terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Projeto SARA testa seu sistema de pára-quedas


Em 16 de dezembro de 2011, integrantes da Divisão de Ensaios do IAE (AIE) em conjunto com a equipe do Projeto SARA, com apoio da Divisão de Mecânica e de representantes das empresas CENIC e Orbital realizaram com sucesso o ensaio de qualificação do Sistema de Recuperação do veículo Sara Suborbital. O teste foi realizado no interior do Prédio de Integração de Lançadores (PIL), que reunia as condições adequadas de altura para o desdobramento dos pára-quedas, e foi monitorado por um sistema de filmagem de alta velocidade.


O responsável pelo ensaio, o Eng. Claudinei (AIE), avaliou o evento da seguinte forma: “- A proposta de um ensaio de abertura dinâmica dentro de um prédio foi algo inédito, nunca tentado antes no IAE, o que sempre gera grande apreensão quanto aos resultados. Assim, além da qualificação do sistema de pára-quedas, também o ensaio estava sendo qualificado. Como fatores complicadores adicionais tinha-se a utilização de um dispositivo de alta pressão e a alta energia do dispositivo de liberação, o que nos obrigou a envolver o Setor de Segurança do instituto. Felizmente, o ensaio correu como esperado e valiosas informações foram coletadas para análise”.


O Subsistema de Recuperação é composto por quatro pára-quedas: uma aba piloto, um pára-quedas de arrasto e dois pára-quedas principais. O ensaio foi realizado em duas etapas, a primeira envolvendo a aba piloto e o pára-quedas de arrasto e a segunda produzindo a abertura dos pára-quedas principais.


O bolsista Breno, membro da equipe SARA que participou do ensaio, ressaltou o espírito de cooperação entre os participantes: “- Foi um verdadeiro trabalho de equipe. Todos colaboraram: tivemos que fabricar dispositivos, mudar a maneira de prender o contrapeso na torre, montar a iluminação para a filmagem, armar o dispositivo de liberação, dobrar os pára-quedas, fazer ajustes, verificar todas as condições de segurança. 


Não foi fácil, mas tudo funcionou no final”.


Na opinião do Dr. Luís Loures, gerente do projeto, esse foi um grande fechamento para um ano de muito trabalho: “- É um verdadeiro prazer chegar ao final do ano com estes resultados, mesmo porque o Sistema de Recuperação, devido à sua natureza, sempre foi o maior desafio do projeto, tendo convergido literalmente muito mais por ensaios do que por cálculos”.


Com este ensaio, o IAE chega mais próximo à meta de lançamento em 2012, muito embora estejam previstas algumas repetições do ensaio realizado. Segundo Loures, isso ocorre devido à influência do fator humano no subsistema: “- As nossas análises de risco revelaram que a maior probabilidade de falha decorre da ação humana, portanto nós estamos planejando diversas repetições para verificarmos o funcionamento do sistema e encaminhar ações corretivas, se necessário. Além disso, os resultados preliminares do ensaio demonstram que ainda há espaço para um ajuste no projeto e para o aperfeiçoamento do ensaio propriamente dito”.


Sauditas podem repor petróleo do Irã se UE impuser embargo-fonte


Por Amena Bakr
DUBAI (Reuters) - Grandes exportadores de petróleo como a Arábia Saudita e outros países-membros da Opep estão prontos para fornecer a commodity se novas sanções interromperem as exportações iranianas de petróleo para a Europa, disseram fontes da indústria nesta terça-feira.
O ministro do Petróleo do Irã, Rostam Qasemi, disse que a Arábia Saudita havia prometido não repor o petróleo iraniano se mais sanções fossem impostas.
"Não foi feita nenhuma promessa ao Irã, é muito pouco provável que a Arábia deixe de cobrir a demanda se as sanções forem impostas", disse uma fonte da indústria familiar com o assunto, que pediu para não ser identificada, à Reuters.
Os delegados da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) no Golfo disseram que a ameaça iraniana de fechar o estreito de Ormuz pode afetar tanto o Irã como grandes produtores regionais que também usam o importante canal para exportar petróleo.
O primeiro vice-presidente do Irã alertou nesta terça-feira que o fluxo do petróleo seria interrompido no Estreito de Ormuz se sanções estrangeiras fossem impostas sobre suas exportações de petróleo, disse a agência oficial de notícias do país.
A maior parte do petróleo exportado pela Arábia Saudita, Irã, Emirados Árabes Unidos, Kuweit e Iraque - e quase todo o gás natural liquefeito do principal exportador, o Catar - tem que ser transportado pelo canal de navegação (de 6,4 quilômetros) entre Omã e o Irã.
Mas a Arábia Saudita pode exportar uma parte de seu petróleo pelo Mar Vermelho.
Líderes europeus pediram mais sanções contra o Irã até o fim de janeiro, mas não foram específicos quanto a um embargo às importações do produto iraniano.
O bloco está considerando um embargo ao petróleo iraniano que poderia bloquear as vendas de 450 mil barris por dia do Irã.
"Se as sanções forem adotadas, o preço do petróleo na Europa iria subir e a Arábia Saudita e outros países do Golfo começariam a vender mais para cobrir a falta e também se beneficiar do preço mais alto", disse uma segunda fonte da indústria que também pediu para não ser identificada.
O petróleo tipo Brent subia mais de 1 dólar, para 108,96 dólares por volta das 14h35 (horário de Brasília), enquanto nos Estados Unidos o vencimento tinha alta de 1,30 dólar, a 100,98 dólares o barril.

Cotidiano - O mediador

Cotidiano - Bope hackeado

O melhor de Tobby em 2011 – Parte 2

Adesão do Chile a bloqueio das Malvinas preocupa embaixador

SANTIAGO DO CHILE, 27 DEZ (ANSA) - O embaixador britânico no Chile, Jon Benjamin, afirmou que há "preocupação pelos países que se somaram" à declaração do Mercado Comum do Sul (Mercosul) que impede a entrada de navios com bandeira das ilhas Malvinas em seus portos.

O Chile aderiu à decisão adotada por Uruguai, Paraguai e Brasil em 20 de dezembro, durante uma cúpula do Mercosul, em solidariedade à Argentina e sua reivindicação pelo território, sob domínio de Londres desde 1833.

O diplomata britânico advertiu que "parece ser uma espécie de bloqueio econômico para as ilhas e sua pequena população civil e inocente".

Benjamim garantiu que a "espécie de bloqueio" poderia afetar a economia da zona. "Ali vivem 200 chilenos e os laços com Punta Arenas (localidade no extremo sul do Chile) são muito importantes".

Por sua vez, o porta-voz da Presidência chilena, Andrés Chadwick, afirmou que "não tivemos [ciência de] nenhuma expressão de mal-estar por parte da embaixada da Grã-Bretanha no Chile ou do Estado inglês".

Chadwick acrescentou que a Grã Bretanha "conhece a posição do Chile, que é a mesma há muito tempo". "Não podemos reconhecer a bandeira de uma embarcação de uma ilha que, do ponto de vista do Chile, não é um Estado nem tem uma jurisdição", completou.

Irã promete bloquear Ormuz se sofrer sanções sobre petróleo


O primeiro vice-presidente do Irã, Mohammad Reza Rahimi, advertiu nesta terça-feira os países ocidentais de que, se forem impostas sanções às exportações iranianas de petróleo, o país interromperá a passagem pelo crucial estreito de Ormuz, no golfo Pérsico, informou a agência oficial de notícias Irna.
"Se eles [países do Ocidente] impuserem sanções às exportações de petróleo do Irã, então nem mesmo uma gota de petróleo poderá fluir pelo estreito de Ormuz", disse Rahimi, citado pela agência.
Cerca de um terço de todo o petróleo transportado por mar atravessou Ormuz em 2009, de acordo com a EIA (sigla em inglês para Administração de Informação de Energia), dos Estados Unidos, e navios americanos patrulham a área para garantir a segurança na passagem.
Rahimi ressaltou que o Irã não está interessado por "qualquer hostilidade". "Nosso lema é amizade e fraternidade, mas os ocidentais não estão dispostos a abandonar suas conspirações", defendeu.
Segundo ele, os "inimigos" do Irã só vão desistir de suas tramas contra o país quando receberem uma resposta dura o suficiente vinda da República Islâmica.
EUA, Reino Unido, Canadá e países da UE (União Europeia) defendem a semanas aumentar as sanções econômicas contra o Irã por conta de um relatório da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) que sugere que o país tenta dotar-se de armas nucleares. Um embargo ao petróleo iraniano ainda é debatido.
Críticos das sanções dizem que as medidas não conseguirão impedir o desenvolvimento nuclear do Irã e significaria fazer o jogo de um governo que usa sua hostilidade contra Washington como motivo de orgulho.
Teerã defende que seu trabalho nuclear é inteiramente pacífico e disse que o relatório era baseado em informações falsas da inteligência ocidental.
No último sábado (24), o Irã começou dez dias de exercícios navais em Ormuz. O exercício militar, chamado de "Velayat-e 90", acontece enquanto a tensão entre o Ocidente e Irã vem aumentando, devido ao programa nuclear do país islâmico.
Israel e EUA dizem não descartar uma ação militar, caso a diplomacia e as sanções contra o país não consigam deter a atividade nuclear do Irã.
Teerã já disse anteriormente que responderia a qualquer ataque tendo como alvo os interesses dos EUA na região e Israel, além de fechar o Estreito, o único canal de acesso para os mercados estrangeiros de oito países árabes do golfo --parceiros dos EUA.