terça-feira, 23 de outubro de 2012

Míssil de combustível líquido das FME


O novo míssil balístico intercontinental (MBIC) de combustível líquido, projetado para substituir o RS-20 Voevoda, será colocado em produção até o final deste ano. Anteriormente, foi relatado que as Forças de Mísseis Estratégicos (FME) receberão o novo míssil na segunda metade da década.

O início da produção e testes do míssil em 2013 devem permitir cumprir este prazo.
O processo de lançamento de MBICs a combustível líquido baseados em silos é bonito. Se abre uma tampa articulada, em seguida potentes cargas de pólvora empurram o míssil para a superfície. Depois de deixar o silo, o míssil, por um momento, quase que paira no ar e, em seguida, começa a ganhar aceleração. Seis ogivas com uma potência de até meia megatonelada cada para o RS-18, 10 de 0,8 megatoneladas para o RS-20 – esta potência pode esmagar cidades e países inteiros.
MBICs de silo a combustível líquido durante muito tempo formaram a base da potência nuclear da União Soviética, e hoje também desempenham um papel bastante importante no arsenal nuclear da Rússia. A retirada gradual desses mísseis devido ao fim de seu prazo de vida útil repetidamente prolongado tornou-se uma das principais razões para a queda acentuada da potência nuclear russa: até recentemente, a principal adição nova ao arsenal das FME foi o Topol-M. Depois veio o Yars, mas suas 3-4 ogivas não são suficientes para torná-lo uma substituição completa do RS-20 Voivode, conhecido no Ocidente como Satanás.
Nessas condições, o desenvolvimento de um míssil de silo a combustível líquido de nova geração foi considerado razoável: seu sistema multicarga aumenta as chances de romper sistemas de defesa antimíssil. No entanto, por trás do exterior atrativo dessa solução se escondem problemas sérios.
Sistemas de lançamento de silos podem proteger um míssil de quase qualquer coisa - até mesmo uma explosão nuclear num raio de um par de centenas de metros não garante a destruição do míssil. Enquanto as armas nucleares eram praticamente o único meio de suprimir o arsenal estratégico do inimigo, tais oportunidades eram abundantes. No entanto, o desenvolvimento de sistemas de alta precisão fez o seu trabalho: a partir de então, qualquer silo poderia ser posto fora de ação com 1 ou 2 tiros acertados de munição convencional com algumas centenas de quilos de explosivos. A precisão de armas nucleares, é claro, tão pouco ficou parada.
A ameaça de um ataque inicial de desarmamento com uso de armas de alta precisão foi um dos principais motivos para a transferência docentro de gravidade das FME para sistemas móveis e para a crescente participação da Marinha. Sistemas móveis capazes de dispersão rápida se tornam um alvo mais difícil, além disso, nem satélites nem veículos aéreos não tripulados garantem a detecção destas máquinas a tempo, nem o fato de que o objeto descoberto não é um alvo falso.
A capacidade de mudar rapidamente a posição, a indisponibilidade de uma parte significativa da Rússia para reconhecimento por satélite devido a condições climáticas, as enormes áreas da pesquisa, as enormes distâncias a serem superadas por drones - tudo isso dá uma vantagem considerável aos complexos móveis em comparação com sistemas de silos que são instalados em seus lugares permanentemente.
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Boeing – Primeiro Teste Operacional de Cyber Missil

HILL AIR FORCE BASE, Utah,--Recente teste realizado no deserto de Utah poderá mudar a forma das futuras guerras e armamentos após um míssil ter desabilitado alvos eletrônicos com pouca ou nenhum efeito colateral.

A BOEING  e o U.S. Air Force Research Laboratory (AFRL) Directed Energy Directorate (Armas de Energia), Kirtland Air Force Base, Novo México, testou com sucesso, em uma tradução aproximada o que seria Projeto de  Microondas de Alta Potência Contra-Eletrônicos  (Counter-electronics High-powered Microwave Advanced Missile Project - CHAMP), durante um voo sobre o Campo de Testes de Utah, que foi monitorado desde a Base Aérea de Hill.

O CHAMP, que torna os equipamentos eletrônicos inservíveis, é uma arma não cinética e é uma alternativa às tradicionais armas com explosivos, que usam deslocamento de energia  para destruir um alvo.

Durante o teste, o míssil CHAMP executou um plano de voo pré-planejado  e emitiu impulsos de alta energia  (high-powered energy), que afetaram e tiraram de serviço os  dados do alvo e subsistemas eletrônicos.  O CHAMP permitirá  o emprego de ataques de ondas de rádio de alta-freqüência  contra numerosos alvos em uma única missão.

"Esta tecnologia marca uma nova era na Guerra Moderna," afirmou Keith Coleman, Gerente do Programa CHAMP pela  Boeing Phantom Works. "Em um futuro próximo, esta tecnologia poderá tornar inefetivo os sistemas eletrônicos e centros de dados antes de as tropas chegarem ou o primeiro avião."

CHAMP é um Programa Demonstrador de Tecnologia  que inclui testes em solo e em voo.
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