quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Exército bloqueia todos os acessos ao Centro Administrativo da Bahia

Os acessos ao Centro Administrativo da Bahia (CAB), onde fica a Assembleia Legislativa do estado sob ocupação de PMs grevistas, foram fechados no início da tarde desta quarta-feira (8) pelas tropas das Forças Armadas que fazem o policiamento na região. De acordo com o tenente-coronel Cunha, responsável pela comunicação do Exército, o bloqueio foi uma decisão do comando da operação e a justificativa da ação não será informada por enquanto. Os manifestantes avaliam que a medida é para enfraquecer o movimentoDe acordo com o tenente-coronel Cunha, a ação acontece para obstruir a passagem nos arredores. Ainda segundo as informações, os veículos não foram rebocados, e sim removidos para locais onde não atrapalhem a operação das Forças Armadas.
Negociação
Após quase sete horas de tentativa de negociação entre sindicatos de PMs em greve e representantes do governo da Bahia, terminou sem avanços a reunião realizada na tarde de terça-feira (7), em Salvador. A informação foi confirmada pelo presidente da OAB da Bahia, Saul Quadros, e pela Secretaria de Comunicação do Estado (Secom).
"As negociações foram interrompidas depois de 24h [desde o início na segunda-feira], não chegamos a evoluir. A mesma proposta apresentada agora foi a do início da manhã. Lamentavelmente não chegamos a uma negociação", disse Quadros.
O governador da Bahia, Jaques Wagner, pediu que os policiais militares grevistas retornem ao trabalho imediatamente. A declaração foi feita na tarde de terça, após o fim da reunião, em entrevista à Globo News. Ele também falou sobre a impossibilidade de negociar anistia aos policiais que cometeram crimes desde o início da greve, em 31 de janeiro. Wagner tranquilizou os turistas e baianos que pretendem curtir o carnaval na capital baiana a partir da próxima semana, informando que o esquema de reforço policial na cidade começa na terça-feira (14).
Saídas
Mais um homem deixou o acampamento na Assembleia Legislativa da Bahia na madrugada desta quarta-feira após revista e checagem da identidade por parte do Exército. No órgão público, estão reunidos policiais militares grevistas, que reivindicam questões salariais ao governo do estado. Na terça-feira, outros dois homens saíram do prédio da Assembleia de forma espontânea. Todos foram liberados porque não há mandados de prisão contra eles. Segundo informações do tenente-coronel Cunha, 10 adultos e sete crianças saíram ao longo dos dias da AL.
Ainda segundo as informações do tenente-coronel Cunha, o Exército está com uma estrutura montada com ambulância com UTI, remédios, alimentos e líquidos para todos aqueles que desejarem sair da assembleia. De acordo com o oficial, não será dado o direito de retornar ao prédio para aqueles que procurarem a ajuda das Forças Armadas. Doze mandados foram expedidos pela Justiça da Bahia contra policiais militares considerados líderes do movimento. Dois foram presos.
A madrugada desta quarta-feira foi considerada tranquila na Assembleia Legislativa. A energia foi cortada em alguns momentos, mas chegou a ser restabelecida. Não houve confrontos. As vias de acesso ao Centro Administrativo da Bahia, onde funciona a Assembleia, foram liberadas na terça-feira para funcionários dos órgãos públicos que têm sede no local. A entrada deles havia sido bloqueada por conta do risco à segurança em decorrência de confrontos armados entre manifestantes e tropas especiais que patrulham a área.
Jaques Wagner disse ainda que a população já está julgando a ação grevista dos policiais. "Aqueles que querem prestar o serviço à população sabem que a oferta é significativa e acredito que isso possa acontecer nas próximas horas. Existe um processo de intimidação de alguns e por isso, nem todos quiseram assumir a proposta feita pelo governo. Dizer que conquistamos a GAP IV e V é algo muito importante para a Polícia Militar da Bahia", afirmou o governador.
"Os policiais que participaram legalmente, dentro das regras, pacificamente do processo reivindicatório, não têm com o que se preocupar. Já dei meu testemunho de que não vou ficar querendo punir quem trabalhou pela melhoria salarial. Porém, todos aqueles que quebraram e intimidaram a população já foram condenados pela própria Polícia Militar e pela sociedade baiana. É óbvio que isso será apurado. Não há como falar em perdão sem apurar atos de vandalismo, se não seria um salvo conduto para aqueles que estão confundindo o direito de reivindicar com o direito de aprontar no estado de direito", disse Jaques Wagner.
Ele afirmou ainda que a manifestação grevista faz parte da democracia, mas questiona a forma como alguns policiais estão se manifestando no estado. "Alguns abraçaram um formato de reivindicar que não combina com a democracia. Por isso não falo em anistia, que só cabe quando se você sai de um regime de exceção. As prisões, eu repito, são determinações judiciais. Ordem judicial é para ser cumprida. Há uma ordem de prisão por conta do vandalismo e por ameaças à população. Claro que cada um terá o direito de defesa e seus advogados para isso".
Carnaval garantido
"O planejamento está todo feito para o carnaval. O investimento de R$ 30 milhões na segurança será mantido. Faço um convite para que os policiais abracem a proposta feita pelo governo. A Operação Carnaval começa na terça-feira com a vinda de policiais do interior para a capital. Assim poderemos dar ao povo a maior festa popular do mundo e ter a eficácia da Polícia Militar da Bahia na resolução de conflitos", disse o governador da Bahia.
arte greve bahia vertical (Foto: Editoria de arte/G1)

TIPO CHINÊS 95 (QBZ95) 5.8X42MM ASSAULT RIFLE


O Tipo bullpup 95 (QBZ95) Assault Rifle 5.8x42mm é operacional com Libertação do Povo do Exército, da Polícia Armada do Povo Chinês, para-militares chineses polícia e Exército Popular de Libertação Forças de Operações Especiais.


Marinha russa aumenta poder de combate


Até Junho de 2012 estará pronto um programa detalhado do aumento do poder de combate naval na Rússia. Segundo o vice-primeiro-ministro Dmitri Rogozin, que supervisiona o complexo militar-industrial, o governo está preparando um plano de desenvolvimento da Marinha do país para os próximos 30 anos.
Passos específicos para modernizar a frota militar russa já estão sendo tomados. No dia 1 de fevereiro de 2012 a companhia Estaleiro do Nortede São Petersburgo começou a construção da primeira corveta do projeto. Nos seguintes 10 anos a frota da Rússia tenciona receber 100 navios, incluindo 35 corvetas e 14 fragatas. Especialistas dizem que o número de navios de superfície de que a Rússia dispõe hoje não é suficiente. A Frota do Norte dispõe de um só cruzador – Pedro o Grande, enquanto os restantes estão parados em portos e precisam ser reparados.
O editor executivo da Revista militar independente Victor Litovkin comentou a situação:
– Grupos interespecíficos, que os ingleses, americanos e franceses costumam formar, incluem, em regra, 10-15 navios. Isso os torna uma força a ser temida. No caso da Rússia esses grupos têm dois navios de combate, e o resto são embarcações de serviço com mais um navio de outras frotas diferentes “adicionado” ao grupo. A situação tem que mudar se quisermos garantir a proteção de nossos interesses nos oceanos. Devemos construir esses navios. Tanto mais que os navios de superfície servem não só para demonstrar a bandeira e apoiar operações em terra, mas também para disfarçar o posicionamento de submarinos nucleares estratégicos. E quando apenas um ou dois navios estão disponíveis, a área de posicionamento desses submarinos nucleares diminui.
A Marinha russa necessita de navios diferentes – cruzadores submarinos nucleares estratégicos, submarinos nucleares multifuncionais, submarinos não-nucleares a diesel. E também de cruzadores nucleares de superfície capazes de longos percursos nos oceanos, de porta-aviões, fragatas, corvetas, diz Viktor Litovkin:
– Isto é necessário para proteger os nossos interesses econômicos na costa, para lutar com os piratas. E para demonstrar a nossa bandeira nos oceanos. A Rússia, como um grande poder marítimo, não pode ser confinada à costa.
Só em corvetas a Marinha necessita de 20 unidades. Mas isso não é um problema para as empresas russas, diz o vice-presidente da Academia de Problemas Geopolíticos, Konstantin Sivkov:
– Qualquer estaleiro é capaz de construir navios de combate. O problema está na concepção e na engenharia, assim como na colocação das encomendas militares do estado junto dos estaleiros.
Moscou tenciona investir cerca de 4,7 trilhões de rublos (mais de 150 bilhões de dólares) em novos equipamentos para a Marinha russa.

Reator multipropósito vai garantir independência nuclear do Brasil


O projeto do primeiro reator nuclear multipropósito brasileiro de grande porte (RMB), estabelecido como meta do Plano de Ação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (PACTI/MCT) em 2007, começa finalmente a sair do papel. Como o próprio nome diz, o equipamento, orçado em R$ 850 milhões, tem múltiplas finalidades. Entre as principais está a produção de radioisótopos para uso na medicina nuclear, como exames e tratamento do câncer, além de pesquisas em campos tão diversos como tecnologia nuclear, energia, agricultura, indústria, ciência de materiais e meio ambiente.
No Brasil, são realizados cerca de 1,5 milhão de procedimentos por ano com radiofármacos. Mais de 80% deles usam o radioisótopo tecnécio-99, derivado do molibdênio-99 e insumo atualmente não produzido no país, tendo que ser totalmente importado. Somados a outros elementos radioativos também utilizados nos serviços de saúde que não são atendidos plenamente pelos pequenos reatores de pesquisa instalados no país, o gasto passa dos R$ 30 milhões anuais. O reator ficará pronto em 2017 e terá vida útil de 50 anos. Só a produção de radioisótopos será suficiente para pagar o investimento em 20 anos.
Participação no submarino nuclear
Com o RMB, o Brasil se tornará autossuficiente no setor, podendo dobrar a quantidade de radiofármacos ofertada à sociedade e exportar eventuais excedentes, ingressando no restrito mercado mundial de fornecimento de radioisótopos, hoje dominado por instituições de Canadá, África do Sul, Holanda, Bélgica e França, que produzem mais de 95% do suprimento global de molibdênio-99. Em 2009 e 2010, paradas não programadas nos reatores do Canadá e da Holanda provocaram uma crise no abastecimento e levaram à suspensão de milhões de procedimentos em todo mundo.
- O RMB terá uma grande aplicação social para o país – diz José Augusto Perrotta, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e coordenador técnico do projeto. – Além da produção dos radioisótopos para os radiofármacos de uso destacado na medicina, seu fluxo de nêutrons de grande intensidade irá testar combustíveis e materiais usados nos reatores de geração de energia e de propulsão, dando segurança a esses projetos e garantindo a continuidade no desenvolvimento do conhecimento nuclear do país. Por fim, ele abrigará um laboratório de uso de feixe de nêutrons em pesquisas de materiais usados em diversos setores da economia em complemento ao Laboratório Nacional de Luz Síncroton.
O reator será construído no município paulista de Iperó, junto ao Centro Experimental de Aramar, da Marinha, onde é desenvolvido o protótipo do submarino nuclear brasileiro, e ajudará a testar os materiais e combustíveis usados por ele. O projeto recebeu os primeiros R$ 30 milhões da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o orçamento federal deste ano prevê a liberação de mais R$ 32 milhões. Além disso, o Brasil assinou acordo com a Comissão Nacional de Energia Atômica da Argentina (CNEA) para o desenvolvimento de projeto básico comum dos reatores multipropósitos do Brasil (RMB) e da Argentina (RA-10). A empresa argentina Invap foi responsável pelo projeto do reator de pesquisas australiano Opal, inaugurado em 2007, que servirá de referência para o RMB e o novo reator argentino.
- Esse acordo com a Argentina é muito importante – avalia Perrotta. – Eles estão fazendo um reator lá e nós um aqui, o que permite baratear os custos para os dois países.
Perrotta destaca que usar o desenho do Opal como referência facilitará a obtenção dos licenciamentos ambientais e nuclear para o RMB. Instalado a apenas 40 quilômetros de Sydney, a maior cidade da Austrália, o equipamento é considerado um exemplo de confiabilidade na indústria nuclear.
- Nos reatores de pesquisa, a piscina é a própria blindagem – ressalta. – Ela mantém a temperatura do reator baixa, o que dá uma segurança inerente muito grande para o sistema, bem mais simples do que os de reatores de potência de usinas nucleares. Assim, seu grau de confiabilidade é bem maior e por isso eles podem ficar mais próximos de cidades.
Perrotta explica que, para obter o intenso fluxo de nêutrons necessário para suas aplicações, os reatores de pesquisas têm funcionamento e projetos bem diferentes dos usados em usinas de geração de energia como as de Angra. Enquanto estes se focam na eficiência termodinâmica para produzir o máximo de eletricidade em seus processos, os equipamentos multipropósito operam a temperaturas baixas de olho na maximização do uso dos nêutrons gerados pela fissão dos átomos de urânio. Para isso, eles usam um tipo de combustível diferente, com uma concentração de 20% de urânio-235, contra 4% das usinas nucleares.
- A concentração de urânio no combustível dos reatores de pesquisa é cerca da metade daquelas dos reatores de usinas nucleares – conta Perrotta. – Assim, para compensar a menor quantidade, é preciso que eles utilizem um enriquecimento maior para atingir a massa crítica e manter as reações nucleares. Isso permite ainda ter um reator mais compacto, o que também contribui para a obtenção de um fluxo de nêutrons maior.

Novo sistema de defesa das fronteiras é apresentado na Itaipu



A criação de um parque linear nas áreas que beiram o Rio Paraná – um dos projetos em desenvolvimento pelo Núcleo de Fronteira, coordenado pela Itaipu – acaba de ganhar um importante aliado. É o Sistema de Monitoramento Integrado das Fronteiras Terrestres (Sisfron), apresentado na Itaipu, na última quarta-feira (1º), com a presença de diversas autoridades dos organismos de defesa do País.

Um projeto piloto desse programa do Ministério da Defesa deverá ser implantado na região de Foz, beneficiando diretamente a revitalização dessa área. Conforme explica o Coronel Adair Luiz Pereira, chefe da Assessoria de Informações da Diretoria-Geral da Itaipu, o Sisfron deverá garantir a segurança do parque linear, pois reforça o combate às principais atividades ilícitas da fronteira.

O Sisfron foi apresentado pelo coordenador do programa, o general João Roberto de Oliveira. É  um sistema que prevê um longo prazo de implantação (dez anos), abrangendo toda a faixa de fronteira terrestre do Brasil (16.886 km x 150 km). A fase inicial deverá ser implantada neste ano e compreende a fronteira terrestre com o Paraguai, nos estados do Paraná e do Mato Grosso do Sul.

O programa compreende o adensamento das Forças Armadas na região, com maior efetivo e novas bases; modernização de equipamentos; aumento dos investimentos em prevenção, controle, fiscalização e repressão dos delitos; atuação integrada dos órgãos de defesa; logística; sistemas de vigilância e sensoriamento remoto; capacitação da indústria nacional de defesa, principalmente em termos tecnológicos; entre outras metas.

Participaram da apresentação o diretor administrativo da Itaipu, Edésio Passos; o assessor do diretor-geral brasileiro, Joel de Lima; autoridades das Forças Armadas e representantes de diversas organizações que atuam na região de fronteira, como as polícias Federal, Militar e Civil, a Receita Federal e o Ibama. Também compareceram parceiros da Itaipu no Núcleo de Fronteira para a elaboração do projeto de revitalização da região próxima ao Rio Paraná, a Associação Comerical e Industrial de Foz (Acifi) e a União Dinâmica Cataratas (UDC).

O projeto de revitalização já teve uma apresentação preliminar aos ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, durante a apresentação do Veículo Aéreo Não-tripulado (Vant), da Polícia Federal, no último mês de novembro. Segundo o assessor da diretoria de Itaipu, Joel de Lima, a iniciativa ganhou o aval dos ministros, que deverão receber um projeto mais detalhado até o início do próximo mês de março.

Na última sexta-feira (3), a prefeita de Ciudad del Este, Sandra de Zacarías, anunciou, no aniversário de 55 anos da cidade, um projeto similar que será desenvolvido na margem paraguaia do Rio Paraná. O objetivo é eliminar portos clandestinos utilizados por contrabandistas e traficantes. Além de uma nova avenida costaneira e áreas verdes, o projeto prevê a revitalização do centro de Ciudad del Este.

Do lado brasileiro, o parque linear, compreendido entre a Itaipu e o Marco das Três Fronteiras, abrange as margens dos rios Paraná e Iguaçu. Está prevista a reforma da Avenida Beira-Rio, a construção de parques, a valorização de pontos de atração turística e a transferência de famílias que estão em áreas de invasão para novas áreas urbanizadas.

Síria aumenta intensidade de bombardeios sobre rebeldes em Homs


ALERTA: ESTE VÍDEO CONTÉM IMAGENS QUE PODEM SER CONSIDERADAS PERTUBADORAS.
A cidade de Homs, na Síria, sofreu o quinto dia consecutivo de fortes bombardeios, os mais intensos já realizados contra a cidade que se converteu em um bastião da luta contra o regime do presidente Bashar al Assad.
A onda mais recente de pesados ataques teriam deixado, segundo relatos de ativistas, ao menos 40 mortos.
Os bombardeios mais recentes ocorrem um dia após o encontro de Assad com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, em que o presidente sírio havia assegurado que poria fim à violência e buscaria um diálogo com forças da oposição.
Na semana passada, a Rússia e a Síria bloquearam uma resolução da ONU condenando a Síria. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC. 

Hackers divulgam supostos documentos sírios


GUSTAVO CHACRA , CORRESPONDENTE / NOVA YORK - O Estado de S.Paulo
Hackers do grupo Anonymous publicaram ontem e-mails que afirmam ter roubado da missão da Síria na ONU. Entre os documentos, há orientações que o ditador Bashar Assad teria recebido antes de conceder uma entrevista à veterana jornalista americana Barbara Walters, da rede de TV ABC. Parte dos documentos apareceu no jornal israelense Haaretz.
Na entrevista à ABC, que foi ao ar em 7 de dezembro, Assad negou ter comandado as ações das forças de segurança, responsáveis pela morte de cerca de 6 mil pessoas, segundo as Nações Unidas. Nas instruções supostamente obtidas pelo Anonymous, assessores de comunicação da diplomacia síria pedem a Assad mencionar temas e ideias que tornassem suas ações mais palatáveis "à psique da sociedade americana".
"É extremamente importante mencionar que 'erros' foram cometidos no começo da crise porque não tínhamos uma força policial muito organizada. As mentes americanas podem ser facilmente manipuladas quando eles escutam que erros são cometidos e estamos 'consertando' esses equívocos", diz trecho de um e-mail escrito por Sheherazad Jaafari, adida de imprensa da Síria em Nova York e filha do embaixador Bashar Jaafari, para a assessora de Assad, Luna Chebel. "Vale a pena mencionar também o que vem ocorrendo em Wall Street (ocupação por ativistas) e a forma como as manifestações têm sido reprimidas pelos policiais."
A integrante da missão síria na ONU, em outro trecho, acrescenta que "a audiência americana não liga para reformas. Eles não entendem isso e tampouco estão interessados".
Sheherazad Jaafari também recomenda dizer que a Síria, "diferentemente dos Estados Unidos, não tortura seus cidadãos". "Vale citar o caso de Abu Ghraib, no Iraque, como exemplo", acrescenta, referindo-se ao escândalo de abuso, humilhação e tortura de presos iraquianos por parte de soldados americanos que se tornou público em 2004.
Na entrevista, Assad usou o mote americano da guerra ao terror para argumentar que estava combatendo grupos terroristas. Disse ainda que a maior parte dos mortos nos confrontos era de soldados sírios atacados por grupos insurgentes armados.
Assad afirmou ainda que "só um líder louco seria capaz de massacrar seu próprio povo" e criticou a entrevistadora quando ela perguntou a ele sobre a morte de um garoto, supostamente nas mãos dos militares.