terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Cargueiro russo se desacopla da estação espacial


Efe
 O cargueiro russo Progress M-13M se desacoplou com êxito da Estação Espacial Internacional, informou o Centro de Controle de Voos Espaciais da Rússia.

A nave de carga, que estava acoplada ao segmento russo da estação, se separou da plataforma orbital às 02:10, horário de Moscou (22:10 GMT).

Antes de mergulhar nas águas do Pacífico, o cargueiro colocará em órbita um micro-satélite de investigação científica, o Chibis-m, destinado ao estudo de tempestades em diversos espectros de emissões eletromagnéticas.

Para lançar o satélite, que pesa 40 quilos, a nave deverá elevar a altitude de sua órbita até 500 quilômetros, manobra que não oferece riscos à plataforma espacial.

A tripulação atual da estação está composta por seis astronautas: os russos Oleg Kononenko, Antón Shkaplerov e Anatoli Ivanishin, os americanos Donald Pettit e Daniel Burbank e o holandês André Kuipers, da Agência Espacial Europeia.

Sol lança tempestade geomagnética sobre a Terra nesta terça-feira


REUTERS
A tempestade geomagnética mais forte em mais de seis anos deve atingir a Terra na terça-feira, e pode afetar as rotas aéreas, redes de energia e satélites, disse o Centro de Previsão Meteorológica Espacial dos Estados Unidos.
A ejeção de massa coronal - uma grande parte da atmosfera do Sol - foi lançada em direção à Terra no domingo, conduzindo partículas solares energizadas a cerca de 2.000 quilômetros por segundo, cerca de cinco vezes mais rápido do que costumam viajar as partículas solares, disse Terry Onsager, do Centro.
"Quando nos atingir será como um grande aríete que empurra o campo magnético da Terra", disse Onsager, de Boulder, no Colorado. "Essa energia faz com que o campo magnético da Terra flutue".
Essa energia também pode interferir em comunicações de alta frequência de rádio, usadas pelas empresas aéreas para navegar próximo ao Polo Norte em voos entre a América do Norte, Europa e Ásia, portanto algumas rotas podem ser mudadas, disse Onsager.
Também pode afetar redes de energia e operações por satélite, disse o Centro em um comunicado. Astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional podem ser aconselhados a buscar abrigo em partes específicas da aeronave para evitar uma dose solar reforçada de radiação, disse Onsager.
O Centro de Meteorologia Espacial disse que a intensidade da tempestade geomagnética seria provavelmente moderada ou forte, nos níveis dois e três de uma escala de cinco níveis, sendo o cinco o mais extremo.
(Por Deborah Zabarenko) 

CINDACTA I (Brasília) começa a operar novo sistema SAGITARIO


O Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I), em Brasília, passou a operar neste final de semana (22/1) com o novo software SAGITARIO - desenvolvido no Brasil e capaz de processar dados de diversas fontes como radares e satélites e consolidá-los em uma única apresentação visual para o controlador de voo.
O Sistema Avançado de Gerenciamento de Informações de Tráfego Aéreo e Relatório de Interesse Operacional (SAGITARIO) já funciona nos CINDACTA II (Curitiba) e CINDACTA III (Recife). O novo sistema será instalado em todos os quatro Centros de Controle. A versão recebida pelo CINDACTA I é a mais moderna, já com atualizações decorrentes do emprego do sistema nas regiões Sul e Sudeste do país.
O SAGITARIO traz várias inovações em relação ao programa X-4000, que está sendo substituído. O software permite a sobreposição de imagens meteorológicas sobre a imagem do setor sob controle, para acompanhar, por exemplo, a evolução de mau tempo em determinada região do país.

Os planos de voo também podem ser editados graficamente sobre o mapa, possibilitando a inserção, remoção e reposicionamento de pontos do plano e cancelamento de operações, o que permitirá ao controlador acompanhar melhor a evolução do que estava previamente planejado para o voo. Além disso, etiquetas inteligentes, por meio de cores diferentes de acordo com o nível de atenção para o cenário, indicam informações essenciais para o controle de tráfego aéreo.
“Esse novo sistema vai permitir que o controlador de voo tenha muito mais ferramentas à sua disposição, de modo que possa, de forma mais objetiva, facilitar a vida do piloto e trazer mais segurança para o próprio operador ao tomar as decisões ou efetuar determinadas autorizações ao comandante da aeronave.

Em termos práticos, para quem viaja de avião, as ações decorrentes do sistema poderão reverter em menor tempo de voo, com consequente economia para a empresa aérea, menor emissão de gases e também acredito que possa refletir no aumento da pontualidade das empresas”, disse o presidente da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA), Brigadeiro do Ar Carlos Vuyk de Aquino, no ano passado, em entevista à revista Aerovisão.
Fonte: Agência Força Aérea

DILMA - Estratégias de uma Presidente



Guilherme Amado
 Estilo de governar da presidente ainda pega os assessores de surpresa, mas é facilmente reconhecido por quem a conhece da luta armada.

Esqueça o mito de pouca vocação política ou ingenuidade na relação com aliados. O primeiro ano do governo Dilma Rousseff, com a popularidade incólume apesar da queda de sete ministros, mostrou como seu modo de exercer o poder é diferente da imagem que tinham a maioria do PT e muitos dos ministros do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Despertada para a política pelas organizações de resistência armada à ditadura — integrou o Comando de Libertação Nacional (Colina) e a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares) —, Dilma emprega no governo uma série de táticas típicas da época. Os lances do xadrez político presidencial ainda pegam de surpresa assessores e outros políticos. Mas não quem acompanhou sua trajetória desde os anos 1970.

 Companheira de cela de Dilma, a jornalista Rose Nogueira nunca duvidou da vocação política da amiga. Na Torre das Donzelas, prédio encravado no presídio Tiradentes, em São Paulo, onde as duas e dezenas de outras mulheres ficaram presas durante a ditadura militar, Rose já percebia o imenso potencial da companheira. "Quem participou da resistência tinha vocação política. Só que não podia exercer na ditadura. As pessoas pensam que a política é institucional, mas não é só isso", defende Rose, que integrou a Ação Libertadora Nacional.

Lula sempre defendeu a habilidade política de sua chefe da Casa Civil. No governo do ex-presidente, não foram poucos os que duvidaram de seu faro ao apostar em Dilma, principalmente pelo jeito durão da presidente. Muitas vezes tornado público pelas cobranças que faz de forma ríspida, esse seu lado definitivamente é uma característica dela como política. "É o jeito dela. As pessoas estranham, reclamam, mas é algo com que se aprende a lidar", explica um funcionário do Planalto que atende à presidente.

Rose não sabe dizer se foram as experiências de vida ou os atributos intrínsecos a Dilma que a moldaram. "Acho que é um conjunto. São características que a pessoa traz com ela, mas também o que ela passou. A luta de resistência forma um espírito mais calejado", define.

 Dilma sempre foi estudiosa. Da mesma forma que hoje chega a corrigir técnicos especialistas, chamava a atenção na prisão pela paixão pela leitura. Devorava tanto literatura brasileira quanto obras mais politizadas. Levou a mesma curiosidade para a área de Minas e Energia, o que a projetou para integrar o primeiro governo Lula.

Lado emotivo

Mas o racionalismo e a dureza não impedem a presidente de ter seus momentos de ternura. É comum que ela se emocione em eventos públicos, ao assinar leis ligadas à área social ou a temas de direitos humanos. Sua menção aos "brasileirinhos" mortos no massacre em Realengo, em abril do ano passado, mostrou com mais força o lado emotivo de Dilma. "A cultura dela e do Lula é ligada às pessoas, ao dia a dia. Eles sabem o que é ir à padaria, sabem quanto custa um pãozinho", derrete-se Rose Nogueira.

Na centralização de poder, porém, os dois são bem diferentes. Tão logo um integrante de seu ministério passa a ser chamado de "superministro", pelo acúmulo de poder no governo, eles mesmos correm para desmentir o que tacham de exagero. Dilma não gosta de ter sombras nem de subordinados que falem muito. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, por exemplo, dava muito mais declarações e entrevistas no governo Lula do que faz na gestão de Dilma. Ao assumir a Casa Civil, Gleisi Hoffmann recebeu ordem explícita da presidente de não dar entrevistas. "Seu cargo não é para falar", teria ordenado a presidente. O silêncio de Gleisi mostra que Dilma pode ficar tranquila. A chefe da Casa Civil tem cumprido à risca a determinação.
 

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

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Irã Guerra da Marinha Clipe

Rússia prepara exercícios militares no Cáucaso


O ministério da Defesa russo começou os preparativos para novos exercícios estratégicos de postos de comando, em uma operação batizada de Cáucaso-2012. De acordo com um relatório oficial do ministério, contrariamente às manobras do ano passado, neste ano os exercícios, que serão realizados em setembro, serão mais abrangentes e mais ajustados às realidades político-militares existentes e abrangerão o sul da Rússia, Abkházia, Ossétia do Sul e Armênia.
Deverão incluir, entre outras atividades, o treinamento de operações militares em um contexto de uma eventual guerra dos EUA e vários outros países contra o Irã e de outros conflitos possíveis na região do Mar Cáspio e no Cáucaso Meridional.

Ao contrário dos exercícios anteriores, as próximas manobras serão de importância estratégica, isto é, envolverão todas as forças armadas, incluindo a Força Aérea, Marinha, tropas de mísseis estratégicos, defesa aeroespacial e tropas de desembarque aéreo, além de unidades do ministério do interior, serviços federais de segurança, ministério para as situações de emergência e várias outras entidades. Em outras palavras, os exercícios de 2012 irão envolver toda a estrutura militar do país.
Um dos principais objetivos será o treinamento de operações no âmbito de uma guerra centrada em redes, com a utilização de todos os meios de comunicação e reconhecimento eletrônico e via satélite, aeronaves não tripuladas, armas de precisão e novos sistemas de controle automatizados.
Essa informação foi divulgada oficialmente pela primeira vez pelo chefe do Estado-Maior, general Nikolai Makárov, durante uma reunião com adidos militares de países estrangeiros, em dezembro do ano passado.
Segundo fontes oficiais da Região Militar do Sul, cerca de vinte veículos de comando modernizados equipados com o sistema de navegação via satélite Glonass já chegaram às unidades militares aquarteladas no Cáucaso Setentrional.  O sistema Glonass foi instalado também em unidades de artilharia e defesa antiaérea e em todos os novos helicópteros e aviões da Região Militar do Sul destinados a realizar missões de reconhecimento na zona de responsabilidade do comando militar do sul. Além disso, a Região Militar do Sul recebeu um novo sistema de controle do espaço aéreo, o Branaul-T, que já entrou em serviço e monitora o espaço aéreo sobre a Rússia e o Cáucaso Meridional. O novo sistema é extremamente importante, pois a 102ª base militar russa instalada na Armênia está separada da Região Militar do Sul.
Segundo o diretor do Centro de Previsões Militares, Anatóli Tsiganók, os “preparativos para os exercícios Cáucaso-2012 começaram agora, devido, em grande medida, ao aumento da tensão na região do Golfo Pérsico”. “Como uma eventual guerra contra o Irão poderá envolver algumas das ex-repúblicas soviéticas do Cáucaso Meridional, o Estado-Maior terá de elaborar medidas preventivas e aprender a organizar o apoio logístico às tropas, especialmente aquelas estacionadas no exterior, como, por exemplo, na Armênia”, completou.
Como prova disso, Tsiganók citou a recente declaração do assessor de imprensa da Região Militar do Sul, Ígor Gorbúl, de que, no âmbito dos preparativos para os exercícios Cáucaso-2012, as tropas dutoviárias, pertencentes às unidades logísticas, começaram a treinar as operações de montagem de condutas tubulares e transporte de combustível. A Rússia é o único país do mundo a possuir tropas dutoviárias. Durante as manobras táticas de junho de 2011, as unidades dutoviárias russas montaram uma conduta tubular de 75 km de extensão entre a aldeia de Ardon, na Ossétia do Norte, e a fronteira com a Ossétia do Sul.
Embora os exercícios Cáucaso-2012 se realizem de acordo com o calendário de treinamentos militares existente, isso “não significa que eles não sejam ajustados conforme uma situação político-militar concreta no Cáucaso, onde a Rússia tem determinados interesses geopolíticos”, acredita o presidente da Academia de Problemas Geopolíticos, general Leonid Ivashov. “É para defender seus interesses que a Rússia realiza esses e outros exercícios militares”, completou.