terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Telescópio espacial Planck dá seus últimos suspiros


O telescópio espacial Planck, lançado para tentar desvendar o Universo primordial e descobrir o Universo do futuro, está dando seus últimos suspiros.
Como era previsto, esgotou-se o hélio líquido que mantinha um dos sensores do telescópio - chamado Instrumento de Alta Frequência (HFI) - nas temperaturas criogênicas necessárias para que ele pudesse captar a tênue radiação que os cientistas acreditam ser o resquício do Big Bang.
"Foi uma missão incrível; a nave e os instrumentos tiveram desempenhos extraordinários, recolhendo dados científicos preciosos, sobre os quais agora vamos trabalhar," disse Jan Tauber, cientista da ESA.
Radiação de fundo de micro-ondas
Menos de meio milhão de anos depois da criação do Universo pelo Big Bang, há 13,7 bilhões de anos, a bola de fogo arrefeceu para temperaturas de cerca de quatro mil graus centígrados, enchendo o céu com uma luz brilhante, na faixa do espectro visível.
À medida que o Universo se foi expandindo, a luz foi enfraquecendo, movendo-se para comprimentos de onda na frequência das micro-ondas.
Estudando os padrões impressos nesta luz hoje - a chamada radiação de fundo de micro-ondas -, os cientistas esperam compreender o Big Bang e o Universo jovem, ainda antes das estrelas e galáxias terem-se formado.
O Planck está medindo estes padrões, analisando o céu inteiro com o seu Instrumento de Alta Frequência (HFI) e o seu Instrumento de Baixa Frequência (LFI).
Os dois em conjunto permitem que o Planck faça uma cobertura sem paralelo em termos de comprimento de onda e capacidade de determinar os pormenores mais tênues.
Telescópio espacial Planck dá seus últimos suspiros
Acabou o hélio líquido que resfriava o Instrumento de Alta Frequência (HFI) do telescópio Planck, inviabilizando seu funcionamento. [Imagem: ESA/AOES Medialab]
Varrendo o céu
Lançado em Maio de 2009, os requisitos mínimos para o sucesso da missão eram que a nave completasse duas varreduras completas do céu.
O Planck acabou por superar as expectativas, funcionando ao longo de 30 meses, cerca de duas vezes mais do que o esperado, tempo suficiente para completar cinco estudos completos do céu, com os dois instrumentos.
"Isto nos permite ter dados ainda melhores do que aqueles com que contávamos," disse Jean-Loup Puget, da Universidade Paris Sul.
Com capacidade de trabalhar a temperaturas ligeiramente mais elevadas do que o HFI, o LFI continuará a analisar o céu durante boa parte de 2012, fornecendo dados de calibração para melhorar a qualidade dos resultados finais.
Resultados preliminares
Os resultados preliminares do Planck foram anunciados no ano passado.
Os dados divulgados incluem um catálogo de aglomerados de galáxias no Universo longínquo, muitas das quais nunca tinham sido vistas, e também alguns superaglomerados - provavelmente aglomerados que se fundiram.
Merece destaque também, dentre os resultados preliminares, a melhor medição já feita em todo o céu da radiação infravermelha de fundo, produzida pelas estrelas em formação no Universo jovem.
Estes dados mostraram de que forma algumas das primeiras galáxias produziam mil vezes mais estrelas do que a nossa própria galáxia produz hoje em dia.
No próximo mês serão anunciados mais resultados, mas os primeiros resultados sobre o Big Bang e o Universo primitivo só estarão disponíveis em 2013.
Os dados do Big Bang serão liberados em duas fases: os primeiros 15 meses e meio da missão no início de 2013; os dados completos, um ano depois disso.
Os dados coletados pelo Planck precisam ser "limpos", uma análise pormenorizada e trabalhosa dos dados para a remoção de todas as emissões que sejam ruído, de forma a sobrar apenas a tênue emissão primordial.
Há uma grande expectativa em torno destes resultados, apesar de já terem existido duas missões espaciais para mapear esta radiação.
Continuam a existir muitas ideias contraditórias acerca do que aconteceu durante o Big Bang.
"Os dados do Planck irão eliminar uma família inteira de modelos; só não sabemos qual," disse o Professor Puget.
"Na realidade, estamos apenas a meio caminho nesta missão: há ainda muito a fazer, na análise dos dados, que resultarão em importantes resultados científicos pelos quais todos estão ansiosamente esperando," disse Alvaro Giménez, diretor de ciência e exploração robótica da ESA.

EUA podem ter derrubado sonda russa que iria a Marte


Tudo começou com alegações de sabotagem, feitas por Vladimir Popovkin, presidente da agência espacial russa.
"As falhas frequentes de nossos lançamentos espaciais, que ocorrem em um momento quando eles estão voando sobre uma parte da Terra que não é visível da Rússia, onde nós não podemos ver as espaçonaves e não recebemos informações da telemetria, não estão claras para nós," afirmou ele.
"Nós não queremos acusar ninguém, mas já existem dispositivos muito poderosos capazes de influenciar as espaçonaves. A possibilidade de que eles tenham sido usados não pode ser descartada," completou.
Radar culpado
A até então bizarra sugestão de que os EUA teriam danificado a sonda espacial russa Phobos-Grunt, provocando seu mau funcionamento e sua queda, agora se transformou em uma alegação um pouco menos estranha.
Um jornal russo informou que um radar de uma base militar dos EUA pode ter acidentalmente danificado a sonda, levando à sua perda.
A nave, lançada em 9 de novembro com o objetivo de buscar amostras de solo da superfície da maior lua de Marte, Fobos, misteriosamente não conseguiu disparar o último estágio do seu foguete, ficando encalhada na órbita da Terra até sua reentrada na atmosfera, no domingo.
Mas quão plausível é a sugestão de que um radar seja o culpado pelo fracasso da sonda?
Qual é a acusação?
Nesta terça-feira, o jornal russo Kommersant citou uma fonte não identificada que afirmou que estão sendo realizados testes na Rússia para determinar se feixes de radar emitidos a partir de uma base militar dos EUA poderiam ter causado uma falha no sistema de energia da Phobos-Grunt, o que impediu seus motores de disparar.
Quais feixes de radar?
A fonte não identificada aponta o dedo para a estação de radar militar dos Estados Unidos no atol de Kwajalein, nas Ilhas Marshall, no Pacífico.
No momento do mau funcionamento da Phobos-Grunt, a fonte diz que a estação estava usando o seu radar para refletir sinais de asteroides, uma técnica padrão para produzir imagens de asteroides e medir suas distâncias.
Assim, qualquer dano infligido pelos EUA à Phobos-Grunt pode ter sido acidental, e não sabotagem, como havia sido sugerido anteriormente por Popovkin.
É possível que um radar danifique uma nave como a Phobos-Grunt?
De acordo com Boris Smeds, um ex-engenheiro de rádio da ESA (Agência Espacial Europeia), é altamente improvável.
Comunicações no espaço profundo, como as que se esperaria que a Phobos-Grunt usasse, usam frequências diferentes das frequências dos radares de observação do espaço, e receptores de naves espaciais são construídos para filtrar frequências indesejadas.
É apenas concebível que um receptor de rádio com filtros ruins na Phobos-Grunt tenha sido danificado por um feixe de radar da base militar dos EUA, mas é difícil imaginar como o dano poderia afetar o sistema de energia da nave.
Outras possibilidades para a culpa ser do radar
Smeds admite que um feixe de radar poderia interferir com a recepção de rádio, deixando uma nave espacial temporariamente "surda".
Ainda assim, o disparo do estágio superior da Phobos-Grunt deveria ser automático, pré-programado na nave espacial antes do lançamento, não dependendo da recepção de um sinal de rádio.
Será que algum dia vamos saber o que aconteceu com a Phobos-Grunt?
Yuri Koptev, presidente do conselho científico e técnico da Russian Technologies State Corporation e um ex-chefe da agência espacial russa, está presidindo uma investigação sobre a falha.
Os resultados deverão ser divulgados em 26 de Janeiro, e deverão ser submetidos a um pesado escrutínio.
A questão tornou-se politicamente tensa quando o presidente russo, Dmitry Medvedev, disse aos jornalistas no final de novembro que encargos financeiros, disciplinares, ou mesmo medidas criminais, poderiam ser usados para punir os responsáveis pelos fracassos recentes da Rússia no espaço.
Onde caiu?
Enquanto isso, as equipes de monitoramento ainda estão trabalhando para descobrir se a Phobos-Grunt atingiu a superfície, e se sim, onde.
As previsões iniciais da agência espacial russa afirmavam que a sonda cairia no Atlântico, a meio caminho entre o Brasil e a Europa.
Mas a reentrada deu-se mais de mil quilômetros a oeste do Chile, o que significa que destroços podem ter atingido qualquer ponto ao longo da América do Sul. 

Inovação Tecnológica 

AMX da FAB armado em voo de prova

Segurança Nacional   Da  Agradecimento Ha  RUBENS BARBOSA FILHO LEITOR E COLABORADOR DO  Blog Forças de Defesa, FOTO DO AMX ARMADO E  DE AUTORIA DE RUBENS BARBOSA FILHO  "capa" do blog segurança nacional 

Raupp assume hoje ministério


Ministro tem como primeira missão definir novos diretores de AEB e Inpe; sindicato cobra reposição de pesquisadores
Arthur Costa
São José dos Campos/abr

Ex-diretor do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e do Parque Tecnológico de São José dos Campos, Marco Antônio Raupp toma posse hoje como novo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação.
A cerimônia está programada para começar às 11h. Às 15h, ele recebe o cargo de Aloizio Mercadante (PT), que assume a pasta de Educação no lugar de Fernando Haddad (PT), que deixa o governo para se dedicar à sua candidatura à Prefeitura de São Paulo.
Uma das primeiras medidas de Raupp como ministro deve ser indicar seu sucessor na presidência da AEB (Agência Espacial Brasileira), cargo que o físico ocupava desde março de 2011.
A expectativa é que o diretor de Satélites, Aplicações e Desenvolvimento da AEB, Thyrso Villela Neto, assuma interinamente a agência --ele tem sido o substituto eventual de Raupp.
“O professor Thyrso tem uma respeitabilidade muito grande dentro da comunidade científica, com bons trabalhos publicados. Só não tem aquele traquejo político”, disse o presidente do SindCT (Sindicato Nacional dos Servidores Públicos Federais na Área de Ciência e Tecnologia do Setor Aeroespacial), Ivanil Elisário Barbosa.

Experiência. Além do cargo que ocupa na AEB, Thyrso é pesquisador titular da Divisão de Astrofísica do Inpe. Ele trabalhou no Laboratório de Ciências Espaciais da Universidade da Califórnia, em Berkeley (EUA) e foi presidente da Sociedade Astronômica Brasileira entre 2000 e 2002.

Escolha. A comunidade científica também aguarda o anúncio por Raupp sobre quem será o novo diretor do Inpe.
Depois de analisar uma lista com três candidatos, o então ministro Mercadante disse, na semana passada, durante visita ao Cemaden (Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), em Cachoeira Paulista, que a decisão sobre o novo diretor da instituição já estava tomada.
O presidente do SindCt não acredita que a mudança de comando no ministério altere a decisão. “Raupp participou da decisão (de Mercadante) por estar prestigiado dentro do ministério, prova disto é sua indicação. Não acredito que seu pensamento seja diferente”, afirmou Barbosa.
O VALE apurou que a lista com os três possíveis nomes à direção do Inpe seria formada por Petrônio Noronha de Souza, Márcio Quintino da Silva e Leonel Fernando Perondi.
Petrônio Noronha é o atual chefe do LIT (Laboratório de Integração e Testes). Perondi já foi diretor-substituto entre 2000 e 2005 e Quirino foi coordenador do Programa de Satélites do Inpe.

Desafios. À frente do MCTI, Raupp tentará resolver problemas conhecidos nas instituições de pesquisa. O principal deles, aponta o SindCT, é o déficit de profissionais no Inpe e no DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), de 1.600 pessoas.
“Daqui a três anos, o número de profissionais nas duas instituições será um terço do que é hoje. Aqueles que estão prestes a se aposentar precisam transmitir conhecimento para os mais novos”, afirmou Barbosa.

FUTURO
2012 pode definir sucesso de projetos
Raupp assume o MCTI em momento decisivo para projetos considerados prioritários no setor. Este ano, o Inpe terá que lançar o Cbers-3, quarto satélite sino-brasileiro, que deveria ter entrado em órbita em 2007. Caso o prazo não seja cumprido, o governo chinês --que já pressionou o Inpe-- pode cancelar a parceria com o Inpe, instituto que gerencia o projeto.


SAIBA MAIS
PosseÀs 15h, Marco Antônio Raupp recebe cargo de ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação de Aloizio Mercadante, que assume então a pasta de Educação às 17h

AEBCargo até agora ocupado por Raupp poderá ser entregue interinamente ao atual diretor de Satélites, Aplicações e Desenvolvimento da AEB, Thyrso Villela Neto

Currículo
Thyrso é pesquisador da Divisão de Astrofísica do Inpe, trabalhou no laboratório de Ciências Espaciais da Universidade da Califórnia, em Berkeley (EUA) e foi presidente da Sociedade Astronômica Brasileira entre 2000 e2002 

INPE

Uma das primeiras medidas de Raupp será o anúncio do novo diretor do Inpe, definida desde a última semana

Militares do Exército Brasileiro testam nos Pelotões Especiais de Fronteira da Amazônia o novo fuzil fabricado pela Imbel


Mais leve e potente, novo armamento já é testado pelos militares;
objetivo é facilitar operações e melhorar a vigilância


Militares do Exército Brasileiro testam nos Pelotões Especiais de Fronteira da Amazônia o novo fuzil fabricado pela Imbel (Indústria de Material Bélico do Brasil), que tem unidade em Piquete.
Batizado de IA2, o fuzil de calibre 5,56 mm irá equipar as Forças Armadas e as forças de segurança pública.
A intenção é substituir os fuzis FAL (Fuzil Automático Leve) de 7,62 mm, também fabricados pela Imbel, usados pelos militares há 30 anos. O VALE conheceu o novo armamento no Pelotão Especial de Fronteira de Normandia, em Roraima.
Melhor. Segundo o sargento Eriberto Teixeira da Silva, 38 anos, a arma pesa metade do FAL, tem maior capacidade de tiro e carrega mais munição, além de tornar mais difícil qualquer tipo de incidente.
“A arma tem várias características que auxiliam o combatente. A utilização dela é melhor para o ambiente hostil da selva na comparação com o FAL”, disse o militar.
Enquanto o FAL leva 20 munições no carregador, o IA2 é capaz de guardar 30 balas, menores que aquelas usadas no fuzil mais antigo. A nova munição tem sido utilizada pelas principais Forças Armadas.
Custos. A fabricação do novo fuzil será feita na unidade da Imbel em Itajubá (MG), com capacidade para produzir 20 mil armas por ano.
Os custos de fabricação, manutenção e treinamento são reduzidos em razão de a maioria das peças ser similar às do fuzil FAL.
Desenvolvimento. Segundo Haroldo Leite Ribeiro, diretor de Mercado da Imbel, e Paulo Roberto Costa, chefe da Fábrica de Itajubá, o IA2 é um aprimoramento do fuzil MD97 por causa das novas necessidades operacionais das forças de defesa e de segurança.
A nova arma foi apresentada oficialmente na LAAD (Feira Latino-Americana de Defesa e Segurança), no Rio de Janeiro, em abril deste ano.
Antes de ser entregue para testes pelo Exército Brasileiro, disseram os executivos da Imbel, o fuzil foi testado na fábrica de Itajubá.
“Os protótipos dos fuzis foram entregues ao Exército em junho e já concluíram a avaliação técnica, estando em fase final da avaliação operacional, a qual acontece nos diversos ambientes operacionais do país, inclusive na selva”, afirmou Costa.
O armamento precisa de autorização do Exército para ser fabricado e comercializado. “Tão logo haja a certificação do fuzil, a Imbel iniciará a sua produção”, disse Ribeiro.
Segundo os executivos, o fuzil IA2 foi concebido para utilização em locais onde exige-se precisão nos tiros em curta e média distâncias, como na selva e nas zonas urbanas, facilidade na portabilidade e menor peso. “Essas são as características mais importantes do armamento”, completou Costa.
O sargento Fagner Henrique de Morais (esq.) segura o velho FAL, enquanto o sargento Eriberto Teixeira da Silva empunha o novíssimo IA2, ainda em fase de testes na selva
Detalhe da munição 7.62 mm do FAL (esq.) e a 5.56 mm do IA2

Rússia pretende enviar homem à Lua


A Rússia planeja enviar o homem à Lua depois de várias missões não tripuladas ao satélite natural da Terra, declarou nesta terça-feira o diretor-geral do consórcio aeroespacial Lavochkin, Victor Khartov.
"Existe no mundo um renascimento do interesse pela Lua. A Rússia também tem projetos neste sentido. Foram eleitos os locais para a aterrissagem das duas primeiras missões, os polos norte e sul do satélite", disse Khartov, citado pela agência "Interfax".As duas primeiras missões não tripuladas - Luna Resurs e Luna Glob - são a repetição dos passos que já foram dados no passado, nos tempos da então União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, mas as experiências adquiridas se perderam e devem ser recuperadas, explicou o construtor-geral do consórcio.
O projeto "Lunas-Resurs" será executado em conjunto com a Índia, que irá fornecer à missão o foguete portador e o veículo lunar que será depositado na superfície da Lua por um módulo de descenso fabricado pela Rússia.
Feito exclusivamente pelos russos, o "Luna-Glob", prevê o lançamento e aterrissagem de um aparelho que uma vez no terreno irá recolher amostras de pó lunar, da mesma forma que a terceira missão, "Luna-Grunt", que ao contrário de sua antecessora "irá trazer amostras de terra lunar de maneira seletiva", de acordo com o cientista russo.
Assim que todas as missões não tripuladas forem concluídas, a indústria aeroespacial russa dará início aos preparativos para enviar uma nave tripulada ao satélite.
"Para isso, primeiro deve ser preparada a infraestrutura. O tempo das visitas passou", disse Khartov em alusão à missão americana de 1969, acrescentando que "é preciso se apressar e completar as funções concretas".

Cargueiro russo se desacopla da estação espacial


Efe
 O cargueiro russo Progress M-13M se desacoplou com êxito da Estação Espacial Internacional, informou o Centro de Controle de Voos Espaciais da Rússia.

A nave de carga, que estava acoplada ao segmento russo da estação, se separou da plataforma orbital às 02:10, horário de Moscou (22:10 GMT).

Antes de mergulhar nas águas do Pacífico, o cargueiro colocará em órbita um micro-satélite de investigação científica, o Chibis-m, destinado ao estudo de tempestades em diversos espectros de emissões eletromagnéticas.

Para lançar o satélite, que pesa 40 quilos, a nave deverá elevar a altitude de sua órbita até 500 quilômetros, manobra que não oferece riscos à plataforma espacial.

A tripulação atual da estação está composta por seis astronautas: os russos Oleg Kononenko, Antón Shkaplerov e Anatoli Ivanishin, os americanos Donald Pettit e Daniel Burbank e o holandês André Kuipers, da Agência Espacial Europeia.

Sol lança tempestade geomagnética sobre a Terra nesta terça-feira


REUTERS
A tempestade geomagnética mais forte em mais de seis anos deve atingir a Terra na terça-feira, e pode afetar as rotas aéreas, redes de energia e satélites, disse o Centro de Previsão Meteorológica Espacial dos Estados Unidos.
A ejeção de massa coronal - uma grande parte da atmosfera do Sol - foi lançada em direção à Terra no domingo, conduzindo partículas solares energizadas a cerca de 2.000 quilômetros por segundo, cerca de cinco vezes mais rápido do que costumam viajar as partículas solares, disse Terry Onsager, do Centro.
"Quando nos atingir será como um grande aríete que empurra o campo magnético da Terra", disse Onsager, de Boulder, no Colorado. "Essa energia faz com que o campo magnético da Terra flutue".
Essa energia também pode interferir em comunicações de alta frequência de rádio, usadas pelas empresas aéreas para navegar próximo ao Polo Norte em voos entre a América do Norte, Europa e Ásia, portanto algumas rotas podem ser mudadas, disse Onsager.
Também pode afetar redes de energia e operações por satélite, disse o Centro em um comunicado. Astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional podem ser aconselhados a buscar abrigo em partes específicas da aeronave para evitar uma dose solar reforçada de radiação, disse Onsager.
O Centro de Meteorologia Espacial disse que a intensidade da tempestade geomagnética seria provavelmente moderada ou forte, nos níveis dois e três de uma escala de cinco níveis, sendo o cinco o mais extremo.
(Por Deborah Zabarenko) 

CINDACTA I (Brasília) começa a operar novo sistema SAGITARIO


O Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I), em Brasília, passou a operar neste final de semana (22/1) com o novo software SAGITARIO - desenvolvido no Brasil e capaz de processar dados de diversas fontes como radares e satélites e consolidá-los em uma única apresentação visual para o controlador de voo.
O Sistema Avançado de Gerenciamento de Informações de Tráfego Aéreo e Relatório de Interesse Operacional (SAGITARIO) já funciona nos CINDACTA II (Curitiba) e CINDACTA III (Recife). O novo sistema será instalado em todos os quatro Centros de Controle. A versão recebida pelo CINDACTA I é a mais moderna, já com atualizações decorrentes do emprego do sistema nas regiões Sul e Sudeste do país.
O SAGITARIO traz várias inovações em relação ao programa X-4000, que está sendo substituído. O software permite a sobreposição de imagens meteorológicas sobre a imagem do setor sob controle, para acompanhar, por exemplo, a evolução de mau tempo em determinada região do país.

Os planos de voo também podem ser editados graficamente sobre o mapa, possibilitando a inserção, remoção e reposicionamento de pontos do plano e cancelamento de operações, o que permitirá ao controlador acompanhar melhor a evolução do que estava previamente planejado para o voo. Além disso, etiquetas inteligentes, por meio de cores diferentes de acordo com o nível de atenção para o cenário, indicam informações essenciais para o controle de tráfego aéreo.
“Esse novo sistema vai permitir que o controlador de voo tenha muito mais ferramentas à sua disposição, de modo que possa, de forma mais objetiva, facilitar a vida do piloto e trazer mais segurança para o próprio operador ao tomar as decisões ou efetuar determinadas autorizações ao comandante da aeronave.

Em termos práticos, para quem viaja de avião, as ações decorrentes do sistema poderão reverter em menor tempo de voo, com consequente economia para a empresa aérea, menor emissão de gases e também acredito que possa refletir no aumento da pontualidade das empresas”, disse o presidente da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA), Brigadeiro do Ar Carlos Vuyk de Aquino, no ano passado, em entevista à revista Aerovisão.
Fonte: Agência Força Aérea

DILMA - Estratégias de uma Presidente



Guilherme Amado
 Estilo de governar da presidente ainda pega os assessores de surpresa, mas é facilmente reconhecido por quem a conhece da luta armada.

Esqueça o mito de pouca vocação política ou ingenuidade na relação com aliados. O primeiro ano do governo Dilma Rousseff, com a popularidade incólume apesar da queda de sete ministros, mostrou como seu modo de exercer o poder é diferente da imagem que tinham a maioria do PT e muitos dos ministros do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Despertada para a política pelas organizações de resistência armada à ditadura — integrou o Comando de Libertação Nacional (Colina) e a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares) —, Dilma emprega no governo uma série de táticas típicas da época. Os lances do xadrez político presidencial ainda pegam de surpresa assessores e outros políticos. Mas não quem acompanhou sua trajetória desde os anos 1970.

 Companheira de cela de Dilma, a jornalista Rose Nogueira nunca duvidou da vocação política da amiga. Na Torre das Donzelas, prédio encravado no presídio Tiradentes, em São Paulo, onde as duas e dezenas de outras mulheres ficaram presas durante a ditadura militar, Rose já percebia o imenso potencial da companheira. "Quem participou da resistência tinha vocação política. Só que não podia exercer na ditadura. As pessoas pensam que a política é institucional, mas não é só isso", defende Rose, que integrou a Ação Libertadora Nacional.

Lula sempre defendeu a habilidade política de sua chefe da Casa Civil. No governo do ex-presidente, não foram poucos os que duvidaram de seu faro ao apostar em Dilma, principalmente pelo jeito durão da presidente. Muitas vezes tornado público pelas cobranças que faz de forma ríspida, esse seu lado definitivamente é uma característica dela como política. "É o jeito dela. As pessoas estranham, reclamam, mas é algo com que se aprende a lidar", explica um funcionário do Planalto que atende à presidente.

Rose não sabe dizer se foram as experiências de vida ou os atributos intrínsecos a Dilma que a moldaram. "Acho que é um conjunto. São características que a pessoa traz com ela, mas também o que ela passou. A luta de resistência forma um espírito mais calejado", define.

 Dilma sempre foi estudiosa. Da mesma forma que hoje chega a corrigir técnicos especialistas, chamava a atenção na prisão pela paixão pela leitura. Devorava tanto literatura brasileira quanto obras mais politizadas. Levou a mesma curiosidade para a área de Minas e Energia, o que a projetou para integrar o primeiro governo Lula.

Lado emotivo

Mas o racionalismo e a dureza não impedem a presidente de ter seus momentos de ternura. É comum que ela se emocione em eventos públicos, ao assinar leis ligadas à área social ou a temas de direitos humanos. Sua menção aos "brasileirinhos" mortos no massacre em Realengo, em abril do ano passado, mostrou com mais força o lado emotivo de Dilma. "A cultura dela e do Lula é ligada às pessoas, ao dia a dia. Eles sabem o que é ir à padaria, sabem quanto custa um pãozinho", derrete-se Rose Nogueira.

Na centralização de poder, porém, os dois são bem diferentes. Tão logo um integrante de seu ministério passa a ser chamado de "superministro", pelo acúmulo de poder no governo, eles mesmos correm para desmentir o que tacham de exagero. Dilma não gosta de ter sombras nem de subordinados que falem muito. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, por exemplo, dava muito mais declarações e entrevistas no governo Lula do que faz na gestão de Dilma. Ao assumir a Casa Civil, Gleisi Hoffmann recebeu ordem explícita da presidente de não dar entrevistas. "Seu cargo não é para falar", teria ordenado a presidente. O silêncio de Gleisi mostra que Dilma pode ficar tranquila. A chefe da Casa Civil tem cumprido à risca a determinação.
 

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

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Irã Guerra da Marinha Clipe

Rússia prepara exercícios militares no Cáucaso


O ministério da Defesa russo começou os preparativos para novos exercícios estratégicos de postos de comando, em uma operação batizada de Cáucaso-2012. De acordo com um relatório oficial do ministério, contrariamente às manobras do ano passado, neste ano os exercícios, que serão realizados em setembro, serão mais abrangentes e mais ajustados às realidades político-militares existentes e abrangerão o sul da Rússia, Abkházia, Ossétia do Sul e Armênia.
Deverão incluir, entre outras atividades, o treinamento de operações militares em um contexto de uma eventual guerra dos EUA e vários outros países contra o Irã e de outros conflitos possíveis na região do Mar Cáspio e no Cáucaso Meridional.

Ao contrário dos exercícios anteriores, as próximas manobras serão de importância estratégica, isto é, envolverão todas as forças armadas, incluindo a Força Aérea, Marinha, tropas de mísseis estratégicos, defesa aeroespacial e tropas de desembarque aéreo, além de unidades do ministério do interior, serviços federais de segurança, ministério para as situações de emergência e várias outras entidades. Em outras palavras, os exercícios de 2012 irão envolver toda a estrutura militar do país.
Um dos principais objetivos será o treinamento de operações no âmbito de uma guerra centrada em redes, com a utilização de todos os meios de comunicação e reconhecimento eletrônico e via satélite, aeronaves não tripuladas, armas de precisão e novos sistemas de controle automatizados.
Essa informação foi divulgada oficialmente pela primeira vez pelo chefe do Estado-Maior, general Nikolai Makárov, durante uma reunião com adidos militares de países estrangeiros, em dezembro do ano passado.
Segundo fontes oficiais da Região Militar do Sul, cerca de vinte veículos de comando modernizados equipados com o sistema de navegação via satélite Glonass já chegaram às unidades militares aquarteladas no Cáucaso Setentrional.  O sistema Glonass foi instalado também em unidades de artilharia e defesa antiaérea e em todos os novos helicópteros e aviões da Região Militar do Sul destinados a realizar missões de reconhecimento na zona de responsabilidade do comando militar do sul. Além disso, a Região Militar do Sul recebeu um novo sistema de controle do espaço aéreo, o Branaul-T, que já entrou em serviço e monitora o espaço aéreo sobre a Rússia e o Cáucaso Meridional. O novo sistema é extremamente importante, pois a 102ª base militar russa instalada na Armênia está separada da Região Militar do Sul.
Segundo o diretor do Centro de Previsões Militares, Anatóli Tsiganók, os “preparativos para os exercícios Cáucaso-2012 começaram agora, devido, em grande medida, ao aumento da tensão na região do Golfo Pérsico”. “Como uma eventual guerra contra o Irão poderá envolver algumas das ex-repúblicas soviéticas do Cáucaso Meridional, o Estado-Maior terá de elaborar medidas preventivas e aprender a organizar o apoio logístico às tropas, especialmente aquelas estacionadas no exterior, como, por exemplo, na Armênia”, completou.
Como prova disso, Tsiganók citou a recente declaração do assessor de imprensa da Região Militar do Sul, Ígor Gorbúl, de que, no âmbito dos preparativos para os exercícios Cáucaso-2012, as tropas dutoviárias, pertencentes às unidades logísticas, começaram a treinar as operações de montagem de condutas tubulares e transporte de combustível. A Rússia é o único país do mundo a possuir tropas dutoviárias. Durante as manobras táticas de junho de 2011, as unidades dutoviárias russas montaram uma conduta tubular de 75 km de extensão entre a aldeia de Ardon, na Ossétia do Norte, e a fronteira com a Ossétia do Sul.
Embora os exercícios Cáucaso-2012 se realizem de acordo com o calendário de treinamentos militares existente, isso “não significa que eles não sejam ajustados conforme uma situação político-militar concreta no Cáucaso, onde a Rússia tem determinados interesses geopolíticos”, acredita o presidente da Academia de Problemas Geopolíticos, general Leonid Ivashov. “É para defender seus interesses que a Rússia realiza esses e outros exercícios militares”, completou.


Aeronáutica avança na tecnologia de lançadores


“O Brasil concluiu importante etapa no processo de desenvolvimento de motores para foguetes movidos a combustível líquido, tecnologia utilizada há vários anos pelos principais veículos lançadores de satélites no mundo. Os propulsores líquidos também são usados em satélites de sensoriamento remoto, meteorológicos e de comunicação para realizar manobras de correção de órbita.

Por Virgínia Silveira

Apesar da escassez de recursos financeiros e humanos que o setor aeroespacial enfrenta, o primeiro motor brasileiro a combustível líquido foi testado com sucesso, em dezembro, no Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), órgão de pesquisa do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA/FAB/MD).
small;">"Realizamos teste de qualificação em solo do primeiro motor, batizado de L5 e projetado para operar com oxigênio líquido e etanol", explica o pesquisador e chefe da subdiretoria de espaço do Instituto de Aeronáutica, coronel Avandelino Santana Junior. O próximo passo do projeto é o lançamento em voo, que deverá ser feito primeiro em um foguete de sondagem suborbital.

O domínio dessa tecnologia é uma das prioridades que o governo federal estabeleceu em decreto, em dezembro de 2008, na “Estratégia Nacional de Defesa” (END) para o setor espacial brasileiro. Segundo Santana Junior, o Brasil precisa evoluir a tecnologia dos seus lançadores, pois o atual Veículo Lançador de Satélites (VLS-1), que usa combustível sólido, não tem capacidade para atender todas as futuras missões do programa espacial, como o satélite geoestacionário, que será comprado pelo país até 2014.

VLS-1

Além de dominar tecnologia mais avançada na área de lançadores, o projeto desse motor tem como objetivo substituir o atual quarto estágio do foguete brasileiro VLS-1 em suas futuras versões. O próximo VLS-1, que será lançado ao espaço entre o fim deste ano e início de 2013, ainda usará o motor de propulsão sólida.

Com combustível de maior eficiência energética, segundo o pesquisador, ao invés de lançar um satélite de 115 quilos a 750 quilômetros de altitude, o VLS-1 poderá colocar um satélite de 200 quilos em órbita da Terra e de maneira mais precisa. Para se ter ideia da potência do novo motor, o L5 tem força para empurrar um bloco de meia tonelada. Além disso, o propulsor líquido tem a capacidade de interromper e reiniciar o lançamento, sem a necessidade de destruir o foguete, como acontece com o foguete movido a combustível sólido.

O custo de produção também é vantajoso, pois Santana Junior calcula que o motor do quarto estágio do VLS-1 chega a ser oito vezes mais caro que o L5. Além disso, afirmou que um quilo de hidrazina custa 20 vezes mais que um quilo de etanol [usado peloL5]. A hidrazina é um dos combustíveis líquidos que serão usados pelo foguete ucraniano Cyclone-4, que está sendo desenvolvido pela binacional ACS (Alcantara Cyclone Space), criada pelo Brasil e Ucrânia.

Além da questão do custo, a seleção do etanol e do oxigênio líquido para o motor L5 usou, como critérios, a segurança no manuseio, o baixo nível de fuligem e a não agressividade ao meio-ambiente. O objetivo era, principalmente, ter à disposição um combustível no mercado nacional que garantisse independência do Brasil em relação aos mercados externos, disse Santana Junior.

O VLS-1 usa o perclorato de amônio, produzido pela Usina Coronel Abner, mantida pela Aeronáutica, enquanto o polibutadieno (PBLH) teve sua produção descontinuada no Brasil e passou a ser importado.

[OBS deste blog ‘democracia&política’: coerente com o processo de desmantelamento e redução do Estado brasileiro e de seus setores estratégicos, conduzido pelos governos “neoliberais” Collor e FHC/PSDB por razões ainda não completamente reveladas e em benefício de potências e grupos estrangeiros, a Petroflex, que fabricava o elastômero PBLH, foi privatizada nos anos 90 e vendida a um grupo alemão, o qual, como já esperado, decidiu descontinuar a fabricação do produto no Brasil. Foi “golpe destruidor certeiro”, pois todos os foguetes fabricados e utilizados pelas Forças Armadas brasileiras adotam propelente sólido à base de PBLH. A importação pelo Brasil é muito difícil, por conta de rigorosos embargos impostos, especialmente, pelos EUA. Somente agora, o Brasil recupera essa capacidade. A Avibrás deverá fabricá-lo, em nova Unidade industrial em Lorena-SP; ver postagem imediatamente acima deste blog intitulada: “NOVA FÁBRICA DA AVIBRAS VAI CUSTAR R$ 46 MILHÕES”. Esse processo de desmantelamento do Estado brasileiro também foi direcionado, na década de 90, para a destruição do nosso  desenvolvimento espacial no tocante a foguetes de sondagem científica, veículos lançadores de satélites e centros de lançamento].

O pesquisador disse que há interesse em usar combustíveis líquidos também nos estágios superiores do novo foguete VLM (Veículo Lançador de Microssatélites), em fase de desenvolvimento, para dar prioridade ao uso de tecnologias limpas. O IAE também estuda outras opções de combustível verde para o VLM.
VLM, VLS-1 e VLS Alfa

PROJETO REQUER PARTICIPAÇÃO DE FABRICANTES BRASILEIROS

O domínio da tecnologia de propulsão líquida em motor-foguete de pequeno porte significa etapa importante em direção ao desenvolvimento de motores maiores. O primeiro passo foi dado pela Aeronáutica com o desenvolvimento do projeto do motor L75, que funcionará com oxigênio líquido e querosene, com força para empurrar 7,5 toneladas. Mas a indústria nacional já está envolvida no processo de fabricação de componentes para o novo motor L5.
Motor L75

O modelo L75 será pressurizado por turbobomba - um conjunto de turbina e bomba, com a função de injetar, sob pressão, o combustível e o oxidante na câmara de combustão. O nível de empuxo (força) foi escolhido para atender ao foguete VLS Alfa, primeiro veículo da nova geração brasileira de lançadores de satélites, denominada Cruzeiro do Sul. O VLS Alfa será capaz de lançar satélites com massa superior a 400 quilos em órbitas equatoriais de 400 quilômetros.

Um dos requisitos para o desenvolvimento desse veículo é o envolvimento da indústria em todas as fases de produção, principalmente na parte de propulsão líquida: turbobomba, câmaras de combustão, injetores, válvulas e reguladores de vazão e pressão, diz o coronel Avandelino Santana Junior, pesquisador do Instituto de Aeronáutica.

A empresa “Fautec” produziu a câmara de combustão; a “Laser Tools”, os injetores de combustível; e a “Brasimet”, o cabeçote de injeção. O etanol é comprado no mercado brasileiro e o oxigênio líquido pode ser fornecido por diferentes empresas, como AGA e White Martins.

A “Orbital Engenharia” está desenvolvendo, em parceria com a Aeronáutica, um sistema de alimentação de motor-foguete para propulsores líquidos como o L5, com a função de fornecer combustível e oxidante para os motores-foguetes movidos a combustível líquido. Os recursos para o projeto, avaliados em R$ 2 milhões, foram repassados pela “Financiadora de Estudos e Projetos” (FINEP). A "Orbital" vai produzir tanques de fibra de carbono e de alumínio, válvulas, reguladores, filtros, tubulação e suporte para fixação do motor.

O laboratório da Aeronáutica foi montado em 2005, após a formação do primeiro curso de especialização em propulsão líquida realizado noInstituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA/FAB/MD), com a participação de professores do “Moscow Aviation Institute”. Dos 18 especialistas formados, 14 permanecem no laboratório. Para Santana Junior, o ritmo de desenvolvimento ainda é lento por falta de recursos financeiros e humanos.”

FONTE: reportagem de Virgínia Silveira para o jornal “Valor Econômico”. Transcrita no portal da FAB  (http://www.fab.mil.br/portal/capa/index.php?datan=16/01/2012&page=mostra_notimpol) [imagens do google e trechos entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].

Porta-aviões dos EUA cruza Estreito de Ormuz


O porta-aviões dos Estados Unidos USS Abraham Lincoln cruzou no domingo o Estreito de Ormuz e chegou ao Golfo Pérsico, informou o Pentágono. O fato acontece semanas após o Irã ameaçar fechar a estratégica rota marítima em represália às sanções impostas pelos países ocidentais à economia do país.
"USS Abraham Lincoln completou um trânsito regular e de rotina pelo Estreito de Ormuz para realizar operações previstas de segurança marítima", disse o porta-voz do departamento de Defesa, John Kirby, àAFP em um e-mail. "O trânsito foi completado como estava previsto e sem incidentes".
O porta-aviões, que pode transportar até 80 aviões e helicópteros, foi escoltado pelo cruzador de mísseis USS Cape St. George e por dois destroyers.
Mais cedo, o ministério da Defesa do Reino Unido informou que uma fragata britânica e um navio francês se uniram ao grupo do porta-aviões para cruzar o estreito.
Apesar de barcos aliados costumarem participar de exercícios navais dos Estados Unidos, a presença britânica e francesa no estreito parece ser uma mensagem ao Irã sobre a determinação ocidental de manter aberta esta via marítima.