sábado, 6 de outubro de 2012

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Poderio militar russo | 2012 srdjanHD

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Rússia inicia construção de submarinos super modernos


Em 2013, a Rússia poderá retomar a construção de submarinos no âmbito do projeto 677 Lada.

Em submersíveis modernos serão estacionadas baterias e instalações energéticas autônomas em relação ao ar atmosférico. Os armamentos submersíveis constituem uma aliciante vertente da cooperação com os países da região da Ásia-Pacífico, considera o perito do Centro de Análise de Estratégias e Tecnologias, Vassili Kashin.
Os submarinos do projeto 677 Lada deverão vir a substituir os submersíveis a diesel Varshavianka que continuam sendo construídos nos marcos do projeto 636 (KILO - segundo a classificação ocidental). Estes navios são a modificação do projeto soviético 877 Paltus.
As embarcações dos projetos 877 e 636 se utilizam e se constroem para a Marinha de Guerra da FR, sendo também exportadas para as FN de outros países. Assim, 12 submarinos do gênero se encontram em serviço da Marinha chinesa. Além disso, seis navios do projeto 636 foram encomendados pelo Vietnam, o primeiro dos quais já foi posto em ação.
Segundo Vassili Kashin, contatado pela emissora VR, o primeiro submarino do projeto 677 foi entregue à Esquadra do Báltico em 2010. Supunha-se que teria a bordo novos elementos do sistema de armamentos, um sistema moderno de comando e uma notabilidade mais baixa em relação aos navios congêneres anteriores. Todavia, os testes efetuados puseram em relevo uma série de imperfeições técnicas que deviam ser eliminadas.
Em 2011, o comando da Força Naval anunciou a suspensão das obras nos marcos do projeto 677. Passado um ano, foi tomada a decisão de reiniciar a construção e de preencher todas as lacunas técnicas no seu funcionamento.
De acordo com especialistas, trata-se, ainda por cima, da modernização substancial de submarinos desta classe.
Um deles, o submersível Kronstadt, será dotado de baterias de íons de lítio o que aumentará a permanência em estado imerso. Planeia-se levar a bom termo todas as obras do projeto até 2015.
O segundo submarino, Sevastopol, será munido, pela primeira vez na história da Marinha russa, de uma instalação energética autônoma que funcione sem recurso ao ar atmosférico, podendo realizar a recarga de baterias sem a necessidade de emergir. Deste modo, o submarino convencional poderá ser equiparado, por algumas das características suas, ao submersível atômico. De notar que tais sistemas já se usam em submarinos ocidentais.
Considera- se que os submarinos super-modernos chineses Yuantambém usam tais sistemas com base no motor de combustão externa Stirling. Hoje em dia, estão em vias de projeção e utilização vários tipos de blocos de energia, tendo cada um deles uma série de vantagens e deficiências próprias. Convém ressalvar que as instalações do gênero são todas complicadas, caras e pouco seguras. Um dos defeitos do motor Stirling, por exemplo, é a sua potência diminuta perante a dimensão e o peso maiores.
O sistema de energia russo se baseia em princípios diferentes. A semelhança da instalação energética do submarino alemão type 212, utiliza as células de combustível de hidrogênio. O hidrogênio se produz a bordo do navio por meio de um gerador electro-químico especial.
Depois de eliminar defeitos e de retomar a construção de submarinosLada, a Rússia se dispõe a proceder à exportação destes engenhos sob o nome Amur-1650.
A região asiática será, pelo visto, o principal mercado das exportações russas, constata Vassili Kashin. Na Ásia Oriental ocorre a autêntica corrida aos armamentos submarinos. O Japão, reagindo ao reforço das Forças Navais da China, acaba de aumentar o parque de submarinos para 22 unidades. A Coréia do Sul está a implementar um vasto programa de desenvolvimento da Frota Submarina, tendo dominado as técnicas de construção de submarinos relativamente modernos. Os países membros da ASEAN – o Vietnam, a Indonésia, e a Singapura - também se empenham na concretização de tarefas semelhantes. Convém acentuar que todos os programas acima citados se realizam no âmbito da larga cooperação internacional.
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Veículos aéreos não tripulados: esperanças cautelosas


Veículos aéreos não tripulados (VANT ou drones) já foram anunciados por muitos como quase a principal arma das guerras modernas, mas esperanças excessivas em relação a este tipo de armamentos podem se transformar em uma séria decepção.

As capacidades de drones não se devem negar: seu surgimento realmente introduziu mudanças revolucionárias na organização de combates, reduzindo até poucos segundos o intervalo entre a descoberta e a destruição do alvo. Mas não se pode esquecer que se o adversário aprender a quebrar a ligação do veículo aéreo com o centro de comando, uma brigada, ou até mesmo um grupo inteiro do exército, pode perder uma grande parte da informação do campo de batalha.
Com todas as possíveis vulnerabilidades dos drones, é necessário tê-los. A Rússia, até recentemente, estava para trás no desenvolvimento deste tipo de tecnologia, mas informações sobre aquisições de novos armamentos por países ocidentais levou os líderes militares a retomar o financiamento de desenvolvimentos.
Os primeiros veículos russos não passaram os testes. Então, para conhecer as tecnologias e os princípios de utilização desses sistemas, foi decidido comprar máquinas israelenses. Finalmente, o aumento da concorrência no mercado doméstico levou ao surgimento de veículos aéreos, potencialmente adequados para produção em massa.
Tais fortes atores não-estatais, como, por exemplo, a Tranzas de São Petersburgo, podem colocar a Rússia no grupo de países líderes em desenvolvimento de drones. É só uma questão de tempo necessário para a acumulação de respectiva competência e, é claro, de presença de demanda interna. Sobre esta última, no entanto, não há dúvida – com todas as desvantagens destes aparelhos, as suas capacidades são necessárias ao exército russo, e a liderança do estabelecimento militar, em primeiro lugar, entende isso, e em segundo lugar – têm fundos suficientes.
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Boeing e Saab reagem a novo radar da Dassault


ROBERTO GODOY - Agencia Estado
SÃO PAULO - A confirmação, feita nesta sexta-feira pelo grupo francês Dassault, da incorporação dos avançados radares RBE2 AESA à proposta de fornecimento de 36 novos jatos de uso múltiplo Rafale para a Força Aérea Brasileira (FAB) causou reações entre os finalistas na escolha - a americana Boeing, com o F-18 Super Hornet, e a sueca Saab, com o Gripen NG.
O negócio, de US$ 6 bilhões, é uma ação inicial. O programa é de longo prazo, e contempla contratos futuros envolvendo cerca de 120 aeronaves, com produção local a partir de um determinado ponto do processo.
A seleção tem um codinome, é a F-X2, e acumula 17 anos de atraso por causa de seguidos cancelamentos, reinícios e adiamentos. Nesta sexta-feira, no Rio, o ministro da Defesa, Celso Amorim, disse que a presidente Dilma Rousseff mantém a disposição de tomar a decisão até o fim do ano. No dia 31 de dezembro expira o prazo de congelamento das ofertas das corporações finalistas. A manutenção dos termos das ofertas foi feita a pedido do governo.
A Boeing e a Saab destacaram nesta sexta-feira que as suas negociações incluem os radares da classe AESA desde o inicio da F-X2. De acordo com o diretor sueco Bengt Janer, "os nossos estudos já estão em um patamar elevado: trabalhamos com a Selex Galileo, no Brasil, nesse viés do programa".
Janer disse que "não há qualquer risco da tecnologia do equipamento não ser transferida integralmente para a indústria local: 100% do conhecimento desse radar é de domínio da Suécia".
Donna Hrinak, presidente da Boeing do Brasil e ex-embaixadora dos EUA em Brasília, considera a aquisição dos caças "um negócio entre os Estados brasileiro e americano, executado entre os governos".
Essa condição, destaca, "implica um apoio total, já revelado, do governo dos Estados Unidos à venda e à transferência de tecnologias - incluindo as do radar AESA, aprovada antecipadamente pelo Congresso, pelo Departamento de Estado e diretamente pelo presidente Barack Obama". Segundo Donna, "não há necessidade de qualquer aprovação adicional".
Em nota, a empresa informou que "tem a reputação inigualável de cumprir suas promessas, fornecendo transferência de tecnologia por meio de participações industriais em 40 países, avaliadas em mais de US$ 42 bilhões".
Na França, a agência de armamento, a DGA, anunciou a entrega dos primeiros Rafale - rebatizados Rafale C137 - dotados dos radares RBE2 AESA, da Thales, e integrados nas fábricas de Merignac, da Dassault.
Segundo a DGA, o dispositivo soma grande melhora operacional. É compatível com a nova geração de mísseis, como o Meteor, com alcance além do horizonte e a raio de ação de 110 km. Em operação, teria demonstrado redução de custos e da exigência de ciclo curtos de manutenção. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo..segurança nacional blog

Turquia bombardeia Síria após novos disparos de morteiro


Dois disparos de morteiros feitos a partir da Síria atingiram uma localidade próxima ao vilarejo de Guvecci, em Yayladagi. O governo disse que o ataque parecia ter sido direcionado a forças rebeldes na fronteira. Não houve feridos.
O primeiro disparo caiu 50 metros dentro da Turquia às 7h do horário local (1h de Brasília), e o posto fronteiriço de Guvecci retaliou com quatro rodadas de morteiros 81 mm. Outras duas rodadas foram disparadas após o segundo morteiro ter caído em território turco, às 5h30 no horário de Brasília.A artilharia turca bombardeou alvos militares sírios na quarta e quinta-feiras, após o primeiro ataque fatal em seu país. O Conselho de Segurança da ONU condenou o ataque inicial sírio e exigiu que tais violações da lei internacional cessem imediatamente.
Membro da Organização dos Tratado do Atlântico Norte (Otan), a Turquia já foi aliada do presidente sírio, Bashar al-Assad, mas se voltou contra o líder devido à violenta repressão a uma revolta que já matou mais de 30 mil, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU).
A Turquia tem quase 100 mil refugiados sírios em seu território e pediu a saída de Assad. Erdogan disse na sexta-feira que seu país não quer uma guerra, mas alertou a Síria para não cometer um "erro fatal" ao testar a Turquia. Damasco disse que atingiu o país acidentalmente.
O ministro das Relações Exteriores, Ahmet Davutoglu, adotou neste sábado um tom mais defensivo, dizendo que a autorização do Congresso para uma possível ação militar além da fronteira era um meio de intimidação.
"Com o mandado, não estamos indo para a guerra, estamos mostrando ao governo sírio nossa posição, dando o alerta necessário para impedir uma guerra", afirmou.
Com Reuters..segurança nacional blog

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Embraer discute incremento das relações de parceria com Santos Lab


A Embraer Defesa e Segurança (EDS) revelou planos de reforçar suas relações com a Santos Lab, a qual já possui um acordo de cooperação com a EDS anunciado durante a Latin American Aero Defense (LAAD) 2011. Ambas as empresas estão agora em conversações para fortalecer ainda mais essa parceria.
Sediada na cidade do Rio de Janeiro, a Santos Lab surgiu em 2006 e desenvolveu alguns modelos de VANT, merecendo destaque o Carcara I utilizado pelo Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil e o mais capaz Carcara II. A atuação da Santos Lab despertou interesse de companhias de maior porte, entre elas, a Embraer.Em 2011, a estadunidense Boeing propôs a participação da Santos Lab na fabricação do VANT Scan Eagle com transferência de tecnologias, caso o avião de combate F/A-18E/F Super Hornet vença a concorrência F-X2.
A EDS não confirmou até o momento se as conversações com a Santos Lab inclui uma possível participação acionaria na empresa carioca. A Embraer adquiriu em 2011 participações societárias em duas outras organizações brasileiras de alta tecnologia, a Atech e OrbiSat. No campo de aeronaves não tripuladas, a OrbiSat desenvolve o Sarvant, aparelho que será dotado de um radar de abertura sintética (SAR) capaz de “enxergar” detalhes da superfície de terrenos que estão encobertos por vegetação. A Embraer também formou uma joint venture com a AEL Sistemas para adaptar o VANT Hermes 450 da Elbit Systems às necessidades específicas das Forças Armadas do Brasil.
A EDS foi escolhida em agosto último para a segunda etapa da concorrência do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON), a qual corresponde às negociações de detalhes de um contrato de US $ 4 bilhões com o Exército brasileiro para estabelecer uma rede de vigilância integrada cujo objetivo é monitorar as fronteiras amazônicas que o Brasil possui com outros países sul-americanos. Esse sistema prevê a integração de sistemas aéreos não tripulados (UAS) capazes de operar sobre áreas de interesse por longos períodos de tempo.
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FAB TV - FAB em Ação - Escola de Especialistas de Aeronáutica


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Aviões de guerra sírios atacam a cidade de Homs

HOMS - Aviões de guerra sírios atacaram o centro da cidade de Homs nesta sexta-feira, 5. Foi o pior bombardeio ao reduto rebelde em meses, disseram ativistasOs ataques a Homs também aconteceram com tanques e morteios, ao mesmo tempo que as forças do governo tentam dominar a cidade de Alepo. Homs tem sido um dos focos da revolta de 18 meses contra regime de Assad. A luta se deslocou para outras áreas, incluindo Alepo.
Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, o ataque de hoje é o pior que a cidade já passou em cinco meses. "Ao amanhecer, o regime bombardeou intensamente a região", disse o ativista que preferiu se identificar pelo apelido Abu Rami, com medo de represálias do regime. "Está caindo uma média de cinco foguetes por minuto".
Conflito com Turquia
O ritmo dos atentados do governo a cidades da Síria sugere que as forças do regime não foram dispersadas pelas crescentes tensões com a vizinha Turquia.

As forças armadas da Turquia atacaram alvos na Síria na quarta-feira, 3, em resposta a um morteiro disparado do território sírio que matou cinco civis turcos. O morteiro caiu em um bairro residencial na cidade de Akcakale, no sudeste do país, e matou uma mulher e quatro crianças de uma mesma família.
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Negociações para fusão entre EADS e BAE estão perto do colapso--mídia


Reuters
FRANKFURT, 5 OUT - Exigências da França levaram uma planejada fusão entre os grupos aeroespaciais europeus EADS e BAE Systems à beira do colapso, publicou nesta sexta-feira a Spielgel Online, da Alemanha.
Citando fontes governamentais, a revista online publicou que a Inglaterra quer evitar a todo o custo que qualquer país tenha mais de 10 por cento da companhia combinada, uma exigência à qual a França tem se oposto com seus planos de deter mais que isso e de ter opção para comprar mais ações no futuro.
O governo alemão não quis comentar o assunto. Já a EADS negou a notícia, afirmando que não considera que a fusão será cancelada. A BAE preferiu não se pronunciar.
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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Contrato assinado em 2009 Helibras exibe protótipo do HM-1 Pantera modernizado

Aproveitando a inauguração da nova linha de montagem dos helicópteros EC-725, a Helibras exibiu estaticamente a primeira aeronave HM-1 Pantera (AS-365K) do Exército Brasileiro (EB) modernizada, na forma de protótipo, referente a contrato de R$ 375 milhões que prevê a modernização de 34 aparelhos do Comando de Aviação do EB assinado em dezembro de 2009. Um exigente programa de voos de teste vem sendo realizado com este Pantera modernizadoO leque de modificações incluem novo motor, o Arriel 2C2CG com 40% a mais de potência e dotado de FADEC (3.000 horas entre revisões gerais), entradas de ar e radiadores maiores, novo piloto automático de 4 eixos, lança de cauda e estabilizadores horizontais com novo revestimento térmico mais resistente, avançado sistema de detecção de incêndio a bordo e extintores automáticos, novas cablagens, novo módulo de manetes no cockpit, tela VEMD no lugar do antigo painel (o novo já vem preparado para uso com óculos de visão noturna), novo radar meteorológico e modernização da caixa de transmissão principal.
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A liberdade do Google é a nossa liberdade


Eugênio Bucci
Mais uma vez, uma irracionalidade vem ganhando ares de verdade no Brasil. Fruto, talvez, da polarização abrutalhada do debate público, essa nova irracionalidade traz um potencial destrutivo considerável. Podemos resumi-la numa frase curta: "A defesa da liberdade de imprensa é coisa da direita, é uma agenda patronal". Trata-se de uma proposição absurda, irrefutavelmente absurda, tanto quanto esta outra, muito difundida na seara da direita, segundo a qual "essa conversa de direitos humanos só serve para proteger bandidos". Mesmo assim, esse absurdo comove pequenas multidões.
Nesse caldo de cultura marcado pela animosidade, a censura judicial encontra uma estrada aberta, desimpedida, e cresce. "É o de menos", dizem uns. Outros até comemoram: "Finalmente a grande imprensa vem tendo o que merece". Foi assim no dia 31 de julho de 2009, quando este jornal foi proibido pela Justiça de veicular informações sobre a Operação Boi Barrica, então conduzida pela Polícia Federal. Logo apareceu quem argumentasse que a violência da medida judicial não constituía censura, que não se podia exagerar, que o episódio não era grave. Já se conheciam, naquele ano, algo como 40 decisões judiciais impondo proibições prévias a blogs e jornais de médio ou de pequeno porte, mas nem isso estimulou os indiferentes a abandonarem a indiferença. Como resultado, o quadro piorou.
Desde então a mentalidade censória só fez recrudescer. Em 2010 um juiz eleitoral do Tocantins, Liberato Póvoa, proibiu 84 veículos de comunicação de diversos Estados de publicar informações sobre irregularidades no governo de Carlos Gaguim (PMDB) - que, não nos esqueçamos, era candidato à reeleição. A decisão de Póvoa foi modificada logo em seguida, mas serviu para ridicularizar a liberdade de imprensa. De novo, os que achavam e continuam achando que falar de liberdade de imprensa é coisa de direita não se abalaram.
Agora em setembro, em Macapá, outro juiz eleitoral mandou que fosse suprimido do blog do jornalista João Bosco Rabello, no portal Estadão.com.br, uma nota informando que um dos candidatos à prefeitura respondia a ações penais. Outra vez a liberdade de imprensa saiu desmoralizada. E a moda se alastra. A esta altura, já são dezenas de processos, no Brasil inteiro, em que candidatos a cargos municipais suplicam ao Judiciário que vete todas as notícias que lhes desagradam.
Há pouco mais de uma semana, em Mato Grosso do Sul, o juiz eleitoral Flávio Saad Peron determinou que o Google retirasse do YouTube um vídeo que criticava o candidato do PP à prefeitura de Campo Grande. Como não foi obedecido no prazo de 24 horas, ordenou a prisão do executivo Fabio Coelho, diretor-geral do Google no Brasil. Coelho chegou a ser detido no dia 26 de setembro e só foi libertado porque o mesmo magistrado que mandara encarcerá-lo mudou de ideia e, convencido de que o crime era de "menor potencial ofensivo", expediu o alvará de soltura.
Passado o desgaste, o saldo é um só: em Campo Grande quem levou a melhor foi o candidato do PP, pois o vídeo que ele queria vetar foi efetivamente banido do YouTube. A censura venceu e, atenção, quem mais perdeu não foi o Google. O gigante da internet enfrenta pendengas semelhantes em 28 países, mas segue a todo o vapor, incólume. Quem perdeu foi o eleitor. A liberdade do Google, nesse caso, não é a liberdade privada de uma empresa: é a nossa liberdade, é o nosso direito de ter acesso à informação. Se queremos defender o direito à informação, precisamos defender a liberdade do Google.
Por certo, ninguém aqui vai argumentar que o diretor do Google agiria bem se descumprisse a ordem do juiz. Na democracia, ordens judiciais devem ser obedecidas. Mas, com a mesma legitimidade, podem também ser questionadas na própria Justiça, como o próprio Google tenta fazer. A batalha jurídica é necessária. Só ela, porém, não basta. Para superar a mentalidade autoritária, que vem aumentando, precisamos superar também o equívoco de acreditar que "a bandeira da liberdade de imprensa é uma agenda da direita". O jornal Folha de S.Paulo, na sexta-feira passada, afirmou em editorial que "a maior ameaça à liberdade e expressão no Brasil, hoje, parte do Judiciário". É isso mesmo, o editorial tem razão, mas falta dizer que essa ameaça conta com o apoio silencioso (e confortável) de lideranças políticas - algumas das quais, aliás, se vêm beneficiando das mordaças judiciais.
A liberdade de imprensa está longe de ser um consenso entre nós. O Brasil unificou-se para derrotar a inflação, assim como agora se articula para combater a pobreza, mas não enxerga na liberdade de imprensa um direito fundamental de todos, independentemente da preferência ideológica de cada um. Mais um pouco e correremos o risco de ter o Poder Judiciário exercendo as funções de editar jornais e sites. Será possível estancar essa onda censória?
A resposta passa pelo Supremo e pelo Poder Legislativo, mas, no principal, depende dos agentes políticos. Do primeiro se espera uma decisão que faça valer para todo o Judiciário o que foi definido com total clareza, em 2009, no acórdão assinado por Carlos Ayres Britto pondo fim à velha Lei de Imprensa. "A crítica jornalística", escreveu ele, "não é aprioristicamente suscetível de censura, mesmo que legislativa ou judicialmente intentada". Do segundo se espera que o Marco Civil da Internet tramite na direção certa, reafirmando a liberdade - que, vale reforçar, é a liberdade da sociedade, não das empresas.
Acima disso, por fim, cabe às lideranças políticas a tarefa de sepultar a crença obscurantista de que a liberdade só interessa à burguesia. Já é tempo de saber que a nossa liberdade somente encontra espaço para prosperar quando a gente se empenha em expandir a liberdade do outro. A liberdade de imprensa não é um privilégio de jornalistas ou dos meios de comunicação: é um direito de todos nós.
* JORNALISTA,  É PROFESSOR DA USP E DA ESPM
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Dassault tenta vender caças com novo radar


Roberto Godoy, de O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - A Dassault Aviation, a fabricante do jato francês RafaleC, finalista no processo de escolha de um novo caça para a Força Aérea Brasileira (FAB), vai incorporar, à sua proposta para o governo do Brasil, o novo radar AESA de alta tecnologia.De acordo com Jean Marc Merialdo, diretor da corporação, "com esse equipamento, a FAB terá em mãos, todo o estado da arte em radares de aeronaves de combate, cujo conhecimento é atualmente dominado somente pela França e pelos Estados Unidos".
Segundo Merialdo, "o complexo industrial brasileiro terá acesso total à tecnologia do RBE2 AESA, a partir do nosso compromisso de compartilhamento irrestrito de informações estratégicas". O executivo ressalta que a incorporação não vai elevar o preço de aquisição do RafaleC.
O radar foi desenvolvido pela Thales, integrante do consórcio Rafale International. A versão de segunda geração começou a ser pesquisada em 2004, e recebeu um investimento inicial de 90 milhões.
O dispositivo é capaz de localizar e identificar simultaneamente até 40 aeronaves - e de tratar como alvos de 8 a 10 delas. Faz, ainda, o acompanhamento digital do terreno sobrevoado, facilitando a penetração a baixa altura em ataques de precisão.
O AESA, todavia, não está livre de problemas. O sistema processa grande volume de dados e, para isso, precisa de computadores de desempenho especial - muito velozes e com alto coeficiente de armazenamento.
Compra
A escolha do novo caça da FAB é uma pendência que dura 17 anos. Suspensa, cancelada, reaberta e adiada, a seleção é um negócio inicial de US$ 6 bilhões envolvendo 36 caças avançados. Os outros dois concorrentes são o F-18 E/F Super Hornet, da americana Boeing, e o Gripen NG, da sueca Saab.
O governo brasileiro exigirá dos vencedores a transferência de tecnologia sensíveis ao País e a construção das aeronaves no Brasil a partir de determinado ponto. A aeronave será o padrão de todos os tipos de uso em combate da FAB e da aviação naval.
A presidente Dilma Rousseff pretende anunciar a decisão até o fim do ano
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