quinta-feira, 19 de julho de 2012

A Rússia convida a Índia a aderir ao programa de aperfeiçoamento do sistema de navegação Glonass,


A Rússia convida a Índia a aderir ao programa de aperfeiçoamento do sistema de navegação Glonass, revelou o vice-primeiro-ministro russo Dmitri Rogozin, de visita a Nova Deli. A projeção deste sistema por satélite não é o único projeto comum que pode ser implementado nos próximos tempos.

A Rússia procura intensificar a cooperação com a Índia, sobretudo, na área aeronáutica e aeroespacial. A atividade conjunta nesta esfera e no domínio de comércio e projeção de armamentos tem um longo percurso histórico, ressaltou Rogozin, apontando a necessidade de "estabelecer o sistema de troca de tecnologias e experiências". Neste contexto, a participação da Índia no aperfeiçoamento do Glonass poderia vir a ser um primeiro ponto na realização desse programa, declarou, por seu turno, Alexander Gurko, diretor-geral da companhia de monitoramento NIS Glonass.
"A Índia conta com uma escola desenvolvida de programação de computadores e de tecnologias informativas. Com ajuda de especialistas indianos poderemos incentivar o desenvolvimento de elementos suplementares que se assentem em tecnologias Glonass, sistemas informáticos e produtos de consumo baseados em tecnologias GPS. Deste modo, tomando em conta um enorme mercado de escoamento em vias de crescimento na Índia e, ao mesmo tempo, o nível de preparação de engenheiros informáticos indianos, será possível acelerar o desenvolvimento do nosso sistema."
A Rússia propõe que a Índia participe num projeto interessante e vantajoso. Agora a questão que se coloca é se a Índia aceitará a iniciativa russa, refere o orientador do programa Problemas de Não Proliferação do centro Carnegie de Moscou, Piotr Topytchkanov.
"A Índia tem vindo a dinamizar a cooperação tecnológica tanto com a Rússia, como com Israel e os EUA. Mas se ela atuar com a Rússia como parceiro de plenos direitos, transformando o Glonass num projeto bilateral, será necessário igualmente investir recursos de forma equitativa. Isto significa que a Índia perderá, em certa medida, a liberdade de ação e opção na área espacial, pelo que, pura e simplesmente, não terá meios suficientes para desenvolver, em paralelo, projetos espaciais com os EUA e Israel."
Acresce que, a par do Glonass, a Rússia convida a Índia a proceder à produção conjunta de armamentos. Os peritos não excluem hipótese de o sistema de navegação por satélite, como uma das principais tecnologias, poder vir a ser usado na construção de equipamentos militares. De notar que, para agilizar ambos os projetos, a Rússia se prontifica a levantar certas limitações na concessão de vistos para os cidadãos da Índia, aguardando uma resposta positiva à sua proposta aliciante.
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Rússia quer que Irã retire sua queixa sobre S-300


As autoridades russas pretendem buscar que o Irã retire sua queixa de 3,985 bilhões de dólares que o país apresentou no Tribunal Internacional de Arbitragem de Genebra, escreve o jornal russo Kommersant.

Este foi o montante que Teerã avaliou o fracasso do contrato de fornecimento de sistemas de mísseis anti-aéreos S-300 por parte russa.
No início de julho soube-se que o Irã apresentou uma queixa contra a Rússia no Tribunal de Arbitragem de Genebra, reclamando sobre inexecução não apenas do contrato de S-300, mas de todos os acordos desde 1996. Peritos acreditam que dessa maneira Teerã tenta estimular Moscou para retomar o contrato de fornecimento de S-300.
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Cientistas prevêem próximo encontro com extraterrestres


Logo depois de as autoridades britânicas divulgaram documentos de arquivos governamentais sobre contatos com extraterrestres, na Irlanda os cientistas europeus discutiram numa conferência o que fazer quando alienígenas visitarem a Terra.

Os participantes da conferência acreditam que a humanidade ainda não está pronta para encontrar extraterrestres: o que fazer, quem deve falar com eles – ainda não há consenso nestas matérias.
Os ufólogos há vários decénios consideram estas questões, se confiar nos recentes documentos desclassificados pelas autoridades britânicas. No entanto, os participantes da conferência em Dublin chegaram a um acordo que o contato de humanos e extraterrestres deve teve lugar até fim do século XXI.
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Venezuela quer comprar caças Su-35 à Rússia


A Venezuela está interessada em adquirir à Rússia caçás multi-usos Su-35, anunciou na quarta-feira o chefe do país sul-americano, Hugo Chávez.

Segundo ele, a segurança, defesa e desenvolvimento do Estado devem ser os principais problemas para o Governo em termos de asseguramento contínuo da independência nacional. A Rússia é um dos principais fornecedores de armas para a Venezuela.
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Em cúpula lusófona, Brasil apoiará polêmica adesão de país africano


BRASÍLIA - Três semanas após apoiar a suspensão do Paraguai do Mercosul alegando uma "ruptura da ordem democrática" no país, o Brasil reforçará nesta quinta-feira, 19, sua defesa da adesão à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) de uma nação no oeste africano comandada há 33 anos pelo mesmo governante.
Brasil defenderá adesão de Guiné Equatorial - Ueslei Marcelino/Reuters
Ueslei Marcelino/Reuters
Brasil defenderá adesão de Guiné Equatorial
Veja também:linkConselho de Segurança condena golpe militar na Guiné-Bissau
linkGoverno brasileiro demonstra preocupação por incidentes em Bissau
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Sob o domínio de Teodoro Obiang Nguema Mbasogo desde 1979, a Guiné Equatorial tornou-se, em 2006, observadora da CPLP, criada há 16 anos para estreitar as relações entre os países de língua portuguesa.
No próximo encontro do bloco, que começa nesta quinta-feira em Moçambique, o país africano pleiteará pela segunda vez sua adesão plena à comunidade.
Em 2010, na última cúpula do bloco, o pedido foi rejeitado por falta de consenso entre os membros. Desta vez, Portugal deve se opor ao ingresso do país, que tem cerca de 700 mil habitantes e área equivalente à de Alagoas.
A decisão sobre o pedido só deve ser anunciada na sexta-feira, em reunião entre os chefes de Estado. O Brasil será representado pelo vice-presidente, Michel Temer.
A possível incorporação do novo integrante tem sido contestada por intelectuais, como o escritor moçambicano Mia Couto, e por um movimento criado por ONGs de Portugal, Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.
Em carta enviada aos chefes de Estado lusófonos, elas dizem que a entrada da Guiné Equatorial "manchará irremediavelmente a reputação e a respeitabilidade da CPLP na comunidade internacional".
O movimento, que inclui a Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais, acusa o governo Nguema de torturar e prender arbitrariamente críticos e opositores e cita investigações no exterior por corrupção contra o líder guinéu-equatoriano e seus familiares.
Segundo as entidades, o decreto presidencial que em 2010 instituiu o português como terceira língua oficial da Guiné Equatorial "não resulta da história, da expressão cultural ou vontade do povo". Apesar do decreto, o português não é falado no país, que também tem como línguas oficiais o espanhol, idioma predominante, e o francês.
O grupo diz ainda que os apoios na CPLP à adesão da Guiné Equatorial se devem às riquezas petrolíferas do país, terceiro maior produtor da commodity na África Subsaariana.
Argumentos 
Já a Guiné Equatorial diz que nos próximos anos o português passará a ser ensinado nas escolas. O governo reivindica a adesão com base em laços históricos com Portugal e na proximidade geográfica com outros membros da CPLP, especialmente Angola e São Tomé e Príncipe.
No site do movimento pró-adesão (mage.eu5.org), partidários do ingresso dizem que Portugal controlou parte do país até o fim do século 18, quando os territórios foram cedidos à Espanha após a assinatura de tratados entre as nações ibéricas.
O movimento também afirma que o país é majoritariamente católico, assim como os outros membros da comunidade, e que já mantém relações econômicas com Estados do bloco.
Há ainda outras razões mais pragmáticas para o pleito. Num continente em que os blocos linguísticos, ecos da colonização europeia, têm um importante papel nas concertações diplomáticas e nos negócios, os guinéu-equatorianos buscam romper seu isolamento na região.
Único país no Golfo da Guiné colonizado pela Espanha, a Guiné Equatorial está rodeada por nações francófonas, anglófonas e lusófonas. O país aderiu em 1989 à Organização Internacional da Francofonia, mas, segundo analistas, jamais se sentiu confortável no grupo.
O interesse em ingressar na CPLP tornou-se, portanto, uma alternativa, respaldada pela ofensiva diplomática do governo Luiz Inácio Lula da Silva na África.
Em 2010, em visita à Guiné Equatorial, Lula apoiou a adesão do país ao bloco. No ano seguinte, já como ex-presidente, ele esteve no país outra vez, quando chefiou uma missão brasileira na cúpula da União Africana.
Segundo um diplomata brasileiro familiar às negociações, a entrada da Guiné Equatorial na CPLP colaboraria com o objetivo do Brasil de difundir a língua portuguesa no mundo. Ele diz que a adesão também ampliaria a influência do Brasil no país, que "é economicamente viável e demonstra a intenção de fazer uma transição política controlada".
Além disso, afirma que a Guiné Equatorial não está suspensa dos blocos regionais que integra e que sua entrada beneficiaria a população do país.
O líder guinéu-equatoriano, aliás, já disse que buscaria o apoio do bloco para aprimorar a educação do país e para concessão de bolsas de estudo a seus concidadãos em universidades do Brasil, Portugal e Angola. A CPLP também é integrada por Moçambique, São Tomé e Príncipe, Guiné Bissau e Timor Leste.
À exceção de Portugal, todos os membros do grupo estão entre os principais receptores da ajuda externa brasileira.
Isolamento e sanções 
O diplomata brasileiro rejeita os argumentos dos críticos ao ingresso, afirmando que isolamento e sanções não promovem democracia nem respeito aos direitos humanos. Segundo ele, com maior integração e comércio, retrocessos políticos se tornam mais difíceis.
Mesmo assim, diz que o Brasil não pretende fazer da adesão um "cavalo de batalha" e que ela só ocorrerá se todos os membros da CPLP a apoiarem. O diplomata atribui a resistência de Portugal principalmente a pressões da França, que temeria perder influência na região uma vez que a Guiné Equatorial priorizasse a CPLP em detrimento do bloco francófono.
Por mais que Portugal se oponha ao ingresso por enquanto, ele considera que se trata de "processo inevitável", que só será interrompido caso a Guiné Equatorial vivencie retrocessos políticos como um golpe de Estado.
Por ora, as relações econômicas do Brasil com a Guiné Equatorial são modestas. Em 2011, segundo o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o saldo comercial entre os países somou US$ 655 milhões (R$ 1,3 bilhão), com déficit de US$ 588 milhões (R$1,1 bilhão) para o Brasil.
A maior parceira do Brasil na África Subsaariana é a Nigéria - as trocas comerciais entre os países alcançaram US$ 9,5 bilhões (R$ 19 bilhões) no ano passado.
Enquanto o Brasil exporta à Guiné Equatorial sobretudo produtos industrializados, importa do país africano somente petróleo e derivados.
O governo brasileiro espera que as trocas cresçam se vingarem as negociações em curso para a criação de uma conta-petróleo para o país. Pelo mecanismo, que já vigora entre Brasil e Angola, parte da produção de petróleo da Guiné Equatorial garantiria financiamentos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) à compra de produtos e serviços brasileiros.
Desde 2010, o Brasil também negocia a venda de corvetas (navios de guerra) para a Guiné Equatorial, que anunciou a intenção de reformar sua Marinha. Se o país ingressar na CPLP, o governo espera que as negociações avancem mais rápido.
BBC Brasil -SEGURANÇA NACIONAL BLOG

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Exército faz plano para proteger instalações estratégicas

Chinese HQ-16 
O Exército brasileiro estuda lançar um programa de proteção de instalações estratégicas, em terra, com a integração de todos os organismos responsáveis pela segurança do país. O projeto, em fase piloto, batizado de Sistema Proteger, está orçado em R$ 9,94 bilhões, para investimento em 12 anos, e ainda precisa da aprovação da presidente Dilma Rousseff. O montante prevê a compra de equipamentos, como embarcações, viaturas e armamentos, e o treinamento de 85 mil integrantes das forças militares. O projeto recebeu o nome de Sistema Integrado de Proteção das Estruturas Estratégicas Terrestres (Sistema Proteger).
Além do Sistema Proteger, outros dois são considerados pelo Exército de maior importância e já estão em implantação: o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), com investimentos de R$ 11,992 bilhões, em dez anos, e o Centro de Defesa Cibernética (CD Ciber), cujo investimento não foi divulgado. Os três programas integram um grupo de sete, que tem como objetivo reformar o Exército e aumentar o poder de atuação das forças militares.
O Brasil tem cerca de 13.300 dessas estruturas no país, que, segundo avaliação do Exército, respondem por 92% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. São instalações, serviços, bens e sistemas cuja interrupção ou destruição, total ou parcial, provocará sério impacto social, ambiental, econômico, político, internacional ou à segurança do Estado e da sociedade, como geradoras, distribuidoras e transmissoras de energia, refinarias e terminais.
O general de brigada José Fernandes Iasbech, gerente do sistema Proteger, afirmou que o Brasil é o único dos Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) que não tem esse sistema integrado de proteção. "O que mais nos preocupa é que, caso haja necessidade, nós temos que estar treinados e dispor de meios para chegar a tempo para atuar antes que haja dano para este patrimônio tão valioso do Brasil", disse o general, que aguarda para apresentar resultados do projeto piloto para a presidência.
O governo liberou, este ano, R$ 120 milhões para colocar em prática o piloto, na Brigada de Cascavel, Paraná. O treinamento no local trabalha com prioridade para atender a usina hidrelétrica de Itaipu e as Subestações de Furnas e Ivaiporã. Do valor liberado, R$ 75 milhões foram empenhados em aparelhamento, como a compra de equipamentos individuais e de proteção para 500 integrantes do Exército, 200 viaturas e 800 barracas. As encomendas, feitas no Brasil em março e abril, já começaram a ser entregues.
Segundo o general, no próximo ano o Exército planeja avançar na capacitação e aparelhamento de tropas para a proteção de estruturas estratégicas situadas em São Paulo e Rio de Janeiro. As prioridades deverão ser a usina de Ilha Solteira, Terminal de São Sebastião, subestações de Bauru e de Ibiúna, Terminal de Cabiúnas, Refinaria de Duque de Caxias (Reduc) e Usinas Nucleares de Angra dos Reis.
"A cooperação que o Exército hoje empresta a outros órgãos de governo é episódica. A ideia é que passe a ser permanente", disse o general. "O Brasil cresce vertiginosamente. O patrimônio cresce vertiginosamente. Precisamos adequar nossas tropas e o nosso treinamento para que se for determinado pelo governo federal possamos agir com presteza e eficácia."
Com base no desenvolvimento do Proteger, o major do Exército e especialista em análises e operações de inteligência e contra-inteligência Nixon Frota desenvolveu um trabalho que propõe ao Exército a inclusão do setor elétrico nas questões de segurança e defesa da América do Sul. A ideia é que os países integrantes da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) tenham uma estratégia de defesa conjunta das suas instalações energéticas.
"Cada vez mais as instalações de energia, como linhas de transmissão, estão interligadas", disse o major, que vai apresentar a pesquisa durante o VI Encontro Nacional da Associação Brasileira de Estudos de Defesa (Abed), que será realizado entre os 6 e 9 de agosto, em Brasília. "Certamente, os resultados da integração fortaleceriam a segurança energética sul-americana, possibilitariam a criação de sinergias transparentes e democráticas, permitindo o desenvolvimento político, econômico, social e militar", disse Nixon.
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Brasil domina tecnologia para posicionar satélite em órbita


Agência Brasil
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) desenvolveu um subsistema de propulsão para satélite - trata-se de um catalizador movido a hidrazina (derivado químico do petróleo) necessário para mover um satélite em órbita e corrigir o posicionamento. Ao dominar o subsistema de propulsão, o Brasil se torna também independente para criar mecanismo usado na orientação dos foguetes quando ultrapassam a atmosfera.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, visitou nesta última segunda,16, a unidade do Inpe em Cachoeira Paulista, interior de São Paulo, para conhecer o subsistema de propulsão que será usado no satélite de observação Amazônia 1, com lançamento previsto para o próximo ano.
A criação do equipamento é considerada “um salto” tecnológico do Programa Espacial Brasileiro, avalia Heitor Patire Júnior, pesquisador do Inpe e responsável técnico do projeto. “Isso era uma caixinha-preta, precisamos descobrir na raça”, disse ele à Agência Brasil, ao lembrar que atualmente o país precisava comprar pronto o propulsor (como no caso do Brasilsat) ou contar com o desenvolvimento por paceiros (como a China, no caso dos satélites Cbers).
Além do feito tecnológico, o desenvolvimento do propulsor é comemorado como marco industrial em tempo que o governo federal lança medidas para incentivar áreas estratégicas de transformação, como reação à diminuição da produção industrial no país, causada, entre outras razões, pela importação de componentes.
“Nossa indústria ainda não produz 60% dos equipamentos que precisamos para os satélites, mas em cinco anos poderemos chegar a 100% se os investimentos permanecerem”, calcula Patire Júnior, na esperança de que as fontes de financiamento do programa espacial sejam estáveis.
Em 50 anos de existência, a liberação de recursos do programa espacial foi bastante irregular sofrendo com períodos de cortes orçamentários e descontinuidade, o que não estimulou a indústria de base, por exemplo, a tornar-se produtora de liga de alumínio para uso aeronáutico, fundamental para satélites e para os aviões da Embraer. “A indústria vai sobreviver se houver encomenda”.
O desenvolvimento do subsistema de propulsão mobilizou cerca de 50 funcionários do Inpe, responsáveis pela especificação da tecnologia, e mais duas dezenas entre empregados e consultores da empresa Fibraforte, de São José dos Campos (SP), fabricante do equipamento. Além do pessoal contratado diretamente, Heitor Patire Júnior soma mais de uma centena de pessoas que trabalham para os fornecedores da Fibraforte.
A companhia faz parte de um consórcio formado por mais outras duas empresas que há cerca de uma década participam da Plataforma Multimissão (PMM), criada pelo Inpe para servir de base de satélites como o Amazônia-1 e o Lattes. No período, a PMM  investiu aproximadamente R$ 10 milhões no desenvolvimento de peças para os satélites.
Cerca de uma dezena de países tem programas espaciais, e o Brasil é o mais atrasado. Com o desenvolvimento do subsistema de propulsão, o país poderá melhorar a posição no cenário mundial e se aproximar de emergentes, como a China e a Índia.
Dentro do governo, há grande expectativa que a empresa Visiona, criada pela parceria público-privada entre a estatal Telebras e a privatizada Embraer, dê novo impulso ao programa espacial. O modelo foi desenhado pelo próprio ministro Raupp no ano passado, quando presidia a Agência Espacial Brasileira (AEB) para o desenvolvimento do Satélite Geoestacionário Brasileiro (SGB).
Conforme acordos internacionais, o Brasil tem até 2014 para lançar o SGB em órbita. Patire Júnior teme que a nova empresa acabe importando muitos componentes e não utilize a expertise do Inpe com o propulsor. “Não podemos ficar na janela, do lado de fora. Qual será o nosso posicionamento ainda não está claro”, salientou.
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