segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Marte pode ter tido oceanos

A idéia de que Marte já teve oceanos é controversa: Tem sido proposto antes, e as formações que se assemelham a linhas de costa foram encontrados em imagens de uma variedade de naves espaciais.
Agora os cientistas, após analisar os dados da Agência Espacial Europeia,Mars Express missão, concluíram que as planícies do norte de Marte pode ter tido um oceano.
Mars Express ' radar MARSIS , implantado em 2005, penetra profundamente na superfície marciana. Cientistas do Instituto de Planétologie et d'Astrophysique de Grenoble e Universidade da Califórnia, Irvine, dizer que os primeiros 60 a 80 metros de evidências do planeta shows subsuperficial de material sedimentar e gelo, indicando que um oceano poderia ter existido lá.
Os cientistas estão propondo não apenas um, mas dois oceanos possíveis na mesma área. O primeiro oceano teria existido 4 bilhões de anos atrás, quando Marte era mais quente.
A segunda teria existido 3 bilhões de anos atrás, depois de Marte sofreu um impacto derretimento de gelo. Teria sido temporária, já que de a água ou refroze ou vaporizada para a atmosfera.
Evidências dos oceanos neste caso não indica vida, no entanto, dizem os cientistas. O oceano, segundo temporária provavelmente não teria existido tempo suficiente para sustentar a vida, o Dr. instituto francês Jérémie Mouginot disse em um comunicado. Para encontrar a vida, astrobiologists terá que estudar partes da história de Marte quando a água pode ter existido por longos períodos de tempo.

Comercial israelense simula explosão de usina iraniana pelo Mossad


Um comercial produzido e veiculado em Israel causou nova polêmica ao simular a explosão de uma usina nuclear iraniana por agentes do Mossad, serviço secreto israelense. O comercial foi produzido para anunciar um aplicativo de um canal de TV israelense para o tablete Galaxy, da Samsung.
Confira o comercial a seguir:
Na peça publicitária, quatro agentes do Mossad chegam ao sul do Irã disfarçados de mulheres. Eles encontram outro agente do serviço secreto, que está entediado e por isso assiste a uma série de comédia israelense em seu tablet.
O agente começa a promover o aplicativo da rede de TV israelense e a mostrar seus benefícios. Um dos quatro agentes, no entanto, pega o tablet e aciona um aplicativo, curioso para saber sua função.
Nesse momento, no fundo da cena, uma usina explode e os agentes voltam-se para aquele que apertou o botão. “Que foi? Outra explosão misteriosa no Irã...”, defende-se o responsável pela explosão.
A peça publicitária foi criticada pelos iranianos que ameaçaram cortar as importações de produtos da Samsung no país. Membros do Parlamento Iraniano afirmaram que o comercial apresenta o Irã como uma sociedade primitiva e insinua que Israel é poderoso o bastante para destruir instalações iranianas.
Diante da polêmica, a Samsung divulgou um comunicado no qual condenou a produção do comercial. Além disso, a marca sul-coreana afirma que a peça publicitária foi completamente produzida pela emissora de televisão israelense e, portanto, a Samsung não possui responsabilidade sobre a produção.
Histórico
A polêmica se dá no momento em que o governo iraniano acusa o Mossad de causar explosões e assassinar cientistas do país que trabalham no desenvolvimento de energia atômica.
Segundo os iranianos, Israel estaria agindo juntamente com os Estados Unidos para atrasar ou até mesmo cessar a produção do país no setor.  No último dia 11, o cientista nuclear iraniano Mustafá Ahmadi Roshan morreu após uma explodir em seu carro, na Universidade de Teerã. Na ocasião, os iranianos acusaram novamente o Mossad e os norte-americanos, que negaram as suspeitas.
Tanto os EUA quanto Israel acusam o Irã de produzir energia nuclear com fins militares. Os iranianos também negam as denúncias.

Irã procede à produção em série de mísseis anti-navais

O Irã inicia a produção em série dos mísseis de cruzeiro Zafar de pequeno alcance, capazes de aniquilar alvos de média e pequena dimensão. Os novos mísseis, resistentes à ação da luta rádio-eletrónica, podem ser instalados em lanchas de patrulha e embarcações rápidas, bem como efetuar voos em pequenas alturas. Todavia, desconhecem-se outros parâmetros desta arma que, sem dúvida, veio aumentar os arsenais de  armamentos iranianos e os ritmos de projeção de novos tipos de armas modernas. Basta referir ainda a criação dos mísseis terra-mar Khalij-e-Fars e Tondar e a utilização pelas Forças Armadas dos Qader Nasr, a par do torpedoValfajr.       

Por dentro de uma Plataforma

Fernando Scheller, de O Estado de S. Paulo
ANGRA DOS REIS - 
O helicóptero da BHS, após uma hora e vinte minutos de viagem a partir do aeroporto de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, aproxima-se da plataforma Cidade de Angra dos Reis, a primeira do pré-sal a entrar em operação comercial. Construída na China, a embarcação fica estacionada, presa ao fundo do mar a 300 km da costa do Rio de Janeiro. A Petrobrás aluga a plataforma, operada pela japonesa Modec. Os 70 funcionários são alimentados pela italiana Fratelli Cosulich. De tempos em tempos, a plataforma recebe a visita de pessoal da consultoria brasileira CDS e das americanas InterMoor e BJ Services - todas prestadoras de serviço da unidade de produção de óleo e gás.
De cima, a embarcação - um cargueiro japonês construído em 1991 e convertido em plataforma de petróleo entre 2008 e 2010, na China - parece uma "tubolândia". Andando pelos cinco pavimentos da embarcação, um emaranhado de motores, caldeiras e reservatórios cheios de instruções de segurança, o visitante se vê cercado pelos maiores expoentes da indústria pesada mundial. Os adesivos colados nos equipamentos estampam marcas como a americana GE, a alemã Siemens e a brasileira Weg. Plataforma de petróleo é um território de briga de cachorro grande. E todos eles estão de olho nas oportunidades que o setor reserva nos próximos anos.
Banhada por quilômetros de mar azul, a plataforma Cidade de Angra dos Reis é o "marco zero" da produção comercial de petróleo em águas ultraprofundas, a mais de 2 mil metros abaixo da superfície. A Petrobrás pretende iniciar a produção de mais quatro unidades do pré-sal entre 2012 e 2013. Cada uma exigirá investimento entre US$ 1 bilhão e US$ 2 bilhões.
Além das plataformas do pré-sal, há unidades de perfuração nos planos da estatal. Estão previstas também cinco plataformas para a área do pós-sal nos próximos dois anos. A já anunciada troca de comando da estatal - entra Maria das Graças Foster, de perfil técnico, no lugar de José Sérgio Gabrielli, que deverá seguir carreira política na Bahia - foi interpretada pelo mercado como um sinal de que os ambiciosos projetos da companhia deverão sair mais rápido do papel. Só em janeiro, as ações preferenciais da empresa subiram 18%.
As primeiras plataformas do pré-sal serão terceirizadas, alugadas de empresas como a japonesa Modec e a holandesa SBM (o Estado apurou que o valor diário pago pela Petrobrás por um equipamento como esse gira em torno de US$ 500 mil). No entanto, a construção de pelo menos outras sete plataformas próprias da Petrobrás já entrou no radar das grandes indústrias. São os projetos batizados de P-67 a P-73. De acordo com Welter Benício, diretor da divisão de óleo e gás da Siemens no Brasil, a empresa está definindo sua estratégia de preço para essa concorrência, que deverá sair nos próximos seis meses.
Corrida
De olho em gordos contratos no horizonte, a Siemens se movimenta para definir investimentos. A subsidiária local do grupo alemão avalia a possibilidade de instalar uma unidade para montagem de módulos elétricos no estado do Rio de Janeiro para complementar a capacidade instalada em seu polo industrial de Jundiaí (SP), que concentra nove fábricas. "O valor vai depender do nosso sucesso em conseguir contratos", explica Benício. "É difícil dizer a evolução disso, já que cerca de 15 empresas estarão na disputa."
A brasileira Weg fez uma aquisição mundial pensando no setor de óleo e gás: comprou a Eletric Machinery de uma de suas principais rivais, a GE. Trata-se de uma aquisição de valor relativamente baixo, segundo o presidente da Weg, Harry Schmelzer Jr. Mas o negócio trará ao Brasil conhecimento tecnológico extra na disputa de contratos para fornecimento de motores e geradores para a Petrobrás. A Weg pretende ganhar espaço dentro do setor de óleo e gás, que hoje representa cerca de 5% do faturamento anual de R$ 6 bilhões. "Queremos estar preparados para entregar as especificações exigidas por este mercado."
Embora tenha sido obrigada a abrir mão da Eletric Machinery por restrições concorrenciais, a GE ganhou espaço no mercado mundial de óleo e gás ao comprar, por US$ 1,3 bilhão, a fabricante de tubos para produção de energia Wellstream, que já tinha uma fábrica em Niterói (RJ). Agora, a americana pretende investir mais US$ 200 milhões na ampliação da unidade.
Com presença ainda discreta no Brasil, a Rolls-Royce aumentou a aposta no País após o anúncio dos investimentos na exploração do pré-sal. A empresa prevê investir US$ 200 milhões no Brasil até 2013 - metade deste valor será aplicado em uma fábrica na capital fluminense. O grupo americano, mais conhecido pelos carros de luxo, cuja produção foi repassada à BMW em 1997, fatura US$ 700 milhões ao ano na América do Sul (em comparação, a GE teve receita de US$ 2,6 bilhões, somente no Brasil, em 2010). "Nosso objetivo é dobrar de tamanho na região até 2020. E a maior parte desse crescimento virá do Brasil", diz Francisco Itzaina, presidente da Rolls-Royce para a América do Sul.
A Rolls-Royce, a exemplo da GE, vai aumentar seu porte no mercado brasileiro graças a uma aquisição internacional - a empresa comprou, em uma joint venture com a Daimler, a operação da fabricante de turbinas e motores alemã Tognum, em uma operação avaliada em 3,2 bilhões. A Tognum está presente no País por meio de uma de suas subsidiárias, a MTU. A Rolls-Royce também mandou um time de brasileiros aos Estados Unidos para avaliar produtos que poderão ser montados em território brasileiro - o objetivo é garantir o cumprimento das metas de conteúdo local estabelecidas pela Petrobrás.
Serviços
No entanto, a vida a 300 km do continente não é feita só de máquinas e equipamentos. Há serviços destinados aos momentos de folga que os funcionários têm na plataforma. Os trabalhadores, que passam 14 dias sem pisar em terra firme, são atendidos por empresas que preparam refeições, limpam os quartos e pensam em opções de entretenimento a bordo.
A GRSA, mais conhecida pela administração de restaurantes coletivos, entrou no setor off shore há dois anos e teve de diversificar os serviços oferecidos para disputar contratos em plataformas, que já representam 10% de sua receita no País. Além de garantir cinco refeições diárias aos embarcados, a empresa arruma os alojamentos, que são individuais ou duplos, e cuida até dos filmes que os funcionários vão assistir. A GRSA, hoje presente em 11 plataformas de petróleo, pretende estar em 20 unidades até o fim do ano.
Ao entrar e sair de uma plataforma qualquer visitante é bombardeado por informações sobre segurança: a orientação é usar sempre macacão, óculos, capacete e luvas. Ninguém passeia desavisado pela plataforma: um funcionário da Petrobrás ou da Modec é constantemente destacado para seguir o visitante aonde quer que ele vá. Diante das repetições, é quase impossível esquecer da recomendação de correr em direção aos botes salva-vidas em caso de alarme.
Apesar de todo o cuidado interno, há ainda assessoria terceirizada para garantir que todas as regras da Marinha sejam realmente cumpridas - o que abre espaço para novos contratos de fornecimento. A CDS, consultoria que tem só sete engenheiros, foi contratada pela operadora da plataforma Cidade de Angra dos Reis para conferir todo o aparato de segurança. Só para garantir que nenhum detalhe do gigante ancorado no meio do mar passe despercebido.
  

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Embraer estuda produzir avião maior, de 130 lugares


SÃO PAULO - A Embraer ainda estuda construir um avião um pouco maior do que os que oferece atualmente. Segundo o presidente de aviação comercial da empresa, Paulo Cesar Souza e Silva, a Embraer decidirá até o final do ano se fabricará um avião de 130 lugares. Atualmente, o maior avião da companhia pode ser configurado para até 130 assentos.
"Estamos ainda ouvindo nossos clientes, conversando com cerca de 60 empresas. Até o final do ano nosso conselho de administração tomará uma decisão, mas acho que sai antes desse prazo", afirmou o executivo.
Silva afirmou que a empresa está focada na decisão de remotorizar sua família de jatos comerciais, os E-Jets, como anunciado no ano passado, mas a discussão agora é se essa remotorização virá acompanhada também dessa ligeira ampliação no tamanho da aeronave. "O que está claro é que não entraremos no mercado onde está hoje a Boeing e a Airbus, com aeronaves de mais de 130 lugares", afirmou.
A Embraer realizou um evento hoje na sua sede, em São José dos Campos (SP), para a entrega de um avião Legacy 650 para o ator Jackie Chan, que também é o novo garoto-propaganda da empresa no mercado internacional de jatos executivos.
EUA
Frederico Curado, presidente da companhia, voltou a reafirmar hoje que se sente otimista sobre a licitação nos Estados Unidos referente a um contrato com as Forças Armadas. "O nosso concorrente perdeu por questões técnicas. O fato é que o nosso avião é um avião testado, absolutamente comprovado, que atende à missão. Eles (o concorrente) têm um protótipo baseado num avião menor de treinamento. O nosso tem mais de 100 (unidades) em operação. A empresa que está questionando (o resultado da concorrência) está numa situação frágil financeiramente falando. Esses fatores devem influenciar a decisão do governo americano", afirmou.
No final do ano passado, o governo americano anunciou que a Embraer venceu a licitação para a venda de 20 aviões militares Super Tucano para a Força Aérea. No começo de janeiro, porém, a americana Hawker Beechcraft, que também participou da disputa e teve seu avião desclassificado, contestou a decisão na Justiça.
"Agora temos de esperar a Justiça americana. Mas estamos muito confortáveis e bastante otimistas com relação à questão", afirmou Curado. A confirmação da vitória é extremamente importante para a Embraer, pois representa a entrada no maior mercado de Defesa do mundo, o norte-americano.
Mercado
A reestruturação da AMR Corporation, que controla a American Airlines e a American Eagle, pode beneficiar a Embraer. A opinião é do vice-presidente de aviação comercial da empresa, Paulo Cesar Souza e Silva. "Na renegociação que será feita com os trabalhadores, especialmente os pilotos, para reduzir custos, a AMR deve fechar acordos para usar aviões regionais maiores, o que deve gerar oportunidades para os modelos Embraer 175 e 195, por exemplo", afirmou.
A AMR anunciou no final de novembro que recorreu ao chamado Chapter 11 para evitar a falência. Silva acredita que uma das ações da empresa será trocar sua frota de aviões Embraer dos modelos 135 e 145 por outros maiores, como os 175 e 195, para melhorar seu desempenho. Atualmente a AMR mantém em sua frota 216 aviões da Embraer, a maioria em uso pela American Eagle.
O executivo disse que a Embraer está disposta a ajudar a AMR, se necessário, a recolocar esses aviões no mercado, se decidir renovar sua frota. "Podemos procurar interessados em usar esses aviões em voos charter, por exemplo", afirmou.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Indonésia comprará aparelhos não tripulados israelenses


O Ministério da Defesa da Indonésia incluiu a compra de apare lhos voadores não tripulados israelenses, produzidos pela empresa IAI (Israel Aerospace Industries), no programa de completamento do parque de armamentos das Forças Aéreas nacionais. As Forças Aéreas Indonésias já iniciaram negociações com a empresa israelense sobre a compra de aparelhos não tripulados, os tres primeiros dos quais tencionam a serem recebidos pelos militares antes do fim de 2012.
O programa de aquisição de aparelhos planeja-se até ao ano 2014. Não há dados precisos sobre o tipo dos aparelhos não tripulados, que serão adquiridos pela Indonésia. O Departamento Militar do país tenciona comprar um total de 9 até 16 não tripulados.

Aviões não tripulados dos EUA nos céus do Iraque


As relações entre os EUA e o Iraque está em perigo por causa de aviões não tripulados americanos, chamados também “drones”. As autoridades iraquianas afirmam que estas aeronaves de reconhecimento sobrevoam o território do seu pais sem devida autorização, o que põe em perigo não somente a segurança dos cidadãos mas também a soberania estatal do Iraque.
Ao responder a este reproche dos iraquianos, as autoridades dos EUA afirmam que neste país são utilizadas apenas aeronaves não tripuladas com missão “diplomática”. Elas voam a baixas alturas e recolhem informações sobre os engarrafamentos de trânsito nas vias de comboios. Eles podem revelar interesse também em relação a manifestações de protesto. Mas as autoridades iraquianas insistem na sua afirmação e mencionam como exemplo o Paquistão, onde os aviões não tripulados são utilizados para caçar os talibãs, mas por vezes atacam também os habitantes pacíficos. O perito do Centro de Segurança Internacional do Instituto de Econômica Internacional e de Relações Internacionais junto da Academia de Ciências da Rússia Petr Topichkanov afirma que os iraquianos receiam, além disso, que depois de aeronaves de reconhecimento nos céus do Iraque possam aparecer também os “drones” de combate.
O conceito de “aeronave não tripulada diplomática” é muito convencional e provoca, antes de mais nada, a surpresa. Quem sabe, o que significa “diplomático” e “não diplomático”. O problema consiste na função e tarefas que esta aeronave não tripulada deve executar. É evidente que no caso do Iraque se trata de vôos de reconhecimento, isto é, um “drone” deve fazer fotografias, revelar a disposição das forças armadas e os deslocamentos de pessoas. Ele deve examinar diversos objetos. Mas a seguir impõe-se a questão: para que isso pode ser utilizado mais a seguir? Os iraquianos supõem que para infligir golpes. Ninguém pode impedir de utilizar mais tarde estas aeronaves não tripuladas e os dados, obtidas por elas, para atacar.
Pode-se compreender as razões da preocupação da parte iraquiana. A retirada das tropas americanas do Iraque foi concluída em 2011, embora alguns especialistas tenham chamado a esta operação de “rebranding”. O grande contingente militar americano de cinco mil soldados continua no território do país montando guarda da embaixada americana. Além disso, os EUA não pararam de fornecer subsídios ao governo iraquiano e os iraquianos temem que eles aproveitem esta ajuda para imiscuir-se ativamente na sua política, - declarou Petr Topichkanov.
Para os EUA o Iraque resultou polígono em que foram postos à prova os mecanismos de difusão dos princípios da gestão política, típica para os  países ocidentais. Falando a rigor, depois da demissão de Saddam Hussein no Iraque foram utilizados todos os meios: a troca do regime, criação de novas instituições do poder, alteração total do paradigma de gestão do Estado, etc. De um modo geral os americanos encaram agora o Iraque com esperança vendo nele o Estado que será para os países do Próximo Oriente um modelo de democratização e da possibilidade de criação de um Estado democrático. Este polígono influenciou indiretamente outros países e os processos que a que a imprensa chama habitualmente de “primavera árabe”.
Os peritos estão certos de que os EUA procurarão abafar o atual escândalo com os aviões não tripulados e irão pedir oficialmente a autoridades iraquianas a permissão de utilizá-los. A razão principal disso são eleições presidenciais nos EUA. Obama, na sua atual qualidade de candidato à presidência, não irá agravar relações com nenhum país para não perder o apoio do eleitorado.