terça-feira, 3 de janeiro de 2012

IRIS-T para a força aérea da Espanha


Uma recente encomenda à empresa alemão Diehl, veio confirmar a opção espanhola pelo míssil de curto alcance IRIS-T para substituição do AIM-9 Sidewinder, presentemente utilizado pelas aeronaves da força aérea daquele país da Europa.

O míssil IRIS-T, que é uma modernização do sistema norte-americano, ganhou uma concorrência onde participaram a versão mais recente do Sidewinder a AIM-9X, o míssil de curto alcance Python-5 de Israel e o AIM-132 Asraam da MBDA/EADS.

A opção, inclui contrapartidas, como a participação espanhola no projecto do IRIS-T e o fabrico naquele país de vários componentes do míssil.

O negócio, que atinge um montante de 247,32 milhões de Euros, prevê o fornecimento a Força Aérea Espanhola de 700 mísseis na versão standard, 70 mísseis de treino, 385 suportes de lançamento, além de material auxiliar de testes. O programa deverá ter uma duração de dez anos.

A Espanha já desenvolveu programas de teste e adaptação das suas aeronaves para a utilização do novo míssil. Entre as aeronaves que vão utilizar o IRIS-T está o caça europeu Eurofighter Typhoon-II e o caça norte-americano F-18.

U216 está em projeto na Alemanha


Novo navio complementará gama da HDW29.12.2011

 
Os estaleiros alemães HDW confirmaram que a empresa tem em desenvolvimento um submarino que junta características do U214 e do U212, num navio de dimensões muito maiores, que poderá ser proposto a marinhas que normalmente optam por navios de maiores dimensões, como é o caso das marinhas da Austrália, Canadá, Índia ou mesmo Japão.

O novo navio, terá casco duplo e com as mesmas características do U214 em termos de resistência, mas terá apenas seis tubos de torpedos como no U212. No entanto o navio contará com capacidade para lançamento vertical de mísseis de cruzeiro.

O navio terá um altíssimo nível de automatização, já que terá uma guarnição idêntica à do U214 (33 militares). Ele não se destina a substituir o U214, que continuará a ser oferecido no mercado internacional a marinhas que pretendem submarinos para águas profundas, mas que não vêm necessidade para a utilização de navios de maiores dimensões.

O estaleiro fornecerá o U216 com sistema de propulsão independente do ar, que em principio será derivado do utilizado no U214. A configuração interna do navio também deverá abandonar a configuração adotada para o U212. O novo submarino também vai dispor de um sistema que permite a colocação de mergulhadores em qualquer teatro de operações sem necessidade de vir à superfície.
Não tendo sido confirmado, é no entando de crer que os U216 estejam preparados para utilizar mísseis anti-aéreos lançados com o navio em imersão.

Com um comprimento de 89m e uma largura máxima de 8m o U216 terá um deslocamento em torno das 4,000t. Ele deverá dispor de um sistema AIP, mais poderoso e com mais autonomia, embora continue limitado a velocidades muito baixas quando utilizar o AIP.

Este tipo de navio poderá ser visto como uma opção por marinhas asiáticas, perante o aumento do poder da marinha da China. Como a passagem para o Indico é controlada por zonas de estreitos, navios deste tipo podem ser de extremo valor contra alvos de grande valor como o recente porta-aviões que a China tem em processo final de aprontamento e que deverá ser utilizado nos mares do sul da China, para fazer valer as pretensões chinesas sobre aquelas águas.

Irã ameaça agir se porta-aviões dos EUA voltar ao Golfo Pérsico


REUTERS
TEERÃ - O Irã vai agir se um porta-aviões dos Estados Unidos que deixou o Golfo Pérsico por causa das manobras navais iranianas retornar à região, disse nesta terça-feira, 3, o comandante do Exército, Ataollah Salehi, segundo a agência estatal de notícias Irna."O Irã não vai repetir sua advertência... o porta-aviões do inimigo se dirigiu ao Mar de Omã por causa de nossos exercícios. Eu recomendo - e enfatizo - ao porta-aviões americano que não retorne ao Golfo Pérsico", disse Salehi à Irna.
"Eu aviso, recomendo e alerto (os americanos) quanto ao retorno de seu porta-aviões ao Golfo Pérsico porque nós não temos o hábito de fazer advertências mais de uma vez", declarou Salehi, segundo outra agência de notícias, a semioficial Fars.
Salehi não citou o nome do porta-aviões nem deu detalhes sobre o tipo de medidas que o Irã poderia adotar se ele retornar à região.
O Irã completou na segunda-feira dez dias de exercícios navais no Golfo e, durante essas manobras, afirmou que se alguma potência estrangeira impuser sanções a suas exportações de petróleo o país poderá fechar o Estreito de Ormuz, pelo qual passa 40 por cento do petróleo transportado por navios no mundo.
A Quinta Frota dos EUA, baseada no Bahrein, afirmou que não permitirá que a navegação seja prejudicada no estreito.
Na segunda-feira, o Irã anunciou ter testado com sucesso dois mísseis de longo alcance durante as manobras navais, numa demonstração de força diante da crescente pressão ocidental sobre seu controverso programa nuclear.
O Irã nega as acusações de países ocidentais de que esteja tentando construir bombas atômicas e diz que seu programa tem como única finalidade o uso pacífico da energia nuclear. 

Irã ameaça Marinha dos EUA; sanções atingem economia


PARISA HAFEZI - REUTERS
O Irã fez nesta terça-feira sua ameaça mais agressiva após semanas de ofensividades ao afirmar que vai reagir se a Marinha dos Estados Unidos deslocar um porta-aviões para o Golfo Pérsico, depois que novas sanções financeiras dos EUA e da União Europeia afetaram sua economia.
A perspectiva de sanções que prejudiquem de uma maneira grave o setor do petróleo iraniano pela primeira vez atingiu a moeda do país, o rial, que registrou recorde de baixa nesta terça-feira e caiu 40 por cento em relação ao dólar no último mês.
Filas foram formadas diante de bancos e casas de câmbio fecharam suas portas enquanto os iranianos tentavam comprar dólares para proteger suas economias da desvalorização da moeda.
O chefe do Exército, Ataollah Salehi, disse que os Estados Unidos haviam deslocado um porta-aviões para fora do Golfo por causa dos recentes exercícios navais do Irã, e que o Irã reagiria se o navio retornasse.
"O Irã não vai repetir sua advertência... o porta-aviões do inimigo se dirigiu ao Mar de Omã por causa de nossos exercícios. Eu recomendo - e enfatizo - ao porta-aviões americano que não retorne ao Golfo Pérsico", disse Salehi à agência de notícias iraniana Irna.
"Eu aviso, recomendo e alerto (os norte-americanos) quanto ao retorno de seu porta-aviões ao Golfo Pérsico, porque nós não temos o hábito de fazer advertências mais de uma vez", declarou Salehi, segundo outra agência de notícias, a semioficial Fars.
O porta-aviões USS John C. Stennis lidera uma força-tarefa da Marinha norte-americana na região. Agora ele está no Mar da Arábia, fornecendo apoio aéreo para a guerra no Afeganistão, disse a tenente Rebecca Rebarich, porta-voz da 5a Frota dos EUA.
A embarcação deixou o Golfo em 27 de dezembro em "um trânsito de rotina pré-planejado" pelo Estreito de Ormuz, disse ela.
Quarenta por cento do petróleo comercializado no mundo passa pelo estreito canal - que o Irã ameaçou fechar no mês passado se as sanções internacionais suspenderem suas exportações de petróleo.
PETRÓLEO SOBE
O futuro do petróleo Brent subia quase 4 dólares na tarde de terça-feira em Londres, pressionando o preço do barril para mais de 111 dólares pelas notícias de ameaças em potencial ao fornecimento no Golfo, assim como pelos fortes números econômicos chineses.
A última ameaça de Teerã é feita em um momento em que as sanções estão tendo um impacto inédito em sua economia, e o país enfrenta incerteza política com uma eleição em março, a primeira desde uma votação contestada em 2009 que provocou protestos no país todo.
O Ocidente impõe sanções cada vez mais severas contra Teerã por causa do programa nuclear iraniano, que o país diz ser pacífico, mas que potências ocidentais acreditam ter por objetivo construir uma bomba atômica.
Depois de anos adotando medidas de baixo impacto, as novas sanções são as primeiras que podem provocar um efeito grave no comércio do petróleo do Irã, base de 60 por cento de sua economia.
As sanções que viraram lei assinada pelo presidente norte-americano Barack Obama na véspera do Ano Novo podem tirar as instituições financeiras que trabalham com o Banco Central do Irã do sistema financeiro norte-americano, bloqueando o principal caminho para pagamentos pelo petróleo iraniano.
A UE deve impor novas sanções até o final deste mês, possivelmente incluindo uma proibição às importações de petróleo e um congelamento de ativos do banco central.
Mesmo o principal parceiro comercial do Irã, a China, - que se recusou a apoiar novas sanções globais contra o Irã - está exigindo descontos para comprar o petróleo iraniano, em um momento em que as opções de Teerã encolhem.
Pequim reduziu suas importações de petróleo bruto iraniano em mais da metade para janeiro, pagando prêmios para o petróleo da Rússia e do Vietnã para substitui-lo.
O Irã vem respondendo às medidas mais duras com uma retórica beligerante. A República Islâmica completou na segunda-feira dez dias de exercícios navais no Golfo e, durante essas manobras, afirmou que se alguma potência estrangeira impuser sanções a suas exportações de petróleo o país poderá fechar o Estreito de Ormuz.
Especialistas ainda dizem que Teerã não deve transformar sua retórica em um ato de guerra - a Marinha dos EUA é muito mais poderosa do que as forças marítimas do Irã -, mas as opções diplomáticas do Irã estão acabando e isso pode levar a um confronto.
"Acho que deveríamos ficar muito preocupados porque a diplomacia que deveria acompanhar esse aumento de tensão parece estar faltando em ambos os lados", disse Richard Dalton, ex-embaixador britânico no Irã e hoje membro do instituto de estudos Chatam House.
"Não acredito que nenhum lado queira começar uma guerra. Eu acho que os iranianos estarão cientes de que se bloquearem o Estreito ou atacarem um navio norte-americano, serão os perdedores. Nem acho que os EUA queiram usar seu poderio militar com outro objetivo a não ser como pressão. No entanto, em um estado de emoções exacerbadas em ambos os lados, estamos em uma situação perigosa".
(Reportagem adicional de Hashem Kalantari em Teerã, Humeyra Pamuk em Dubai, Brian Love em Paris, Keith Weir e William Maclean em Londres e Florence Tan em Cingapura) 

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Navio da ONG Sea Shepherd é danificado por onda gigante


Uma onda gigante tirou de combate um dos navios usados pela organização ambientalista Sea Shepherd. O navio teve o casco rachado, logo no início de sua nova campanha contra os navios baleeiros japoneses que trabalham na Antártida.
Após este revés, o capitão Alex Cornelissen, do navio Bob Barker, explicou à Agência Efe que agora sente "um pouquinho mais de pressão", embora tenha garantido que a Sea Shepherd prosseguirá com seu objetivo de defender as baleias.
O Bob Barker, um navio projetado para quebrar o gelo, forma junto com o Brigitte Bardot e o Steve Irwin a frota enviada em dezembro à região pela Sea Shepherd com o propósito de impedir que os navios baleeiros japoneses capturem nesta temporada 900 cetáceos com supostos "fins científicos".
Porém, na quarta-feira passada, uma gigantesca onda de seis metros abriu uma rachadura no casco e danificou um dos pontilhões do Brigitte Bardot, um navio equipado com potentes motores e adquirido há pouco tempo.
Este incidente ocorreu cerca de 2,4 mil quilômetros ao sudoeste do litoral do porto australiano de Fremantle, quando o navio, com 10 tripulantes a bordo, tentava acompanhar a embarcação japonesa Nisshin Maru.

Leia mais:
2011: Japão encerra mais cedo a caça às baleias após ação de ativistas
Caça de baleias tem forte motivação geopolítica
Austrália denunciará Japão ao Tribunal de Haia por caça de baleias
Agora, o Brigitte Bardot, que foi adquirido depois que o Ady Gil afundou em janeiro do ano passado, navega de volta a Fremantle para ser reparado, um trabalho "que durará meses", afirmou Cornelissen.
Além disso, o navio Steve Irwin, que já prestou ajuda à organização, vai escoltarao Sea Shepherd até o porto e depois voltará "o mais rápido possível" para se unir à campanha realizada pelo Bob Parker.
A oitava campanha do Sea Shepherd foi denominada como "Operação Vento Divino", como a dos pilotos kamikazes japoneses que combateram durante a Segunda Guerra Mundial.
Este nome tem o objetivo enviar aos navios baleeiros a mensagem de que serão perseguidos com "ferocidade", para tentar acabar com a temporada de caça às baleias.
O Japão, país com uma forte tradição baleeira, investiu US$ 29 milhões para reforçar a proteção de seus três navios comandados por Yushin Maru, que partiu este mês rumo à Antártida.
O Governo japonês aumentou a segurança nos navios por causa da estratégia agressiva desenvolvida pela organização ambientalista, que realizou abordagens, lançou bombas de efeito moral contra os navios e colocou seus ativistas atracados no casco dos baleeiros, ações que forçaram a frota japonesa a suspender em fevereiro a temporada anual de caças às baleias.
O capitão Cornelissen garantiu que o objetivo imediato é o de localizar a embarcação Nisshin Maru, embora tenha admitido que será "difícil", especialmente agora que a Sea Shepherd ficou sem o Brigitte Bardot, um navio que "é rapidíssimo".
A campanha também será realizada em uma das zonas mais remotas e inóspitas do planeta como são as águas antárticas, onde neste momento há "bastante gelo", além de ondas enormes, explicou o capitão do Bob Barker.
"A pequena frota japonesa está descendo rumo à região (antártica) e ainda há tempo porque não começaram sua campanha (de caça)", explicou Cornelissen em entrevista à Efe por telefone.
A caça comercial de baleias está proibida desde 1986, mas diversas exceções permitiram a países como Japão, Islândia e Noruega continuarem com as capturas.
No Japão a captura das baleias foi retomada em 1987 alegando motivos científicos e, desde então, no entanto, o consumo da carne destes mamíferos se reduziu nos restaurantes japoneses nos últimos anos.
A Austrália apresentou no ano passado um requerimento na Corte Internacional de Justiça contra a caça japonesa de baleias, por considerar que tem fins comerciais e não científicos, enquanto vários países latino-americanos pediram ao Japão que ponha fim a esta prática

Comando de Operações Terrestres-


Departamento de Ciência e Tecnologia


A defesa e o desenvolvimento do Brasil necessitam de um Exército forte e capaz de proteger um País continental como o nosso. Para fazer isso, a Força Terrestre precisa manter-se atualizada no campo da ciência, tecnologia e inovação. Nesse sentido, o Departamento de Ciência e Tecnologia é o órgão central de um sistema que envolve vários centros de pesquisa e que promove o desenvolvimento de uma indústria de defesa nacional com um caráter dual de seus produtos. A seguir, você encontrará mais informações sobre esse importante setor do Exército Brasileiro.

F-X2 Foi aberta a temporada 2011- 2012. Será a última?


Da esquerda para a direita - Jan-Erik Lovgren, Gen Anders Silwer, Sen Blairo Maggi, Dan Jagblod e Bengt Janèr

Após um primeiro semestre morno, para não dizer gelado, com a própria Presidente Dilma Rousseff afirmando que o início das tratativas do F-X2 no seu governo, ocorreria só em 2012 a temporada 2011 iniciou.
Com a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do senado Federal  realizando a primeira Audiência Pública sobre o Programa F-X2, com o Painel onde foi apresentado pela empresa SAAB e membros do governo sueco. Em especial a presença sempre correta do Gen Anders Silwer comandante da Força Aérea da Suécia.
Presentes ao Painel da SAAB:
  -  Bengt Janér – Diretor-Geral – SAAB Brasil;
  –  Dan Jangblad – Diretor Estratégico da SAAB;
  –  Brig. Anders Silwer – Comandante da Força Aérea Sueca; e
  –  Jan-Erik Lovgren – Vice-Chefe da Agência Sueca para Não-Proliferação e Controle de Exportação.
As próximas apresentações previstas são:
            18 Agosto Boeing  F/A-18 E/FSuper Hornet
            25 Agosto Dassault  Rafale
Gripen ultrapassa 160.000 Horas Voadas -Gripen NG avança com novos avionicos e displays Link
Determinante de sucesso – o Baixo Custo de Ciclo de Vida do Gripen NG Link
Caças gripen Suecos partem para Operação na Líbia Link
Palestra da SAAB AB proferida por Bengt Janer Audiência Pública – Câmara dos Deputados – 14 outubro 2009 Link

EUA vendem sistema de defesa antiaérea para Emirados Árabes




Os Estados Unidos assinaram uma venda de US$ 3,5 bilhões em um avançado sistema de interceptação de mísseis para os Emirados Árabes Unidos, parte de um acordo para acelerar militarmente seus amigos e aliados próximos ao Irã.
O acordo, assinado em 25 de dezembro e anunciado na noite de sexta-feira pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos, "é um importante passo na melhora da segurança da região por meio de uma arquitetura regional de defesa contra mísseis", afirmou o secretário de imprensa do Pentágono, George Little, em comunicado.
O Congresso norte-americano foi notificado na proposta de venda em setembro de 2008 pela administração do ex-presidente George W. Bush. Na ocasião, o sistema construído pela Lockheed Martin Corp havia sido projetado para envolver mais mísseis, ter mais unidades com "controle de fogo", mais conjuntos de radar, tudo a um custo cerca de duas vezes superior aos Emirados Árabes Unidos.
O acordo representa a primeira venda externa dos chamados "Theater High Altitude Area Defense (THAAD)", ou defesa de áreas de alta altitude, o único sistema produzido para destruir mísseis balísticos de curto e médio alcance, tanto dentro como fora da atmosfera terrestre.
Os Estados Unidos, segundo o acordo entre os governos, irá entregar dois dispositivos THAAD, 96 mísseis, dois radares da Raytheon com mais de 30 anos de peças de reposição, além de suporte e treinamento com apoio logístico para os Emirados Árabes Unidos, disse Little.
"A aquisição deste sistema de defesa criterioso reforçará os ares dos Emirados Árabes Unidos e a sua capacidade de se defender de mísseis, reforçando a robusta cooperação de mísseis balísticos entre os Estados Unidos e os Emirados", afirmou.
A Lockheed Martin não estava imediatamente disponível para responder as solicitações sobre as datas das entregas dos THAAD, que fazem parte de uma defesa que está sendo construída pela administração de Barack Obama na Europa e Oriente Médio contra o aumento das capacidades de mísseis do Irã.

Segunda sonda começa a orbitar a Lua para desvendar mistérios


Concepção artística mostra a entrada da sonda na órbita lunar
Foto: Nasa/Divulgação

A segunda sonda lunar da Nasa, que estudará a composição do satélite da Terra, entrou na órbita lunar no domingo, como estava planejado, anunciou a agência espacial americana. "A Nasa recebe o Ano-Novo com uma nova missão de exploração", afirmou o administrador Charles Bolden.
As duas sondas Grail ("Recuperação da Gravidade e Laboratório Interior", na sigla em inglês) já estão em órbita lunar, depois que a Grail-A atingiu a posição no sábado. A missão, com custo de US$ 500 milhões, elaborará pela primeira vez um mapa do núcleo da Lua.
Durante o trabalho de exploração, as sondas orbitarão a uma distância, uma da outra, de 200 km e, segundo os cientistas, as mudanças regionais na gravidade lunar farão com que diminuam ou aumentem levemente sua velocidade. Isto, por sua vez, modificará a distância que as separa e os sinais de rádio transmitidos pelas sondas medirão as variações menores. Desta forma, os pesquisadores poderão criar mapas do campo de gravidade.
Com esses dados, os cientistas poderão deduzir o que há debaixo da superfície lunar com suas montanhas e crateras, e poderiam entender melhor por que o lado oculto da Lua é mais abrupto que o lado visto desde a Terra. Outro dos mistérios que Grail poderia revelar, segundo Zuber, é se a Terra teve em outro tempo uma segunda lua menor. Há astrônomos que acreditam que algumas das marcas na superfície da Lua são resultado de uma colisão com um satélite menor.
Mistérios
Os cientistas acreditam que a Lua se formou quando um objeto mais ou menos do tamanho de Marte se chocou contra a Terra, logo depois da formação do Sistema Solar, há 4,5 bilhões de anos. "Na verdade, entendemos pouquíssimo como essa formação aconteceu e como ela se resfriou depois do incidente violento", disse Maria Zuber, cientista-chefe do Grail, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts.
Um enigma persistente é o que faz o lado oculto da Lua ser tão diferente da face voltada para a Terra. Enquanto o lado "de cá" é cheio de planícies grandes e escuras, formadas por antigas erupções vulcânicas, o outro lado é praticamente um grande planalto. "Parece que a resposta não está na superfície", disse Zuber. "Achamos que a resposta está trancada no interior."
Zuber e sua equipe têm 82 dias para fazer as medições. Se as sondas, construídas pela Lockheed Martin e movidas a energia solar, resistirem além do próximo eclipse solar, em junho, a missão de 496 milhões de dólares pode ser prorrogada para realizar um mapeamento detalhado da superfície lunar, à altura de apenas 25 km.
AFP

China mira Lua em seus planos de nova superpotência espacial


Efe
 O Governo da China confirmou nesta quinta-feira, 29, que em menos de cinco anos levará pela primeira vez um veículo não-tripulado à superfície da Lua, um primeiro passo para que mais adiante seus astronautas pisem o satélite e o país siga os passos dos Estados Unidos e da Rússia no caminho para ser tornar a nova superpotência espacial.

O objetivo foi fixado no "Livro Branco sobre as Atividades Espaciais de 2011", um documento do Executivo chinês apresentado nesta quinta-feira em entrevista coletiva. No texto, o Governo estabelece outras metas da corrida espacial chinesa durante o Plano Quinquenal do período 2011-2015.

Dessa forma, indica que o programa lunar (um dos ramos mais importantes da investigação espacial chinesa, junto dos voos tripulados e os projetos para uma estação permanente no cosmos) será centrado em desenvolver com sucesso uma tecnologia que mais tarde permita levar astronautas ao satélite.

A China já conseguiu que dois de seus satélites ("Chang'e" 1 e 2) chegassem até a órbita lunar, em 2007 e 2010, embora estas sondas simplesmente tenham servido para recolher informações fotográficas do satélite e estavam programadas para retornar violentamente depois ao planeta Terra.

As sondas cumpriram a primeira etapa do programa, destaca o documento, detalhando que em meia década deverá ter início a segunda fase (o mencionado pouso na superfície da lua e passeios tripulados no satélite) para que a terceira inclua o recolhimento de material lunar e retorno à Terra dos veículos.

Não há data fixa para a chegada do satélite terrestre dos primeiros "taikonautas" (apelido com o qual frequentemente se alude aos astronautas chineses, já que espaço em mandarim é "taikong). Levando em conta que a China parece dividir este programa em fases de cinco anos, este fato histórico poderia ocorrer entre 2020 e 2025, meio século depois do que os Estados Unidos, o primeiro país a alcançar essa façanha.

A prospecção lunar é talvez a parte de maior destaque dos futuros planos espaciais da China, mas não a única: o Livro Branco assinala que o país também continuará programas de prospecção de planetas e asteroides, do Sol, e de buracos negros, entre outros corpos celestiais.

Também conduzirá experiências sobre microgravidade, vida no espaço, e promoverá a cooperação internacional no estudo do cosmos, assinalou, lembrando que já colaborou neste sentido com países como a Rússia e a Austrália.

Ao mesmo tempo, a China, que nesta semana também iniciou o funcionamento da "Bússola", seu sistema de posicionamento alternativo ao GPS americano, garantiu que nos próximos cinco anos aumentará o controle do lixo espacial e dos sistemas de alarme quando esses fragmentos caírem na superfície terrestre.

O Conselho de Estado insiste no documento que a prospecção espacial "é uma importante parte da estratégia geral de desenvolvimento da nação" para meia década 2011-2015, no qual a China procura seguir ascendendo em seu caminho a ser um país desenvolvido, com a inovação tecnológica como prioridade.

Esta corrida preocupa, no entanto, como na época ocorreu com a missão soviética, a principal potência espacial atual, os EUA, onde alguns políticos, oficiais do Exército e meios de comunicação veem com receio o caráter totalmente militar do programa espacial chinês.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do país asiático Hong Lei quis nesta quinta-feira responder a esses temores, assegurando em entrevista coletiva que a China "sempre ressalta que seu objetivo é fazer uso pacífico do espaço, e procura cooperar internacionalmente neste campo".

China lançou seu primeiro astronauta ao espaço em 2003 e desde então alcançou outros objetivos, como o primeiro "passeio" de um de seus cosmonautas fora da nave (2008) e o primeiro acoplamento de dois veículos (no mês passado), passo-chave para sua futura estação espacial permanente.

Para os especialistas, a China ainda está em uma fase muito preliminar no que diz respeito às tecnologias espaciais, comparável aos EUA e a extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) nos anos 60, mas avança de forma mais rápida do que fizeram na época as duas superpotências da Guerra Fria em sua corrida espacial.

Irã testa míssil de cruzeiro em exercício militar


AE - Agência Estado
A Marinha do Irã informou que testou um míssil de cruzeiro terra-terra nesta segunda-feira, durante exercícios de militares ra em águas internacionais perto do estratégico estreito de Ormuz, informou a agência oficial de notícias Irna. O míssil, chamado Ghader, palavra em farsi para capaz, foi descrito como uma versão melhorada de um míssil anterior.
Segundo a Irna, o míssil "atingiu seu alvo com sucesso" durante o exercício de guerra. Uma versão anterior do mesmo míssil de cruzeiro tinha um raio de alcance de 200 quilômetros, podia viajar a altitudes baixas e havia indicações de que poderia conter a presença naval norte-americana no Golfo Pérsico.
Os exercícios militares iranianos, que podem aproximar seus navios de embarcações da Marinha dos Estados Unidos que operam na mesma área, são a última demonstração de força do Irã após as crescente críticas internacionais por causa de seu programa nuclear.
Os 10 dias de exercícios ocorrem em meio a conflitantes comentários de autoridades iranianas sobre as intenções de Teerã de fechar o estreito de Ormuz e as advertências norte-americanas contra tal medida.
A última versão do Ghader foi entregue em setembro para a divisão naval da Guarda Revolucionária do Irã, que tem como função proteger as fronteiras marítimas do país. Na época, Teerã disse que o míssil era capaz de destruir navios de guerra.
"Na comparação com a versão anterior, o altamente avançado míssil Ghader recebeu atualizações em seu sistema de radar, comunicação com satélite e precisão quando ao alvo de destruição, assim como no alcance e mecanismo de evasão de radar", disse o contra-almirante Mahmoud Mousavi, porta-voz para os exercícios militares.
A televisão estatal mostrou imagens do lançamento do míssil e informou que ele tem capacidade de atingir alvos "a centenas de quilômetros de distância" do ponto de origem. A emissora informou que outros dois mísseis, com alcance menor, também foram testados nesta segunda-feira.
Os testes ocorreram apenas um dia depois de a Marinha iraniana ter feitos testes com o míssil terra-ar chamado Mehrab, altar em farsi, descrito como um míssil de médio alcance. As informações são da Associated Press.