quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Sean Penn: príncipe William provoca Argentina sobre Malvinas


AE - Agência Estado
MONTEVIDÉU - O ator norte-americano Sean Penn acusa a imprensa britânica de pressionar por uma guerra em vez do uso da diplomacia para resolver a disputa do Reino Unido com a Argentina sobre as ilhas Malvinas, chamadas de Falkland pelos ingleses.Ele afirmou ainda que os jornalistas britânicos haviam distorcido as declarações dele no dia anterior em apoio à pressão da Argentina por um acordo negociado pela Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a soberania do arquipélago. "Bom jornalismo salva o mundo. Mau jornalismo o destrói", disse.
'Bom jornalismo salva o mundo. Mau jornalismo o destrói', disse o ator - Iván Franco/EfeO jornal conservador Daily Mail, de Londres, classificou a declaração do ator como "um ataque vergonhoso à imprensa" por um "ator norte-americano de inclinação esquerdista" e citou Patrick Mercer, um membro do Parlamento, que chamou os comentários de Penn de "idiotas".
"As pessoas não são pessoas sensíveis à palavra colonialismo, principalmente aquelas que implementam o colonialismo", disse Penn na terça-feira. Em seguida, ele avançou em suas críticas em relação às ações britânicas dias antes do aniversário de 30 anos do conflito pelas Malvinas, ocorrido em 1982 e que resultou na morte de mais de 900 pessoas.
O Reino Unido informou que não vai negociar com a Argentina enquanto os moradores da ilha preferirem ser britânicos. O país enviou o príncipe William para uma missão de seis semanas no arquipélago, junto com o poderoso destroier HMS Dauntless. O governo inglês negou reportagens de que havia enviado um submarino nuclear, possivelmente com mísseis nucleares, para os disputados mares do Atlântico Sul.
"É impensável que o Reino Unido possa ter tomado uma decisão consciente para enviar um príncipe em meio aos militares para as Malvinas, dada a grande sensibilidade emocional de pais e mães, tanto do Reino Unido quanto da Argentina, que perderam filhos e filhas na guerra nas disputadas ilhas, que possuem uma população tão pequena", disse Penn.
O Reino Unido negou que esteja militarizando a disputa e disse que o príncipe William está servindo simplesmente como um piloto de helicóptero de buscas e resgate. Entretanto, Penn classificou isso como uma provocação.
As informações são da Associated Press.

Empresa Raytheon recomeçou produção de mísseis Maverick


A empresa americana Raytheon recomeçou a produção de mísseis Maverick, guiados com ajuda de laser, da classe ar-superfície. Os mísseis deste tipo deixaram de ser produzidos há mais de duas dezenas de anos. Como se espera, o primeiro Maverick da nova partida terá sido entregue aos militares antes do fim de 2012.
A decisão de recomeçar a produção foi tomada à base dos resultados dos testes de mísseis, efetuados pelas Força Aérea e Marinha dos EUA no final do ano 2011. No decorrer dos testes a Força Aé rea e a Marinha dos EUA efetuaram 15 lançamentos de mísseis Maverick, para golpear alvos imóveis e móveis. Os testes realizados, no âmbito dos quais, em particular, tinham sido golpeados alvos que se moviam a uma velocidade de 100 quilômetros por hora, foram reconhecidos testes com êxito.

Exemlar do novo tanque russo aparecer á em 2013


Em 2013 a corporação científica-produtora Uralvagonzavod poderá apresentar um exemplar do novo tanque para o Exército Russo, a partir de 2015 esta máquina será produzida em massa, comunicou o ministro da Defesa Anatoli Serdyukov no âmbito do encontro com o primeiro-ministro Vladimir Putin.
Serdyukov confessou esperar que em 2013 o exemplar já esteja pronto. “Nós já assinámos o contrato, as cifras já estão definidas, a partir de 2015 o projeto será, de fato, uma produção de massas. Contudo, antes de 2015 queriamos ter realizado a maior parte da modernização profunda da nossa técnica e, tendo atingido este perfil, planejamos obter depois uma máquina completamente nova, que nós começaremos a comprar”.

Israel acusa iranianos por complô terrorista na Tailândia


JERUSALÉM - O Estado de S.Paulo
Israel afirmou ontem que duas misteriosas explosões na Tailândia são parte da "ofensiva terrorista" do Irã contra alvos israelenses. Segundo autoridades de Bangcoc, um iraniano que havia sido ferido em uma explosão não intencional atirou uma granada enquanto tentava fugir, mas ela acabou lhe arrancando uma perna. Outras quatro pessoas ficaram feridas.
O incidente na Tailândia ocorre um dia depois de embaixadas israelenses na Índia e Geórgia terem sido alvo de atentados a bomba. Uma israelense e quatro indianos ficaram feridos em Nova Délhi e o explosivo em Tbilisi foi desativado pela polícia.
A primeira explosão de ontem em Bangcoc arrancou o telhado de uma casa onde aparentemente viviam três iranianos.
De acordo com a Tailândia, um homem de nacionalidade iraniana foi preso no aeroporto internacional da capital enquanto tentava deixar o país rumo à Malásia. Não está claro se ele é um dos três que estava na residência. Imagens de segurança mostram um homem coberto em sangue após a explosão tentando pegar um táxi. Mas quando o motorista se recusa a abrir a porta, ele atira a granada. O homem foi identificado como Saeid Moradi.
Registros da mesma câmera mostram com detalhes os três homens: o primeiro, de boné e jaqueta, carregava uma mochila preta e um rádio de comunicação em cada mão; o segundo, de tênis, camiseta e óculos escuros, também levava uma mala nas costas; e o terceiro, de shorts camuflado, não levava nada.
Israel culpou o Irã e o grupo xiita libanês Hezbollah tanto pelos ataques na Índia e na Geórgia quanto pelo misterioso incidente na Tailândia.
Os atentados contra as embaixadas ocorreram exatos quatro anos após o assassinato na Síria - provavelmente por Israel - do mentor da luta armada do Hezbollah, Imad Mughniyah.
"A tentativa de realizar um novo ataque terrorista, agora em Bangcoc, prova mais uma vez que o Irã e seus apadrinhados perpetuam o terror", afirmou o ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, em visita a Cingapura. A república islâmica e o grupo xiita libanês, completou, são "incansáveis elementos terroristas que põem em perigo a estabilidade do Oriente Médio e do mundo".
A porta-voz do governo tailandês, Thitima Chaisaeng, afirmou ser necessário "mais análises" para determinar se o governo do Irã está de fato envolvido nas explosões. Ela não respondeu perguntas sobre quais eram os possíveis alvos dos iranianos em Bangcoc.
O chefe da polícia da capital, general Pansiri Prapawat, afirmou que não estava claro quais seriam os alvos dos iranianos. Ele disse que outras cargas de explosivo foram apreendidas na casa onde ocorreu a primeira explosão. / REUTERS e AP

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Saiba mais sobre o Estreito de Ormuz


O Estreito de Ormuz, localizado entre o Golfo de Omã e o Golfo Pérsico, é uma importante via para o petróleo transportado no mundo. Calcula-se que cerca de 17 milhões de barris de petróleo, um total de 2,7 bilhões de litros, passam por dia pelo estreito - ou seja, 20% de todo o petróleo mundial.Recentemente, o Irã - que junto a Omã detém o controle da passagem - ameaçou fechar o Estreito de Ormuz em retaliação às sanções nucleares ocidentais, disparando o preço do petróleo no mercado. No mesmo momento, os EUA reagiram, afirmando que qualquer interrupção na passagem 'não seria tolerada'.
Com extensão estimada em 202,1 km, o Estreito de Ormuz é importante principalmente para os mercados asiáticos, uma vez que 85% do petróleo exportado por essa via vai para a Chna, Japão e Coreia do Sul.
Especialistas avaliam que é improvável que o Irã tenha capacidade de realizar um bloqueio físico no Estreito, porque seus pequenos navios não conseguiriam permanecer em formação linear por muitos dias em águas abertas. Entretanto, o país persa pode, se quiser, impedir a entrada de embarcações no estreito por meio de ataques a navios petroleiros e de guerras ocidentais com mísseis, minas e ataques suicidas.

Porta-aviões dos EUA atravessa Estreito de Ormuz em meio a tensões com Irã


O porta-aviões norte-americano Abraham Lincoln navegou nesta terça-feira pelo Estreito de Ormuz, perto da costa iraniana, pela segunda vez nas últimas semanas.
A passagem do porta-aviões - acompanhada de perto por barcos de patrulha iranianos, que chegaram a passar a 3,2 km do USS Abraham Lincoln - pôs fim a uma missão no Golfo que mostrou o poder naval do ocidente em meio às tensões com Teerã, que ameaçou bloquear a vital via por onde passa 20% do petróleo utilizado no mundo.

Foto: AP
Helicóptero americano que acompanha o porta-aviões USS Abraham Lincoln paira sobre navio de patrulha iraniano durante travessia no Estreito de Ormuz
Oficiais a bordo do USS Abraham Lincoln disseram que não houve incidentes com as forças iranianas e descreveram a fiscalização por Teerã como "medidas de rotina" próximo ao estratégico estreito, cujo controle cabe ao Irã e a Omã.
Embora navios de guerra americanos tenham passado no estreito por décadas, essa viagem ocorre durante um aumento das tensões entre o Irã e o ocidente, por conta do controverso programa nuclear do país persa. A última vez que um porta-aviões deixou o Golfo - o USS John C. Stennisem dezembro - o chefe do Exércio iraniano alertou que os EUA não deveriam voltar nunca mais.
O Lincoln é o principal componente da flotilha que entrou no Golfo no mês passado, junto a navios de guerra do Reino Unido e da França em uma mostra da unidade do ocidente contra as ameaças iranianas. Não houve nenhum comentário imediato por parte do Irã sobre a partida do Lincoln.
A Guarda Revolucionária Iraniana disse que planejava exercícios navais perto do Estreito, por onde passam cerca de 14 navios-tanque de petróleo por dia. Mas os militares iranianos não fizeram qualquer tentativa em interromper o tráfico de navios-tanque - ação essa que, segundo os EUA e seus aliados, teria uma rápida resposta.

Mais tarde, apenas depois que o Lincoln circundou uma parte do território de Omã ao final do estreito, um avião de patrulha iraniana ganhou altura. Outro barco de patrulha aguardava mais ao final da costa, disse Troy Shoemaker, comandante das forças do Abraham Lincoln.Dois navios de guerra americanos, um a frente e outro na parte traseira, escoltaram o Abraham Lincoln em sua jornada pelo estreito até o Mar Arábico depois de quase três semanas no Golfo, frequentemente visitado por navios de guerra americanos.
Além dos barcos de patrulha regulares do Irã, a Guarda Revolucionária opera um grande número de barcos pequenos de ataque rápido. Alguns estão armados apenas com uma metralhadora, enquanto outros carregam mísseis. Eles são difíceis de detectar porque se assemelham a outros barcos que dobram o estreito.
Shoemaker disse que nenhum desses barcos rápidos apareceram nesta terça-feira, provavelmente por conta do movimento revoltoso do mar. Ele acrescentou que já previa que os iranianos manteriam um olhar atento quanto aos movimentos do Lincoln em toda sua passagem, inclusive com radares em terra. A ação das patrulhas iranianas não foi nenhuma surpresa.
"Nós faríamos as mesmas coisas se fosse na costa dos EUA... É mais que razoável. Nós estamos operando no quintal deles", disse. "Nós temos feito isso por anos."
Vários helicópteros americanos acompanharam o porta-aviões durante o tráfego, cuidando das embarcações potencialmente hostis e transmitindo em tempo real imagens do caminho para a tripulação do Lincoln.
Os EUA e seus aliados temem que o programa iraniano de enriquecimento de urânio tenha como intuito a produção de armas nucleares. O Irã insiste que o enriquecimento de urânio tem somente fins civis.
"Eu não caracterizaria... nós indo pelo estreito como: 'Hey, essa é uma grande demonstração de força. Estamos chegando.' Esse é um estreito internacional feito para o trânsito. Partimos de um local para o outro", disse o capitão John Alexander, o comandante do Lincoln, enquanto se preparava para a viagem na noite de segunda-feira.
É esperado que o Lincoln dê suporte aéreo à missão da Otan no Afeganistão nesta terça-feira. Fontes da Marinha no Golfo disse que outro porta-aviões deve voltar ao Estreito em breve, mas não entrou em detalhes.
Com AP

FORÇA TATICA