domingo, 1 de janeiro de 2012

EUA: por falta de informações, Santorum bombardearia Irã


O pré-candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos Rick Santorum assegurou neste domingo que, se chegar à Casa Branca, estaria disposto a bombardear o Irã se o país se negasse a permitir a inspeção de suas instalações nucleares, em declarações ao programa "Meet the Press" da rede NBC.
"O Irã não conseguirá uma arma nuclear sob minha vigilância", acrescentou o ex-senador pela Pensilvânia, que está em Iowa para participar na terça-feira nos primeiros caucus (assembléias primárias) da corrida à Presidência. Santorum, relegado até agora a últimas posições nas pesquisas, alcançou um terceiro lugar no sábado em um das pesquisas mais importantes de Iowa, a que elabora o jornal Des Moines Register, com 15% do apoio dos eleitores do Estado e só atrás do ex-governador de Massachussetts Mitt Romney e o congressista Ron Paul.
O Irã foi um dos temas principais no reduzido debate sobre política externa da pré-campanha eleitoral, e tanto Romney como o ex-porta-voz da Câmara Baixa Newt Gingrich disseram que poderiam apoiar um ataque militar para dissuadir o regime iraniano de avançar em seu suposto programa.
Os EUA acusam o Irã de ocultar sob seu programa nuclear civil, outro de natureza clandestina e militar, cujo objetivo seria fabricar armas atômicas, alegações que Teerã rejeita.

Irã simulará fechamento do Estreito Ormuz em manobra militar


Neste domingo, um míssil de alcance médio foi lançado do Estreito de Ormuz pelas forças militares do Irã
Foto: AFP

A Marinha de Guerra iraniana realizará na segunda-feira um teste de bloqueio do Estreito de Ormuz dentro das manobras navais "Velayat 90", anunciou o porta-voz militar, almirante Mahmoud Moussavi. Em declarações divulgadas pela agência oficial de notícias iraniana,Irna, o comando militar explicou que "segundo este teste tático o tráfego de qualquer tipo de embarcação pelo Estreito de Ormuz será impossível".
Após informar sobre o lançamento com sucesso de um míssil de alcance intermediário terra-ar antirradar, os comandantes militares iranianos destacaram também o resultado positivo de um torpedo elétrico.
O Coordenador Adjunto da Marinha iraniana, almirante Amir Rastegari, em declarações à Irna, afirmou que o protótipo foi desenhado por jovens especialistas da Marinha de Guerra, centros de pesquisa e a indústria de defesa iraniana.
"Foi provado com sucesso nas manobras navais Velayat 90 que após a identificação o torpedo atingiu o alvo especificado e o resultado foi completamente bem-sucedido", explicou o porta-voz militar.

sábado, 31 de dezembro de 2011

EUA vendem mísseis e tecnologia aos Emirados Árabes


AE-AP - Agência Estado
Os Estados Unidos firmaram um acordo para vender US$ 3,48 bilhões em mísseis e tecnologia relacionada aos Emirados Árabes Unidos, um próximo aliado norte-americano no Oriente Médio. A venda faz parte dos esforços para realinhar as políticas de defesa no Golfo Pérsico, a fim de manter o Irã sob controle.
O porta-voz do pentágono, George Little, anunciou a venda na noite de ontem. Ele afirmou que os EUA e os Emirados Árabes Unidos têm uma forte relação de defesa e ambos estão interessados em uma região "segura e estável" no Golfo Pérsico. O acordo compreende 96 mísseis, bem como tecnologia de suporte e treinamento, que, segundo Little, impulsionará a capacidade de defesa antimísseis da nação.
Atento ao Irã, os Estados Unidos têm construído mecanismos de defesa nos países aliados, incluindo um acordo no valor de US$ 1,7 bilhão para aprimorar os mísseis Patriot da Arábia Saudita e a venda de 209 mísseis ao Kuwait, avaliados em cerca de US$ 900 milhões. As informações são da Associated Press.

Irã adia teste com míssil e diz que está pronto para conversas


PARISA HAFEZI - REUTERS
O Irã adiou testes com mísseis de longo alcance no Golfo neste sábado, e assinalou que estava pronto para novas conversas sobre seu controvertido programa nuclear.
A mídia estatal do Irã divulgou inicialmente no sábado que os mísseis de longo alcance teriam sido lançados durante exercícios navais, uma postura que poderia aborrecer o Ocidente devido às ameaças de Teerã de interromper uma rota de tráfego de petróleo importante no Golfo.
Mas o vice-comandante da Marinha, Mahmoud Mousavi, negou ao canal de língua inglesa Press TV que os mísseis foram disparados.
"O teste de lançamento de mísseis será realizado nos próximos dias", disse.
Dez dias de exercícios navais iranianos coincidiram com o aumento da tensão sobre o programa nuclear de Teerã com Washington e seus aliados. A União Europeia disse que considerava uma proibição - já posta em vigor nos Estados Unidos - sobre as importações do maior produtor de petróleo do mundo.
Analistas dizem que os relatos conflitantes sobre o teste com míssil tinham por objetivo lembrar o Ocidente das consequências se arriscasse aumentar a pressão sobre o Irã por seu programa nuclear, que o Ocidente diz que visa à construção de bombas nucleares. Teerã rejeita essa acusação.
"O local e o momento do exercício foram muito sagazes... então houve os relatos de lançamentos de mísseis que podem atingir as bases da América na região e Israel", disse o analista Hamid Farahvashian.
"Uma das mensagens era a de que se você se meter com o Irã, então terá que sofrer o caos econômico", disse. "Os iranianos sempre usaram essa tática de cenoura e bastão... primeiro eles usaram o bastão, que foi fechar Ormuz, e agora a cenoura, que é a disponibilidade para conversações".
Um porta-voz da União Europeia disse que a chefe da política externa do bloco, Catherine Ashton, escreveu para o negociador nuclear do Irã, Saeed Jalili, em outubro, e ainda não havia recebido uma resposta. Mas a UE estava aberta a conversas significativas com Teerã assim que recebesse garantias de que não havia precondições.
"Continuamos buscando nossa abordagem de duas vias e estamos abertos para discussões significativas sobre medidas para o estabelecimento de confiança, sem precondições do lado iraniano", disse o porta-voz da política externa da UE, Michael Mann, em um email.
Na quinta-feira Teerã ameaçou interromper o fluxo de petróleo através do estreito de Ormuz no caso de virar alvo de um embargo de petróleo por causa de suas ambições nucleares, uma medida que poderia provocar o conflito militar com países dependentes do petróleo que passa pelo Golfo.
O ministro do Petróleo iraniano, Rostam Qasemi, disse que impor sanções às exportações de petróleo do Irã levaria a um aumento no preço do produto.
"Sem dúvida o preço do petróleo bruto vai aumentar de maneira dramática se forem impostas sanções contra nosso petróleo... vai chegar pelo menos a 200 dólares o barril", disse ao semanário Aseman no sábado.
Relatos sobre a ameaça do Irã de fechar o estreito de Ormuz foram suficientes para enviar tremores ao mercado de petróleo e aumentar o preço do barril. 

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

SEGURANÇANACIONAL.BLOG.SPOT


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Feliz Ano Novo 2012

Segurança Nacional Desejar Um Feliz Ano Novo

Sondas de prospecção chegarão à órbita da Lua no Ano Novo


Efe
 As duas sondas de prospecção espacial da missão GRAIL ("Recuperação da Gravidade e Laboratório Interior", na sigla em inglês) frearão sua trajetória e chegarão no Ano Novo à órbita da Lua, de onde explorarão o interior do satélite, informou a Nasa (agência espacial americana).

"Embora desde a década de 1970 tenhamos enviados mais de uma centena de missões à Lua, inclusive duas nas quais os astronautas caminharam sobre sua superfície, a verdade é que há muitas coisas que não sabemos sobre a Lua", disse em teleconferência de imprensa Maria Zuber, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e pesquisadora-chefe do programa GRAIL.

As duas sondas estiveram viajando rumo à Lua desde seu lançamento no último mês de setembro. No dia 31, uma das sondas gêmeas acionará seus foguetes para diminuir a velocidade de modo que fique submetida à gravidade da Lua a 56 quilômetros da superfície lunar.

No dia seguinte, a outra sonda fará uma manobra similar e ambas traçarão um mapa da gravidade da Lua medindo os efeitos desta força sobre suas trajetórias orbitais.

"Entre as muitas coisas que não sabemos sobre a Lua é por que o lado oculto é tão diferente do lado visível", declarou Zuber referindo-se ao hemisfério lunar que não pode ser visto da Terra.

"A resposta deve estar no interior da Lua", acrescentou a pesquisadora, explicando que a missão de estudo começará em março e deve durar 82 dias, embora os cientistas tenham pedido à Nasa que a estenda até dezembro.

A missão não está restrita aos cientistas e acadêmicos: cada uma das sondas GRAIL, impulsionadas por energia solar, está equipada com quatro câmaras que serão operadas por grupos de estudantes de nível médio.

"Mais de 2.100 escolas em todo o país se registraram para este programa", comentou Zuber.

A Nasa qualificou a missão GRAIL como "uma viagem ao centro da Lua" já que a medição da força de gravidade permitirá a construção de "mapas" de cem a mil vezes mais precisos sobre o interior de satélite que os obtidos até agora.

Durante a missão, as sondas orbitarão a uma distância, uma da outra, de 200 quilômetros e, segundo os cientistas, as mudanças regionais na gravidade lunar farão com que diminuam ou aumentem levemente sua velocidade.

Isto, por sua vez, modificará a distância que as separa e os sinais de rádio transmitidos pelas sondas medirão as variações menores. Desta forma, os pesquisadores poderão criar mapas do campo de gravidade.

Com esses dados, os cientistas poderão deduzir o que há debaixo da superfície lunar com suas montanhas e crateras, e poderiam entender melhor por que o lado oculto da Lua é mais abrupto que o lado visto desde a Terra.

Outro dos mistérios que GRAIL poderia revelar, segundo Zuber, é se a Terra teve em outro tempo uma segunda lua menor. Há astrônomos que acreditam que algumas das marcas na superfície da Lua são resultado de uma colisão com um satélite menor.
Estadão