quinta-feira, 31 de maio de 2012

Embraer cria empresa para fabricar satélites em São José


Por Arthur Costa
Embraer e Telebras formalizaram ontem a criação da Visiona Tecnologia Espacial S.A., empresa que será responsável, inicialmente, pela produção do satélite geoestacionário que será lançado em órbita pelo governo brasileiro em 2014.
A Visiona será sediada no Parque Tecnológico de São José dos Campos e terá composição de 51% da Embraer e 49% da Telebras.
Estimado em R$ 750 milhões, o satélite geoestacionário terá finalidades civil e militar, transmitindo imagens para monitoramento de fronteiras, informações sobre condições climáticas e disponibilizando internet banda larga.
“Este projeto representa um passo histórico para o avanço da prontidão tecnológica e industrial do setor espacial no Brasil, e a Embraer tem satisfação e orgulho de ser a parceira estratégica da Telebras e do Estado brasileiro”, disse em nota o diretor-presidente da Embraer, Frederico Curado.
No mesmo comunicado, o presidente da Telebras, Caio Bonilha, disse que “o satélite brasileiro permitirá a ampliação do acesso à internet a milhões de lares”.
O Parque Tecnológico, também por meio de nota, informou que “a chegada da Visiona constitui passo estratégico para a implantação e consolidação do Parque Tecnológico, que ora ingressa em sua fase de expansão, sempre em linha com o objetivo permanente de propiciar às empresas nele instaladas um ambiente sinérgico e estimulante para a geração de conhecimento, tecnologia e inovação”.
Já o secretário de Desenvolvimento Econômico, José de Mello Corrêa, salientou que é um privilégio de poucas cidades no mundo a construção de um satélite.
Localização
No Parque, a Visiona será empresa âncora do Centro de Desenvolvimento de Tecnologias Espaciais, ainda a ser construído. Num primeiro momento, a empresa poderá se instalar provisoriamente na atual estrutura do parque.

POR DENTRO
Parceria
nova empresa
Embraer e Telebras formalizaram ontem a criação da Visiona, empresa responsável pelo desenvolvimento do satélite geoestacionário
Composição
divisão
Visiona terá 51% da Embraer e 49% da Telebras
Satélite
estratégico
O satélite geoestacionário é considerado estratégico pelo governo. Estimado em R$ 750 milhões, será responsável por enviar imagens para monitoramento de fronteiras, condições climáticas e fornecerá internet banda larga
Lançamento
previsão
Expectativa é que satélite entre em órbita em 2014. Nas próximas semanas, a Visiona, que se instalará no Parque Tecnológico de São José, deve anunciar o seu cronograma de atividades
Fabricante tem novo executivo financeiro
A Embraer anunciou ontem a nomeação de José Antonio Filippo como novo vice-presidente Executivo Financeiro e Relações com Investidores. Filippo, com passagens pelo Grupo Pão de Açúcar, CPFL, entre outros, assume o cargo a partir de 4 de junho. A vice-presidência da área de finanças era ocupada por Paulo Penido, que deixou o cargo por motivos pessoais em abril.
Jatos executivos são tema de conferência
Desde ontem a Embraer realizará sua conferência de operadores de jatos executivos para clientes da Europa, Oriente Médio e África em Paris, França. Essa é a oitava edição do evento, que cobrirá as mais recentes atualizações técnicas, de manutenção e de operações de voo das famílias Legacy e Phenom. O evento, com realização de workshops, termina amanhã.

Fonte:O Vale segurança nacional blog

China lança satélite para estudar recursos da Terra e evitar desastres


Efe
A China lançou nesta terça-feira, 29, seu satélite de detecção remota "Yaogan XV", desde seu Centro de Lançamento de Satélites de Taiyuan, na província de Shanxi, ao norte da China, para realizar experimentos científicos, informou a agência oficial de notícias "Xinhua".O satélite foi lançado às 15h31 locais (4h31 de Brasília) a bordo do transportador Gran Marcha 4B e alguns de seus objetivos são estudar os recursos da Terra, analisar o rendimento dos cultivos e reduzir os desastres naturais e prevení-los, segundo a agência.
Com o "Yaogan XV" também foi posto em órbita o satélite "Tiantuo I" para a recepção de dados do Sistema de Identificação Automática de navios, a captação de imagens ópticas e a coleta de informação sobre experimentos de exploração espacial.
segurança nacional blog

quarta-feira, 30 de maio de 2012

China disposta a vender 300 caças Thunder


A China está disposta a vender, nos próximos cinco anos, nada menos que 300 caças JF-17 Thunder, de fabricação sino-paquistanesa conjunta. Entre os compradores mais prováveis figuram a República Democrática do Congo, a Nigéria, Sri Lanka, Sudão, Venezuela, Turquia e Sérvia.
Até hoje, somente o Ministério da Defesa do Paquistão comprou estes aviões. Na totalidade, a Força Aérea deste país pretende ser equipada com 150 aparelhos destes. Não é de excluir também a possibilidade de a encomenda aumentar em mais 50 caças.
A Força Aérea da China contemplou antes a possibilidade de utilizar os JF-17 mas desistiu da idéia, preferindo aperfeiçoar a “família” dos caças J-11 que são uma versão modificada do caça russo Su-27.SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Paquistão testou com sucesso míssil Hatf IX


O Paquistão testou hoje com sucesso o míssil Hatf IX de curto alcance, capaz de transportar uma ogiva nuclear, relatou o departamento militar do país.
Este é o terceiro teste de mísseis no Paquistão desde abril, altura em que a Índia efetuou um lançamento experimental de seu novo míssil balístico intercontinental Agni-V, também capaz de transportar armas nucleares, com raio de ação até 5000 quilómetros.
A Índia e Paquistão já estiveram três vezes em guerra desde a independência da Grã-Bretanha em 1947. Em 1998, os dois países  demonstraram publicamente pela primeira vez suas capacidades nucleares.VOZ DA RUSSIA SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Defesa do país contribui para o sucesso político, afirma projetista de Iskander–M


O projetista-chefe dos sistemas de mísseis Okae Iskander-M, Serguei Nepobedimy, entrevistado pela emissora VR, realçou que o elevado nível de habilitações académicas e o trabalho competente dos especialistas jovens constituem uma condiçãosine qua non para o desenvolvimento de tecnologias de armamentos e o reforço da defesa nacional.

Convém assinalar que ao longo da carreira profissional no período soviético o nome de Serguei Nepobedimy era  mais do que confidencial. Foi-lhe proibido sair do país. As suas fotos nunca apareceram em edições periódicas especializadas. Até eram cortadas das fotografias coletivas. Corriam rumores de que teria sido alvo de perseguições da parte da CIA, que teria organizado a caça ao lendário engenheiro, procurando conhecer, ao menos, a sua aparência.
Serguei Nepobedimy é autor dos complexos de mísseis MaliutkaIgla,Tochka e Oka que eram muito populares em vários países, quase tanto como a famosa metralhadora AKM.
Serguei Nepobedimy
Serguei Nepobedimy nasceu em 1921 na cidade russa de Riazan. Enquanto jovem, ganhou interesse pelos equipamentos técnicos, percorrendo, de mãos dadas à ciência nacional, um longo e difícil caminho do seu desenvolvimento. Começou trabalhar em oficinas rurais, acabando por chefiar prestigiados Centros de Projeção.
“Tinha cinco anos quando comecei a trabalhar em oficinas locais. Gostava de contemplar o processo de forjadura e de soldagem. O ferreiro forjava peças de ferro quente que depois se juntavam e eram soldadas. Com o andar do tempo, à nossa aldeia chegaram primeiros tratores que, verdade seja dita, me impressionaram muito ao ponto de eu começar a projetar e montar alguns utensílios e veículos.”
Ao terminar o curso de escola secundária em 1938, Nepobedimy ingressa na Escola Técnica Superior N.E. Bauman. Quando deflagrou a Segunda Guerra Mundial, decide ir defender o país. Todavia, a intenção terá sido impedida pela portaria governamental de proibir o serviço militar dos alunos de 3º, 4º e 5º anos, encarados como uma elite intelectual indispensável para garantir a vitória.
Não obstante, tal como outros colegas, Nepobedimy foi enviado para a zona próxima da frente da batalha a fim de abrir trincheiras para um destacamento de infantaria. Mas não chegou a participar em ações militares, tendo visto na realidade carros blindados e aviões em ação. Até hoje, considera  que o complexo de mísseis Oka, posto em serviço em 1980, foi a sua principal invenção.
“O lança-granadas tem um alcance de tiro limitado. Disparando, gasta toda a energia. A granada se lança com determinada velocidade, perdendo-a devido à travagem. Por isso, se torna impossível aumentar o alcance. Decidi experimentar um mecanismo diferente em que o míssil se lança, mas o movimento de propulsão é efetuado no processo de voo, o que permite aumentar o raio de alcance. Então, foi assim que acabei por inventar o Oka, considerado-o o melhor sistema de mísseis, sem análogos com um alcance de tiro de 400 km.”
Em 1989, no âmbito da implementação do START, os complexos Okaforam desmantelados embora, em termos formais, não estivessem abrangidos pelo tratado. Foi naquela altura que Nepobedimy tomou a decisão de abandonar o cargo de projetista-chefe do Centro de Projeções de Máquinas (KBM). Todavia, antes de sair, criou o projeto do sistema de mísseis Iskander-M, que veio substituir o Oka e ganhou fama em todo o mundo.
Os políticos não deixam de apontar o imperativo de desarmamento. Dizem que o século XXI deve vir a ser uma época de paz. Serguei Nepobedimy se manifesta menos otimista. Acredita que as reduções devem ser realizadas, antes de mais, no domínio de armamentos ofensivos sem afetar os sistemas de defesa. Sendo uma pessoa que se dedicou à criação de um escudo de proteção do país, continua convencido que tal proteção poderá garantir êxitos na arena política internacional
Voz da Russia.SEGURANÇA NACIONAL BLOG

O risco da guerra cibernética


É PESQUISADOR VISITANTE DA UNIVERSIDADE STANFORD, ANALISTA DA NEW AMERICA FOUNDATION, EVGENY , MOROZOV , SLATE, É PESQUISADOR VISITANTE DA UNIVERSIDADE STANFORD, ANALISTA DA NEW AMERICA FOUNDATION, EVGENY , MOROZOV , SLATE - O Estado de S.Paulo
Devemos nos preocupar com a guerra cibernética? A julgar pelas manchetes exageradamente dramáticas na mídia, sim, e muito. O argumento é que a guerra cibernética tornará as guerras mais fáceis e, portanto, mais prováveis de eclodir.
Por que? Em primeiro lugar, é uma guerra assimétrica; como é barata e destrutiva, pode incitar Estados mais fracos a entrar em conflito com outros mais fortes. Em segundo lugar, como é difícil rastrear ataques cibernéticos, os responsáveis não temem uma rápida retaliação e se comportam de modo mais agressivo do que o habitual. Em terceiro lugar, como é difícil uma defesa contra tais ataques, muitos Estados sensatos preferirão atacar primeiro. E, finalmente, como as armas cibernéticas estão envolvidas num manto de segredo e incerteza, é difícil a aplicação de acordos de controle de armamentos. Em outras palavras a guerra cibernética significa mais guerras.
Não tão rápido, ressalta um artigo bastante provocativo de Adam Lift, que está concluindo seu doutorado em Princeton, no Journal of Strategic Studies. Segundo ele, assumir que a guerra cibernética tem uma lógica inerente - uma teleologia - que sempre resultará em mais conflitos é ter vista curta. Além disso, as análises não consideram as sutilezas das relações de poder e da estratégia militar. Em vez de focarmos nossa política cibernética em cenários estapafúrdios de filmes de segunda categoria, temos de lembrar que aqueles que usarem armas cibernética têm planos e interesses reais - e terão de pagar os custos reais se algo der errado.
Diante da situação geopolítica atual, Lift não vê nenhuma razão para o alarmismo sombrio e catastrófico de influentes embaixadores com relação ao complexo industrial cibernético, especialmente Richard Clarke e seu livro lançado em 2010 e um sucesso de vendas, Cyberwar. Lift chega mesmo a detalhar diversos cenários onde a guerra cibernética na verdade provocaria uma redução dos conflitos armados.
É certo: o advento das armas cibernéticas poderá, no final, promover a paz mundial. Hippies de todo o mundo, unam-se e aprendam a armar ataques cibernéticos! A guerra virtual pode parecer assimétrica, mas é um mito dizer que as armas cibernéticas são baratas e de fácil obtenção. Seu desenvolvimento exige recursos, tempo e segredo operacional. Atores fracos não são realmente capazes de articular ataques de grande extensão que podem destruir a infraestrutura de sistemas com boas defesas.
Mas, mesmo que o consigam, provavelmente não optarão por essa alternativa. Ataques cibernéticos por parte de Estados mais fracos só têm sentido se eles conseguirem respaldar seu poder digital com armas convencionais.
Do contrário poderão ser esmagados pela resposta militar convencional do Estado mais forte. Isto explica porque a Somália ou o Tajiquistão não lançarão ataques cibernéticos contra os Estados Unidos tão breve; seja qual for o dano que poderiam causar com esses ataques, a resposta seria rápida com armas convencionais.
E os Estados engajados numa guerra virtual tampouco sabem necessariamente das consequências de fato dos seus próprios ataques.
Mesmo Estados avançados como os EUA desconhecem as chances de sucesso de tais ataques. O risco de causar danos a si próprio é alto, e os ataques cibernéticos podem inadvertidamente colocar outros ativos lucrativos (como a infraestrutura financeira do inimigo) fora da mesa. Tais incertezas podem ser o melhor meio de dissuasão.
Como Lift sublinha, é fácil achar que atores mais sensatos preferirão explorar as vulnerabilidades cibernéticas dos outros e se engajar numa guerra virtual cara se conseguirem outras maneiras mais baratas de solucionar seus conflitos. Neste caso, a disponibilidade das armas cibernéticas, independente do seu real potencial destrutivo, pode de fato permitir que Estados mais fracos consigam melhores acordos com seus adversários mais fortes, talvez até evitando um conflito.
Do mesmo modo, não devemos esquecer que as guerras têm a ver, em primeiro lugar, com coerção - e é difícil coagir outros sem causar danos à propriedade deles. Sim, pode ser difícil rastrear ataques cibernéticos, mas qualquer governo que fizer uso deles esperando conseguir que outros governos cedam à sua vontade gostaria de assumir tais ataques como seus.
Lift discute como é perigoso supor que as tecnologias (incluindo as armas) possuem propriedades essenciais e inalienáveis que teriam o mesmo efeito lógico - e também revolucionário - quando forem usadas.
Para ele, a guerra cibernética não é revolucionária e ele afirma, corretamente, que o efeito final dessa modalidade de guerra sobre a probabilidade de conflitos depende da natureza dos atores envolvidos, da sua força na hora de negociar e o quão confiáveis são as informações que possuem um sobre o outro.
Seja qual for a lógica inerente das armas cibernéticas, da mídia social ou dos filtros online, essa lógica inevitavelmente muda quando esses instrumentos se insiram em qualquer que seja o regime cultural, social ou político que oriente seu uso na prática. É deste modo que as armas cibernéticas acabam promovendo a paz, a mídia social acaba fortalecendo o totalitarismo e os filtros online acabam melhorando a descoberta da informação. Podemos não ser sempre capazes de prever tais efeitos, mas quanto mais nos atermos às explicações teleológicas, menores são as probabilidades de desenvolvermos melhores estruturas para análises e tomadas de decisão de caráter tecnológico. / TRADUÇÃO DE TEREZINHA MARTINO
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Empresa diz ter detectado mega-ataque cibernético no Oriente Médio


Uma empresa multinacional de computação diz ter descoberto um software "malicioso", conhecendo como Flame, que vem sendo usado ao menos desde agosto de 2010 para espionar usuários de computador em países do Oriente Médio.
De acordo com a empresa Kapersky Labs, que tem sede na Rússia e fabrica antivírus para computadores, o software espião foi desenvolvido por um governo ainda não identificado.

Kapersky o classificou como "uma das ameaças mais complexas já descobertas".
O programa é capaz de gravar conversas privadas mantidas pela internet manipulando o microfone do computador infectado ou gravando os textos digitados.
De acordo com a multinacional, os alvos do software espião aparentemente são computadores do Irã, de Israel, da Síria, do Líbano, do Egito, da Arábia Saudita e do Sudão.

O ataque do Flame

"Uma vez que o sistema é infectado, o Flame começa uma complicada série de operações. Elas incluem espionar a navegação na internet, gravar imagens de telas de computados e conversas, interceptar teclados, entre outras", disse Vitaly Kamluk, especialista da Kapersky.
O sistema se ativa automaticamente quando a vítima usa programas de correios eletrônicos e de mensagens instantâneas.
As fotos das telas e as gravações de áudio são então comprimidas e enviadas pela internet para o autor do ataque.
A multinacional diz acreditar que os ataques por meio do software espião afetaram ao menos 600 alvos, entre eles indivíduos, empresários, instituições acadêmicas e sistemas de governo.

Guerra cibernética

De acordo com Kamluk, o tamanho do ataque é o principal indício de que o software não foi criado por criminosos virtuais. Ele tem características de ser uma ofensiva massiva financiada por um Estado.
"A geografia dos objetivos e a complexidade da ameaça não deixa dúvidas de que foi um Estado que patrocinou a pesquisa que o projetou", disse Kamluk.
Segundo Alan Woodward, do departamento de computação da universidade inglesa de Surrey, o programa "é basicamente um aspirador de informações sensíveis".
Em entrevista à BBC, ele disse que o Flame é muito mais sofisticado do que o vírus de computador "Stuxnet", que atacou no ano passado instalações militares do Irã.
"Enquanto o Stuxnet só tinha um objetivo, o Flame é um conjunto de ferramentas. Assim consegue perseguir qualquer coisa que caia em suas mãos", disse.
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