quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Brasil apoia renovação da defesa surinamesa


Os ministros da Defesa do Brasil, Celso Amorim, e do Suriname, Lamure Latour, acertaram uma maior cooperação entre os dois países na área militar, no combate ao crime transnacional e na área de capacitação profissional. Durante o encontro, ambos manifestaram o desejo de ampliar os laços existentes, estabelecidos desde 1982.
Ao final do encontro, o ministro Celso Amorim ressaltou sua crença numa ordem multipolar e acrescentou que espera ter no Suriname um de seus amigos mais importantes. O ministro Lamure Latour, por sua vez, destacou a importância brasileira no processo de formação da Força de Defesa do Suriname e no desenvolvimento econômico do país vizinho.
Reequipamento
O Suriname passa por um momento de reestruturação de seu componente militar. O ministro manifestou interesse em aviões de ataque leve e navios-patrulha entre 200 e 500 toneladas. Ontem (23/01) a comitiva visitou as instalações da Embraer em São José dos Campos (SP).
“Ficamos muito impressionados com oOs ministros da Defesa do Brasil, Celso Amorim, e do Suriname, Lamure Latour, acertaram uma maior cooperação entre os dois países na área militar, no combate ao crime transnacional e na área de capacitação profissional. Durante o encontro, ambos manifestaram o desejo de ampliar os laços existentes, estabelecidos desde 1982.
Ao final do encontro, o ministro Celso Amorim ressaltou sua crença numa ordem multipolar e acrescentou que espera ter no Suriname um de seus amigos mais importantes. O ministro Lamure Latour, por sua vez, destacou a importância brasileira no processo de formação da Força de Defesa do Suriname e no desenvolvimento econômico do país vizinho.
Reequipamento
O Suriname passa por um momento de reestruturação de seu componente militar. O ministro manifestou interesse em aviões de ataque leve e navios-patrulha entre 200 e 500 toneladas. Ontem (23/01) a comitiva visitou as instalações da Embraer em São José dos Campos (SP).
“Ficamos muito impressionados com o Super-Tucano e a capacitação brasileira no setor aeroespacial, reconhecida internacionalmente”, disse o ministro Lamure Latour durante a reunião de trabalho das duas delegações.
Segundo o ministro surinamês, seu país está interessado em produtos da Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron). Além de navios-patrulha, haveria interesse em lanchas leves. Também foi colocada a necessidade de renovação da frota de viaturas leves e de caminhões.
O ministro Celso Amorim solicitou ao secretário de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa, Murilo Barboza, que avalie, junto às autoridades competentes, a possibilidade de abertura de linhas de crédito para suprir as demandas do Suriname.
Modernização
Durante a década de 1980, o Suriname adquiriu uma frota de veículos blindados de reconhecimento, Cascavel, e de transporte, Urutu, fabricados pela Engesa, empresa que teve sua falência decretada pela Justiça na década de 1990. “Esses veículos precisam ser modernizados de maneira a voltarem para a ativa”, afirmou o ministro Latour.
Em resposta, Celso Amorim afirmou que vai estudar a possibilidade de obter recursos financeiros, componentes e mão de obra para viabilizar o trabalho. O Brasil já desenvolve esforço semelhante para manter sua frota de blindados fabricada pela Engesa.
O ministro brasileiro também examinaria, junto à Agência Brasileira de Cooperação, organismo ligado ao Ministério das Relações Exteriores, a possibilidade de apoio para a construção da nova sede do Colégio Nacional de Defesa do Suriname em Paramaribo.
“Estamos dispostos a colaborar no que depende de nós: pessoal para treinamento e instrução”, ressaltou.
Por último, ficou acertada também a ampliação do intercâmbio existente entre os centros de preparação militar dos dois países com maior troca de experiência e participação de alunos. O ministro Amorim destacou a excelência do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) e declarou-se satisfeito com a grande presença de militares surinameses nas escolas militares brasileiras.
Proteção da Amazônia
A delegação surinamesa solicitou acesso aos dados do satélite sino-brasileiro CBERS, de sensoriamento remoto. Também mostrou interesse em estabelecer um mecanismo de troca de informações obtidas pelo Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam). Destacou que, por injunções econômicas, ainda não pode montar uma rede de radar de vigilância aérea, mas que considera o projeto indispensável para combater ilícitos transnacionais.
O ministro Latour colocou a possibilidade de realização de exercícios conjuntos dos dois países na área de fronteira e solicitou apoio brasileiro para a construção de uma pista de pouso no sul do Suriname de maneira a ampliar a presença do Estado na região.
Comitivas
A comitiva surinamesa chegou às 10h40 de hoje. Depois de receber as honras militares, o ministro Latour cumprimentou seu colega brasileiro. As delegações se reuniram durante uma hora no oitavo andar do Ministério da Defesa. O encontro reuniu a cúpula militar dos dois países.
Participaram do lado brasileiro o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, general-de-exército José Carlos de Nardi; os comandantes da Marinha, almirante-de-esquadra Júlio de Moura Neto; do Exército, general-de-exército Enzo Martins Peri; e da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Juniti Saito; e dos secretários de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa, Murilo Barboza; de Política, Estratégia e Assuntos Internacionais, tenente-brigadeiro Marco Aurélio Gonçalves Mendes, e de Ensino, Logística, Mobilização, Ciência e Tecnologia, almirante de esquadra Gilberto Max Roffé Hirschfeld.
Integraram a delegação surinamesa, além do ministro, o diretor de Defesa, John Ashong; o chefe do Estado Maior da Força de Defesa, Ronni Benschop; o diretor do Departamento de Defesa, Planejamento Estratégico e Educação, tenente-coronel Johnny Antonius, e o chefe de Planejamento e Recursos Humanos, tenente-coronel Mitchel Labadie.
Fonte: Ministério da Dafesae a capacitação brasileira no setor aeroespacial, reconhecida internacionalmente”, disse o ministro Lamure Latour durante a reunião de trabalho das duas delegações.
Segundo o ministro surinamês, seu país está interessado em produtos da Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron). Além de navios-patrulha, haveria interesse em lanchas leves. Também foi colocada a necessidade de renovação da frota de viaturas leves e de caminhões.
O ministro Celso Amorim solicitou ao secretário de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa, Murilo Barboza, que avalie, junto às autoridades competentes, a possibilidade de abertura de linhas de crédito para suprir as demandas do Suriname.
Modernização
Durante a década de 1980, o Suriname adquiriu uma frota de veículos blindados de reconhecimento, Cascavel, e de transporte, Urutu, fabricados pela Engesa, empresa que teve sua falência decretada pela Justiça na década de 1990. “Esses veículos precisam ser modernizados de maneira a voltarem para a ativa”, afirmou o ministro Latour.
Em resposta, Celso Amorim afirmou que vai estudar a possibilidade de obter recursos financeiros, componentes e mão de obra para viabilizar o trabalho. O Brasil já desenvolve esforço semelhante para manter sua frota de blindados fabricada pela Engesa.
O ministro brasileiro também examinaria, junto à Agência Brasileira de Cooperação, organismo ligado ao Ministério das Relações Exteriores, a possibilidade de apoio para a construção da nova sede do Colégio Nacional de Defesa do Suriname em Paramaribo.
“Estamos dispostos a colaborar no que depende de nós: pessoal para treinamento e instrução”, ressaltou.
Por último, ficou acertada também a ampliação do intercâmbio existente entre os centros de preparação militar dos dois países com maior troca de experiência e participação de alunos. O ministro Amorim destacou a excelência do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) e declarou-se satisfeito com a grande presença de militares surinameses nas escolas militares brasileiras.
Proteção da Amazônia
A delegação surinamesa solicitou acesso aos dados do satélite sino-brasileiro CBERS, de sensoriamento remoto. Também mostrou interesse em estabelecer um mecanismo de troca de informações obtidas pelo Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam). Destacou que, por injunções econômicas, ainda não pode montar uma rede de radar de vigilância aérea, mas que considera o projeto indispensável para combater ilícitos transnacionais.
O ministro Latour colocou a possibilidade de realização de exercícios conjuntos dos dois países na área de fronteira e solicitou apoio brasileiro para a construção de uma pista de pouso no sul do Suriname de maneira a ampliar a presença do Estado na região.
Comitivas
A comitiva surinamesa chegou às 10h40 de hoje. Depois de receber as honras militares, o ministro Latour cumprimentou seu colega brasileiro. As delegações se reuniram durante uma hora no oitavo andar do Ministério da Defesa. O encontro reuniu a cúpula militar dos dois países.
Participaram do lado brasileiro o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, general-de-exército José Carlos de Nardi; os comandantes da Marinha, almirante-de-esquadra Júlio de Moura Neto; do Exército, general-de-exército Enzo Martins Peri; e da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Juniti Saito; e dos secretários de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa, Murilo Barboza; de Política, Estratégia e Assuntos Internacionais, tenente-brigadeiro Marco Aurélio Gonçalves Mendes, e de Ensino, Logística, Mobilização, Ciência e Tecnologia, almirante de esquadra Gilberto Max Roffé Hirschfeld.
Integraram a delegação surinamesa, além do ministro, o diretor de Defesa, John Ashong; o chefe do Estado Maior da Força de Defesa, Ronni Benschop; o diretor do Departamento de Defesa, Planejamento Estratégico e Educação, tenente-coronel Johnny Antonius, e o chefe de Planejamento e Recursos Humanos, tenente-coronel Mitchel Labadie.

Robô Opportunity completa 8 anos de missão em Marte


Washington, 24 jan (EFE).- O que era para ser uma missão de três meses se transformou em uma que já dura oito anos em Marte, onde o robô explorador Opportunity perdeu seu gêmeo Spirit, mas após grandes descobertas no Planeta Vermelho.
O Opportunity aterrissou na cratera marciana de Eagle no dia 25 de janeiro de 2004, três semanas após o Spirit, que aterrissou do outro lado do planeta, na busca de sinais de água.
A Eagle, uma cratera que tem o tamanho do quintal de uma casa, foi onde o veículo explorador encontrou evidências de um ambiente úmido no passado.
Embora a Nasa tenha planejado a missão originalmente para três meses, os robôs continuaram transmitindo fotografias e dados do Planta Vermelho.
Durante a maior parte dos quatro anos seguintes, o Opportunity explorou crateras cada vez maiores e mais profundas, agregando evidências de períodos úmidos e secos da mesma época que os sedimentos achados na cratera Eagle.
Em meados de 2008, os pesquisadores deram novas instruções ao robô, que tomou rumo desde a cratera Victoria, de aproximadamente 800 metros, em direção à cratera Endeavour, de 22 quilômetros, algo que para os cientistas da Nasa foi como começar uma nova missão pela riqueza de dados obtidos.
"A Endeavour é uma janela a mais no passado de Marte", assinalou John Callas, diretor do programa de Robôs Exploradores de Marte do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, em Pasadena (Califórnia) em comunicado por ocasião do aniversário desta quarta-feira.
A viagem até Endeavour durou três anos e, para chegar até o objetivo, o Opportunity percorreu sobre o Planeta Vermelho 7,7 quilômetros durante o último ano, mais que em qualquer ano anterior, que, somados ao resto, fazem um total de 34,4 quilômetros.
Desde agosto, o Opportunity trabalha no Cabo de York, segmento da beira do Endeavour, onde teve acesso aos depósitos geológicos de um período anterior da história de Marte a qualquer dos examinados durante seus primeiros sete anos.
Os especialistas indicam que a mudança de rumo valeu a pena: "é como começar uma nova missão", disse Callas.
Em meio a esta bem-sucedida história, o Opportunity perdeu seu irmão gêmeo, cujas rodas atolaram nas areias marcianas. Apesar das tentativas da Nasa para salvá-lo, o Spirit perdeu contato com a Terra em março de 2010.
Em novembro do ano passado, a Nasa lançou a nova geração de robôs exploradores com o Curiosity, que leva em seu interior o Laboratório Científico de Marte (MSL), com dez instrumentos para buscar provas de um ambiente propício à vida microbiana, inclusive os ingredientes químicos da vida. EFE

Obama confirma que os EUA realizaram o resgate de reféns na Somália


O presidente Barack Obama confirmou nesta quarta-feira que as forças especiais dos Estados Unidos realizaram uma audaciosa incursão na Somália para resgatar duas pessoas sequestradas, entre elas uma assistente social americana, retida por piratas desde outubro.
"Os Estados Unidos não tolerarão o sequestro de nossa gente, e não poupará esforços para salvaguardar a segurança de nossos cidadãos e levar seus captores ante a justiça", assinalou Obama em um comunicado divulgado pela Casa Branca.
"Esta é outra mensagem ao mundo, de que os Estados Unidos responderão com força contra qualquer ameaça contra nossa gente", declarou ainda.
Obama disse que na segunda-feira autorizou pessoalmente que fosse realizada essa missão para resgatar Jessica Buchanan, que foi sequestrada junto ao dinamarquês Poul Thisted.
O secretário de Defesa americano, Leon Panetta, afirmou em um comunicado que Buchanan e Thisted foram levados para um lugar seguro e que nenhum soldado morreu ou ficou ferido na operação.
Mais cedo, autoridades da segurança somali, anunciaram que dois colaboradores de organizações humanitárias, sequestrados há três meses por piratas somalis, foram libertados em uma operação militar das forças especiais,sem informar nacionalidade das forças de especiais envolvidas na operação.
Os reféns libertados são trabalhadores da DDG (Danish Demining Group), segundo Mohamed Nur, oficial dos serviços de segurança locais.
A Somália está em estado de guerra civil há 20 anos, o que deu lugar ao surgimento de milícias, grupos islmaitas e grupos de piratas que controlam distantas zonas do território.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Irã diz que sanções vão falhar e repete ameaça de Ormuz


Reuters
TEERÃ - Políticos iranianos disseram nesta terça-feira, 24, que esperam que a União Europeia volte atrás do embargo imposto ao petróleo iraniano e repetiram a ameaça de fechar o importante canal de navegação no Estreito de Ormuz se o Ocidente impedir Teerã de exportar seu petróleo.Um dia depois de a UE aprovar um embargo ao petróleo iraniano, o tom do discurso do Irã foi de desafio, mesmo de ceticismo, com Teerã insistindo que, com a UE enfrentando uma crise econômica, precisa mais do petróleo do Irã do que o Irã precisa dos seus negócios. A proibição deve entrar totalmente em vigor dentro de seis meses.
"As ineficazes sanções do Ocidente contra o Estado islâmico não são uma ameaça para nós. Elas são oportunidades e já trouxeram vários benefícios ao país", disse o ministro da Inteligência, Heydar Moslehi, à agência de notícias oficial Irna.
Falando em Londres, o embaixador saudita na Grã-Bretanha, príncipe Mohammad Bin Nawaf, disse que a região testemunhava "uma situação muito difícil e muito tensa". "Vimos todos os dias uma escalada na retórica e isso definitivamente não ajuda a estabilizar a região", disse. "Acho que as próximas semanas serão muito importantes para toda a região. Esperamos que o Irã aceite as propostas apresentadas."
Ele disse que as ameaças do Irã de bloquear o Estreito de Ormuz teriam grandes consequências sobre a República Islâmica e a região. "Será muito difícil manter tal bloqueio contra a exportação de petróleo, mas as ramificações de tal decisão seriam muito graves e definitivamente provocariam uma escalada em toda a situação e Deus sabe aonde isso levaria. Definitivamente, os iranianos pagarão um preço muito alto se apostarem e tomarem essa decisão", disse o enviado saudita.
A UE quer pressionar o Irã a suspender seu polêmico programa nuclear e que volte à mesa de negociações com as seis potências mundiais.
Um porta-voz do Ministério do Petróleo disse que o Irã tinha tempo suficiente para se preparar para as sanções e encontraria outros compradores para os 18 por cento de suas exportações que até agora iam para o bloco europeu de 27 países.
"A primeira fase (das sanções) é propaganda, só então vai entrar na fase de implementação. É por isso que puseram esse período de seis meses, para estudar o mercado", disse Alireza Nikzad Rahbar, prevendo que o embargo pode ser revogado antes que entre em vigor completamente.
"Esse mercado vai prejudicá-los porque o petróleo está ficando mais caro, e quando o petróleo fica mais caro, isso afeta o povo da Europa", disse ele segundo a televisão estatal. "Esperamos que nestes seis meses eles escolham o caminho certo".
O embargo não entrará totalmente em vigor até 1o de julho porque os ministros das Relações Exteriores do bloco que concordaram com a proibição em uma reunião em Bruxelas não queriam castigar as economias fragilizadas da Grécia, Itália e outras para as quais o Irã é um grande fornecedor de petróleo. A estratégia será revista em maio, quando será decidido se irá continuar.

Telescópio espacial Planck dá seus últimos suspiros


O telescópio espacial Planck, lançado para tentar desvendar o Universo primordial e descobrir o Universo do futuro, está dando seus últimos suspiros.
Como era previsto, esgotou-se o hélio líquido que mantinha um dos sensores do telescópio - chamado Instrumento de Alta Frequência (HFI) - nas temperaturas criogênicas necessárias para que ele pudesse captar a tênue radiação que os cientistas acreditam ser o resquício do Big Bang.
"Foi uma missão incrível; a nave e os instrumentos tiveram desempenhos extraordinários, recolhendo dados científicos preciosos, sobre os quais agora vamos trabalhar," disse Jan Tauber, cientista da ESA.
Radiação de fundo de micro-ondas
Menos de meio milhão de anos depois da criação do Universo pelo Big Bang, há 13,7 bilhões de anos, a bola de fogo arrefeceu para temperaturas de cerca de quatro mil graus centígrados, enchendo o céu com uma luz brilhante, na faixa do espectro visível.
À medida que o Universo se foi expandindo, a luz foi enfraquecendo, movendo-se para comprimentos de onda na frequência das micro-ondas.
Estudando os padrões impressos nesta luz hoje - a chamada radiação de fundo de micro-ondas -, os cientistas esperam compreender o Big Bang e o Universo jovem, ainda antes das estrelas e galáxias terem-se formado.
O Planck está medindo estes padrões, analisando o céu inteiro com o seu Instrumento de Alta Frequência (HFI) e o seu Instrumento de Baixa Frequência (LFI).
Os dois em conjunto permitem que o Planck faça uma cobertura sem paralelo em termos de comprimento de onda e capacidade de determinar os pormenores mais tênues.
Telescópio espacial Planck dá seus últimos suspiros
Acabou o hélio líquido que resfriava o Instrumento de Alta Frequência (HFI) do telescópio Planck, inviabilizando seu funcionamento. [Imagem: ESA/AOES Medialab]
Varrendo o céu
Lançado em Maio de 2009, os requisitos mínimos para o sucesso da missão eram que a nave completasse duas varreduras completas do céu.
O Planck acabou por superar as expectativas, funcionando ao longo de 30 meses, cerca de duas vezes mais do que o esperado, tempo suficiente para completar cinco estudos completos do céu, com os dois instrumentos.
"Isto nos permite ter dados ainda melhores do que aqueles com que contávamos," disse Jean-Loup Puget, da Universidade Paris Sul.
Com capacidade de trabalhar a temperaturas ligeiramente mais elevadas do que o HFI, o LFI continuará a analisar o céu durante boa parte de 2012, fornecendo dados de calibração para melhorar a qualidade dos resultados finais.
Resultados preliminares
Os resultados preliminares do Planck foram anunciados no ano passado.
Os dados divulgados incluem um catálogo de aglomerados de galáxias no Universo longínquo, muitas das quais nunca tinham sido vistas, e também alguns superaglomerados - provavelmente aglomerados que se fundiram.
Merece destaque também, dentre os resultados preliminares, a melhor medição já feita em todo o céu da radiação infravermelha de fundo, produzida pelas estrelas em formação no Universo jovem.
Estes dados mostraram de que forma algumas das primeiras galáxias produziam mil vezes mais estrelas do que a nossa própria galáxia produz hoje em dia.
No próximo mês serão anunciados mais resultados, mas os primeiros resultados sobre o Big Bang e o Universo primitivo só estarão disponíveis em 2013.
Os dados do Big Bang serão liberados em duas fases: os primeiros 15 meses e meio da missão no início de 2013; os dados completos, um ano depois disso.
Os dados coletados pelo Planck precisam ser "limpos", uma análise pormenorizada e trabalhosa dos dados para a remoção de todas as emissões que sejam ruído, de forma a sobrar apenas a tênue emissão primordial.
Há uma grande expectativa em torno destes resultados, apesar de já terem existido duas missões espaciais para mapear esta radiação.
Continuam a existir muitas ideias contraditórias acerca do que aconteceu durante o Big Bang.
"Os dados do Planck irão eliminar uma família inteira de modelos; só não sabemos qual," disse o Professor Puget.
"Na realidade, estamos apenas a meio caminho nesta missão: há ainda muito a fazer, na análise dos dados, que resultarão em importantes resultados científicos pelos quais todos estão ansiosamente esperando," disse Alvaro Giménez, diretor de ciência e exploração robótica da ESA.

EUA podem ter derrubado sonda russa que iria a Marte


Tudo começou com alegações de sabotagem, feitas por Vladimir Popovkin, presidente da agência espacial russa.
"As falhas frequentes de nossos lançamentos espaciais, que ocorrem em um momento quando eles estão voando sobre uma parte da Terra que não é visível da Rússia, onde nós não podemos ver as espaçonaves e não recebemos informações da telemetria, não estão claras para nós," afirmou ele.
"Nós não queremos acusar ninguém, mas já existem dispositivos muito poderosos capazes de influenciar as espaçonaves. A possibilidade de que eles tenham sido usados não pode ser descartada," completou.
Radar culpado
A até então bizarra sugestão de que os EUA teriam danificado a sonda espacial russa Phobos-Grunt, provocando seu mau funcionamento e sua queda, agora se transformou em uma alegação um pouco menos estranha.
Um jornal russo informou que um radar de uma base militar dos EUA pode ter acidentalmente danificado a sonda, levando à sua perda.
A nave, lançada em 9 de novembro com o objetivo de buscar amostras de solo da superfície da maior lua de Marte, Fobos, misteriosamente não conseguiu disparar o último estágio do seu foguete, ficando encalhada na órbita da Terra até sua reentrada na atmosfera, no domingo.
Mas quão plausível é a sugestão de que um radar seja o culpado pelo fracasso da sonda?
Qual é a acusação?
Nesta terça-feira, o jornal russo Kommersant citou uma fonte não identificada que afirmou que estão sendo realizados testes na Rússia para determinar se feixes de radar emitidos a partir de uma base militar dos EUA poderiam ter causado uma falha no sistema de energia da Phobos-Grunt, o que impediu seus motores de disparar.
Quais feixes de radar?
A fonte não identificada aponta o dedo para a estação de radar militar dos Estados Unidos no atol de Kwajalein, nas Ilhas Marshall, no Pacífico.
No momento do mau funcionamento da Phobos-Grunt, a fonte diz que a estação estava usando o seu radar para refletir sinais de asteroides, uma técnica padrão para produzir imagens de asteroides e medir suas distâncias.
Assim, qualquer dano infligido pelos EUA à Phobos-Grunt pode ter sido acidental, e não sabotagem, como havia sido sugerido anteriormente por Popovkin.
É possível que um radar danifique uma nave como a Phobos-Grunt?
De acordo com Boris Smeds, um ex-engenheiro de rádio da ESA (Agência Espacial Europeia), é altamente improvável.
Comunicações no espaço profundo, como as que se esperaria que a Phobos-Grunt usasse, usam frequências diferentes das frequências dos radares de observação do espaço, e receptores de naves espaciais são construídos para filtrar frequências indesejadas.
É apenas concebível que um receptor de rádio com filtros ruins na Phobos-Grunt tenha sido danificado por um feixe de radar da base militar dos EUA, mas é difícil imaginar como o dano poderia afetar o sistema de energia da nave.
Outras possibilidades para a culpa ser do radar
Smeds admite que um feixe de radar poderia interferir com a recepção de rádio, deixando uma nave espacial temporariamente "surda".
Ainda assim, o disparo do estágio superior da Phobos-Grunt deveria ser automático, pré-programado na nave espacial antes do lançamento, não dependendo da recepção de um sinal de rádio.
Será que algum dia vamos saber o que aconteceu com a Phobos-Grunt?
Yuri Koptev, presidente do conselho científico e técnico da Russian Technologies State Corporation e um ex-chefe da agência espacial russa, está presidindo uma investigação sobre a falha.
Os resultados deverão ser divulgados em 26 de Janeiro, e deverão ser submetidos a um pesado escrutínio.
A questão tornou-se politicamente tensa quando o presidente russo, Dmitry Medvedev, disse aos jornalistas no final de novembro que encargos financeiros, disciplinares, ou mesmo medidas criminais, poderiam ser usados para punir os responsáveis pelos fracassos recentes da Rússia no espaço.
Onde caiu?
Enquanto isso, as equipes de monitoramento ainda estão trabalhando para descobrir se a Phobos-Grunt atingiu a superfície, e se sim, onde.
As previsões iniciais da agência espacial russa afirmavam que a sonda cairia no Atlântico, a meio caminho entre o Brasil e a Europa.
Mas a reentrada deu-se mais de mil quilômetros a oeste do Chile, o que significa que destroços podem ter atingido qualquer ponto ao longo da América do Sul. 

Inovação Tecnológica 

AMX da FAB armado em voo de prova

Segurança Nacional   Da  Agradecimento Ha  RUBENS BARBOSA FILHO LEITOR E COLABORADOR DO  Blog Forças de Defesa, FOTO DO AMX ARMADO E  DE AUTORIA DE RUBENS BARBOSA FILHO  "capa" do blog segurança nacional