sexta-feira, 16 de março de 2012

O Brasil se arma


É impossível não estremecer diante de um míssil de última geração. É o tipo de objeto cuja presença exerce um estranho fascínio, até pelas emoções disparatadas que desperta. Tome como exemplo o A-Darter (aí ao lado): ele é longilíneo, como uma lança pós-moderna. Mede 2,98 metros, mas não chega a ser encorpado. Ao contrário, pela altura elevada, é até fino. Tem 16,6 centímetros de diâmetro, o que lhe confere uma aparente fragilidade – só aparente, claro. Por um lado, embute um conteúdo tecnológico sensacional. É daqueles foguetes que vemos no cinema, soltos em pleno ar, brincando de pega-pega com aviões supersônicos, em perseguições cheias de zigue-zagues estonteantes. Por outro lado, é uma peça assustadora. Seus sensores, circuitos, lasers, espoletas, softwares, chips, lentes, combustível, design, motores e até os parafusos da fuselagem expressam o estado da arte no quesito extermínio. Representam a mais fiel tradução para o mundo real do termo máquina mortífera.
O A-Darter, além de ser uma peça intrigante, tem uma origem surpreendente. O míssil ar-ar (lançado de um avião contra outro) está sendo desenvolvido no interior paulista, pela Mectron (com sede em São José dos Campos), pela Opto (São Carlos) e pela Avibras (Jacareí), em parceria com a sul-africana Denel Aerospace Systems. Com o projeto, orçado em US$ 100 milhões, esse quarteto passa a integrar um seletíssimo time, onde jogam no máximo cinco empresas internacionais que dominam uma tecnologia de tamanha magnitude.
A bomba voadora também pode ser vista como um símbolo. É a prova material de que o Brasil reativou a sua máquina de guerra, após três décadas de inanição. Desde os anos 90, ninguém dava bola para esse segmento, pauperizado por orçamentos em processo de extinção.
Hoje, a indústria bélica saiu da defensiva. As companhias brasileiras, associadas ou não a conglomerados globais, preparam-se para participar da produção de um arsenal parrudo, previsto para estar à disposição das Forças Armadas ao longo das próximas três décadas (trata-se de um ramo de investimentos pesados, que exige planejamento de longuíssimo prazo). A relação inclui aviões cargueiros, submarinos (quatro deles convencionais e um nuclear), radares, sistemas de comunicação, softwares de fusão de dados, novos modelos de blindados, helicópteros, navios e fragatas, além de satélites. Há ainda nessa lista uma variedade impressionante de robôs-espiões, aeronaves chamadas de Veículos Aéreos Não Tripulados (Vant). Sem pilotos, elas sobrevoam áreas de confronto em busca de informações. O plano é que toda essa parafernália se encaixe em uma série de megaprojetos militares.
Os grandes projetos
O Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron) é um dos mais ambiciosos nesse campo. Ele preconiza a vigilância em tempo real dos 16,8 mil quilômetros da fronteira terrestre do Brasil – em linha reta, é a distância que separa São Paulo de Seul, na Coreia do Sul. Nesse traçado, que contorna dez países, entre o Uruguai e a Guiana Francesa, vivem 10 milhões de pessoas em quase 600 cidades. O projeto, tocado pelo Exército, prevê gastos de US$ 6 bilhões. A base do planejamento está pronta e a implantação deve ocorrer em cinco etapas, em dez anos.
Outra empreitada de envergadura similar é o Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (Sisgaaz). Apesar do nome, o programa não tem nada a ver com a floresta. A palavra “Amazônia” foi apropriada como um sinônimo de abundância de recursos naturais – e um elemento de marketing. O foco é o monitoramento da costa brasileira (daí a referência ao azul do mar). A ideia é vigiar atividades como navegação, pesca, produção de petróleo e gás, notadamente nas reservas do pré-sal. O Sisgaaz deve consumir US$ 2 bilhões e está na alçada da Marinha. O objetivo é construir um gigantesco Big Brother, que incorporaria até um novo satélite, orçado em US$ 400 milhões.
A guerra dos bilhões
Esse é somente um aperitivo do cardápio de projetos. Estimativas da indústria indicam que o segmento de defesa deve movimentar US$ 120 bilhões no Brasil nas próximas duas décadas. Um terço disso (US$ 40 bilhões) está em projetos já anunciados. A estimativa incorpora projeções de despesas com o aparato de segurança da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016, que envolverão de helicópteros a radares e mísseis. As cifras podem até estar contaminadas por algum otimismo, mas vêm insuflando o mercado de guerra no Brasil. Desde o ano passado, as companhias do setor iniciaram um ciclo inédito de fusões e aquisições.
A Embraer protagonizou um dos mergulhos mais profundos nessa tendência. Fundada em agosto de 1969, ela nasceu nos quartéis. Nos anos 70, fabricou sob licença da italiana Aermacchi quase 200 Xavantes, um jato de treinamento e ataque ao solo. Depois vieram o caça AMX e o Tucano, tão bem-sucedido que até hoje aumenta seu mercado. Agora, a companhia está desenvolvendo o cargueiro KC-390. Ele é um desses gigantes que cruzam o céu em flagrante desafio à gravidade. Aguenta 23 toneladas de carga, o equivalente a uma frota de 27 Unos Mille. O preço médio desse tipo de aeronave no mercado é de US$ 110 milhões.
A empresa acumula 60 cartas de intenção de compra do cargueiro, vindas de seis países, sendo 28 pedidos para o Brasil. Essas cartas não são compras firmes. Elas representam uma possibilidade, mas abrem perspectivas animadoras. Ao mercado global, o KC-390 está sendo apresentado como um substituto do Hércules C-130 – uma peça histórica do arsenal de guerra mundial. O primeiro Hércules, fabricado pela Lockheed, decolou em agosto de 1954. E seus descendentes ainda estão ativos, em pleno ar. Nos próximos dez anos, porém, 700 deles serão aposentados. Eis a deixa para o avanço do modelo da Embraer, cujo voo inaugural deve ocorrer em 2014. Ele deve entrar em operação em 2016. segurança nacional

Venezuela envia 15.000 soldados para as fronteiras


CNN) - A Venezuela está implantando cerca de 15.000 tropas para suas fronteiras para combater o narcotráfico, o país do ministro da Defesa diz.
Operação Sentinela, como é chamada, vai enviar tropas para as fronteiras com a Colômbia, Brasil e Guiana, a estatal AVN agência de notícias nesta sexta-feira.
O objetivo da operação é encontrar e desmantelar laboratórios onde as drogas ilegais são produzidos, e para acabar com os traficantes, ministro da Defesa, general Henry Rangel Silva disse.
"Vamos realizar um trabalho de inteligência e patrulhas para detectar os campos possíveis para processar drogas", disse ele, segundo a AVN.
O anúncio feito por Rangel é notável porque os Estados Unidos considera-lo envolvido no tráfico de drogas, também.
Os Estados Unidos acrescentou Rangel à sua lista chefão em 2008, alegando que ele prestou apoio às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, comumente conhecida como a FARC.
Um comunicado do Departamento do Tesouro na época disse que os gerais "materialmente atendidas as atividades de tráfico de drogas das FARC" e empurrou para uma maior cooperação entre o governo venezuelano e os rebeldes de esquerda.
Depois de chegar ao poder, o presidente venezuelano Hugo Chávez encerrou a cooperação de seu país com o Drug Enforcement Administration dos EUA. Desde então, os Estados Unidos criticou os esforços da Venezuela contra o tráfico de drogas, enquanto a Venezuela apregoa o que conseguiu sem os americanos 'help.
Rangel disse que a operação, que já tem cerca de 150 postos de fronteira, já mostrou resultados positivos                                                             
Cnn segurança nacional

Pesquisadores da Unicamp desenvolvem células solares orgânicas


Deposição camada por camada
Pesquisadores brasileiros estão desenvolvendo uma nova técnica para a fabricação de células solares fotoeletroquímicas orgânicas.
As células solares orgânicas substituem o silício cristalino tradicionalmente usado (que é inorgânico) por materiais à base de carbono (ou orgânicos).
Elas são promissoras por serem potencialmente muito mais baratas e serem flexíveis, podendo ser aplicadas sobre qualquer superfície. Mas ainda há desafios tecnológicos a vencer antes que elas cumpram todo esse potencial.
Luiz Carlos Pimentel Almeida e seus colegas do Instituto de Química da Unicamp adaptaram uma técnica de fabricação sequencial, chamada deposição camada por camada, para a fabricação das células solares orgânicas.
A deposição camada por camada já é usada pela indústria, mas não na conversão de energia. E os resultados parciais da pesquisa indicam que os filmes finos de multicamadas são candidatos promissores como camadas ativas para células fotovoltaicas orgânicas.
Inspirado pela fotossíntese
Luiz Carlos diz ter-se inspirado no mais eficiente sistema de conversão de energia da natureza, a fotossíntese.
Ele explica que, na fotossíntese, cada peça-chave é colocada numa determinada posição específica, numa organização espacial, e a técnica camada por camada também permite este tipo de organização.
"Se pensarmos a partir da fotossíntese, conseguimos ter maior controle sobre a camada ativa dos dispositivos fotovoltaicos", explica ele.
Pesquisadores da Unicamp desenvolvem células solares orgânicas
Os nanotubos de carbono são o elemento ativo destas células solares orgânicas, uma vez que nenhuma corrente é produzida quando eles são retirados. [Imagem: PPS/RSC]
O que ele fez então foi empilhar camadas dos diversos materiais necessários, incluindo polímeros e nanotubos de carbono, alternando materiais para as cargas negativa e positiva - os polímeros catiônicos são positivos, enquanto os nanotubos de carbono são negativos.
A deposição vai sendo repetida, e as camadas se unem por interações eletrostáticas.
Rendimento das células solares
O rendimento das células solares resultantes variou de 2 microamperes por cm-2 a 7,5 microamperes por cm-2, dependendo da quantidade de camadas aplicadas para formar o filme completo.
As análises mostraram que os nanotubos de carbono são o elemento ativo destas células solares orgânicas, uma vez que nenhuma corrente é produzida quando eles são retirados.
Segundo a professora Ana Flávia Nogueira, coordenadora da pesquisa, a inovação não consiste apenas da adaptação de uma técnica já existente para a fabricação das células solares.
O processo é muito minucioso, com exigências que começam com as etapas de lavagem do substrato e seguem com o posicionamento preciso das camadas, até chegar ao dispositivo ideal.
Ainda assim, as células solares orgânicas resultantes, quando totalmente desenvolvidas, poderão ser muito mais baratas porque poderão ser fabricadas em série, em um sistema contínuo, parecido com a impressão de jornais.Invação tecnologica..segurança nacional

Canhão de laser poderá destruir lixo espacial


Arma de raios
Existem diversas propostas para limpar o lixo espacial que vem se acumulando ao redor da Terra.
A maior parte das opções envolve o lançamento de satélites garis, embora a NASA já tenha sinalizado gostar da ideia de usar velas solares instaladas nos próprios satélites artificiais a serem lançados.
Mas Claude Phipps, atualmente naPhotonic Associates, acredita ter uma solução mais prática e mais fácil de implementar.
A ideia de Phipps é usar raios laser de alta potência, a partir do solo, para produzir um tranco no detrito espacial, fazendo-o mudar de rota e reentrar na atmosfera, onde se queimaria.
Segundo ele, embora a ideia já tenha sido apresentada há cerca de 15 anos, as tecnologias atuais de telescópios e lasers pulsados podem finalmente viabilizar o projeto.
Remoção de lixo espacial a laser
O sistema, batizado de LODR (Laser Orbital Debris Removal: remoção de detritos espaciais com laser), exige um pulso de energia de 75 kJ/m2, durante 5 nanossegundos.
Dispondo dessa energia, é necessário então acertá-la com precisão a distâncias de várias centenas de quilômetros - isso já é possível usando as técnicas de compensação das variações atmosféricas desenvolvidas para os telescópios.
Acertando o detrito com esse pulso, explica Phipps, cria-se um jato de plasma que funciona como se um foguete tivesse sido instalado no lixo espacial.
"Já estão sendo projetados lasers que irão gerar os pulsos de 10 kJ necessários, a 10 Hz, indefinidamente," afirma o pesquisador, o que é importante para a viabilização de um sistema que possa operar ininterruptamente.
Ele ressalta também a fabricação de espelhos segmentados muito leves, que são necessários para dirigir com precisão o feixe de laser para que ele acerte objetos que podem ter algo em torno de 10 centímetros de diâmetro, a uma média de 400 quilômetros de distância.
É só construir
Seus novos cálculos também permitiram eliminar algumas das ineficiências apontadas em relação ao projeto original.
"Nós verificamos que, em muitos casos, é eficaz pressionar diretamente contra o objeto, assim como contra sua direção de movimento," explica ele. Desta forma, o sistema torna-se capaz de derrubar praticamente qualquer lixo espacial, independente da sua posição e da sua rota.
Segundo o pesquisador, as principais vantagens da remoção de lixo espacial com o laser são o custo, baixíssimo em relação a qualquer outra opção, e a velocidade, uma vez que ele permite alvejar instantaneamente qualquer detrito "que passe acima da sua cabeça", enquanto os sistemas em órbita, como os satélites-gari, levarão dias para se movimentar de um detrito até outro, quando não são capazes de remover apenas um.
Segundo Phipps, tudo o que falta agora é construir um protótipo, a fim de refinar os cálculos e lidar com eventuais problemas de projeto que surjam.
Inovação tecnologica segurança nacional

Rússia exige informações completas sobre lançamento de satélite norte-coreano


O chefe-adjunto do Comitê da Duma (câmara baixa do Parlamento russo) para Assuntos Externos, Andrei Klimov, acredita que a intenção da Coreia do Norte de comemorar o centenário do nascimento de Kim Il-sung, em 15 de abril, lançando um satélite espacial, deve incentivar a ONU a acelerar o exame da questão da exploração militar do espaço ao nível internacional, e a aprovar regras rigorosas para todos os países do mundo.
“Ninguém pode proibir qualquer país de implementar um programa de exploração espacial civil, mas se deve ter em conta que os satélite espaciais são colocados em órbita por meio de mísseis balísticos de dupla finalidade, esses foguetes podem ser usados tanto para fins civis como militares”, - salientou o parlamentar russo.
A Coreia do Norte é vizinha próxima da Rússia, portanto é fundamental prestar atenção à sua intenção de celebrar o centenário do líder de tal maneira. A Rússia precisa de obter o máximo de informações possíveis sobre os mísseis balísticos e sobre a hora do lançamento, disse o parlamentar.voz da Russia..segurança nacional

Coreia do Norte lança foguete


A Coreia do Norte anunciou nesta sexta-feira que em abril lançará um foguete para colocar um satélite em órbita, em uma ação que viola a resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas adotada após outro lançamento, em 2009.
A operação está prevista para entre 12 e 16 de abril, para comemorar o centenário de nascimento do fundador da Coreia do Norte, Kim Il Sung, segundo a agência oficial norte-coreana KCNA.
Um foguete Unha-3 lançará o satélite de observação terrestre norte-coreano Kwangmyongsong-3, revelou a KCNA, citando um porta-voz do Comitê de Tecnologia Espacial.
Estes satélites são necessários para o desenvolvimento econômico do país e fazem parte das atividades pacíficas espaciais, destacou a KCNA.
A Coreia do Norte utilizou argumento semelhante quando lançou um "satélite" no dia 5 de abril de 2009, provocando a condenação do Conselho de Segurança da ONU e um reforço das sanções contra Pyongyang.
-- Folha Online..segurança nacional

EUA experimentaram novo sistema de orientação de mísseis


Aviação da Infantaria Naval dos Estados Unidos testou um novo sistema de mísseis guiados a laser, Advanced Precision Kill Weapon System II (APKWS), produzido pela BAE Systems. Segundo o site da empresa, APKWS atingiu com sucesso tanto os alvos estáticos como os em movimento.
Durante o teste, os mísseis equipados com APKWS, foram lançados de helicópteros AH-1 Super Cobra e UH-1Y Venom. Os mísseis APKWS deverão ser aplicados no Afeganistão já em março.segurança nacional