, que considera o estado insular como parte integrante do seu território, ter colocado ao serviço o seu primeiro porta-aviões. Os criadores do Hsiung Feng III chamam-no de "assassino de porta-aviões".
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França começa testes com drones Watchkeeper


A França, em colaboração com o Reino Unido, começou testes de VANT (veículo aéreo não tripulado) tático Watchkeeper 450.

O acordo sobre a exploração conjunta de VANTs entre França e Grã-Bretanha foi alcançado em 2010. Espera-se que o uso operacional doWatchkeeper pela França tenha início em 2013, na base aérea Istres.
O Watchkeeper 450 foi desenvolvido pela empresa israelense Elbit Systems na base de Hermes 450. O Watchkeeper distingue-se do protótipo, em particular, pelo novo chassis e pelo sistema de anti-congelação instalado nas asas.
Em 2005, o Reino Unido assinou um contrato de compra de 54 VANTs deste tipo no valor total de 800 milhões de libras. O primeiro voo doWatchkeeper no Reino Unido teve lugar em 14 de abril de 2010.
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Demanda de países emergentes favorece Arianespace


Maior fabricante privada de foguetes para satélites e responsável por enviar ao espaço mais de 50% dos satélites comerciais lançados por ano no mundo., a francesa Arianespace tem se favorecido pela demanda aquecida nos mercados emergentes.

"Nosso mercado está se movendo para os países em desenvolvimento", diz o CEO da companhia, Jean-Yves Le Gall, responsável por ter enviado ao espaço o satélite Star One C3 da Embratel, sábado passado. "Tínhamos um grande mercado nos Estados Unidos e na Europa e no Oriente Médio, e agora temos um forte crescimento na Ásia, no Pacífico e na América Latina." A Arianespace já tem contrato para fornecer o foguete que enviará ao espaço o próximo satélite da Embratel, em 2014. Este ano, dois dos lançamentos da companhia são satélites para a América Latina.

O mercado latino-americano é favorecido pelas demandas de transmissão de TV e dados para a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016, ambas no Brasil, diz Le Gall. Na Ásia, a empresa fará os primeiros lançamentos para clientes do Catar e do Azerbaijão nos próximos meses.

Em relação ao mercado europeu, o executivo diz que a crise ainda não provocou redução da demanda no continente. "A crise de crédito poderia afetar nosso setor, mas não houve muita mudança. Mesmo que exista uma crise, as pessoas ainda se dispõem a pagar pela TV via satélite", diz. A companhia prevê faturar US$ 1,7 bilhão este ano e US$ 2 bilhões em 2013.

Atualmente, a Arianespace responde por 47% dos lançamentos de satélites nas Américas, 54% dos lançamentos da Europa, Oriente Médio e África, e 64% da Ásia e Pacífico, excluindo a China.

Em 2013, a empresa prevê lançar 11 a 13 satélites, o que corresponde a mais de 50% do total de lançamentos previstos para o ano no mundo. Suas três bases na Guiana Francesa e Cazaquistão permitem à Arianespace realizar até 20 lançamentos por ano.

Fundada em 1980, a Arianespace oferece três modelos de foguetes, incluindo o Soyuz, de fabricação russa, e o europeu Ariane 5, que pode levar dois satélites e uma carga de nove toneladas. A companhia prepara-se para realizar 26 lançamentos. E trabalha no desenvolvimento de uma nova geração de foguetes para 2020.

Mesmo com os preços mais caros do mercado - cada lançamento custa entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões -, a companhia não teme a concorrência: "Nos últimos dez anos fizemos todos os lançamentos bem-sucedidos. Dez anos sem falhas é uma garantia considerada pelos clientes".
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Irã testa novo sistema de defesa aérea


AE - Agência Estado
O Irã realizará uma manobra militar com o objetivo de testar um novo sistema de defesa aérea, informa a televisão estatal iraniana. O sistema Mersad, ou "Emboscada", será testado durante as manobras militares que as Forças Armadas iranianas iniciaram no último fim de semana.
O Mersad é um sistema de defesa terra-ar baseado no Hawk, dos Estados Unidos. De acordo com a tevê estatal iraniana, o Mersad é capaz de manter um sua alça de mira um objeto voando a 80 quilômetros de distância e pode atingi-lo a partir de 45 quilômetros com o míssil Shahin, também de fabricação própria.
A manobra militar iraniana ocorre em um momento no qual os Estados Unidos e alguns de seus aliados pressionam a república islâmica por causa de seu programa nuclear. As informações são da Associated Press. 
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sábado, 10 de novembro de 2012

Foguete põe em órbita satélite brasileiro de telecomunicações


Um foguete Ariane-5 lançado do Centro Espacial Europeu de Kuru, na Guiana Francesa, colocou em órbita neste sábado um satélite brasileiro de telecomunicação, que dará cobertura ao Brasil, Colômbia, Peru, Bolívia e Equador, e outro europeu, informou o consórcio aeroespacial Arianespace. A decolagem do foguete ocorreu às 19h05 (de Brasília), acrescentou o lançador, que alcançou 51 decolagens de sucesso com sua nave Ariane 5.
O lançamento estava previsto originalmente para ocorrer na sexta-feira, mas acabou sendo atrasado em 24 horas por conta de condições meteorológicas desfavoráveis. No interior do foguete estava o Star One C3, satélite brasileiro fabricado pela empresa americana Orbital Sciences.
Com uma massa de 3,2 toneladas, 16 repetidores de banda Ku e 28 de banda C, o satélite poderá oferecer cobertura de telecomunicações ao Brasil e a região andina - Colômbia, Peru, Bolívia e Equador - por mais de 16 anos. Além do novo satélite brasileiro, que substituirá o Brasilsat B3, a nave também levava o Eutelsat 21B, um satélite europeu de umas cinco toneladas de massa, fabricado pela Thales Alenia Space e com 40 repetidores de banda Ku.
Com uma capacidade maior do que a do brasileiro, o satélite europeu oferecerá serviços de transmissão de dados, vídeo e serviços governamentais na Europa, no norte da África, no Oriente Médio e na Ásia Central por 15 anos. O bem-sucedido lançamento do Ariane 5 foi o sexto e também o penúltimo do ano, concluiu a Arianespace.
EFE..TERRA SEGURAÇA NACIONAL BLOG

Projeto-piloto de trem aéreo da Nasa cruzará céu de Tel Aviv


Um projeto-piloto feito em colaboração com a Nasa (agência espacial americana) deve levar às ruas de Tel Aviv, em Israel, um trem aéreo elétrico, com trilhos de alumínio, que está sendo promovido como uma "forma ecológica e rápida" de facilitar o transporte público.Segundo anúncio do prefeito de Tel Aviv, Ron Huldai, o chamado "trem aéreo" terá uma primeira fase com uma linha de 7 km, perto do porto (norte da cidade), a ser concluída em dois anosOs veículos poderão alcançar uma velocidade de 240 quilometros por hora e "voarão" em uma altura de 7 metros, presos sob trilhos suspensos no ar.
O sistema será movido a eletricidade, parte da qual será "produzida pelo próprio sistema", disse à BBC Brasil Jerry Senders, diretor da empresa Skytran, responsável pela tecnologia.
Senders explica que dentro de cada veículo haverá um "motor linear" que será movido por um misto de eletricidade e ondas magnéticas.
"A principal inovação do projeto é o movimento por intermédio de ondas magnéticas, e essa é a contribuição tecnológica da Nasa", diz. "Não haverá atrito entre o veículo e o trilho de alumínio, já que, a partir do momento em que o veículo começar a se mover, se criará, por meio da onda magnética, uma especie de travesseiro de ar e cada bondinho navegará no ar."
O único momento em que haverá atrito com o cabo de alumínio será quando o veículo parar nas estações."Trata-se de uma maneira econômica, rápida e ecológica de resolver o problema do transporte público", diz Senders, afirmando que o projeto custará apenas US$ 6 milhões por quilômetro.
Para efeitos comparativos, a prefeitura de Jerusalém concluiu recentemente a construção de um bonde que cruza a cidade, que durou 12 anos e custou mais de dez vezes o preço por quilômetro. E estima-se que o custo por quilômetro do metrô de São Paulo seja de US$ 60 milhões a US$ 100 milhões.
Os trilhos de alumínio do trem aéreo de Tel Aviv serão erguidos entre postes, que também servirão como fonte de energia. "O sistema aproveitará ondas magnéticas que serão geradas pelo próprio movimento dos veículos sob os trilhos de alumínio", afirma a prefeitura.
Os veículos serão leves e pesarão apenas 200 quilos cada, e poderão transportar dois passageiros por vagão. Mas, segundo Sanders, poderá transportar até 11 mil pessoas por hora.
Os passageiros que entram nos bondinhos podem apertar um botão indicando em qual estação querem parar, como em um elevador.
Segundo Senders, o presidente de Israel, Shimon Peres, já pediu que a Skytran prepare planos para ampliar a rede aérea para as periferias de Israel, e o projeto poderia chegar até Eilat (cidade no sul do país)."O sistema tem características de uma espécie de internet física", explica Senders, "uma rede ilimitada de linhas aéreas, que poderá, inclusive, ter estações dentro de edifícios e sobre os prédios".
"Estou orgulhoso de Tel Aviv ter sido escolhida para a implementação do projeto piloto em colaboração com a Nasa", declarou o prefeito Ron Huldai.
"O projeto se enquadra na percepção da prefeitura, que vê Tel Aviv como centro de inovação tecnológica", disse à BBC Brasil o porta-voz da prefeitura de Tel Aviv, Gali Avni Orenstein
BBC Brasil ..segurança nacional blog

Globo Universidade.mp4

Programa Espacial Brasileiro desafios e oportunidades para os jovens

                                                                                              

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SATÉLITES DE COMUNICAÇÕES SERÃO PARTE DO PROGRAMA ESPACIAL BRASILEIRO


Está decidido nas mais altas esferas: o Brasil deve lançar em 2014 seu primeiro satélite geoestacionário de comunicações, comprado no exterior, mas – e essa é a grande diferença – construído com ativa participação da indústria brasileira. O segundo tem seu lançamento previsto para 2019, com inserção ainda maior da nossa indústria.
Sim, o Brasil já teve, nos anos 80 e 90, satélites geoestacionários – aqueles que voam a 35.786 km da Terra, no plano da Linha do Equador, e que, por se deslocarem com a mesma velocidade do nosso planeta, ficam como que parados, estacionados, sobre um mesmo ponto da superfície terrestre. O que constitui o cerne dos fantásticos avanços das telecomunicações no mundo inteiro.
A primeira geração de satélites brasileiros geoestacionários começou com o satélite Brasilsat A1, orbitado em 1985. Vários outros vieram depois: Brasilsat A2, em 1986; Brasilsat B1, em 1994; Brasilsat B2, em 1995; e Brasilsat B3, em 1998.
Todos eles adquiridos pela Embratel – até então pertencente ao nosso Ministério das Comunicações – de empresas privadas do Canadá e dos EUA, e lançados a partir de Kourou, na Guiana Francesa, pelo foguete europeu Ariane.
Sem nenhuma ligação com o Programa Espacial Brasileiro.
Em 29 de julho de 1998, dentro do programa de abertura neoliberal da economia brasileira, o Governo privatizou a Embratel – apesar de ser reconhecidamente lucrativa e eficiente –, com todos os seus satélites. Todo esse patrimônio foi transferido à empresa Star One, que lançou só mais um satélite, o Brasilsat B4, em 2000.
Cometemos um erro histórico. Poderíamos ter aberto o mercado das comunicações, mantendo uma grande empresa estatal brasileira. Pagamos um preço alto: desde 1998, há 13 anos, o Brasil não dispõe de seus próprios satélites de comunicações e sente muita falta deles para comunicações estratégicas do governo e das Forças Armadas.
Hoje, a Star One conta com cinco dos satélites referidos, localizados nas excelentes longitudes de 75, 70 e 65 graus oeste, vendendo serviços de comunicações domésticas e internacionais, com alta taxa de uso. É deles e de outros satélites de empresas privadas que se servem hoje nossas instituições oficiais civis e militares.
Tal dependência é inaceitável. Por isso, os dois satélites a serem construídos a partir de agora com máxima presteza virão preencher importantíssimas lacunas, inclusive a de levar internet em banda larga às populações das zonas mais remotas do país.
Mas, o mais relevante de tudo é o fato de que os satélites não serão simplesmente comprados em caixas pretas, como se fazia no passado. Essa segunda geração de satélites geoestacionários brasileiros enriquecerá a política nacional de desenvolvimento tecnológico efetivo. Fator essencial do negócio será a maior integração possível de, pelo menos, uma grande empresa brasileira.
A empresa estrangeira contratada para produzir os satélies terá, necessariamente, que atender à exigência de dar acesso à tecnologia utilizada e de preparar especialistas qualificados, capazes amanhã de contribuírem na criação de outros satélites semelhantes.
É o esforço decisivo de valorizar a prata da casa e de priorizar a capacitação nacional em área estratégica, promovido pelos Governos Lula e Dilma Rousseff e conduzido com afinco pelo Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação.
Isso é inédito entre nós no campo das telecomunicações.
Significa também que os satélites geoestacionários brasileiros passam a compor um capítulo especial do Programa Espacial Brasileiro, que agora inclui as telecomunicações por satélite, em trabalho conjunto com a Telebrás, do Ministério das Comunicações, e com o Ministério da Defesa.

Há, portanto, grande novidades a comemorar.
segurança nacional blog

Arianespace adia lançamento de satélite brasileiro e outro europeu


Efe
O consórcio aeroespacial europeu Arianespace anunciou nesta sexta-feira, 9, que atrasará 24 horas o lançamento programado para hoje de um foguete Ariane-5 carregado com um satélite de comunicações brasileiro, que dará cobertura ao Brasil, Colômbia, Peru, Bolívia e Equador, e outro europeu.O adiamento se deve a que "as condições meteorológicas são desfavoráveis" no Centro Espacial Europeu de Kuru, na Guiana Francesa, de onde a nave decolará, informou Arianespace mediante um comunicado.
O lançamento será tentado de novo na noite de sábado para domingo, acrescentou Arianespace, que soma assim 50 decolagens com sucesso de sua nave Ariane 5.
Em seu interior, o foguete transportará o Star One C3, satélite brasileiro fabricado pela empresa americana Orbital Sciences.
Com uma massa de 3,2 toneladas, 16 repetidores de banda Ku e 28 de banda C, oferecerá durante mais de 16 anos cobertura de telecomunicações ao Brasil e a região andina, ou seja, Colômbia, Peru, Bolívia e Equador. O novo satélite substituirá o Brasilsat B3.
Além disso, a nave carregará o Eutelsat 21B, um satélite europeu de cerca de cinco toneladas de massa fabricado pela Thales Alenia Space com 40 repetidores de banda Ku que oferecerá serviços de transmissão de dados, vídeo e serviços governamentais através de Europa, norte da África, Oriente Médio e Ásia Central durante 15 anos.
O lançamento do Ariane 5 será o sexto e penúltimo do ano para o consórcio espacial europeu.
ESTADO D S PAULO SEGURANÇA NACIONAL BLOG

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Irã alerta contra transgressão aérea após atacar drone dos EUA


Reuters
DUBAI - O Irã afirmou que vai agir de forma decisiva diante de qualquer invasão estrangeira a seu espaço aéreo, em um aparente alerta aos Estados Unidos depois que um avião de vigilância não tripulado norte-americano foi atacado por caças iranianos, na semana passada. "Os defensores da República Islâmica vão responder de forma decisiva a qualquer transgressão pelo ar, mar ou terra", disse o general Massoud Jazayeri, importante comandante das Forças Armadas, de acordo com a agência de notícias Fars.Se qualquer aeronave estrangeira tentar entrar no nosso espaço aéreo, nossas Forças Armadas vão agir", disse. Jazayeri não mencionou especificamente o incidente com a aeronave não tripulada dos EUA, os chamados drones.
Autoridades do Pentágono disseram, na quinta-feira, que um drone sem armamento estava em espaço aéreo internacional quando caças iranianos abriram fogo em 1o de novembro, sem atingir a aeronave. Os EUA emitiram um protesto formal a autoridades do Irã.
Reuters Estado de SP paulo ..SEGURANÇA NACIONAL BLG

Caça chinês de quinta geração será resultado de ciberespionagem?


O novo caça chinês de quinta feração J-31 efetuou com sucesso o seu primeiro voo e entrará na história como o primeiro exemplar de alta tecnologia militar a dever o seu aparecimento ao êxito na ciberespionagem.

As fontes de inspiração dos criadores da Corporação Aeronáutica de Shengyang foram evidentes logo que apareceram as primeiras imagens do segundo caça chinês de quinta geração. As fotos do seu primeiro voo, que mostram o caça de diferentes ângulos, não deixam dúvidas de que o seu design repete de uma forma bastante fiel os contornos do prometedor caça estadunidense F-35.
Não se pode dizer que o aparecimento do avião chinês inspirado no F-35 tenha sido uma grande surpresa. É largamente conhecido o fato de ter havido, em 2009, a partir de território chinês, uma infiltração nas redes informáticas de uma das empresas construtoras do F-35 com uma posterior entrada na rede do Pentágono e o roubo de uma grande quantidade de dados acerca desse avião. Antes se considerava, porém, que a informação roubada, apesar do seu grande volume, não seria suficiente para copiar o F-35, se bem que permitisse ter uma ideia bastante precisa do seu aspeto e capacidades, assim como preparar métodos para o combater. Por outro lado, pode ter havido outros episódios de roubo de dados sobre o F-35 que os serviços secretos norte-americanos não detetaram ou não divulgaram.
De qualquer forma, não se pode dizer que os chineses tenham copiado o F-35 de uma forma minimamente completa. Para isso seria necessário conhecer o fabrico do motor, do radar de bordo e do sistema de comando. O nível técnico desses e outros componentes está muito à frente das capacidades da indústria chinesa. No protótipo funcional do J-31, segundo tudo indica, estão instalados motores russos RD-93 dos que foram fornecidos à RPC para equipar o caçaFC-1 de exportação.
Se isso for assim, então o mais recente avião de combate chinês tem um propulsor de um caça soviético de quarta geração que nem era o mais avançado, tendo o seu fornecimento à força aérea da URSS sido iniciado em 1983. Já há muitos anos que decorrem os trabalhos para a criação de um motor chinês análogo ao RD-93, conhecido por WS-13 Taishan, mas estarão longe, provavelmente, de estarem terminados. Neste momento faltam também à China outros componentes importantes para um caça de quinta geração, nomeadamente um radar moderno com uma matriz ativa faseada.
Assim, o J-31, tal como o J-20 que levantou voo um ano e meio antes, será mais provavelmente um demonstrador de tecnologia, um protótipo experimental, que ainda vai ter de ser durante muito tempo recheado com os aparelhos e sistemas necessários. Provavelmente, no início as necessidades de componentes e sistemas serão satisfeitas à custa de importações e com uma substituição gradual dos componentes importados por análogos nacionais. Contudo, se oJ-20 é em geral um projeto original, já o J-31 copia o desenho exterior, os parâmetros principais e uma série de outras decisões estruturais de um protótipo estrangeiro.
Com um défice evidente de criatividade por parte dos construtores, oJ-31 se torna no símbolo mais visível da entrada na era da espionagem informática. Apesar de o próprio fenómeno ter já cerca de 30 anos, para muitos ela foi durante demasiado tempo um conceito abstrato. Agora, porém, já existe algo para mostrar aos que ainda consideram a ciberespionagem como algo exótico.
De qualquer forma, o êxito parece ser evidente. Para a China, no entanto, este trabalho de imitação de soluções técnicas estrangeiras poderá não ser completamente inofensivo. O desenvolvimento baseado em tecnologias alheias (compradas ou roubadas) é inevitável numa determinada etapa, mas não pode ser olhado como uma estratégia de sucesso a longo prazo. Os hábitos de copiar anulam o potencial de inovação próprio e trava a acumulação de experiência na realização de projetos complexos autônomos. A URSS, que também tinha poderosos serviços de informação técnico-científicos e que roubava de forma ativa tecnologias ocidentais, demonstrou um maior atraso precisamente nas áreas onde a cópia de modelos estrangeiros tinha sido transformada na opção principal do seu desenvolvimento
Voz Da Russia SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Embraer é favorita em contrato nos EUA


Roberto Godoy e Denise Chrispim Marin, de O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO/WASHINGTON - O governo americano deve anunciar em dezembro, um mês antes da posse de Barack Obama, o resultado da escolha de sua aeronave de ataque leve e apoio à tropa terrestre, o programa LAS, envolvendo 20 aviões.
O favorito é o turboélice brasileiro A-29 Super Tucano, da Embraer. O contrato vale cerca de US$ 355 milhões. A frota será toda transferida para a aviação militar do Afeganistão. É um negócio importante. A encomenda encaminha um segundo pedido de 100 unidades para atender as forças dos Estados Unidos - estimado em US$ 1 bilhão.
O processo de seleção tem sido tumultuado. Há um ano, a Embraer superou a outra concorrente, a Hawker-Beechcraft, que participava da disputa com o modelo AT-6, muito limitado e fora da especificação definida no Departamento de Defesa.
Anunciado o resultado. a empresa perdedora recorreu à Justiça contestando o critério e pedindo esclarecimentos a respeito do procedimento.
No dia 28 de fevereiro, a Força Aérea dos EUA (USAF) comunicou a decisão de cancelar a compra e abrir um novo edital limitado às duas propostas, da Hawker-Beechcraft e da Embraer.
Em abril, em visita oficial a Washington, a presidente Dilma Rousseff cobrou do presidente dos EUA, Barack Obama a preservação da escolha inicial. "Os EUA sempre falaram no respeito aos contratos. Como é que, agora, não respeitam um deles?", questionou Dilma.
Integrante do grupo de executivos e empresários que acompanhava Dilma, o presidente da Embraer, Frederico Curado, destacou que a importância do contrato está no objetivo estratégico. "A operação com o Departamento de Defesa vale como selo de qualidade para os Super Tucanos", disse.
Concorrência
Políticos do Estado do Kansas, sede da Hawker, movimentaram-se em Washington em favor de uma revisão no processo de aquisição. O então pré-candidato republicano, Newt Gingrich, criticou duas vezes a vitória da empresa brasileira, como "exemplo de negligência do governo" Obama em sua missão de gerar empregos.
Gingrich omitiu o fato de a Embraer planejar produção desses Super Tucanos em Jacksonville, Flórida. Os brasileiros atuam na empreitada com um parceiro local, a Sierra-Nevada Corporation. O vice-presidente, Taco Gilbert, se diz confiante: "As missões LAS exigem aviões feitos para operar em ambiente hostil, prontos para fazer o trabalho de contra insurgência e de ataque leve, tudo a custo reduzido".
Nessa fase final, o Super Tucano - rebatizado Super-T nos Estados Unidos - cresceu em qualidade. Desde julho, o modelo está no oferecendo no mercado sistemas de armas de avançada tecnologia da Boeing Defesa, Espaço e Segurança. A empresa americana fornecerá equipamentos de ponta como o Joint Direct Attack Munition (JDAMS), espécie de kit que transforma bombas "burras" em "inteligentes", para ataques de precisão.
A Boeing foi selecionada pela Embraer para participar do plano destinado a adicionar essas capacidades ao turboélice A-29.
O presidente da Embraer Defesa e Segurança (EDS), Luiz Carlos Aguiar, acredita que a integração de sistemas vai influenciar a disputa LAS. O Super Tucano é o escolhido por forças de dez países e acumula pouco mais de 137 mil horas de voo, das quais cerca de 18,5 mil cumprindo missões de combate. Toda a frota em atividade soma 150 turboélices de ataque e treino. A decisão do Pentágono só será conhecida no fim deste ano.
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quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Marinha, Exército e Aeronáutica apresentam prioridades na Câmara


Wilson Silveira

As prioridades das Forças Armadas do Brasil nos próximos anos incluem a construção de um submarino de propulsão nuclear e de submarinos convencionais, a aquisição de navios-patrulha para vigiar a área de exploração do petróleo na camada pré-sal, a modernização do caça supersônico F-5, o desenvolvimento de uma aeronave de última geração pela Embraer e a construção de um helicóptero brasileiro. Além disso, são consideradas prioritárias a fiscalização das fronteiras e a proteção de instalações estratégicas para a segurança nacional.

Os programas mais importantes das três Forças foram apresentados nesta quarta-feira (7) por representantes dos comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, que busca subsídios para o debate sobre o Orçamento da União.

Em relação ao Orçamento, os representantes das três Forças afirmaram que os recursos vêm sendo ampliados gradativamente, nos últimos oito anos. Eles afirmam que o montante não é o ideal, mas é o suficiente para levar adiante o planejamento estratégico do setor de defesa nacional.
Submarinos

O representante da Marinha, contra-almirante Antonio Garcez, destacou três projetos. O primeiro deve ser inaugurado pela presidente Dilma Rousseff em novembro, que é a base e o estaleiro para a manutenção e a construção dos submarinos. A segunda etapa são quatro submarinos convencionais, a partir de um acordo entre o Brasil e a França. A terceira fase é um projeto inteiramente nacional, que é a construção do primeiro submarino de propulsão nuclear brasileiro.

“São 4,5 milhões de km² de águas sob jurisdição brasileira – aproximadamente a área daAmazônia Legal e metade do território brasileiro. O submarino convencional não tem capacidade de patrulhar essa área, mas o submarino nuclear”, explica Garcez.

O representante do Exército, general Luiz Felipe Linhares, apresentou projetos para os próximos 20 anos. “Um é o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteira (Sisfrom) que permite, em uma ação integrada, diminuir o contrabando e combater o tráfico na fronteira. O outro é o Proteger. Como diz a palavra, é um projeto que visa proteger instalações estratégicas terrestres.”

Caças

O representante da Aeronáutica, brigadeiro-do-ar Maurício Ribeiro, destacou a modernização do caça supersônico F-5 para a defesa aérea, a modernização da aeronave subsônica F-1, própria para ataques no solo. Ele também ressaltou desenvolvimento, pela Embraer, de um jato militar de transporte de última geração, o KC-390. A expectativa é vender mais de 300 aeronaves nos próximos 20 anos, que vão representar um ganho de 23 bilhões de dólares e gerar mais de 12 mil empregos.

“O grande ganho do KC-390 é que ele chega ao mercado mundial no momento em que ele necessita de uma substituição. São aproximadamente 3 mil aeronaves, mais da metade acima de 25 anos de uso, e esse nicho a Embraer tem que aproveitar com preços competitivos e aproveitando esse timing.”

A presidente da comissão, deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), disse que a discussão do Orçamento precisa priorizar recursos para os grandes projetos do Brasil, inclusive o do submarino nuclear, da fiscalização das fronteiras, de soberania e fortalecimento do Brasil. “Nós temos dito que o Brasil é um país de paz, e vai continuar pregando a paz. Mas nem por isso precisa ser um país desarmado.”

O Orçamento do ano que vem está em discussão na Câmara e no Senado e precisa ser votado até 22 de dezembro.
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Neutralidade na internet causa mais polêmica no Marco Civil

Além de prever a judicialização dos procedimentos de retirada de conteúdo ilegal da internet e de não contemplar os direitos autorais em seu texto, o projeto de lei do Marco Civil da Internet traz em seu bojo outra polêmica questão - a da neutralidade da internet. De um lado, criadores e produtores de conteúdo a defendem; de outro, as operadoras de telecom não querem o conceito no projeto.

O conceito de neutralidade reza que todos os dados devem trafegar igualitariamente pela grande rede, sem que sejam discriminados. Segundo o relator do projeto, deputado Alessandro Molon (PT-RJ), não se pode dar preferência, por meio de acordo comercial, à navegação num portal A em detrimento do portal B (por exemplo, dificultando a passagem dos pacotes de rede do portal B no tráfego on-line). Mas as operadoras querem ter o direito de usar sua infraestrutura de internet de acordo com seus próprios interesses, permitindo acesso a mais banda a quem puder pagar, por exemplo.

Segundo Bruno Magrani, professor e pesquisador do Centro de Tecnologia e Sociedade da Fundação Getulio Vargas (FGV), que auxiliou Molon na redação do texto do projeto, a controvérsia com as operadoras surgiu quando inicialmente se sugeriu que deveria haver regulamentação posterior sobre a neutralidade e o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI-Br) deveria ser ouvido sobre o tema.

"As teles logo se eriçaram, dizendo que o Comitê Gestor não poderia regular nada, e sim a Anatel, criando até cizânia dentro do governo. Mas, na verdade, elas já eram contra a neutralidade e usaram isso como pretexto contra o projeto", diz Magrani.

Ele explica que a menção ao CGI-Br (órgão de aconselhamento, não de gestão) visava a orientar juízes em processos futuros tratando do tema, já que a neutralidade, mesmo desejável, tem algumas exceções - por exemplo, é preciso ajustar as redes para combater o envio de spam, prevenir ataques de negação de serviço, calibrar serviços de voz sobre internet, etc.

"O deputado Molon acreditou que o Comitê Gestor poderia dar subsídios ao Judiciário no trato do tema, mas aí veio toda a celeuma", diz. "De qualquer modo, ter neutralidade da internet é garantia de que não haverá violação do livre comércio, nem prejuízo aos consumidores".

Para o professor, mesmo que o texto sofra com o lobby do setor de telecom, "é melhor ter alguma neutralidade na rede do que nenhuma".

Reação das teles - As operadoras de telefonia, responsáveis pela infraestrutura da rede, aguardam a Conferência Mundial de Telecomunicações, que será realizada em Dubai em dezembro, para se posicionarem. Na ocasião, a neutralidade da rede estará em xeque, pois serão revisadas as regras de telecomunicações definidas pela ONU.

De acordo com o diretor-executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia (Sinditelebrasil), Eduardo Levy, o setor defende uma solução equilibrada. "Neutralidade é um termo que não dá para ser contra, mas ser neutro não significa que não possamos gerenciar a rede".

O setor espera que a rede possa ser gerenciada de acordo com os usos específicos de empresas e consumidores. De acordo com Levy, não é razoável tratar da mesma maneira o "heavy user", que usa a internet para acessar filmes, e a pessoa que só se conecta para mandar e-mails. "O Correio tem o Sedex, o avião tem a classe executiva. O serviço de internet também deve ser tratado desta forma", defende.

Outros países - Magrani diz que alguns países já saíram na frente, protegendo a neutralidade on-line, como Chile, Holanda e, parcialmente, os Estados Unidos. "Nos EUA, não há neutralidade nas redes de celulares".

Segundo José Francisco de Araújo Lima, diretor de Relações Institucionais, Regulação e Novas Mídias das Organizações Globo, a briga na conferência em Dubai promete. "As telecom não querem a neutralidade pois desejam oferecer mais banda a quem pagar mais; porém, os produtores de conteúdo pretendem fazer face a elas na conferência".

Outra consequência da ausência de neutralidade da internet é o potencial monitoramento das atividades dos internautas por seus provedores, por meio de plataformas polêmicas como a da empresa britânica Phorm, que chegou a ser alvo de processo na União Europeia e cuja atuação no Brasil foi investigada pelo Cade.
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