quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Soyuz decola rumo à estação espacial

 A nave Soyuz foi lançada nesta quarta-feira, 21, levando três novos membros à Estação Espacial Internacional.A expedição leva o astronauta da Nasa Don Pettit, o russo Oleg Kononenko, comandante da nave, e o engenheiro de voo da Agência Espacial Europeia Andre Kuipers.
A nave decolou da base Baikonur, no Cazaquistão, por volta das 11h (horário de Brasília). O voo deve levar dois dias até a estação.
Os novos tripulantes devem permanecer na estação até maio de 2012.
Nove minutos após o lançamento, já em órbita, a nave iniciou o voo rumo à ISS, onde será acoplada na sexta-feira, 23.
Atualmente, a plataforma orbital conta com três tripulantes, que chegaram à estação em novembro.
A missão realizará ao longo de seis meses 71 experiências científicas no espaço, receberá cargueiros espaciais russos e também a primeira nave espacial privada, o cargueiro Dragon.

Perto de completar 18 anos, Agência Espacial Brasileira tenta novo recomeço

Em entrevista ao site de VEJA, o físico Thyrso Villela, diretor da área de satélites, conta como será a nova fase da agência e como ela poderá ajudar o país a conquistar a tão sonhada independência espacial
Por Marco Túlio Pires
Em números, o programa espacial brasileiro passa a impressão de ser grande, com seus 20 satélites, 15 foguetes e três centros de lançamento — de acordo com informações da Agência Espacial Brasileira (AEB). No papel, está quase em pé de igualdade com potências emergentes como a China e a Índia. Na prática, contudo, o programa nacional, que em 2012 completa 18 anos, não apresenta resultados tão expressivos quando os outros membros do BRIC.
Dos 20 satélites listados no programa espacial brasileiro, apenas um está em funcionamento, quatro foram desativados por atingirem o fim da vida útil e 15 estão previstos para ‘um futuro próximo’. Já entre os 15 foguetes, quatro estão em operação e 11 são previstos para os próximos anos. Dois centros de lançamento ainda são promessas.
No entanto, nada está perdido, acredita o físico Thyrso Villela, diretor da área de satélites, aplicações e desenvolvimento da AEB. O doutor em astronomia pela Universidade de São Paulo (USP) garante que o Brasil está passando por uma transformação espacial inédita. Villela está na AEB há três anos.
Nesta quinta-feira, o diretor fez uma apresentação sobre o futuro do programa espacial brasileiro no Instituto de Física da USP, durante a Escola Avançada de Astrobiologia, financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
Em entrevista ao site de VEJA, Villela explicou como pretende fazer a AEB cumprir sua parte para ajudar o Brasil a conquistar a independência espacial, transformando o país em um potência científica e tecnológica.
Durante sua apresentação, o senhor disse que a Agência Espacial Brasileira (AEB) quer começar a planejar com alto custo-benefício. Não deveria ser sempre assim? Por que isso é uma novidade? Porque nunca houve uma ação estruturada no programa espacial brasileiro. Existiram iniciativas isoladas, com institutos, como o Inpe, realizando experimentos separadamente.
Por que motivo nesses 17 anos de Agência Espacial Brasileira nunca houve uma ação estruturada? Tem toda uma história. Há um tempo era um ciclo vicioso: não tínhamos recursos humanos e não tínhamos recursos financeiros. Aí não tínhamos resultados. Se não tem resultado, vamos mostrar o que para captar recursos? Em seguida, quando os primeiros resultados começaram a surgir, tivemos sérios problemas de orçamento por vários anos.
O que nos garante que o ano de 2012 será melhor para o programa espacial brasileiro? Em 2011, o Ministro de Ciência e Tecnologia, Aloísio Mercadante, nos orientou que este ano seria de reflexão para a agência. É exatamente isso que estamos fazendo.
Não deveria ser um ano para trabalhar em vez de ficar refletindo? O programa espacial vinha com problemas há muito tempo. Precisávamos resolver isso. Não adianta colocar dinheiro na agência sem um propósito muito bem fundamentado.
Mas todos os programas espaciais do mundo têm problemas… É diferente…
Diferente como? Não quer dizer que ficamos parados. Fizemos várias coisas. Os projetos que existem continuaram em andamento. O CBERS-3, satélite construído junto com os chineses, com 50% de tecnologia brasileira, ficou pronto e está sendo testado. Tivemos avanços com a plataforma multimissão, com o veículo lançador de satélites, o projeto do satélite geoestacionário… No geral, o último ano do orçamento bianual, nesse caso 2011, é mais reflexivo. Se não tivéssemos repensado nossas estratégias passaríamos os próximos três anos estagnados.
A AEB está apostando alto em uma plataforma multimissão que vai servir de base para outros satélites, barateando o processo de construção. Contudo, o projeto que tinha cinco anos de previsão para ser concluído ainda não está pronto 10 anos depois. Por quê? É algo que nunca foi feito antes. Isso quer dizer que precisamos criar a tecnologia, testá-la e fazer com que ela dê certo com uma indústria que ainda está crescendo e aprendendo a produzir os componentes. É diferente de fazer uma ponte ou um prédio. Vários dos sistemas presentes na plataforma nunca haviam sido desenvolvidos no Brasil. No meio do caminho, muitos componentes que iríamos comprar acabaram entrando na lista internacional de embargo. Ou seja, tivemos que aprender sozinhos como fazer as partes que faltavam e isso acabou atrasando ainda mais o projeto.
Como o Brasil vai conseguir se livrar dos embargos internacionais? O único caminho é desenvolver a própria tecnologia. A questão de embargo é política e militar, mas também é profundamente comercial. Existem vários interesses em jogo e precisamos pegar os atalhos para chegar onde queremos.
O senhor disse durante a apresentação que o Brasil não tem escolha a não ser ter acesso independente ao espaço, referindo-se à construção de foguetes e satélites nacionais. Por que não temos essa escolha? Atualmente, qualquer sensoriamento remoto que o Brasil quiser fazer, seja o monitoramento do desmatamento da Amazônia ou a previsão do tempo, depende de satélites internacionais. Existem acordos para que a utilização desses equipamentos seja garantida, mas ninguém sabe o que pode acontecer. Estamos nas mãos de outros países. Durante a Guerra das Malvinas e o furacão Katrina ficamos praticamente sem imagens de satélite. É uma posição muito vulnerável. Não é ufanismo nem nacionalismo. O Brasil precisa ser capaz de lançar os próprios satélites de forma independente.
O que mais o país poderia ganhar com independência espacial? Somos um país com uma extensão territorial enorme. Temos vários recursos minerais que precisam ser conhecidos e explorados da melhor forma possível. O que ganhamos com informação de meteorologia, por exemplo, chega a ser o equivalente ao que gastamos com nosso programa espacial anualmente, cerca de 300 milhões de reais.
Mas esse dinheiro, uma vez economizado, seria revertido para a AEB? Estamos trabalhando para isso. O programa espacial brasileiro apesar de ser velho, é novo. Começou há 50 anos, mas veio parando. Ficamos estagnados no tempo e acabamos não tendo investimento. Para se ter ideia, o mercado de serviços de satélites é da ordem 200 bilhões de dólares por ano. Não estamos querendo entrar nesse campo pela aventura tecnológica. Queremos tudo que vem junto: empresas brasileiras de altíssima tecnologia, cursos universitários de ponta, institutos especializados. É algo que se espalha pela economia e melhora a qualidade dos empregos. O Brasil não pode continuar sendo o celeiro do mundo, isso é ridículo.
Já existem exemplos de empresas brasileiras que se especializaram em tecnologia espacial?Essa é uma das missões da agência: fomentar o parque industrial brasileiro de alta tecnologia. O parque é pequeno, mas existe. Temos o exemplo dos satélites Amazônia-1 e CBERS. Trouxemos uma empresa que não tinha nada a ver com o programa espacial. Ela fez contribuições importantíssimas com um instrumento ótico e componentes de câmeras. Agora, ela é nossa parceira.
O Brasil teve três lançamentos fracassados com o Veículo Lançador de Satélites (VLS), um deles causando a morte de 21 pessoas em 2003, no Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão. O Brasil está pronto para lançar os próprios satélites? Os dois primeiros voos do VLS-1, sob o ponto de vista estritamente técnico, foram bons. Veja o que os Estados Unidos tiveram que fazer para conquistar o espaço. Eles tiveram uma série de acidentes, muito mais do que já tivemos. Também estamos aprendendo sozinhos. O sistema de controle, por exemplo, que é uma parte complicadíssima do foguete, funcionou perfeitamente. Esperamos que os voos experimentais do VLS-1 se iniciem em 2012 e ele esteja em operação em 2016.
A exemplo da fabricante de aviões americana, Boeing, que ajuda a Nasa na construção de foguetes, por que a AEB não conta com a parceria da Embraer? Não é uma possibilidade totalmente descartada. Na área espacial, todas as empresas fortes se envolvem com o Ministério da Defesa, que coordena a construção de foguetes. Metade dos artefatos que orbitam a Terra é militar. A Embraer vai construir um satélite geoestacionário, o primeiro brasileiro, e vai operá-lo junto com a Telebrás. O dinheiro, 700 milhões de reais, já está alocado. Os passos estão sendo dados.
O senhor disse na apresentação que o orçamento da AEB vai triplicar em dois anos, passando de 200 a 300 milhões de reais por mês, para algo entre 600 e 900 milhões de reais. Dado o histórico financeiro da agência, como o senhor espera que isso aconteça? É um caminho inevitável. O passo mais difícil já foi dado. Os satélites geoestacionários têm prazo de validade. Vamos precisar repô-los a cada 15 anos. Isso quer dizer que haverá uma indústria por trás da construção da sonda, indefinidamente. Daí a coisa começa a andar, em todos os setores. Se não fizermos isso, teremos que contratar o serviço. Estamos fazendo o satélite justamente para não termos que gastar 60 milhões por ano alugando dos outros. É por isso que esperamos que o governo mantenha o projeto em gestões futuras e o orçamento seja triplicado.
Atualmente a AEB gasta menos de 1% — do já reduzido orçamento — em ciência, cerca de três milhões de reais. Como a AEB espera avançar em conhecimento gastando tão pouco? Em 2012 estamos planejando gastar cinco vezes mais em ciência, algo na ordem de 15 milhões de reais. Estamos nos aproximando das universidades para que elas tenham equipes preparadas para atender as necessidades da agência e para que elas tenham espaço para realizar seus experimentos.
Mas isso está longe de acontecer… É verdade. Mas veja, falo isso tranquilamente. Ainda não temos a garantia de que uma missão vai existir. Ninguém quer arriscar a carreira e chegar lá e não dar em nada.
Então que cientista se arriscaria aliar-se à agência agora? Se garantirmos o acesso, o lançamento do projeto e o recurso financeiro, as coisas acontecem. Foi o que fizemos no Itasat, uma pequena plataforma de satélite desenvolvida pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica e outras instituições.
O que foi feito? Garantimos o recurso, cerca de 5 milhões de reais e a plataforma foi desenvolvida com sucesso. Agência, indústria e cientistas trabalharam em conjunto. Há um desconto por causa do desenvolvimento tecnológico, mas ele será incremental. Vamos andar como todo mundo andou: aprenderemos a engatinhar, dar os passos depois correr.
Qual é a nova missão da Agência Espacial Brasileira? Vamos publicar em janeiro um documento mostrando quais tecnologias que vão nos nivelar com outros países e quais são de vanguarda. Vamos organizar encontros, workshops e vamos nos aproximar dos cursos de engenharia espacial. Temos pesquisadores brasileiros que realizam pesquisas de ponta. Essas pessoas contribuem para o avanço do conhecimento, mas que não têm projetos voltados para as necessidades da AEB. A contradição está aí. Temos um capital humano preparado, mas eles não sabem dos nossos problemas. Vamos virar essa mesa e, com eles, faremos a coisa passo-a-passo.

Londres: bloqueio do Mercosul a navios das Malvinas é injustificado


Líderes do Mercosul participaram de encontro em Montevidéu, no Uruguai, na noite de terça-feira - Foto: AP
Brasil, Argentina e Uruguai acertaram nesta terça-feira, na Cúpula do Mercosul em Montevidéu, impedir a presença de barcos com bandeira das Ilhas Malvinas em seus portos, informou o presidente uruguaio, Jose Mujica.
Na Cúpula de Presidentes do Mercado Comum do Sul "chegamos a um acordo sobre a bandeira das Malvinas, no sentido de que esta não poderá tremular nos portos do Mercosul e, se isto acontecer, que não seja aceita em outro porto do Mercosul", disse Mujica ao relatar os resultados do encontro.
A declaração assinada pelos líderes do Bloco estabelece que os três países (Paraguai não tem litoral) adotarão "todas as medidas necessárias (...) para impedir o ingresso em seus portos de barcos com a bandeira ilegal das Ilhas Malvinas".
O texto destaca que as embarcações rejeitadas por este motivo em algum porto da região "não poderão solicitar o ingresso em outros portos dos demais membros do Mercosul ou de Estados associados...".
Além de Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, o Mercosul tem como Estados associados Equador, Peru, Colômbia e Chile, enquanto a Venezuela está em processo de plena adesão.
"Quero agradecer a todos a imensa solidariedade para com as Malvinas, e saibam que quando estão firmando algo sobre as Malvinas a favor da Argentina também o estão fazendo em defesa própria", destacou a presidente argentina, Cristina Kirchner, ao assumir a presidência do bloco regional.
Mujica já havia anunciado, há alguns dias, a decisão do Uruguai de impedir a entrada de barcos das Malvinas em seus portos. A soberania das Ilhas Malvinas (Falklands para a Grã-Bretanha), situadas a 400 milhas marítimas da costa da Argentina e ocupadas pelo Reino Unido em 1833, tem sido reclamada com insistência por Buenos Aires junto às Nações Unidas e a outros organismos internacionais.
A Grã-Bretanha venceu a curta e sangrenta guerra nas Malvinas, em 1982, declarada após o regime militar argentino enviar tropas para invadir as ilhas no dia 2 de abril de 1982. Em 14 de junho, as forças argentinas se renderam, após a morte de 649 soldados argentinos e 255 militares britânicos.
 
O governo britânico considerou nesta quarta-feira "preocupante" e "injustificado" o bloqueio definido pelos países do Mercosul aos navios com bandeira das Malvinas, que não poderão entrar nos portos da Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai.
"Estamos muito preocupados com esta mais recente tentativa da Argentina de isolar os habitantes das Malvinas e prejudicar seu modo de vida, para a qual não há justificativa", declarou em comunicado um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores britânico.
A fonte indicou que "ainda não está claro neste momento o efeito, se é que haverá algum, que esta declaração pode ter", mas em todo caso o governo entrará em contato "urgentemente" com os países da região. "Ninguém deveria questionar nosso empenho em proteger o direito dos habitantes das Malvinas a determinar seu próprio futuro político", acrescenta o comunicado.
O Mercosul acertou na terça-feira que impedirá a entrada nos portos do bloco dos navios com bandeira das ilhas Malvinas, arquipélago sob domínio britânico e cuja soberania é reivindicada pela Argentina.
Os presidentes do Mercosul, integrado pela Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, com a Venezuela em processo de adesão, assinaram uma declaração nesse sentido, que foi anunciada pelo governante do Uruguai, José Mujica, ao final da 42ª Cúpula de Chefes de Estado.
Com Agências EFE / AFP

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Sobre a empresa Taurus

Astrium coloca seis satélites em órbita


A Astrium, líder europeu do setor espacial, é o principal contratante dos seis satélites que foram lançados no último dia 16, no segundo voo do foguete Soyuz que partiu da base de Kourou, na Guiana Francesa. Foi a primeira vez na história em que seis satélites construídos pela Astrium foram colocados em órbita ao mesmo tempo, utilizando um dispensador também desenvolvido pela empresa.

O satélite de observação da Terra Pléiades 1a é o primeiro de uma constelação de dois satélites de alta resolução, voltado para aplicações civis e militares. Tanto ele quanto o Pléiades 1b - previsto para ser lançado dentro de aproximadamente um ano - foram construídos pela Astrium para a Agência Espacial Francesa a partir de sua planta sediada em Toulouse.

Uma vez em órbita, Pléiades 1a será capaz de observar qualquer ponto do planeta com revisita diária. Seus principais diferenciais são agilidade (uma vez que ele pode ser rapidamente direcionado para qualquer ponto dentro de um raio de 1500 km de sua posição), acessibilidade (potencial de captar diariamente até 450 imagens ou uma área de 180.000 km2, equivalente à metade da região da França) e precisão (geração de imagens com 70 cm de resolução espacial, podendo chegar a uma resolução de 50 cm por reamostragem).

MANSUP segue em frente


A Marinha do Brasil assinou os últimos contratos que cobrem os trabalhos de pesquisa e desenvolvimento do programa MANSUP (Míssil Anti-Navio de Superfície), que está programado para entrar em serviço no final desta década.

Além da Atech, cuja atuação será a de gerenciamento complementar, e da Omnisys, responsável pelo buscador de alvos (auto-diretor) do equipamento, Avibras e Mectron foram contratadas para fornecer o propulsor de combustível sólido e construir o protótipo, respectivamente. As duas empresas já estão envolvidas no programa de modernização dos MBDA MM40 Exocet Block II da MB, sendo que o primeiro foi entregue em outubro passado.

A Marinha do Brasil irá coordenar o programa de desenvolvimento, cujo objetivo é criar um substituto para os MM40. Segundo fontes classificadas o MANSUP consumirá inicialmente US$ 50 milhões.

Projetado para alcançar alvos a 70 quilômetros de distância, o MANSUP será guiado na fase final de aproximação do alvo por um buscador de radar ativo.

Navio-aeródromo São Paulo é requalificado para operações aéreas noturnas


Durante os trabalhos de condução da Inspeção Operativa (Programa de Adestramento da Comissão de Inspeção e Assessoria de Adestramento PAD-CIASA fase mar), o navio-aeródromo (NAe) São Paulo, da Marinha do Brasil (MB), recuperou sua qualificação para operações aéreas noturnas. Essa condição foi alcançada mediante o processo de aceitação da modernização do sistema Óptico de Pouso (SOP).

O SOP é importante para orientação do piloto nos procedimentos de aproximação e pouso de aeronaves de asas rotativas voando por instrumentos e vital no caso de aeronaves de asas fixas operando no convés de voo do navio.

Desde o dia 23 de novembro, o NAe São Paulo voltou a operar com voos no período noturno, e como parte dessa recapacitação, pilotos do 2º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (HU-2) foram qualificados para conduzir aeronaves UH-14 Super Puma à noite.  

Subsecretário argentino é encontrado morto no Uruguai


MARINA GUIMARÃES, ENVIADA ESPECIAL - Agência Estado
O subsecretário de Comércio Exterior da Argentina, Ivan Heyn, foi encontrado morto há pouco, no hotel onde se hospeda a delegação argentina na capital uruguaia, onde se realiza a 42ª Cúpula do Mercosul.
A informação foi confirmada pelas secretarias de Comunicação da Argentina e do Uruguai aos jornalistas que cobrem a reunião em Montevidéu. As informações das secretarias de Comunicação dos dois países são de que Heyn teria se enforcado no quarto do hotel.
A presidente Cristina Kirchner sofreu uma aparente crise nervosa e teve de sair da sala de reunião de presidentes para ser atendida por seu médico pessoal. 

Militares argentinos invadem empresa do grupo Clarín, diz jornal


BUENOS AIRES - Reportagem publicada nesta terça-feira, 20, no site do jornal argentino El Clarín afirma que as Forças de Segurança Militares do país ocuparam a sede da Cablevisión, empresa de televisão a cabo que pertence ao grupo Clarín. A operação foi conduzida por policiais militares argentinos, a chamada Gendarmería.
Cerca de 50 militares, segundo a AFP, chegaram à sede da Cablevisión no bairro de Barracas, acompanhados de funcionários da Justiça argentina e de câmeras de TV do programa oficial do canal estatal. De acordo com a Reuters, a Cablevisión lidera o mercado local de TV por assinatura e internet.
A medida teria sido tomada, seundo o Clarín, devido a uma ordem emitida pela Justiça de Mendonza, localidade na qual o grupo de comunicação não possui operações. A operação durou três horas - entre 10h e 13h desta terça.
Denúncia
O juiz que permitiu a ação, Walter Bento, designou um interventor para a emissora de televisão por assinatura. A ordem de invasão teria sido motivada por uma denúncia do grupo Vila-Manzano, alinhado com o governo de Cristina Kirchner e que na segunda-feira expressou seu apoio ao projeto para controlar o papel de imprensa.
O site não revela os motivos da denúncia, mas o promotor de Justiça Ricardo Mastronardi disse, em uma coletiva de imprensa, que se trataria de suspeita de "concorrência desleal".
Além da invasão, os militares estariam solicitando, segundo o jornal, todo o tipo de documentação aos executivos da companhia e revisando as bolsas das pessoas que entravam na sede do grupo.
Papel jornal
A ação, que marca um sério agravamento dos ataques do governo argentino, é mais um episódio na escalada das disputas entre o governo e as empresas de comunicação que publicam os jornair Clarín e La Nación, por causa do fornecimento de papel jornal.
O governo usa sua participação acionária na Papel Prensa, única fornecedora de papel jornal do país, para tentar dominar a oposição do Clarín e do La Nación, maiores jornais do país.
Com Reuters

Avibras recontrata funcionários após fechar contrato com as Forças Armadas


Funcionários demitidos no início do ano pela Avibras, em São José dos Campos, vivem na expectativa. A empresa fechou um contrato com as Forças Armadas e está recontratando esses trabalhadores.
Marcelo é um dos 150 demitidos pela fábrica durante a crise no início deste ano. Mesmo sendo uma mão de obra especializada, o montador de mísseis teve que se virar com outro emprego. “Dessa última vez que eu saí, é a quinta vez que estou aqui, estava trabalhando como montador de móveis”, conta o operador de produção, Marcelo Campos Mota.
Agora, dez meses depois da dispensa, ele foi chamado de volta, está em um grupo de 20 recontratados. O primeiro sinal de que as coisas estão melhorando para a Avibras, empresa de São José dos Campos especializada na fabricação de mísseis, plataformas de lançamento e blindados para uso militar. O Sindicato dos Metalúrgicos acredita que a unidade deva voltar a ganhar destaque como geradora de empregos na região.
“A Avibras que era que era retaguarda do processo, hoje a médio-longo prazo é o melhor cenário para a região e para os trabalhadores”, afirma Donizete de Almeida do Sindicato dos Metalúrgicos.O projeto do míssil Astro 2020 é a esperança da fábrica, tem como alvo a defesa do território nacional. Ao todo os novos contratos deverão chegar a um bilhão de reais. 45 milhões já foram liberados pelo governo federal, e parte desse dinheiro será usada para resolver acertos trabalhistas.
“A utilização desse dinheiro é fundamentalmente para que a gente acerte os salários de final de ano e comece a liquidar os salários atrasados”, explica o presidente da Avibras, Sami Youssef Hassuani.
Os contratos de exportação de produtos militares prometem ajudar, mas a recuperação da Avibras agora está apoiada sobre as encomendas das Forças Armadas Brasileiras. A expectativa é de que já no ano que vem os investimentos do Governo Federal recuperem toda a força de produção da fábrica.
“Temos alguns contratos com a Marinha do Brasil, também muito importante para a empresa, com a Aeronáutica do Brasil. Acreditamos que só com esses contratos poderemos continuar recontratando no inicio do ano, numa faixa de até 50 novos empregos. Nossa expectativa é de criarmos até 300 novos empregos em 2012”, afirma o presidente da Avibras.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Nave Soyuz é levada à plataforma de lançamento


Reuters
A espaçonave Soyuz TMA-03M foi levada no domingo, 19, à plataforma de lançamento em Baikonour, uma base no Cazaquistão. A tripulação, composta de um astronautas russo, um americano e um holandês, deve viajar até a Estação Espacial Internacional nesta quarta, 21.

Coreia do Norte testa míssil horas depois do anúncio da morte de Kim Jong-il


Efe
Kim Jong-il (à direita) ao lado de seu filho Kim Jong-un (à esquerda) - Efe
Efe
Kim Jong-il (à direita) ao lado de seu filho Kim Jong-un (à esquerda)
A Coreia do Norte realizou nesta segunda-feira, 19, um teste com um míssil de curto alcance poucas horas depois do anúncio da morte do líder Kim Jong-il, informou a agência de notícias sul-coreana "Yonhap".
O míssil caiu no mar, em uma região que não foi divulgada, segundo uma fonte oficial sul-coreana citada pela agência.
O lançamento do míssil, segundo a mesma fonte, não teve relação com o falecimento do líder norte-coreano.

Andrade Gutierrez e Thales fecham parceria


Francisco Góes

Dois grandes grupos, um brasileiro e outro francês, estão juntando forças para atuar na área de defesa e segurança, um mercado bilionário que exige experiência em gestão de grandes projetos e capacitação tecnológica. A parceria é formada pela Andrade Gutierrez, construtora que diversificou investimentos e fatura cerca de R$ 20 bilhões por ano, e pela Thales, que mantém negócios nas áreas de defesa, segurança, aeroespacial e de transportes e que, no ano fiscal de 2010, faturou € 13,1 bilhões.
Os dois grupos decidiram criar uma joint venture, ainda sem nome definido, que deverá estar constituída no primeiro trimestre de 2012. Os acionistas serão a Andrade Gutierrez Defesa e Segurança, com 60%, e o grupo Thales, com 40%. A nova empresa, com sede no Rio, terá foco de atuação em áreas como segurança urbana e vigilância e monitoramento de fronteiras. O acordo soma a experiência da Andrade na gestão de grandes projetos e a capacitação tecnológica da Thales nessas áreas a partir do uso ferramentas como radares, câmaras de visão noturna, redes de comunicação e equipamentos de vigilância.
Giovanni Foragi, presidente da Andrade Gutierrez Defesa e Segurança, disse que a escolha da Thales para formar a parceria se relaciona com a disposição do grupo francês de transferir tecnologia para criar uma indústria nacional com competência tecnológica. A Thales, que tem participação de 27% do governo francês e de 25,9% da Dassault Aviation, tem uma série de soluções e produtos voltados para as áreas de segurança e defesa. A Andrade Defesa e Segurança foi criada em 2011 como subsidiária do grupo brasileiro.
Foragi afirmou que a joint venture está alinhada com o conceito da Empresa Estratégica de Defesa (EED), prevista na medida provisória 544, de setembro, que estabelece normas especiais para as compras, contratações de produtos, de sistemas e do desenvolvimento de produtos e sistemas de defesa. A parceria entre Andrade e Thales precisará passar por qualificação do Ministério da Defesa para constituir-se como EED.
Um dos focos potenciais de negócios da joint venture é o Sistema de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), do Exército, com custo de implantação estimado em R$ 10 bilhões. O primeiro alvo da joint venture é disputar o projeto-piloto do Sisfron, disse Foragi. O executivo afirmou, porém, que todos os projetos do Exército, da Marinha e da Aeronáutica que demandem soluções e sistemas estarão no escopo da parceria com a Thales. A sociedade também poderá fazer aquisições de empresas que atuem, por exemplo, na área de análise de imagens (visão noturna) ou outros segmentos. "A joint venture poderá adquirir uma tecnologia existente e aprimorá-la", disse Foragi.
Laurent Mourre, diretor-geral da Thales no Brasil, disse que a transferência de tecnologia passa por processo de autorização do governo francês. Mas reconheceu que hoje é mais fácil transferir tecnologia para o Brasil em função da parceria estratégica acertada pelos dois países em dezembro de 2008. Um dos pontos do plano é a cooperação na área de defesa. Laurent disse que os princípios gerais da joint venture foram fixados. A sociedade não informa previsões sobre receita.
Mourre disse que há expectativa de capacitar fornecedores brasileiros e, entre as áreas potenciais de transferência de tecnologia, estão sensores (radares e câmeras), satélites de observação, veículo aéreo não tripulado (Vant) e sistemas de comunicação, entre outros.
O anúncio da parceria entre Andrade e Thales coincidiu com a visita ao Brasil, na semana passada, do primeiro-ministro da França, François Fillon. O presidente da Thales International, Blaise Jaeger, disse que a parceria estratégica entre os dois países é importante para a empresa e permitiu a associação com a Andrade na área de defesa e segurança. Ele afirmou que o acordo com a construtora brasileira representa a primeira joint venture estratégica para a Thales no mercado brasileiro, onde o grupo francês controla a Omnisys, empresa com sede em São Bernardo do Campo (SP).

A conexão brasileira do Hamas


Por mais que as autoridades brasileiras neguem, seguem aparecendo provas de que organizações terroristas de orientação islâmica estendem seus tentáculos no país. Em abril passado, uma reportagem de VEJA revelou as conexões de cinco grupos extremistas no Brasil. Agora, a análise de processos judiciais e de relatórios do Departamento de Justiça, do Exército e do Congresso americanos expõe laços de extremistas que vivem aqui com a Fundação Holy Land (Terra Santa, em inglês), uma entidade que durante treze anos financiou e aparelhou o Hamas, o grupo radical palestino que desde 2007 controla a Faixa de Gaza e cujo objetivo declarado é destruir o estado de Israel.

A Holy Land tinha sede em Dallas, no Texas, e era registrada como instituição filantrópica. Descobriu-se que havia enviado pelo menos 12,4 milhões de dólares ao Hamas e que ajudava o grupo a recrutar terroristas nos Estados Unidos e na América do Sul. Em 2001, entrou para a lista de organizações terroristas da ONU e, em 2008, seus diretores foram condenados na Justiça americana por 108 crimes, entre os quais financiamento de ações terroristas, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

A maior pena, de 65 anos de prisão, foi para Shukri Abu Baker, fundador, presidente e diretor executivo da Holy Land. Curiosamente,  passou despercebido o fato de que Baker é brasileiro. Mais do que isso: durante muitos anos ele manteve operações no Brasil, e alguns de seus comparsas ainda estão por aqui.

Shukri Abu Baker nasceu em Catanduva, no interior de São Paulo, em 3 de fevereiro de 1959. Sua mãe, Zaira Guerzoni, é filha de italianos e seu pai, Ahmad Abu Baker, um imigrante palestino. Em 1965, Shukri, seus pais e seus dois irmãos mudaram-se para a Cisjordânia. Ele terminou os estudos no Kuwait, mudou-se para a Inglaterra, onde fez faculdade, e em 1980 se estabeleceu nos Estados Unidos.

Em 1988, com Mohammed El-Mezain e Ghassan Elashi, fundou a Holy Land. Enquanto isso, seu irmão Jamal Abu Baker, também brasileiro, adotava o nome de Jamal Issa e subia as escadas de poder do Hamas – primeiro na filial do Sudão e, depois, na do Iêmen. Jamal, atualmente radicado na Síria, foi um dos líderes do Hamas a receber os 1 027 presos que Israel libertou em troca do soldado Gilad Shalil, em outubro passado.

Na transcrição de uma ligação telefônica feita no dia 30 de janeiro de 2000, Jamal e Shukri Baker discutem as vantagens de usar um programa de computador para fazer chamadas internacionais para o Brasil. Os contatos com o país natal que realmente interessavam aos irmãos terroristas não eram os familiares. Eles tinham "negócios" por aqui. Prova disso é que a Holy Land pagou viagens de representantes do Hamas ao Brasil, a fim de arrecadar fundos. El-Mezain esteve no país por três semanas em 1993, para conseguir dinheiro e "avaliar como andavam as atividades da Holy Land", diz um documento da fundação. Entre os planos de ação para o ano de 1992 estava "aumentar o número de Ikhwans (milícias jihadistas) no Brasil".

Segundo o depoimento do ex-embaixador dos Estados Unidos na Organização dos Estados Americanos (OEA) Roger Noriega ao Congresso dos EUA, em julho passado, as operações da Holy Land na Tríplice Fronteira – região entre Brasil, Argentina e Paraguai – eram comandadas pelo xeque Khaled Rezk El Sayed Taky El-Din. De fato, o clérigo islâmico aparece nas agendas telefônicas da Holy Land como um comato "importante" na América do Sul.

Noriega também confirmou informações de que, em 1995, El-Din hospedou em Foz do Iguaçu Khalid Sheikh Mohammed, terrorista da Al Qaeda que organizou os atentados de 11 de setembro de 2001. O xeque estava à frente da mesquita de Guarulhos havia onze anos, mas pediu demissão em junho passado. Hoje, é diretor para assuntos islâmicos da Federação das Associações Muçulmanas no Brasil (Fambras).

Procurado por VEJA, El-Din negou envolvimento com a Holy Land e com Shukri Baker. Outro contato da Holy Land no Brasil, de acordo com uma investigação encomendada pelo Departamento de Justiça americano em 2005, era Ayman Hachem Ghotme, considerado o principal arrecadador de fundos para o Hamas na Tríplice Fronteira.

O libanês chegou a ser preso em 1998 pela Polícia Nacional do Paraguai, suspeito de envolvimento com o grupo terrorista Hezbollah. Depois do fechamento da Holy Land, Ghotme teria passado a comandar uma célula do Hamas especializada em contrabando e tráfico de drogas em Foz do Iguaçu, onde reside até hoje. Na semana passada, a reportagem de VEJA foi informada por seus parentes na cidade de que Ghotme está no Líbano.

Documentos secretos divulgados pelo WikiLeaks revelam que os Estados Unidos não têm conseguido sensibilizar o governo brasileiro para prestar atenção nas conexões do terror estabelecidas no país. Entre novembro de 2002 e fevereiro de 2010, a Embaixada dos Estados Unidos em Brasília produziu 279 telegramas que tocam nessa questão. Em duas dezenas deles, informa-se que os americanos pediram ao governo brasileiro a investigação de dezesseis pessoas e organizações ligadas ao terrorismo internacional.

As autoridades  daqui se limitaram a pesquisar no Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). No âmbito policial, a julgar pelo relato dos telegramas, nenhuma medida foi tomada. O governo brasileiro também hesita em estabelecer uma lei antiterror, alegando que ela atrairia terroristas, o que em raciocínio inverso equivale a dizer que ladrões só roubam porque existem leis de crimes contra o patrimônio. "Não se percebe a relevância de uma lei antiterror porque até agora fomos poupados de ataques", diz Rubens Ricupero, ex-embaixador nos Estados Unidos. Enquanto isso, extremistas estão livres para conspirar no Brasil.

Marinha do Brasil, destemor e desmanche em desdita


Ainda outro dia foi o Dia do Marinheiro! "Somos todos defensores da bandeira, nos mastros da vitória a tremular!" Assim reza a canção da Escola Naval, a altivez não morre em nossos aspirantes. Há quem diga: nossa marinha de guerra já foi a terceira do mundo. Mas isso foi nos tempos do Império, período histórico em que se viveu em ambiente político de moralidade, probidade e, sobretudo, patriotismo sem par. As chamadas questões externas, envolvendo ameaças à integridade do país, pesavam com valor nos gabinetes conservadores e liberais que se revezavam no poder e nossa Força Naval era prestigiada na sua justa medida. Vitória... palavra mágica, sonharam, sonham e sonharão sempre com ela. Mas estão sendo enganados!
"Para a honra e pela glória dessa terra lutaremos com denodo varonil." Que ninguém duvide, desejam fazê-lo, porém só Deus sabe como. Um submarino atômico que já virou "estória para inglês ver", para daqui a quantos anos se precisamos dele para ontem? E não vai adiantar apenas um. É imperativa só para manutenção do manancial pré-sálico uma flotilha, que dirá para imposição da soberania nacional em 7.500 km de litoral. Nossos marinheiros não vão enfrentar armadas latino-americanas. Quem pensa assim ainda acredita em Papai Noel.
"Marinheiros, avante, vencer ou então morrer, o Brasil espera que cada um cumpra o seu dever.". E o Porta-Aviões São Paulo? O carioca da gema sabe, ele vai sempre à praia: quantas vezes esse aeródromo já cruzou a barra para um simples, que seja, aquecimento de suas máquinas? Alguma vez você chegou a ver algum caça decolando daquela belonave? Pois fontes fidedignas estão a clamar que talvez não exista mais nenhum em condições de disponibilidade. Mas os cortes no orçamento pertinente não cessam. Atenção, politicalha descomprometida, quem faz economia em cima da defesa nacional não está cumprindo com o seu dever.
Governantes, parlamentares, enfim, responsáveis maiores pela segurança da nossa Pátria, parece que estou a ver o "São Paulo" servindo para exercício de tiro ao alvo assim como serviu o Cruzador Belgrano dos "hermanos" em 1982. Vencer... morrer, marinheiros, não há como escapar, fragilizados como estão vão morrer!
E agora, por favor, que não se levante mais aquela pusilanimidade eivada pelo cabotinismo de que não temos dinheiro. O painel nacional do "impostômetro" não deixa ninguém mentir, já se ultrapassou a cota de R$ 4 trilhões! Que quinta potência mundial é essa que não tem como se garantir? Perigo! Os piratas de língua inglesa não vão esperar 20 anos para a contestação da posse do pré-sal brasileiro. Afinal de contas, cinco submarinos da classe suffren (nucleares) já poderiam ter sido adquiridos na França ao preço total de 32,5 bilhões, viabilizando o imediato adestramento de suas tripulações. Uma providência que se faz urgente e emergencial, para ontem, que não implicaria em absoluto em se abrir mão da construção de mais um em parceria com aquele país, apesar da previsão para entrega só daqui a 10 (dez) anos.
Em verdade, agora fomos salvos pelo gongo. Amanhã pode ser que a Petrobras, e não a Chevron, seja responsável pelo desastre ecológico. Que ninguém se engane, é o pretexto que as potências militares estão aguardando para uma "apropriação humanitária da área pré-sálica brasileira em nome da ecologia e para o bem da comunidade internacional".
"Riachuelo, que foi no passado a prova de bravura e coragem viril, paira sempre como símbolo sagrado dentro d"alma do marujo varonil"... o espírito imortal do Imperial Marinheiro Marcílio Dias, leão marinho tombado no cumprimento do dever no convés da intrépida Corveta Parnaíba! É de se perguntar quantos dos responsáveis pela penúria da Marinha de Tamandaré já ouviram falar desse nome, quem sabe alguns poucos, mas se indagasse das circunstâncias de sua morte aí já seria covardia.
Quanta falta de respeito pelos jovens, os filhos e netos nossos, marinheiros que são por profissão e vocação, herdeiros do marujo nascido em Rio Grande (RS), amputado em luta que tombou morto, todavia vencedor. O final deles, temos que evitar este desiderato, não será imortalizado pela glória que perpetuou o gaúcho do mar. A Bandeira em nossos navios os terá mortos aos seus pés, mas, assim mesmo, vai ser arriada.