quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Venda do Rafale à Índia será "precedente útil" ao Brasil, diz ministro


Em entrevista nesta quarta-feira à rede de TV francesa Canal Plus, o ministro da Defesa da França, Gérard Longuet, disse acreditar que as negociações para a venda de 126 caças Rafale à Índia poderão representar um precedente favorável aos brasileiros. “O precedente indiano será muito útil aos brasileiros”, declarou o ministro. "Sobre o Brasil, há esperanças, e sobre a Índia estou confiante”, resumiu Longuet, mencionando também as expectativas otimistas para a venda do caça francês aos Emirados Árabes Unidos.
Para o ministro francês da Defesa, o governo brasileiro preferiu primeiro comprar o que tinha mais necessidade, ou seja, os quatro submarinos franceses. “Os aviões, eles (brasileiros) não compraram de outros e nós continuamos na disputa”, afirmou.
Na entrevista, Longuet considerou as perspectivas de assinatura de um contrato para a venda dos caças à Índia como uma “formidável promessa” para a indústria e a tecnologia francesas. Gérard Longuet estima também que a transferência de tecnologia prevista no contrato com Nova Délhi é “não apenas inevitável”, mas “desejável”.
“Nós trabalhamos com eles (a indústria indiana) como amigos de longa data. É por isso que nós vendemos”, disse o ministro, citando as parcerias nos setores de motores e da informática. Gérard Longuet adiantou que os caças serão montados na Índia com equipamentos e componentes fabricados por engenheiros e técnicos franceses que irão trabalhar no país e ajudar a formar a mão-de-obra local.
Batalha difícil
A batalha comercial em torno da venda de 126 aviões de caça Rafale à Índia, conforme anunciou ontem o governo francês, está longe do fim. O Departamento de Defesa dos Estados Unidos saiu no contra-ataque e disse, nesta quarta-feira, estar disposto a compartilhar as informações sobre o modelo F-35 com o governo indiano.
A transferência de tecnologia e o preço mais barato do Rafale, em relação ao segundo colocado na licitação, o modelo Typhoon, do consórcio Eurofighter, teriam sido determinantes na seleção do caça francês da Dassault. Dos 126 aviões que a França quer vender à Índia, 18 serão entregues finalizados e os 108 restantes serão fabricados com parceiros indianos. O valor global do contrato, incluindo o treinamento de pilotos e a manutenção dos aparelhos, é estimado em 15 bilhões de dólares.
Em abril passado, a Índia rejeitou as ofertas dos Estados Unidos, da Rússia e da Suécia. Mas como Nova Délhi tem a disposição de comprar mais 80 aparelhos, os concorrentes descartados na licitação vencida pelo Rafale podem apresentar futuramente novas propostas.
Analistas dizem que será um desafio para a França superar a fase de negociações exclusivas com a Índia, pois é nessa etapa que serão detalhadas as condições de transferência de tecnologia.
O presidente Nicolas Sarkozy disse que a vitória nessa licitação é um sinal forte de confiança na economia francesa. Mas, na França, ninguém esqueceu os fracassos de venda do Rafale na etapa final de negociação para o Marrocos e a Coreia do Sul e ainda o suspense no caso do Brasil e dos Emirados Árabes Unidos.

Taurus: busca consolidação no mercado


Alexandre Beraldi
Especial para DefesaNet

Neste ano de 2012, ao contrário de anos anteriores, a TAURUS foi mais comedida em seus lançamentos. Nas palavras de um funcionário norte-americano da empresa: a hora é de buscar a consolidação no mercado dos produtos lançados anteriormente, esclarecendo o público sobre suas características positivas e vantagens competitivas. A empresa também está empenhada num melhor atendimento pós-venda e num aprimoramento do controle de qualidade dos produtos enviados aos distribuidores.

Mas como não poderia deixar de ser, novidade havia: primeiramente na forma do revólver M380, um minúsculo snubbie no calibre .380 ACP que certamente atrairá muita atenção no mercado de segurança pública e privada do Brasil quando for aqui disponibilizado, visto ser a back-up gun ideal para quem tem uma pistola .380 ACP como arma primária.

O revólver tem sua armação, tambor, cano e mecanismo de disparo em aço inoxidável ou carbono, podendo ter, respectivamente, acabamento acetinado ou oxidado preto brilhante. Opera somente em dupla ação, com cão sem alça para engatilhamento, facilitando muito o saque a partir do bolso de calças ou jaquetas. Tem capacidade de cinco disparos e um pequeno cano de 1,75 polegada, ou 44,5mm de comprimento, mas mesmo assim sua mira traseira é regulável horizontalmente. Pode ser utilizado com full moon clips, sendo que a arma vem acompanhada de dez deles. É realmente uma arma muito pequena e leve, facilmente dissimulável, passível de “esquecermos” que está sendo portada – até o momento em que se torna necessária.

Também novo, o revólver Modelo 405 é um snubbie no calibre .40 SW que certamente despertará interesse como back up gun para profissionais de segurança que têm a pistola calibre .40 SW como arma primária. Trata-se de uma arma fabricada em aço inoxidável com acabamento acetinado, dotada de um cano de duas polegadas, como reza a tradição dos snubbies, e de um tambor com capacidade para cinco cartuchos, também alimentada por full moon clips que acompanham a arma, os quais aceleram o municiamento, agindo como speed loaders, e também facilitam a ejeção das cápsulas deflagradas. Uma arma sólida, com tamanho e peso adequados a domesticar o calibre .40 SW sem perder no quesito portabilidade e dissimulação.

A versão Ultra-Lite do revólver Modelo 445 em calibre .44 Special também foi apresentada, constituindo-se numa excelente arma de defesa num calibre condizente com a arma. Seria uma excelente opção para defesa pessoal caso a regulamentação nacional que estabelece o que é permitido ou restrito para o uso civil, o R-105 editado pelo Exército Brasileiro, estivesse mais adequado à realidade das necessidades da população civil em termos de auto-defesa legítima e legalmente permitida.

Ainda no mundo dos revólveres, as versões em polímero dos modelos mais vendidos da TAURUS estavam em destaque, sendo eles o Modelo 85 em calibre .38 Special +P, o Modelo 605 em calibre .357 Magnum, e o Public Defender, que pode calçar tanto munição calibre .45 Long Colt como cartuchos calibre 36. Todos acompanhados do nome POLYMER, que faz referência à sua construção destacadamente em polímero.

A pistola apresentada no ano de 2011 como modelo DTA é agora chamada Modelo 2011, podendo ser adquirida em duas versões: a INTEGRAL e a HYBRID. A INTEGRAL possui um chassi metálico com placas poliméricas destacáveis de vários tamanhos que são afixadas na parte posterior da empunhadura, para ajustar a mesma a mãos de várias dimensões. Ela pode ser encontrada nas verões em aço inoxidável ou oxidado, e nos calibres .380 ACP, 9x19mm Parabellum e .40 SW. Já a versão HYBRID possui um chassi misto, com empunhadura em polímero e a parte superior da armação e os trilhos em aço. Também nas versões com ferrolho e parte superior da armação em aço inoxidável ou oxidado, nos calibres 9x19mm Parabellum e .40 SW.

A pistola 24/7 de segunda geração, a modelo G2, também estava em destaque, com uma combinação de atributos modernos que a torna uma séria competidora no mercado civil norte-americano: gatilho leve e de pequeno curso mesmo em dupla ação, com reset curto e definido; sistema de desmontagem simplificado, comandos ambidestros, trava externa e trilho de acessórios. Disponível nas versões Standard e Compact, com ferrolhos em aço inoxidável ou oxidado, e na tríade de calibres mais utilizados para auto-defesa na América do Norte: 9x19mm Parabellum, .40 SW ou .45 ACP.

Também mostrada a versão Compact da PT840, com capacidade de 10+1 tiros no calibre .40 SW.

Resumindo, a TAURUS, diferente de muitas grandes companhias de armas, não consegue passar um único SHOT Show sem apresentar um lançamento interessante, que neste ano, a meu ver, ficou por conta do Mini Revólver M380, uma arma de uso extremamente polivalente e prático.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Paquistão adverte aos EUA que ataques de aviões espiões são "inaceitáveis"


O Governo paquistanês classificou nesta terça-feira como "inaceitáveis" os ataques com aviões não-tripulados americanos em seu território depois que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reconhecesse publicamente pela primeira vez sua existência.
"São ilegais, polêmicos e, portanto, inaceitáveis", escreveu à Agência Efe por mensagem de texto o porta-voz das Relações Exteriores paquistanês, Abdul Basit, sobre os chamados "drones" (zangões).
Anos atrás existia uma cooperação para lançar estes ataques contra alvos talibãs e da rede terrorista Al Qaeda, porém desde 2011 os "drones" são um motivo de discórdia entre Washington e Islamabad.
"Não podemos consentir a violação de nossa soberania", advertiu Basit.
Em conversa com internautas, Obama admitiu pela primeira vez na última segunda-feira o uso de "drones" em ataques a supostos militantes da Al Qaeda e de redes jihadistas presentes nas áreas tribais paquistanesas que fazem fronteira com o Afeganistão.
O presidente disse que os aviões não-tripulados "não fizeram um grande número de vítimas civis" e que os ataques são precisos, algo discutido por algumas organizações de direitos humanos.
Os EUA bombardeiam com esses equipamentos áreas do Paquistão e, com menos frequência, outros países com os quais também não está tecnicamente em guerra, como o Iêmen e a Somália.
A postura oficial do Paquistão é que os ataques, mesmo eliminando alvos insurgentes, representam um fracasso estratégico, pois geram ressentimento popular.
Os "drones" são uma das armas mais usadas por Obama na luta antiterrorista: em 2010 foram 118 ataques só no Paquistão, frente a 70 do ano passado, um reflexo das turbulentas relações diplomáticas entre ambos os países.
Fontes de inteligência paquistanesas e ocidentais consultadas pela Efe acreditam que os ataques são precisos e ao longo dos anos têm se aperfeiçoado.
Organizações de direitos humanos denunciam que eles são feitos aproveitando a brecha na lei e acabam matando civis.
Tais estimativas, no entanto, não podem ser comprovadas porque a imprensa tem pouco acesso às fortificações talibãs paquistanesas, onde os insurgentes enterram os mortos sem que as autoridades possam identificá-los.

Obama defende o uso de aviões não tripulados


AE - Agência Estado
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, defendeu a campanha com o uso de aviões não tripulados, conhecidos como drones, de acordo com uma reportagem do jornal The Wall Street Journal. "Drones não causaram um grande número de vítimas civis", disse ele na segunda-feira ao ser questionado sobre o programa com esse tipo de avião em uma sessão online de pergunta e resposta.
"Há essa percepção de que estamos lançando ataques aleatoriamente", afirmou. "Este é um esforço focado e direcionado contra pessoas na lista de terroristas ativos que estão tentando se infiltrar e ferir americanos. É importante que todos entendam que isso (ataques com drones) é mantido sob rédea bastante restrita."
Autoridades dos EUA estimam que a campanha com os drones matou mais de 1.500 militantes suspeitos em solo paquistanês desde que Obama tomou posse, em 2009. Os americanos alegam que cerca de 60 civis morreram no Paquistão. No entanto, autoridades paquistaneses e grupos de direitos humanos afirmaram que o total de civis mortos é bem mais alto. As informações são da Dow Jones. 

Ministro britânico visitará Malvinas no aniversário da guerra


ADRIAN CROFT - REUTERS
Um ministro britânico viajará às Ilhas Malvinas em junho a fim de participar da comemoração do 30o aniversário da recaptura das ilhas pela Grã-Bretanha, em uma visita que poderá irritar o governo argentino.
A Grã-Bretanha anunciou que enviará um dos seus navios de guerra mais modernos, o destróier HMS Dauntless, ao Atlântico Sul nos próximos meses para substituir outro navio na patrulha. O país informou, porém, que a medida já estava planejada há muito tempo e é "completamente rotineira".
A tensão entre Grã-Bretanha e Argentina por causa das ilhas sob disputa no Atlântico Sul aumentou de novo, à medida que se aproxima o aniversário da guerra e empresas britânicas procuram por petróleo nas águas próximas às ilhas.
"Vou para coincidir com a conclusão da guerra das Falklands. Irei em junho para o aniversário de 30 anos", disse à Reuters em uma entrevista Jeremy Browne, o ministro do gabinete das Relações Exteriores responsável pelas relações com a América Latina.
Browne disse que espera que sua visita de uma semana não perturbe a Argentina, que já acusou a Grã-Bretanha de agir de forma provocativa ao anunciar que o príncipe William, o segundo na linha de sucessão do trono britânico, será enviado às ilhas este ano para ser piloto de helicóptero da Força Aérea Real (RAF).
"Espero que eles vejam isso pelo que é, ou seja, um reconhecimento do valor e do sacrifício dos soldados britânicos e dos próprios ilhéus das Falklands na libertação das ilhas há 30 anos e também uma comemoração mais ampla pelo sacrifício feito de forma mais geral, incluindo pelos argentinos", disse ele.
Browne é o primeiro ministro do governo de coalizão da Grã-Bretanha, que está há 20 meses no poder, a anunciar uma visita às ilhas e será o primeiro ministro do gabinete das Relações Exteriores a ir até lá desde 2008.
Londres controla as ilhas - situadas a 480 quilômetros da costa sul da Argentina - desde 1833. Em 1982, a Grã-Bretanha enviou uma força naval e milhares de soldados para reclamar as ilhas depois que forças argentinas as ocuparam. Cerca de 650 argentinos e 255 soldados britânicos morreram no conflito que durou 10 semanas.
A Grã-Bretanha recusa-se a negociar com a Argentina sobre a soberania das ilhas. O primeiro-ministro David Cameron disse este mês que a Grã-Bretanha está comprometida com a proteção das ilhas e afirmou que o desejo dos ilhéus é soberano.
Em dezembro, o bloco Mercosul - incluindo o membro associado Chile - concordou que as embarcações viajando com a bandeira das Falklands seriam proibidas de aportar em qualquer um de seus portos em solidariedade à Argentina.
Depois que a presidente argentina, Cristina Kirchner, descreveu a Grã-Bretanha no ano passado como uma "potência colonial grosseira em declínio" por se recusar a conversar sobre as ilhas, Cameron respondeu este mês, acusando a Argentina de "colonialismo".
Browne -- que é membro do partido Liberal Democrata, de centro-esquerda, o parceiro menor da coalizão governista -- disse que não vê a disputa como uma barreira para a iniciativa britânica de estabelecer relações mais fortes com os países da América Latina, "com a exceção da Argentina".
Na semana passada, a Argentina nomeou Alicia Castro como sua nova embaixadora em Londres, um posto que estava vago desde 2008 em protesto à recusa da Grã-Bretanha em negociar sobre as Malvinas.
(Reportagem de Mohammed Abbas) 

Argentina diz que Inglaterra quer 'militarizar' conflito das Malvinas


BUENOS AIRES - A Argentina denunciou, nesta terça-feira, 31, que a Inglaterra tenta "militarizar" o conflito nas Ilhas Malvinas, informou a AFP. A declaração foi uma resposta à decisão britânica de mandar um navio de guerra às ilhas.
Destroier HMS Dauntless parte em direção ao Atlântico Sul - Ian Simpson/Efe
Ian Simpson/Efe
Destroier HMS Dauntless parte em direção ao Atlântico Sul
Além disso, o país também lamentou, por meio de um comunicado oficial, a visita do príncipe William ao arquipélago. "A República Argentina rechaça a tentativa britânica de militarizar o conflito sobre o qual as Nações Unidas indicaram que ambas nações devem resolver com negociações bilaterais", diz o comunicado.
Um ministro britânico anunciou que viajará às Ilhas Malvinas em junho para participar da comemoração do 30o aniversário da guerra que explodiu após a invasão das forças armadas argentinas no território disputado por ambos países.
A Grã-Bretanha enviará às ilhas Malvinas nos próximos meses um dos navios de guerra mais modernos da Marinha Real, informou nesta terça-feira, 31, o Ministério de Defesa britânico. Trata-se do destroier HMS Dauntless, que parte em direção ao Atlântico Sul e substituirá a fragata britânica HMS Montrose, disse um porta-voz da pasta
Com agências de notícias.
  

HMS Dauntless D33

HMS Dauntless é o navio que tem um sofisticado sistema de radar com alcance de 400 km e um avançado sistema de defesa aérea. O Dauntless pertence a uma nova gama de navios de guerra da Marinha designados como Tipo 45, tem um sofisticado sistema de radar com alcance de 400 km e um avançado sistema de defesa aérea.Ele também pode levar vários helicópteros e uma tripulação de 180 pessoas ", descreve a BBC.

Um barco semelhante ao Dauntless e foi enviado para o Golfo Pérsico, em meio a ameaças do Irã para bloquear o Estreito de Hormuz.
Por sua parte, Gerald Howarth, um funcionário do Ministério da Defesa do Reino Unido, disse que o Parlamento Inglês que a Argentina não tem nem a capacidade nem a intenção de tomar as Ilhas Falkland.Da Marinha Real, desatou o fato das discussões em curso entre os dois países